Curso prepara conselheiros para fortalecer colegiados nacionais

Começou na última quarta-feira (27) o Curso de Formação de Conselheiros para o Fortalecimento de Colegiados e Conselhos Participativos. O primeiro módulo do curso - que terá outros até novembro - abordou, entre outros temas, “O papel dos colegiados participativos na construção democrática”, convidando os conselheiros e conselheiras a aprofundar a reflexão sobre o seu papel na construção democrática e no compartilhamento de experiências para superação das desigualdades sóciopolíticas e econômicas.

Com a iniciativa, a Secretaria Nacional de Participação Social (SNPS) da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR) busca contribuir na constituição e capacitação de integrantes de colegiados participativos nacionais.

O curso aprofunda a reflexão sobre democracia participativa e gestão democrática, lutas sociais e participação institucionalizada. O programa é ponto de partida para uma política de formação para o fortalecimento de instâncias de participação social na construção de uma democracia participativa no país.

Os colegiados estão na base de atuação da Secretaria-Geral, responsável pela relação e articulação do governo federal com a sociedade civil. As estratégias de formação em cada um dos colegiados participativos nacionais inclui atividades educativas intersetoriais e setoriais

Na abertura do curso, o titular da SNPS, Renato Simões, disse que a formação de conselheiros e conselheiras acontece depois de um período de governos que não investiram na participação social como método de desenvolvimento. E que reconstruir a participação social não é apenas ter as instâncias funcionando. “É restaurar a vitalidade desse sistema e estar aberto para inovações”, afirmou.

Representatividade - O primeiro módulo da formação abordou também a representatividade dos colegiados, composição, capacidades técnicas e políticas de negociação sobre políticas públicas e incidência no planejamento e orçamento públicos, além da articulação e qualificação de coletivos e estratégias formativas, compartilhando e aprofundando concepções e experiências educativas na perspectiva dialógica da educação popular.

Renato Simões explicou que a formação foi elaborada a partir de um Grupo Técnico de Trabalho (GTT) com participação de 32 ministérios, que refletiu sobre a representatividade e o enraizamento dos colegiados nos territórios, na perspectiva de fortalecer a Federação. Também ressaltou a necessidade de desenvolvimento de ferramentas digitais para ampliar o alcance dos cursos de formação em modelos híbridos.

“Buscamos aprimorar esse sistema de participação social com transversalidade e especificidade, temas que os conselhos possam aprofundar. Cursos pautados pela metodologia e conteúdo da educação popular”, explicou.