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MEIO AMBIENTE
ProFloresta+: BNDES e Petrobras lançam primeiro edital para compra de 5 milhões de créditos de carbono
Iniciativa abrange cinco contratos de 1 milhão de créditos a serem originados a partir da restauração ecológica de, no mínimo, 3 mil hectares cada, em áreas privadas ou públicas sob concessão florestal inseridas no bioma amazônico - Foto: BNDES/Divulgação
O Governo do Brasil, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras, lançou nesta terça-feira, 11 de novembro, o primeiro edital do ProFloresta+ para a contratação de 5 milhões de créditos de carbono de alta integridade. O edital tem o potencial de movimentar mais de R$ 450 milhões em investimentos.
A iniciativa abrange cinco contratos de 1 milhão de créditos a serem originados a partir da restauração ecológica de, no mínimo, 3 mil hectares cada, em áreas privadas ou públicas sob concessão florestal inseridas no bioma amazônico em um período de 25 anos.
O ProFloresta+ foi estruturado em conjunto pelo BNDES e pela Petrobras para oferecer financiamento aos desenvolvedores dos projetos vencedores do edital por meio de linhas de crédito especiais, como o Fundo Clima, com taxas e prazos adequados para projetos de restauração ecológica, que podem alcançar 25 anos e com custo financeiro de 1% ao ano.
“O ProFloresta+, em parceria com a Petrobras, é um exemplo dessa visão: um instrumento que vai fortalecer o mercado de carbono de alta integridade e gerar benefícios concretos para as pessoas e para o planeta”
Tereza Campello
Diretora Socioambiental do BNDES
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou que o Banco está ajudando a transformar o setor florestal em um motor da economia verde. “O ProFloresta+, em parceria com a Petrobras, é um exemplo dessa visão: um instrumento que vai fortalecer o mercado de carbono de alta integridade e gerar benefícios concretos para as pessoas e para o planeta”, afirmou.
Já a diretora de Sustentabilidade e Transição Energética da Petrobras, Angélica Laureano, enfatizou o otimismo da equipe com a primeira transação de créditos de carbono de restauração ecológica da Petrobras. “A expectativa é que ela sirva como referência de preço e requisitos técnicos para a geração de créditos de carbono de alta qualidade a partir da restauração florestal de nossos biomas”, disse.
PROJETOS — O ProFloresta+ viabilizará projetos greenfield, o que significa que o cronograma de entrega dos créditos foi elaborado considerando um período para que a empresa vencedora cumpra as etapas necessárias para a estruturação do projeto, incluindo aquisição ou arrendamento da terra, estruturação do fornecimento de sementes e mudas, realização do plantio e certificação dos créditos de carbono. A entrega dos primeiros créditos deverá ser realizada em até sete anos após a assinatura do contrato, com entregas subsequentes a cada cinco anos, até a conclusão do prazo contratual de 25 anos.
CRONOGRAMA — O prazo de apresentação das propostas é de 30 dias. Dentre as empresas e projetos que passarem na fase de pré-qualificação técnica, vencerão aquelas que desenvolvam projetos de restauração ecológica com espécies nativas e que, a partir do reflorestamento de áreas degradadas, ofereçam créditos de carbono com o menor preço. Esses créditos terão a compra garantida pela Petrobras em contratos de longo prazo (offtake) a um preço que será definido na licitação.
CONSÓRCIOS — Neste primeiro edital, serão admitidos consórcios de até quatro empresas e cada ofertante (individual ou consorciado) poderá ganhar até três contratos, totalizando um máximo de 3 milhões de créditos. As propostas podem ser feitas para lotes de 1, 2 e/ou 3 milhões de créditos. O edital está disponível no Petronect, portal de compras da Petrobras, Oportunidade 7004526249.
PARCERIA – Iniciativa conjunta do BNDES e da Petrobras anunciada em março de 2025, o ProFloresta+ incentiva a restauração florestal na Amazônia remunerada pela venda de créditos de carbono. A meta do programa é promover a restauração de cerca de 50 mil hectares de áreas degradadas na Amazônia com a geração de 15 milhões de créditos de carbono.