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Publicado em 24/11/2013 09h00 Atualizado em 09/12/2025 17h19

Projeto Conhecendo Nossa História chega a Aparecida de Goiânia

Publicado em 17/05/2018 13h00 Atualizado em 06/10/2023 08h36

Mais uma cidade passa a fazer parte do projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. Na próxima segunda-feira (21), Aparecida de Goiânia (GO) terá o lançamento da iniciativa, resultado de parceria entre Fundação Cultural Palmares (FCP), Ministério da Educação (MEC) e prefeitura municipal. O evento acontece das 9h às 17h no Céu das Artes Orlando Alves Carneiro.

A Cerimônia de abertura terá presença do presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, do prefeito Gustavo Mendanha e dos secretários de Articulação, Ricardo Roberto; de Educação e Cultura, Avelino Marinho; e do coordenador de Igualdade Racial, João Batista Ribeiro. No período da tarde, acontecem duas mesas redondas. A primeira vai falar do Conhecendo Nossa História e conta com o coordenador-geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC) da Fundação Palmares, Vanderlei Lourenço, e de Zezito de Araújo, professor de história e militante do movimento negro.

Por meio da capacitação de multiplicadores e da distribuição de material didático, o projeto dissemina o ensino da cultura afro-brasileira e discute em sala de aula temas de interesse da população negra como racismo, exclusão social e intolerância religiosa. A segunda mesa tratará justamente de como implementar esta ação. Participam Eliane Boa Morte, doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Com ela estarão os encarregados de multiplicar o Conhecendo Nossa História em Aparecida de Goiânia.

Mestres da capoeira ensinam sua arte em Ribeirão Preto (SP)

Publicado em 17/05/2018 10h00 Atualizado em 06/10/2023 08h38

A cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, recebe na sexta-feira (18) e no sábado (19), das 8h às 22h, a primeira etapa do projeto História, Tradição e Ginga – no Caminho da Salvaguarda – Formação com Grandes Mestres de Capoeira. O evento acontece na Casa de Cultura e é realizado pela Fundação Cultural Palmares (FCP) em parceria com a prefeitura municipal.

Durante o encontro, haverá palestras e rodas de capoeira. Os professores atuam no Brasil e no exterior. São eles Bigo, Brasiçia, Cobra mansa, Janja e Boca Rica.

Entre os capoeiristas que participam do evento o mais velho é o baiano Mestre Boca Rica, que tem 82 anos. Fez parte da academia do lendário Mestre Pastinha, em Salvador, e recebeu o apelido de Boca Rica por usar dentes de outro na parte superior da boca. Com vários discos gravados, em que canta e toca berimbau, já rodou o mundo divulgando a arte da capoeira.

Saiba mais sobre o projeto no e-mail grandesmestresdecapoeira@gmail.com.

Fundação Palmares lamenta morte da liderança Arthur Leandro

Publicado em 16/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h40

A Fundação Cultural Palmares (FCP) lamenta a morte, ocorrida na terça-feira (15) de Arthur Leandro, conhecido como Táta Kinamboji. Ele era uma liderança religiosa e membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC).

Leandro atuou energicamente em defesa das causas da população negra. Fez parte do Setorial de Cultura Afro Brasileira no biênio 2012-2014 e lutou pela elaboração do Primeiro Plano Nacional para Cultura Afro-Brasileira e pela efetivação de uma Política Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana.

Arthur Leandro nasceu em Belém do Pará em 1967 e foi professor do curso de Artes Visuais na Universidade Federal do Amapá e da Universidade Federal do Pará. Participou da Rede de Cineclubes nos Terreiros da Zona Metropolitana de Belém e trabalhou como diretor de projetos no Instituto Nangetu de Tradição Afro-religiosa e Desenvolvimento Social, entre outras atividades.

Artista plástico, performer, poeta, compositor, sambista, ativista político, escultor, radialista, articulador, acadêmico, romancista, arquiteto e liderança dos povos tradicionais de matriz africana, Arthur Leandro militou pelos direitos humanos com enorme entusiasmo. Neste momento de perda e tristeza, a Fundação Palmares se solidariza com familiares e amigos desta relevante personalidade e acredita que seu legado para a cultura e o movimento negro permanecerão vivos sempre.

Erivaldo Oliveira abre Semana dos Museus no Recôncavo Baiano

Publicado em 11/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h45

Começa nesta segunda-feira (14), a 16º Semana Nacional de Museus. Até domingo (20), uma série de ações comemoram a data pelo país.

Na região do Recôncavo Baiano, na segunda, haverá um evento marcando a celebração nos Quilombos de Santo Antônio, promovido pelo Memorial do Ensino Superior Agrícola (Measb) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Uma conferência abre a programação, tendo como temas Museus Interconectados: Novas Abordagens, Novos Públicos e Measb inerconectando-se com o saber fazer, a ciência e seus públicos.

O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, participa da conferência. Ele irá falar sobre o Dia Internacional de Museus (18 de maio) com ênfase na importância de se levar a academia e o estado às comunidades quilombolas e do papel de sua instituição para se preservar o legado destes territórios. O público será composto por quilombolas e estudantes de museologia.

Evento ancestral, Bembé do Mercado lembra fim da Escravidão

Publicado em 11/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h47

Leia pesquisa realizada pelo colaborador da Fundação Cultural Palmares (FCP) Jackson Filho Araújo dos Santos sobre o Bembé do Mercado, festa cultural e religiosa realizada no município baiano de Santo Amaro da Purificação que lembra anualmente, no dia 13 de maio, a Abolição da Escravidão no Brasil. Entre a população acredita-se que a palavra bembé seria a forma como os negros chamavam o nome da Princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea. Alguns pesquisadores creem que a palavra seria uma corruptela de candomblé, resultando na expressão “bater o bembé”. 

O Bembé do Mercado é uma festa de tradição cultural e religiosa, que acontece há mais de cem anos em Santo Amaro da Purificação, que cultua e presta reverência aos Orixás, bem como celebra a liberdade do povo negro, que, diga-se de passagem, foi escravizado em um longo período de um determinado momento histórico brasileiro.

Apesar da tirania do poder atroz legitimado pelo Estado, durante muito tempo no Brasil, para a imposição arbitrária da cultura europeia sobre os negros trazidos do continente africano, de modo a subjugar a cultura dos mesmos, violentá-los, dentre outras mazelas, o povo negro, ainda que sob ferrenha opressão, resistiu e jamais deixou a cultura africana ceder aos preceitos morais e culturais ditados pela postura autoritária das tradições européias, tampouco deixou a cultura africana ceder às leis que fomentavam o preconceito, a discriminação com os negros e a segregação social.

Em 1889, ano seguinte após a “abolição” da escravidão, o som dos tambores sagrados começaram a ressoar não mais somente nos terreiros mais escondidos da sociedade como um todo, mas começaram ressoar nos espaços públicos, expandindo a religiosidade de matriz africana de modo a levá-la para além do seu nicho habitual e fazendo com que mais pessoas pudessem passar a tomar mais conhecimento a respeito daquilo que já era cultuado nos terreiros.

Assim então, foi dentro desse contexto que surgiu o Bembé do Mercado em Santo Amaro da Purificação, na região do recôncavo baiano, quando a denominação religiosa, Candomblé, começou a tomar as ruas, evidenciando para a população circundante a sua atmosfera teológica e simbólica, para comemorar a declaração oficial do Estado dando o aval que assegurava o direito da condição de liberdade para o povo negro. Desde então, a festa Bembé do Mercado passou a ser realizada anualmente em todo 13 de maio, data da assinatura da lei áurea.

A festa Bembé do mercado representa um momento que transborda emoção e alegria, uma vez que se trata de um momento de celebração do fim da escravidão, da liberdade de expressão e liberdade no que diz respeito à manifestação da religiosidade. Há uma crença comum entre os seguidores do candomblé de que se não houver o bater dos atabaques em Santo Amaro-BA em determinada época do ano, isto é, se não houver a realização do Bembé, algo de negativo possa vir a ocorrer.

Ocorre no Bembé do mercado a integração de vários terreiros de Santo Amaro, que, nessa época, vão para além dos territórios sagrados e levam às ruas de Santo Amaro a religiosidade africana que foi trazida ao Brasil, esta, que por sua vez, foi escondida em senzalas por um longo tempo. A integração dos terreiros levando religiosidade para os espaços públicos da cidade é elemento crucial e referencial da peculiaridade e singularidade desta prática centenária que é a festa do Bembé do Mercado. Existe, antes dos terreiros participantes da festa chegar ao Mercado, a preparação dos rituais sigilosos da religião de matriz africana. E a população de Santo Amaro, juntamente com os turistas que perambulam pela cidade nessa época, acompanha e observa uma grande celebração que acontece publicamente, na qual a religiosidade de matriz africana é manifestada com intensidade.

Há também, outra cerimônia, não menos importante, que acontece na Festa do Bembé do Mercado, que é a oferenda do presente principal que é dado aos Orixás das Águas. Existe um cortejo que percorre um itinerário que passa por locais simbólicos da cidade de Santo Amaro-BA, antes do momento de entrega da oferenda para os Orixás das Águas. O cortejo que leva o presente para as águas é acompanhado pelo povo, que por sua vez, segue o cortejo pedindo, por meio do canto, que a maré esteja boa para haver a permissão para a entrega da oferenda.

Em 1940 surgiu a perspectiva de se trabalhar com referências culturais, na qual defendia, sobretudo, o folclore e a cultura popular, e isso contribuiu significativamente para que o país se voltasse mais atenciosamente para a cultura de povos de matriz indígena e africana. Mas, muito se questionava a respeito da necessidade de formulação de uma política que fosse culturalmente mais abrangente, de modo a ampliar o campo da representatividade social, para assim evitar a preservação cultural tão somente restrita à cultura dominante, elitista e excludente, que ainda não contemplava efetivamente e, de maneira eficiente, a cultura de matriz africana. O que se buscava nessa época era a constituição de uma política patrimonial cultural mais somatória e inclusiva e não uma política patrimonial eliminatória e excludente. Esse quadro começou a receber uma alteração em 1980 de modo a fazer com que o IPHAN promovesse o tombamento do primeiro terreiro de candomblé do Brasil, o da Casa Branca, em Salvador/BA.

O Registro é um instrumento jurídico e seu efeito é a identificação, o reconhecimento e a valorização do patrimônio imaterial, levando em conta que a dimensão de patrimônio, nessa perspectiva, advém de processos culturais que construiu modos de vivências em convivências sociais que dizem respeito a maneiras de sobrevivência, de apropriação de recursos naturais e de relações com o meio ambiente. Com o Registro feito pelo o Estado, das vivências e manifestações culturais que recebem atribuição valorativa pela a comunidade que as pratica, as responsabilidades que cabem ao Estado aumentam e existe o dever do Estado de ajudar financeiramente a comunidade que produz a cultura registrada como patrimônio imaterial, de modo a fomentar tal cultura, para que assim possa difundir e dar visibilidade para a mesma, entre outras maneiras de disponibilizar apoio e fomento.

O Registro do Bembé do Mercado pelo o Estado da Bahia significa o reconhecimento do Poder Público de uma pertinente manifestação cultural que se manteve erguida ao longo do tempo, que se mostra enquanto um testemunho histórico cultural vivo da resistência das comunidades de matriz africana e de sua incansável luta desde o período da escravidão até os dias de hoje. O Bembé do Mercado é a demonstração da possibilidade da construção e manutenção de espaços que fazem justiça a religiosidade de matriz africana, até mesmo nos espaços públicos, bem como a transmissão da herança cultural afro-brasileira.

Referências:

http://agentesculturais.com.br/wp-content/uploads/2017/03/bemb%C3%A9_do_mercado.pdf
consulta mais recente realizada em 29/01/2018

http://santoamarohistorico.blogspot.com.br/2011/01/bembe-do-mercado_14.html
Consulta mais recente realizada em 29/01/2018

https://g1.globo.com/bahia/noticia/tradicao-ha-128-anos-festa-do-bembe-do-mercado-vai-ate-domingo-em-santo-amaro.ghtml
Consulta mais recente realizada em 29/01/2018

Feliz Dia das Mães

Publicado em 11/05/2018 16h00 Atualizado em 06/10/2023 08h49

No próximo domingo, 13 de maio, comemora-se o Dia das Mães. Neste ano, a data coincide com os 130 anos da Abolição da Escravidão. Pode-se inserir nisso um simbolismo, afinal, ainda hoje, tanto os afro-brasileiros como as mulheres ainda lutam para conquistar igualdade de condições em um país extremamente racista e machista.

Tanto negros quanto mulheres ganham salários menores na comparação com os homens brancos. Mulheres negras, então, sofrem em dobro, vítimas tanto do machismo quanto do racismo.

Mães negras são as que mais enterram seus filhos jovens por conta da tragédia que atinge principalmente esta população. Muitas mães negras, elas mesmas são também constantemente vítimas de estupros, do feminicídio – associado à cultura machista opressora dos direitos das mulheres – e a um cotidiano de violência extrema e da falta de acesso a políticas públicas básicas  nas comunidades em que vivem.

Uma das mães negras vítimas da violência recentemente foi a vereadora carioca Marielle Franco, executada junto com o motorista Anderson Gomes, em março, no centro do Rio de Janeiro. Ao que tudo indica, Marielle pagou com a própria vida por defender os direitos dos mais pobres e por contrariar os interesses das milícias que atuam na capital fluminense.

Infelizmente, as mulheres negras têm menos acesso à saúde, educação, saneamento básico, transporte de qualidade, lazer e segurança que os demais cidadãos. Mesmo assim, essas mães afro-brasileiras guerreiras acordam todo dia cedo para uma verdadeira batalha, muitas vezes enfrentada sozinha, sem a presença de um companheiro, para tentar garantir uma vida digna aos seus filhos.

Apesar de tudo que ainda precisa se fazer para garantir igualdade às mulheres, às mães e ao povo negro brasileiro, a Fundação Cultural Palmares (FCP) acredita que um dia havemos de conquistar um país mais justo e com oportunidades para todos, independentemente de gênero ou raça. Este tempo vai chegar.

Desejamos a todas um Feliz Dia das Mães!

Polícia Federal deflagra operação contra racismo e outros crimes de intolerância

Publicado em 10/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h51

Desde o começo da manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Federal (PF) está nas ruas de seis cidades brasileiras na Operação Bravata, que investiga crimes de racismo, incitação, ameaça e associação criminosa. Em Curitiba (PR), os agentes da PF prenderam Marcelo Mello, que já havia sido preso e condenado pelos mesmos crimes.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcos Josegrei, da 14ª Vara Federal de Curitiba. Além da capital paranaense, a operação acontece na cidade do Rio, na cidade de São Paulo, no Recife (PE), em Santa Maria (RS) e Vila Velha (ES).

Marcelo Mello teve a prisão preventiva decretada e já está na Superintendência da PF em Curitiba. Em 2012, foi preso na Operação Intolerância, também da Polícia Federal. Na ocasião, foi acusado pelas autoridades de incentivar a violência contra negros, população LGBT, mulheres, nordestinos e judeus, além de incitar o abuso sexual de menores de idade. O juiz Marcos Josegrei considerou necessária a nova prisão pelo fato de o investigado continuar a praticar crimes de intolerância e preconceito, mesmo após condenação pelos mesmos atos.

Ofensas que envolvem racismo, homofobia, machismo, sexismo, anti-semitismo, intolerância religiosa e nacionalismo exacerbado proliferam pela internet. As vítimas dessas agressões vão de pessoas famosas, como a jornalista global Maria Júlia Coutinho e Titi, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, aos demais cidadãos.

Basta uma olhada nas redes sociais ou nos fóruns de comentários de notícias para se ter uma dimensão de como esse tipo de ataque é comum. Os autores das ofensas sentem na web um ambiente onde, em sua percepção, podem ficar impunes. Não é assim. Racismo e outros atos preconceituosos são crimes também na internet. Sempre bom lembrar que o racismo passou a ser criminalizado pela Constituição de 1988.

A injúria racial está prevista no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, que estabelece a pena de reclusão de um a três anos e multa. De acordo com o dispositivo, praticar injúria é ofender a dignidade ou o decoro utilizando elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Já o crime de racismo, previsto na Lei n. 7.716/1989, implica conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade e, geralmente, refere-se a crimes mais amplos.

Curso de processamento de frutas e hortaliças marca nova etapa de parceria entre Palmares e IFB de Brasília

Publicado em 09/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h54

Em mais uma etapa da parceria formalizada entre a Fundação Cultural Palmares e o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB, para realização do Projeto Núcleo de Formação de Agentes de Cultura Negra – NUFAC”, será iniciada no dia 21 de maio a última turma do curso de Operador de Processamento de Frutas e Hortaliças, no Campus do IFB do Gama – DF. As vagas são destinadas prioritariamente para jovens negros e negras. As 20 vagas serão preenchidas por meio de matrícula presencial, prorrogadas até o dia 18 de maio, das 9h às 17h, no Registro Acadêmico do campus (Lote 01, DF 480, Setor de Múltiplas Atividades, Gama/DF).

A primeira etapa do projeto, já encerrada contemplou o mesmo público alvo com os cursos de Moda Afro no campus de Taguatinga-DF, Jogos Eletrônicos no Campus Cidade Estrutural-DF e Operador de Processamento de Frutas e Hortaliças, também no Campus do Gama-DF

As aulas terão serão ministradas às segundas e quintas feiras, e eventualmente às sextas e sábados, de 13h50 a 18h20. A carga horária do curso é de 120 horas, mais 80 horas de atividades complementares.

Dúvidas e esclarecimentos serão respondidos pelo telefone do campus: (61) 2103-2250

Comitê Gestor da Serra da Barriga volta a se reunir

Publicado em 09/05/2018 14h00 Atualizado em 06/10/2023 08h56

O Comitê Gestor da Serra da Barriga se reúne novamente nesta quarta-feira (9), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Maceió (AL). Na pauta de trabalho, estão as Diretrizes de Gestão do Dossiê de Candidatura da Serra ao título de Patrimônio Cultural do Mercosul, conquistado em 2017.

Participam do encontro pessoas que contribuíram para produção do Dossiê, como Carlos Moura, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), e o professor e militante do movimento negro Zezito de Araújo. Carolina Nascimento, diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro Afro-Brasileiro, e Balbino Praxedes, representante regional em Alagoas, marcam presença pela Fundação Palmares, instituição responsável pela gestão da Serra da Barriga.

Também compõem o Comitê Iphan,  Governo de Alagoas, Prefeitura de União dos Palmares, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), além da sociedade civil.

A Serra da Barriga foi palco no período colonial da luta contra a escravidão, sob a liderança de Zumbi dos Palmares. Hoje, a Serra abriga o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que reconstitui a trajetória do povo que se revoltou contra o regime escravocrata.

130 Anos da Abolição da Escravidão: Fundação Palmares atua para promover mobilidade social dos afro-brasileiros

Publicado em 08/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 08h58

No próximo domingo, 13 de maio, o Brasil lembra os 130 anos da Abolição da Escravidão no Brasil. O movimento negro não comemora a data em que a Lei Áurea passou a vigorar, em 13 de maio de 1888. O motivo é por considerar que após a libertação os afro-brasileiros foram simplesmente abandonados à própria sorte, sem receber por parte do estado qualquer apoio ou compensação pelos séculos de aprisionamento.

A Fundação Cultural Palmares (FCP), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), aceita este posicionamento por entender que embora representem mais da metade da população brasileira os negros ainda não têm muito o que comemora, embora algumas conquistas tenham ocorrido, como a criminalização do racismo pela Constituição de 1988 e a adoção do sistema de cotas raciais em vestibulares e concursos públicos.

Perdura no Brasil para este povo a exclusão social, refletida nas condições precárias de moradia, na falta de acesso aos serviços básicos, como saúde e educação, e por estas pessoas sofrerem com a violência e o racismo. A maior parte das vítimas fatais da violência no Brasil são jovens negros. Segundo o Atlas da Violência 2017, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a população negra corresponde a quase 80% dos 10% de brasileiros com mais chances de serem assassinados.

Apesar deste cenário, a Fundação Palmares acha importante marcar a data para refletir sobre o muito que ainda precisa se fazer para que, de fato, se conquiste a igualdade racial no país. Desde sua criação, em 1988, a Palmares atua para promoção da mobilidade social dos negros. A instituição realiza um conjunto de projetos para combater o preconceito, preservar as tradições e promover justiça social para os afro-brasileiros.

Uma das mais relevantes ações desenvolvidas pela Fundação Palmares é a certificação das comunidades quilombolas. O processo reconhece estes territórios como remanescentes de quilombos e abre as portas para que eles tenham acesso às diversas políticas do poder público, entre as quais a regularização fundiária, a cargo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Para que a certificação seja concedida as comunidades devem se declarar como quilombolas e comprovar por uma série de documentos suas origens.

Projetos para promoção da mobilidade social dos afro-brasileiros

A Fundação Palmares realiza projetos para atingir sua missão, que é promover a mobilidade social dos negros e enfrentar um quadro que não mudou significativamente ao longo do século XX e neste começo do século XXI.

Uma destas ações é o Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil. Fruto de parceria com o Ministério da Educação (MEC), estados e municípios, a iniciativa capacita professores e técnicos de secretarias de Educação para disseminar a história e a cultura afro nas escolas, além de discutir temas de interesse da população negra, como intolerância religiosa e racismo. O projeto utiliza como material didático o livro O que Você Sabe sobre a África e uma revista de palavras cruzadas Coquetel, ambos focados na trajetória dos afro-brasileiros. A importância desse projeto diz respeito a combater o preconceito, refletido, por exemplo, no bullying e nas agressões racistas em redes sociais, tão comuns atualmente, por meio de um instrumento bastante eficaz que é a educação.

A Fundação Cultural Palmares também participa do programa Bolsa Permanência, desenvolvido pelo MEC. O Bolsa Permanência disponibiliza recursos para que estudantes de baixa renda consigam se manter em universidades federais. Cabe à Fundação Palmares certificar os quilombolas que participam do programa. A maioria reside em áreas distantes, onde não existem faculdades. Daí, precisam se deslocar para cidades maiores ou para os grandes centros, onde têm gastos como aluguel, transporte e alimentação. Um dos resultados é que quando estes jovens concluem seus estudos, levam os conhecimentos adquiridos para promover o desenvolvimento de suas comunidades de origem.

Para disseminar a literatura com temática afro-brasileira, a Fundação Palmares lançou o edital do Prêmio Oliveira Silveira, em referência a um grande nome das letras nacionais. Como resultado, foram publicados cinco títulos que tratam justamente da história e da cultura afro. Essas obras já tiveram lançamento pelo Brasil em espaços como a celebrada Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no estado do Rio de Janeiro. Nessas ocasiões, os autores autografam seus títulos e debatem com o público. Em 2018, está prevista uma segunda edição do prêmio, agora voltada à literatura infanto-juvenil. Por meio de uma parceria com o Ministério da Cultura, mais de 8 mil livros do Oliveira Silveira estão sendo distribuídos a bibliotecas de todos os estados e do Distrito Federal.

A Fundação Palmares também realiza o circuito Virada Afro Cultural. Trata-se de uma maratona de atividades artísticas, de gestão em negócios, de qualificação profissional e ação social para quilombolas e a comunidade em geral. Além de apresentações com artistas nacionais e locais, acontecem feiras com produtos dos quilombolas, oficinas e debates. O evento tem sua próxima edição em Macapá, no mês de junho e passa ainda este ano por cidades do Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul e DF.

Também dentro da perspectiva de aliar o apoio ao empreendedorismo à divulgação das tradições culturais e artísticas afro, da próxima quinta-feira (10) a domingo (13) acontece na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Canjerê – IV Encontro de Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais I Festival Cultural dos Quilombos. O evento conta com apoio da Fundação Palmares. São esperados representantes das mais de 300 comunidades remanescentes de quilombo do estado.

Com entrada aberta ao público, a programação reúne uma série de atividades que envolvem empreendedorismo, gastronomia e cultura. Haverá apresentações de música, dança, teatro e poesia. Grupos culturais do Haiti também marcam presença na festa. Outro destaque fica com oficinas dedicadas à qualificação do empreendedorismo e da gestão de negócios. As capacitações abordarão temas como produção e comercialização de produtos quilombolas, segurança alimentar, produção orgânica, fitoterapia, culinária, desenvolvimento de projetos culturais e regulação sanitária.

Os visitantes ainda terão oportunidade de conferir uma feira com dezenas de barracas oferecendo produtos dos quilombolas, como artesanato, comidas típicas, plantas medicinais e artigos agrícolas. Já as mesas redondas do Canjerê discutirão temas como território, meio ambiente, geração de renda, sustentabilidade, educação e estratégias para o empoderamento das mulheres quilombolas. Além de tudo isso, o evento apresentará mostra de fotos e de cinema quilombolas.

Dentro do leque de projetos que contribuem para levar a cidadania aos afro-brasileiros, destaca-se a Palmares Itinerante. Junto com parceiros das diversas esferas do poder público e da sociedade, a instituição viaja pelo país promovendo diálogo direto com as comunidades quilombolas e do movimento negro. São ouvidas as principais demandas, que contribuem para formulação de políticas públicas.

Assessoria de imprensa da Fundação Palmares

Telefone: (61) 3424-0107. (61) 9 9937-7268.

e-mail: marcelo.araujo@palmares.gov.br

No Ecobantu, Erivaldo Oliveira anuncia expansão do Mapeamento de Terreiros

Publicado em 04/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 09h03

O presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Erivaldo Oliveira, participou da cerimônia de abertura do 4º Ecobantu, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O evento destaca a importância das tradições africanas bantus na cultura brasileira.

Erivaldo Oliveira aproveitou a ocasião para anunciar novidades sobre o Mapeamento de Terreiros, realizado pela Fundação Palmares. Na quinta-feira (3), o resultado do projeto-piloto no Distrito Federal foi apresentado no Museu da República, em Brasília. “Hoje o DF sabe quantos somos e onde estamos. A geopolítica diz que precisamos ocupar este espaço e estamos conseguindo”, destacou o presidente. Erivaldo contou que a iniciativa será expandida pelo país, sendo em breve realizada em estados como São Paulo, Amapá, Goiás e Rio de Janeiro.

Também participaram da abertura do encontro Walmir Damasceno, representante da Ecobantu; o deputado federal Vicente Paulo da Silva (Vicentinho); o diretor geral do Centro Internacional de Cultura Bantu, Antonie Manda Tchebwa; o cônsul do Gabão, Guilherme Curi; a líder religiosa angolana Makota Valdina e o escritor e historiador John Bella, também de Angola.

O Ecobantu segue até domingo (6). A programação reúne palestras, atrações artísticas, debates e filmes.

Minas sedia grande encontro de comunidades quilombolas

Publicado em 04/05/2018 15h00 Atualizado em 06/10/2023 09h05

Um dos maiores eventos de comunidades remanescentes de quilombos do país acontece nesta semana. De quinta-feira (10) a domingo (13), será realizado o Canjerê – IV Encontro de Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais e I Festival Cultural dos Quilombos, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.

O Festival é realizado pela Federação das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais -N’Golo com a parceria do Governo do Estado, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), correalizador do evento e da Cemig, patrocinadora. Tem o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda-MG), da Prefeitura de Belo Horizonte, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Fundação Cultural Palmares (FCP).

A abertura oficial ocorre às 19h de quinta, com a presença do presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira. Na ocasião, ele entregará a certificação de auto-definição a quatro territórios: Giral, do município de Araçuai; Dos Nogueira, de Montes Claros; Quilombo, de Sabinópolis; e Virgolândia, de Águas Claras. O documento reconhece oficialmente estas populações e abre as portas para que elas tenham acesso às diversas políticas públicas.

Com entrada aberta ao público, a programação reúne uma série de atividades que envolvem empreendedorismo, gastronomia e cultura. Haverá apresentações de música, dança, teatro e poesia. Grupos culturais do Haiti também marcam presença na festa.

Outro destaque fica com oficinas dedicadas à qualificação do empreendedorismo e da gestão de negócios. As capacitações abordarão temas como produção e comercialização de produtos quilombolas, segurança alimentar, produção orgânica, fitoterapia, culinária, desenvolvimento de projetos culturais e regulação sanitária.

Os visitantes ainda terão oportunidade de conferir uma feira com dezenas de barracas oferecendo produtos dos quilombolas, como artesanato, comidas típicas, plantas medicinais e artigos agrícolas. Já as mesas redondas do Canjerê discutirão temas como território, meio ambiente, geração de renda, sustentabilidade, educação e estratégias para o empoderamento das mulheres quilombolas. Além de tudo isso, o evento apresentará mostra de fotos e de cinema quilombolas.

Minas Gerais é uma das unidades da Federação com maior número de comunidades quilombolas. São mais de 300.

Mapeamento dos Terreiros do DF é apresentado em Brasília

Publicado em 03/05/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 09h07

Uma grande celebração da religiosidade e da cultura afro-brasileiras marcou o lançamento do Mapeamento dos Terreiros do Distrito Federal, na manhã desta quinta-feira (3), no Museu da República, em Brasília. O Mapeamento é resultado de uma parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP), instituição vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), e da Universidade de Brasília. Já o evento contou com a parceria com a Secretaria de Cultura do DF.

Antes mesmo de a cerimônia ter início, os grupos afro Obará e Asé Dudu receberam o público com performances de canto, dança, música e capoeira. Outro belo momento aconteceu quando baianas desceram a rampa do Museu para realizar uma lavagem simbólica no espaço.

O responsável pela pesquisa, o professor Rafael Sanzio, da UnB, abriu a cerimônia apresentando o Mapeamento dos Terreiros. “Esta iniciativa é para sermos visíveis. Este Mapeamento não pertence a nós e às autoridades e sim a vocês, representantes dos povos de terreiro”, destacou Sanzio. Em seguida, o professor mostrou um vídeo falando sobre a importância do estudo para combater a intolerância religiosa e gerar políticas públicas a estes espaços.

Na sequência, formou-se a mesa do evento. Além de Rafael Sanzio, compuseram a roda de conversa o presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira; o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; a deputada federal Erika Kokay, cuja emenda possibilitou a realização da pesquisa; o deputado distrital Ricardo Vale; a chefe de Gabinete do Ministério da Cultura, Cláudia Pedrozo; o decano de Assuntos Comunitários da UnB, André Luiz Teixeira; o presidente da Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e do Entorno, Rafael Moreira; e a religiosa Elvira de Oxum. A solenidade também teve presença do secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Juvenal Araújo Júnior.

Para o governador Rollemberg, o mapeamento será importante para evitar ataques a terreiros como os que já ocorreram no passado. “É fundamental que o poder público saiba onde estão os terreiros para promover a segurança deles”, afirmou.

A deputada Érika Kokay afirmou que os terreiros são espaços de resistência da cultura afro-brasileira e ressaltou a importância de se expandir o mapeamento para os municípios de Goiás que compõem a região do Entorno do DF. “Por causa da intolerância e do racismo, muitos religiosos se mudaram de Brasília para cidades próximas”, observou. Segundo Érika, os terreiros possuem enorme potencial para gerar renda às comunidades, por conta de atividade culturais desenvolvidas, e para preservar as tradições afro.

A chefe de Gabinete do MinC, Cláudia Pedrozo, ponderou que o Mapeamento dos Terreiros é mais um passo rumo à documentação e ao atendimento das demandas da cultura afro-brasileira. “Quanto maior a visibilidade destas manifestações, melhor será o trabalho de preservação delas”, comentou Cláudia.

Erivaldo Oliveira lembrou da importância histórica dos terreiros, inclusive em momentos críticos da história do Brasil, no período da Ditadura Militar, quando estes centros religiosos abrigaram opositores ao regime opressor. Erivaldo assinalou que o Mapeamento dos Terreiros representa um começo para que estes espaços tenham acesso a políticas públicas. “Agora que sabemos quem somos e onde estamos, queremos das autoridades policiamento, saúde, regularização fundiária, isenções tributárias como  as que beneficiam outras crenças e que os terreiros se tornem pontos de cultura. Nossa religião não existe para se esconder. Precisamos sair dos guetos e nos mostrar. Esta luta não tem fim”,  afirmou Erivaldo Oliveira.

No evento, o presidente da Fundação Palmares e a secretária substituta de Cultura do Distrito Federal, Nanã Catalão, assinaram um termo de cooperação. A ideia é que a Palmares e o Governo do Distrito Federal (GDF) desenvolvam uma série de ações para valorizar e divulgar a cultura afro-brasileira.

A cerimônia encerrou com uma apresentação da cantora Dhi Ribeiro, participante da edição de 2017 do programa The Voice Brasil, da Rede Globo. Ela apresentou alguns clássicos do samba, como Canto das Três Raças, sucesso de Clara Nunes na década de 70, levando a plateia ao delírio.

Obará leva patrimônio afro à cerimônia do Mapeamento dos Terreiros

Publicado em 27/04/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 10h03

O grupo de artes cênicas brasiliense Obará tem como foco valorizar o patrimônio da cultura afro-brasileira. A trupe é uma das atrações artísticas da cerimônia de lançamento do Mapeamento dos Terreiros do Distrito Federal, na próxima quinta-feira (3 de maio), às 10h, no Museu da República, em Brasília. O Mapeamento é uma parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP) com a Universidade de Brasília (UnB). Já o evento conta com parceria da Secretaria de Cultura do DF.

Com uma década de estrada, o Obará se vale da dança, da música e do teatro em suas apresentações. Junto com a reverência às crenças de matriz afro, o grupo também trata de questões que atingem a população negra, como racismo, intolerância religiosa e exclusão social.

Mais informações no Facebook: https://www.facebook.com/ProjetoObara

Asé Dudu também marca presença no lançamento do Mapeamento dos Terreiros do DF

Publicado em 27/04/2018 15h00 Atualizado em 06/10/2023 10h05

Com três décadas de estrada, o grupo cultural Asé Dudu é uma das atrações do lançamento do Mapeamento dos Terreiros, na próxima quinta-feira (3 de maio), às 10h, no Museu da República, em Brasília. A trupe surgiu com a intenção de criar em Brasília um bloco com as raízes na cultura afro.

O Asé Dudu tem origem em Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal. A exemplo de grupos famosos como Olodum, além da música, promove debate sobre a cultura negra e realiza ações contra as diversas formas de preconceito, como o racismo. Presença constante nos carnavais da capital do país, o bloco baseia sua musicalidade na força do ritmo dos tambores. Por onde passa, o público logo começa a dançar.

O Mapeamento dos Terreiros do DF é resultado de parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP) com a Universidade de Brasília (UnB). Já a Secretaria de Cultura do DF é parceira na realização do evento.

Bom Jesus da Lapa (BA) terá projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil

Publicado em 27/04/2018 11h00 Atualizado em 06/10/2023 10h06

Servidoras da Fundação Cultural Palmares (FCP) se reuniram na quinta-feira (26) com representantes das secretarias da Igualdade Racial e da Educação do município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. O objetivo foi discutir o lançamento na cidade do projeto Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil, que deve ocorrer no mês de julho. A FCP foi representada por Conceição Barbosa e Carolina Petitinga, ambas do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC).

O Conhecendo Nossa História capacita professores das escolas para o ensino e a discussão sobre temas relacionados à população negra, como racismo, inclusão social e intolerância religiosa. O material didático reúne um livro e uma revista de palavras cruzadas sobre a história e a cultura afro.

Dhi Ribeiro canta no lançamento do Mapeamento dos Terreiros

Publicado em 26/04/2018 13h00 Atualizado em 06/10/2023 10h15

Um dos destaques da cerimônia de lançamento do Mapeamento dos Terreiros do Distrito Federal, na próxima quinta-feira (3), no Museu da República, em Brasília, serão as atrações artísticas. O evento começa às 10h e terá a cantora Dhi Ribeiro, o grupo musical Asé Dudu e a trupe de dança afro Obará. O Mapeamento é resultado de parceria da Fundação Cultural Palmares (FCP) com a Universidade de Brasília (UnB). Já o evento tem parceria da FCP com a Secretaria de Cultura do Distrito Federal.

Nascida em Nilópolis (RJ), criada em Salvador (BA) e radicada em Brasília (DF), Dhi Ribeiro tem sólida carreira como intérprete de samba. Hoje seu trabalho alcança reconhecimento nacional. Em 2017, foi uma das participantes do programa The Voice Brasil, da Rede Globo, chamando bastante atenção dos jurados e do público por conta dos seus dotes vocais.

Dhi Ribeiro lançou seu primeiro disco, Manual da Mulher, em 2009. Em 2012, a canção Para Uso Exclusivo da Casa, gravada por ela, entrou na trilha sonora da novela da TV Globo. Atualmente, realiza muitos shows pelo país.

Alabama inaugura memorial dedicado a vítimas da segregação racial americana

Publicado em 26/04/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 10h20

O Memorial Nacional pela Justiça e pela Paz, primeiro monumento dedicado a vítimas da segregação racial nos Estados Unidos, está sendo inaugurado nesta quinta-feira (26) em Montgomery, capital do Alabama. A criação do espaço no Alabama tem um caráter simbólico já que esse estado americano, no passado, foi um dos mais importantes palcos da luta dos negros contra o racismo e pelo direito ao voto.

O Alabama fica no sul dos Estados Unidos, região que historicamente enfrenta mais problemas com racismo. Durante a Guerra Civil, em meados do século 19, os latifundiários sulistas lutaram para manter a escravidão, formando os Estados Confederados. A área é berço da organização racista e de extrema direita Ku Klux Klan, célebre pela perseguição e assassinato de afro-americanos, judeus, imigrantes e população LGBT. Até hoje os supremacistas brancos ainda constituem um grande problema para a sociedade norte-americana.

A escravidão nos Estados Unidos teve características semelhantes à do Brasil, com o aprisionamento de africanos, que eram trazidos para a América. As semelhanças quanto ao tratamento cruel imposto a essas pessoas também são grandes. O Museu Nacional pela Justiça e Paz reúne por meio de fotos, obras de artes e outros registros um dos fatos mais vergonhosos da história da humanidade. Do lado de fora do prédio, pilares trazem os nomes de gente que morreu vítima de linchamentos e de enforcamentos. Milhares perderam a vida desta forma pelos mais absurdos motivos, como um negro que foi linchado por portar a foto de uma mulher branca, na década de 1920.

Evento reúne Representações Regionais da Palmares

Publicado em 24/04/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 10h21

As Representações Regionais da Fundação Cultural Palmares (FCP) se reúnem nesta terça-feira (24), quarta-feira (25) e quinta-feira (26) em Brasília. A Oficina com os Representantes Regionais vai apresentar o Mapa Estratégico da instituição, além de discutir temas como proteção ao patrimônio afro-brasileiro e certificação das comunidades quilombolas.

A Fundação Palmares tem regionais em Alagoas, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro/Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul. Elas dialogam diretamente com a população afro-brasileira e dão suporte às iniciativas do órgão para promoção da mobilidade social deste grupo.

O evento começou às 9h, com a Apresentação do Mapa Estratégico da Fundação Cultural Palmares com a coordenadora geral de Gestão Estratégica, Simoni Hastenreiter. O documento norteia as ações da entidade ao longo de 2018, com o foco em seus principais projetos, como a Virada Cultural Afro, O Conhecendo Nossa História: da África ao Brasil, a Palmares Itinerante e o Mapeamento dos Terreiros do Distrito Federal.

A programação da tarde começa com apresentação das ações do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, com a diretora do setor, Carolina Nascimento. Em seguida, o coordenador de Articulação e Apoio às Comunidades Quilombolas, Leonardo Santana, fala de Políticas Públicas e da Agenda Social Quilombola. Depois, o coordenador de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Tiago Cantalice, trata do Processo de Certificação das Comunidades Quilombolas.

Na quarta-feira, a oficina tem início com o tema Mediação de Conflitos, com a chefe de Divisão, Edi Freitas, e Vilma Francisco. Trata-se de um assunto delicado, dada a profusão de conflitos de terras envolvendo comunidades remanescentes de quilombos em todo o Brasil. Em 2018, só no Pará, já houve o assassinato de quatro lideranças quilombolas.

Para encerrar o dia, Tiago Cantalice aborda a questão do Licenciamento Ambiental. Ele dará o passo a passo do processo com um estudo de caso. Na quinta-feira, os representantes das Regionais irão avaliar estudos de casos em cima dos temas debatidos na oficina.

Servidores da Palmares participam de treinamento em tomada de contas especial

Publicado em 23/04/2018 09h00 Atualizado em 06/10/2023 10h23

Nesta segunda-feira (23), servidores da Fundação Cultural Palmares (FCP) participam em Brasília do treinamento Tomada de Contas Especial (TCE). A capacitação é ministrada pelo instrutor Henrique Kamchen, da Controladoria Geral da União (CGU).

O curso tem como objetivo geral instaurar a Tomada de Contas Especial na FCP. Trata-se de um procedimento de natureza administrativa que apura responsabilidade por omissão e irregularidade no dever de prestar contas ou danos causados ao erário. O treinamento aborda características da TCE, composição do processo, medidas administrativas e encaminhamento aos órgãos de controle, entre outras questões.

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