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Publicado em 24/11/2013 09h00 Atualizado em 17/12/2025 13h25

Fundação Cultural Palmares promove vivência pedagógica na Serra da Barriga

Publicado em 28/11/2023 13h37

A Fundação Cultural Palmares, por meio do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro realizou no último dia 25, a aula de campo ‘Vivência das Rotas Contracoloniais da Serra da Barriga e do Quilombo Muquém’ coordenada pela Profa. Dra. Luíza Silva-Silva (CEDU/UFAL).

A vivência pedagógica faz parte do termo de destaque firmado entre a FCP e a UFAL, com o objetivo de realização de oficinas de conscientização patrimonial e ambiental da Serra da Barriga, bem como preservar e educar para o mundo de atenção aos Patrimônios naturais, assim como reconhecer a necessidade de sustentabilidade.

O grupo de estudantes, juntamente com a professora, percorreram rotas guiadas pelas insurgências do quilombo de Palmares através das árvores seculares sagradas do território. A comunidades quilombolas são naturalmente protetoras da natureza, nos seus modos organizativo e da cadeia de suas produções.

A espacialidade da Lagoa dos Negros, no Parque Memorial Serra da Barriga, também foi um lugar de trocas de conhecimentos pelo grupo. Em seguida, os estudantes desenvolveram uma atividade na comunidade quilombola do Muquém, reunindo-se com a Mestra ceramista Dona Irinéia por meio dos pressupostos educacionais da Educação comunitária.

Educação e Pesquisa

Quilombolas de Invernada dos Negros (SC) recebem títulos de três áreas

Publicado em 23/09/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 14h06

Quilombolas de Santa Catarina, receberam na última semana os títulos definitivos de três das áreas que compõem o seu território, conhecido como Invernada dos Negros. Foram os primeiros títulos entregues a comunidades quilombolas no Estado. As lideranças receberam os documentos durante o Encontro Estadual dos Territórios Quilombolas Catarinenses, ocorrido nos dias 17 e 18, em Florianópolis. A comunidade foi certificada pela Fundação Cultural Palmares – MinC, em outubro de 2013.

O território que possui aproximadamente 7.950 hectares é constituído por 132 áreas localizadas nos municípios de Campos Novos e Abdon Batista. Essas áreas estão em diferentes etapas do processo de titulação.Além das três, agora tituladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 22 estão com ações ajuizadas e com processos em andamento. Outras 12 estão em fase de ajuizamento, as demais sob avaliação para indenização.

Legado e resistência – A história do território quilombola remonta ao ano de 1877, quando a área foi legada por testamento de seu proprietário Matheus José de Souza e Oliveira a oito escravos e três alforriados. Na época, as terras que não foram regularizadas pelos legatários foram apropriadas por outras pessoas, principalmente a partir da década de 1940.

Direito ao território –A titulação das áreas tem como objetivo estabelecer a justiça social, resgatando as tradições das famílias que agora retornam às suas terras.Os quilombolas que vão ocupar toda a extensão do território, não poderão negociá-las pois, os títulos não serão emitidos diretamente aos beneficiários, mas à Associação dos Remanescentes dos Quilombos da Invernada dos Negros.

Cultura, Artes, História e Esportes

Prêmio contemplará grupos, artistas e companhias que atuam com estética negra

Publicado em 19/09/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 14h08

Estão abertas e seguem até 03 de novembro as inscrições para a 3ª edição do Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras. A proposta é incentivar a afirmação da cidadania, a dignidade das expressões de raízes culturais negras, a divulgação, ampliação e reconhecimento de grupos, artistas negros e companhias, além de suas iniciativas.

Com o investimento de 1 milhão e 400 mil, o Prêmio contemplará 20 projetos de todo o país nas modalidades dança, teatro, música e artes visuais de artistas, grupos e companhias que atendem à estética negra nos segmentos dança, artes visuais, teatro e música.

Concebido em 2006, o edital é  resultado de parceria entre a Fundação Cultural Palmares (FCP), o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos e Neves (Cadon) e a Petrobrás. Ele atende a demandas apresentadas durante o II Fórum Nacional de Performance Negra, realizado em Salvador onde, os debates estiveram em torno da falta de elaboração de editais públicos e das linhas de financiamentos, direcionadas exclusivamente para o desenvolvimento de artistas, grupos e companhias que trabalhassem com a produção artística de estética negra.

O edital é ainda, uma possibilidade de valorizar a cultura afrodescendente e suas manifestações contemporâneas, potencializando tanto as ações de grupos já estabelecidos no Brasil, quanto as de grupos emergentes. De acordo com Hilton Cobra, presidente da FCP, o Prêmio é a concretização do comprometimento com os artistas que defendem o valor da cultura negra nos palcos, nas ruas, nas galerias, nas telas de TV e do cinema, nos livros e no imaginário brasileiro.

Para participar – Poderão se inscrever pessoas jurídicas, de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos e que trabalhem de forma sistemática com as expressões culturais afro-brasileiras, nos segmentos contemplados pelo edital. Além do prêmio em dinheiro, os proponentes selecionados receberão um troféu, em cerimônia realizada, especialmente para este fim, no Teatro Rival BR, localizado no Rio de Janeiro/RJ.

Os finalistas também terão seus nomes impressos em um catálogo com os trabalhos vencedores de todas as categorias, no intuito de promover maior visibilidade ao artista. Em 2010 o site do Prêmio Afro registrou 33.492 visualizações, com visitantes do Brasil, Alemanha, Itália, Argentina, Japão e França. As duas edições realizadas somam mais de 1.400 inscrições. A meta para 2014 é dobrar os números e atingir os 5.570 municípios do país.

As Modalidades

Teatro – Montagem ou remontagem de espetáculo teatral, performance, festival, circo, seminários, workshop e oficinas gratuitas;

Dança – Montagem ou remontagem de espetáculo de dança, performance, festival, circo, seminários, workshop e oficinas gratuitas;

Música – Gravação de CD de artistas ou grupos que tenham como base de suas composições, gêneros musicais que emergiram ou foram influenciados pela cultura africana e de seus descendentes, como o samba, o maracatu, o ijexá, o coco, o jongo, o maculelê, o maxixe, a lambada, o carimbó, entre outros.

Artes Visuais – Montagem ou remontagem de exposição de artes gráficas, artes plásticas, arte pública e intervenção urbana, fotografia, videoarte, grafite, escultura, gravura, instalação, design, arte tecnológica, multimídia, arte contemporânea, outras expressões das artes visuais não especificadas anteriormente e oficinas gratuitas.

A noite de premiação está agendada para janeiro de 2015, mas ainda sem data e local confirmados.

Cultura, Artes, História e Esportes

Ciclo de Palestras traz exposição de cartazes históricos

Publicado em 09/09/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 14h21

O Ciclo de Palestras Conheça Mais Cultura Afro-brasileira: Nosso Patrimônio apresentará uma novidade para as próximas palestras. Levará aos estados de Alagoas, Amapá e Ceará a exposição “Fundação Cultural Palmares em Cartaz” que mostrará ao público dezoito (18) da série de cartazes desenvolvidos pela instituição ao longo de 26 anos de existência.

O objetivo é divulgar, por meio das peças, ações históricas nacionais e internacionais da Fundação, no período compreendido entre as décadas de 1990 e o ano de 2010,mostrando a diversidade de assuntos e expondo uma pequena parte acervo da Biblioteca Oliveira Silveira. Além desses, a Biblioteca mantém outros 807 cartazes de diversos tamanhos e de diferentes épocas históricas.

Da praticidade à história –Considerado um meio de comunicação, o cartaz possui também um valor histórico, pois guarda importantes informações de determinados movimentos de uma sociedade. Entre as peças que serão expostas estarão peças de eventos relacionados ao Dia do Samba, aos primeiros debates em torno das políticas de cotas nas universidades federais e religiões afro-americanas, entre outras temáticas.

Um que chama a atenção é o cartaz que divulga a participação da Instituição na Conferência Mundial da Organização das Nações Unidas em Durban, na África do Sul, em 2001.O resultado do encontro internacional foi o documento intitulado Declaração e Programa de Ação adotados na III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, que determinou medidas de prevenção, educação e proteção com vistas aos temas abordados, em níveis regionais, nacionais e internacionais.

A Conferência estabeleceu ainda, diretrizes e medidas eficazes de reparação, ressarcimento e indenização às vítimas de preconceito racial.

Cultura e saberes tradicionais – O Ciclo de Palestras é um espaço onde pesquisadores, estudiosos e mestres expõem seus conhecimentos sobre os diversos aspectos da cultura negra. As palestras realizadas são convertidas em livros para compor a Coleção Conheça Mais.  As publicações visam atender à demanda por material didático na área de cultura afro-brasileira, de acordo com a Lei nº 10.639/2003.

Os próximos temas do Ciclo serão: “O Pagode Alagoano”, em Maceió-AL; “Culturas, Dançares e Cantares”, em Macapá-AP; e, “Culturas Negras”, em Brejo Santo, no Ceará. Confira a programação:

Cultura, Artes, História e Esportes

Grupos debatem primeiras ideias para apoio à construção do Museu Nacional da Memória Afrodescendente

Publicado em 29/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 14h44

O debate aconteceu no segundo dia do Seminário Rumo ao Museu da Cultura Afrodescendente, realizado na Sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília/DF

Representantes de diversas entidades que atuam na temática negra se reuniram em grupos de trabalho para discutir questões conceituais, institucionais, de política e acervo do Museu Nacional da Memória Afrodescendente. A reunião aconteceu na última quinta-feira (28), na Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC) dando continuidade as atividades do Seminário Rumo ao Museu da Cultura Afrodescendente.

Foram criados dois grupos de trabalho (GT’s) formados por representantes de Universidades, instituições governamentais, entre outros. O Grupo 1 debateu a questão conceitual e a importância de criar uma identidade única para o Museu. Já o Grupo 2 discutiu assuntos relacionados ao acervo, gestão e planejamento museológico.

Ao final dos debates individuais os GT’s apresentaram, em plenária, as sugestões para a criação de um grupo operacional consultores para acompanhar mais de perto as iniciativas relacionadas a construção e conceito artístico do Museu Nacional Afro.

Nesse sentido, a chefe de Gabinete da Fundação Palmares, Martha Rosa Figueira Queiroz destacou a importância do debate sobre esses temas essenciais para a estruturação do Museu. “Estou satisfeita com o resultado dos GT’s. Conseguimos chegar ao objetivo de falar do nosso Museu, com a certeza de que ele realmente existirá e terá que ser construído com base na políticas culturais e ideais da população negra brasileira”, disse.

Martha disse ainda que a Palmares tem a preocupação de fazer com que o Museu seja também um centro de referência em pesquisa sobre cultura negra. “É imprescindível fazer com que o conceito de memória seja respeitado. Por esse motivo, a Palmares se dispõe a ofertar informações contidas no nosso acervo, tendo em vista, que futuramente toda essa riqueza será exposta no nosso Museu,” ressaltou.

Além da FCP, participaram dos grupos de trabalho representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Ministério da Justiça (MJ), Casa Civil,   Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Paraná (Unifessp), Coordenação Nacional de Entidades Negra de Minas Gerais (CONEN/MG), Museu dos Quilombos e Favelas Urbanas (Muquifu) e outros.

Cultura, Artes, História e Esportes

Museu Nacional Afro vai guardar a memória e a cultura negra

Publicado em 28/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 14h54

Dando continuidade aos debates em torno da construção física e conceitual do Museu Nacional da Memória Afrodescendente, a mesa “Histórico e situação atual”, do Seminário homônimo que acontece nessa quarta e quinta-feira (28), em Brasília, reuniu o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Hilton Cobra, a representante do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus, Eneida Braga, e o historiador Manolo Florentino, da Fundação Casa Rui Barbosa.

Preservação da memória e cultura negra – Na ocasião, Florentino apresentou uma linha do tempo sobre o desenvolvimento da população negra desde a abolição até meados do século 20. Segundo o historiador, é papel do Museu Afro contar a memória recente afro-brasileira. A representante do IBRAM, Eneida Braga, ressaltou o trabalho do Instituto para o projeto do Museu, assim como as tratativas para elaboração do edital internacional que vai selecionar o projeto arquitetônico e museológico do espaço. Segundo ela, os resultados dos debates no Seminário serão importantes subsídios para o Museu.

Memória e diáspora – Para Hilton Cobra, acrescenta que o Museu Afro será um grande projeto de guarda e valorização da memória da população negra brasileira. O presidente espera que sua construção contribua para aumentar o significado e a importância da Fundação Cultural Palmares dentro do Ministério da Cultura (MinC). Jurema Machado, do (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), destacou a importância de locais que preservem a cultura afro-brasileira. Jurema citou o exemplo do Cais do Valongo, sítio arqueológico significativo por representar a memória africana fora da África. Ela contou que o local é candidato a se tornar Patrimônio da Humanidade.

Representações das realidades – A segunda mesa do dia apresentou a proposta conceitual para o Museu Nacional Afro. Graça Teixeira, coordenadora do Museu Afro-brasileiro da Universidade Federal da Bahia, chamou a atenção dos museus como espaços de conflito e poder. “São lugares de encontro, reencontro e descobertas, além de espaços de construção e reconstrução de conhecimentos”, afirmou comparando a realidade dos demais memoriais ao seu local de trabalho.

De acordo com Graça, o mapeamento e a escuta são as principais ferramentas à estruturação do acervo, pois um museu de porte nacional precisa contemplar as realidades das mais longínquas comunidades às mais centralizadas, respeitando os seus aspectos. “Precisa atender o modo como cada uma delas quer ser representada”, ressalta. Para esta representação, os espaços podem contar com objetos-documentos, mídias e tecnologias que dêem suporte às reproduções dos modos de fazer.

Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, conselheira da Fundação Palmares, afirmou que o museu deve ser o responsável pela descolonização de corpos e mentes de todos os brasileiros. “Não é um museu para os negros, mas sobre os negros da diáspora para toda a nação”, disse. “Precisamos evidenciar como povos assujeitados à escravidão se recriaram e constituíram um novo povo”. Nesse sentido, Lígia Ferreira, da Universidade Federal de São Paulo, destacou a necessidade de os museus serem considerados espelhos para o futuro. “Olhando o passado, a memória, falamos com o presente e deixamos mensagens para o futuro numa linguagem com manifestações contemporâneas”, concluiu.

Os debates do seminário “Rumo ao Museu Nacional da Memória Afrodescendente” continuam na tarde de hoje (28), de onde serão retiradas propostas para a construção desse espaço de memória.

Acompanhe!

Cultura, Artes, História e Esportes

Seminário discute a construção do Museu Afro, em Brasília

Publicado em 27/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 15h07

Subsidiar a construção do Museu Nacional da Memória Afrodescendente. É o objetivo do Seminário Rumoao Museu Nacional da Memória Afrodescendente, que acontece até a amanhã (28) na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília. Segundo o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, o Museu fará parte do complexo do Parque Nelson Mandela, a ser construído as margens do Lago Paranoá, na capital federal, e abrigará o maior acervo do país sobre a história negra, uma importante referência nacional e internacional da cultura afro-brasileira.

Educação – “Precisamos resgatar a dor, para evidenciar a contribuição do povo negro na construção da sociedade brasileira”, disse Marta. Para isso, o Museu trabalhará com a história contada e a não contada nos livros-base da Educação. “Estamos em busca da verdade sobre a história do negro no Brasil para resgatar a autoestima com base na identidade, “, completou.

Para o Ministério da Educação, o Museu será um alicerce fundamental na tarefa de implementar a Lei 10.639/2003 que estabelece o ensino da história e cultura dos africanos e afrodescendentes no currículo escolar. Macaé Evaristo, secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, afirma que se trata de um grande avanço também, no que diz respeito à redução das desigualdades raciais. “É uma possibilidade de sairmos do silenciamento, um lugar de expectativa e de vozes que ainda não foram ouvidas em nossa sociedade”, disse.

Identidade – Já a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, comparou a proposta do museu à obra Comunidades Imaginadas, de Anderson Benedict, onde o autor afirma que censos, mapas e museus são três posicionamentos importantes a como as populações se compreendem no tempo e no espaço. “São os modos como uma nação se define e pretende se apresentar para si e para o mundo”, explicou a ministra.

De acordo com Luiza, a população negra brasileira teve ganhos muito significativos no que tange ao reconhecimento de sua participação na sociedade, porém o Museu será um espaço à divulgação dos passos que já foram dados nesse sentido. “Um lugar onde poderemos contar nossa história, oferecer contribuições, interação e influências aos nossos passos no presente e no futuro”, concluiu.

O secretário da Casa Civil do Governo do Distrito Federal, Swedenberger Barbosa, também participou dos debates ressaltando a parceria entre o MinC e o GDF para a conquista da nova área de 65.006,502 m², localizada no Lago Sul, próxima a Ponte JK.

O Seminário Rumo ao Museu Nacional da Memória Afrodescendente segue até a quinta-feira (28). Aguarde novas informações!

Cultura, Artes, História e Esportes

Inscrições abertas para o NUFAC RJ – Mangueira, Cidade de Deus e Taquara

Publicado em 22/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h07

Segue até o dia 11 de setembro o prazo de pré-inscrição para os cursos de Produtor Cultural, Produtor(a) Audiovisual e Assistente Gráfico, do Núcleo de Formação de Agentes de Cultura da Juventude Negra (NUFAC) na Mangueira, Cidade de Deus e Taquara, Rio de Janeiro. O desafio e o objetivo da proposta são a inclusão social de jovens negros por meio de sua inserção no mercado de trabalho.

Os cursos são voltados para jovens negros entre 15 e 29 anos. As inscrições poderão ser feitas na sede do NUFAC com a apresentação de cópia da Carteira de Identidade, CPF, comprovante de escolaridade e residência. Os NUFAC’s são mais um incentivo à promoção, preservação e difusão do patrimônio e das expressões artístico-culturais afro-brasileiras.

Os núcleos em atividade atualmente estão situados em Volta Redonda/RJ, Olinda/PE, Bela Vista/SP, Anastácio/MS, Salvador/BA, João Pessoa/PB e Codó/MA. O projeto é uma iniciativa Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC), em parceria com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas do Rio de Janeiro e tem como proposta cumprir as diretrizes estabelecidas pelos Plano Plurianual do Governo Federal e Plano Nacional de Cultura, contribuindo para o Plano Juventude Viva de enfrentamento à violência contra a juventude negra.

Confira os cursos previstos para esta edição do NUFAC:

– Produtor(a) Cultural (Pólo Mangueira) – Inscrições até 11 de setembro de 2014, segunda a sexta (10h às 17h), na sede da G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (Rua Visconde de Niterói, 1072), ou na sede da EAT Mangueira (Rua Visconde de Niterói, 1364) ou através do site: http://ceaprj.org.br/nufac

Benefícios: curso gratuito, bolsa-auxílio mensal de R$ 120,00 (cento e vinte reais).

– Produtor(a) Audiovisual (Pólo Mangueira) – Inscrições até 11 de setembro de 2014, segunda a sexta (10h às 17h), na sede da G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (Rua Visconde de Niterói, 1072), ou na sede da EAT Mangueira (Rua Visconde de Niterói, 1364) ou através do site: http://ceaprj.org.br/nufac

Benefícios: curso gratuito, bolsa-auxílio mensal de R$ 120,00 (cento e vinte reais).

– Assistente Gráfico (Pólo Cidade de Deus) – Inscrições até 11 de setembro de 2014, segunda a sexta (9h às 11h ou 14h às 16h), na sede da ASVI (Rua Israel, 129 – próximo ao lazer), ou na sede do CVT/ FAETEC CDD (Avenida Edgard Werneck, 1615, na Cidade de Deus) ou através do site: http://ceaprj.org.br/nufac

Benefícios: curso gratuito, bolsa-auxílio mensal de R$ 120,00 (cento e vinte reais).

Cultura, Artes, História e Esportes

Morre Mercedes Baptista, primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio

Publicado em 19/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h10

Uma das maiores representantes da cultura negra nos grandes palcos, a bailarina Mercedes Baptista morreu na noite desta segunda (18), no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito por Olivier Luciano, presidente da Acadêmicos do Cubango, escola de samba pela qual a bailarina foi homenageada em 2008, sob o enredo “Mercedes Baptista: de passo a passo, um passo”. Ainda não se sabe a causa da morte.

Mercedes Baptista nasceu em 1921, no município de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Era viúva e não tinha filhos. Seu corpo será cremado no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju. O horário da cerimônia ainda não foi definido.

Dos sonhos aos palcos – Primeira bailarina negra do Corpo de Baile do Theatro Municipal, Mercedes sempre contava como conseguiu a realização de seu sonho. A moça que já havia trabalhado em diversas atividades profissionais, decidiu dedicar-se a dança. As primeiras lições de ballet clássico vieram em 1945 e três anos depois, Mercedes ingressou no Corpo de Baile do Theatro Municipal a partir de um concurso.

Logo na seleção, sentiu na pele a discriminação que procurava afastá-la dos palcos. No teste que consistia de cinco etapas, Mercedes não foi avisada da última prova para mulheres. Soube que disputaria com os homens, fato que não a fez desistir e que serviu para que demonstrasse ainda mais seu talento.

Coreografando verdades – Sua formação na companhia e escola de dança Katherine Dunham certamente definiu os rumos do trabalho que desenvolveu no Brasil e que a colocou como a principal precursora da dança afro-brasileira. Na década de 1960, uniu sua formação erudita com a valorização da cultura negra, lançando o balé afro. Coreografou em detalhes as danças de terreiros e incluiu nos espetáculos instrumentos tradicionais das casas de axé.

Em 1963 inseriu a dança clássica no desfile da escola de samba Salgueiro, do Rio de Janeiro. Foi coreógrafa da Comissão de Frente, que dançou o minueto, num cenário composto com a igreja da Candelária ao fundo. O Salgueiro ganhou o Carnaval, com um desfile que se tornou referência, influenciando e mudando o rumo dos desfiles das escolas de samba.

Sua história de luta e superação também foi tema do livro “Mercedes Baptista – A criação da identidade negra na dança”, do escritor Paulo Melgaço. A obra apresenta como a dançarina clássica foi importante referência à valorização da cultura brasileira de matriz africana e na luta pela reafirmação do negro como artista.

Cultura, Artes, História e Esportes

Ciclo de Palestras leva o tema Sociedades Tradicionais à Florianópolis/SC

Publicado em 19/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h11

As práticas, os conhecimentos e costumes das comunidades tradicionais serão debatidos em Florianópolis, Santa Catarina, durante mais uma edição do Ciclo de Palestras Cultura Afro-brasileira: Nosso Patrimônio. O encontro marcado para o dia 26 de agosto, proporcionará uma análise de como essas populações compreendem a questão da cidadania nos aspectos da cultura.

A palestra terá como tema Sociedades Tradicionais e integra as ações da Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC), por meio do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC). O objetivo da ação é o apoio à difusão das expressões culturais e artísticas negras do estado em todo território nacional.

Coleção Conheça Mais – As exposições realizadas durante o Ciclo de Palestras serão convertidas em livros para compor a Coleção Conheça Mais.  As publicações visam atender à demanda por material didático na área de cultura afro-brasileira, de acordo com a Lei nº 10.639/2003. O papel didático-pedagógico das publicações é uma referência para pesquisas, estudos e reflexões sobre os mais diversos temas. As obras são distribuídas nas escolas e bibliotecas.

SERVIÇO

O quê: Ciclo de Palestras Cultura Afro-brasileira: Nosso Patrimônio
Tema: Sociedades Tradicionais
Quando: 26 de agosto
Horário: 18h
Onde: Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED/UDESC
Endereço: Avenida Madre Benvenuta 2007, Itacurubi – Florianópolis/Santa Catarina
Informações: (48) 3321-8525

PROGRAMAÇÃO

Tema: Sociedades Tradicionais

Palestra 1: Cultura popular e cidadania: O lugar das culturas tradicionais no Brasil Contemporâneo
Palestrante: Paulino de Jesus Francisco Cardoso (UDESC)

Palestra 2: Avandié de Souza: O Príncipe Negro de Santa Catarina
Palestrante: Joselina da Silva (Fundação Cultural Palmares)

Cultura, Artes, História e Esportes

Rio Branco/AC recebe ciclo de palestras sobre cultura afro-brasileira

Publicado em 12/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h16

O Acre é o primeiro estado a receber o Ciclo de palestras Conheça Mais Cultura: Afro-brasileira, Nosso Patrimônio

A palestra Políticas Culturais para a Cultura Afro-brasileira abre a série de encontros da terceira edição do Conheça Mais Cultura: Afro-brasileira, Nosso Patrimônio, em Rio Branco/AC, no próximo dia 22 de agosto. O debate tem como objetivo reforçar a necessidade de preservação da cultura negra brasileira.

Na ocasião, Piedade Lino Videira, abordará as principais manifestações da cultura afro no estado, com destaque para Batuques, folias, ladainha, cultura e educação quilombola. Sobre a cultura local, o professor Jorge Fernandes da Silva, dará sua contribuição na palestra A musicalidade de origem africana no Acre.

As atividades do Ciclo estão programadas até o mês de outubro, com palestras que variam de acordo com as manifestações culturais mais representativas em cada um dos estados selecionados. Além das Políticas Culturais e a Cultura Negra em Rio Branco, os outros temas apresentados serão: Sociedades Tradicionais; Memória, Juventude e Saberes Inter-geracionais no Vale do Jequitinhonha; Pagode Alagoano; e Culturas, Dançares e Cantares.

Coleção Conheça Mais: Os resultados dos debates serão publicados em livros da Coleção Conheça Mais. O conteúdo é composto por artigos assinados pelos palestrantes, de acordo com seus respectivos temas. O material será distribuído em escolas, bibliotecas e para o público em geral. O objetivo é atender a demanda por material didático sobre a cultura afro-brasileira, para o cumprimento da lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da cultura negra e africana nas escolas públicas e privadas do país.

A iniciativa é da Fundação Cultural Palmares (FCP-MinC), por meio do (CNIRC). Conta com o apoio da Fundação Garibaldi Brasil, Fundação Elias Mansour e Secretaria Adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEADPIR).

Ciclo de palestras Conheça Mais Cultura: Afro-brasileira, Nosso Patrimônio

Rio Branco
Data: 22/08/2014
Tema: Políticas Culturais e a cultura negra em Rio Branco Palestra – Políticas públicas para a cultura Afro-Brasileira Palestrantes: Prof. Dra. Piedade Lino Videira e Professor Jorge Fernandes. Endereço: Cinema Recreio localizado na Rua Senador Eduardo Assmar, s/n, Bairro Seis de Agosto, Rio Branco/ AC.
Informações: (68) 3211-2428

Cultura, Artes, História e Esportes

Edital Comunica Diversidade – Edição Juventude contemplará 60 projetos de comunicação para a cultura

Publicado em 06/08/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h18

Lançado nessa quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, o Edital Comunica Diversidade – Edição Juventude, tem como proposta contemplar reconhecer, fomentar e incentivar ações de comunicação para a cultura em todo o país. A ideia é oferecer visibilidade à diversidade de expressões e manifestações da cultura brasileira, criando oportunidades para que os jovens mostrem ao mundo a cultura que criam, preservam e reinventam a cada dia.

A partir do edital serão contemplados 60 projetos de comunicação, direcionados à cultura, protagonizados por jovens de 15 a 29 anos, brasileiros natos ou naturalizados, ou estrangeiros residentes no país há mais de três anos. A medida é uma iniciativa do Ministério da Cultura, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Universitária José Bonifácio, em parceria com a Fundação Cultural Palmares (FCP).

Para concorrer – As propostas devem articular cultura e comunicação em diferentes suportes de mídia ‒ áudio, imagem, texto, vídeo e multimídia. Serão consideradas ações que promovam a visibilidade das diferentes expressões da cultura brasileira em seus aspectos regionais, com alcance especial aos segmentos que padecem de invisibilidade na comunicação como os campos etários, de gênero, étnico-racial e das comunidades tradicionais.

Os órgãos gestores e executores do Edital designarão Comissão de Seleção composta por no mínimo 12 (doze) membros com notório saber e reconhecida atuação na área cultural e/ou da juventude. A Comissão de Seleção atribuirá notas de zero a 100 pontos às iniciativas habilitadas, considerando o mérito das propostas, e de acordo com uma série de critérios. A indicação dos membros ocorrerá concomitante à publicação da lista dos selecionados.

O valor global do prêmio é R$ 1.140 milhão. Cada iniciativa selecionada receberá R$ 14 mil. As inscrições serão realizadas pela internet, no sistema Salicweb ou por email, ou ainda, pelos Correios. O edital será disponibilizado logo que publicado no Diário Oficial da União.

Cultura, Artes, História e Esportes

Refletindo Mandela: o legado de Madiba na contemporaneidade

Publicado em 21/07/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h22

Na data em que, pela primeira vez, se celebrou o Mandela Day (18) desde a morte do ex-presidente e Nobel da Paz Nelson Mandela, o embaixador da África do Sul, Mphakama Mbete, afirmou que seu país pode ensinar ao Brasil e a outros países a construir uma sociedade nova e melhor. “Desde a nossa independência percebemos que há sempre alternativas ao que vivemos em mais de três séculos de história”, disse.

A fala do embaixador traz à tona o passado enfrentado por uma África do Sul que, entre outras questões, enfrentou mais de quatro décadas de segregação racial, o apartheid. As afirmações foram feitas durante evento dedicado à memória do pacifista, promovido pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a Fundação Cultural Palmares (FCP).

Mbete destacou que o Mandela Day é um momento especial para se honrar Madiba. “Neste dia promovemos a continuidade de seus princípios e honramos também milhares de seus compatriotas que lutaram e morreram pela liberdade africana”, explicou.

Ele alertou que, apesar da data emblemática, há ainda um longo caminho a ser seguido para que se alcance uma sociedade justa. Nesse sentido, Mphakama Mbete afirmou que o foco atual da África do Sul está na construção de uma economia justa e inclusiva e que para isso, o país recorre à promoção de ações afirmativas.

Reparação – Com semelhanças históricas no que diz respeito à África do Sul, o Brasil consolidou ideologicamente sua nação sobre os pilares do racismo, onde as principais consequencias são as desigualdades econômicas, o subdesenvolvimento e a violência. A fim de que se repare esse erro, o legado de Nelson Mandela vem pautando a condução das políticas públicas no país.

De acordo com Giovanni Harvey, secretário executivo de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), dificilmente o país teria conseguido enfrentar certas questões, não fossem as referências deixadas por Madiba e pela África do Sul. Procuradora Federal da FCP, Dora Lucia de Lima Bertulio, reforçou que para mudar a sociedade, o primeiro movimento precisa ser a desconstrução do senso comum onde o negro é sempre inferiorizado.

Cotas – Jean-Paul Rebaud, conselheiro de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil, compartilhou a experiência de seu país que oportunizou o desenvolvimento igualitário à uma população basicamente constituída por pessoas de várias nacionalidades. “A França é um país multirracial e multicultural e precisa conviver de maneira positiva com essa realidade”, disse.

Segundo Rebaud, as cotas territoriais foram uma solução interessante. Direcionadas aos moradores das periferias, foram uma alternativa para que se alcançasse os mais diversos perfis socioeconômicos sem que se aumentassem as desigualdades. Durante o evento, Rebaud lembrou ainda que a França foi o primeiro país a reconhecer os judeus como cidadãos e que a luta contra as diferenças envolve também a defesa das mulheres.

Homenagens – A presidente interina da FCP, Martha Rosa Figueira Queiroz, destacou a atualidade de Nelson Mandela e falou sobre sua experiência quando, na juventude foi alertada a questões consequentes do apartheid. “Pude ver com outros jovens como a África em plena segregação tinha mais médicos e professores negros que o Brasil. Uma situação que nos mostrou por que também vivíamos o apartheid”, explicou. “Um importante legado, foi o fato de que pessoas da minha geração, e mais jovens que eu, pudemos ver em atuação um grande líder”, afirmou.

Na data em que se celebra o Mandela Day, a Organização das Nações Unidas (ONU) incentiva que em todo o mundo sejam realizadas ações com pelo menos 67 minutos de serviço comunitário. Cada minuto representa um ano de dedicação de Madiba ao serviço pela humanidade. Rebaud dedicou seu tempo de fala a também recordar duas importantes mulheres da história contemporânea: Christiane Taubira, ministra da Justiça da Guiana Francesa, e Nadine Gordimer, Prêmio Nobel de Literatura por inconfundível luta contra o apartheid.

Marcos Moreira, professor do Instituto de Letras da UnB e organizador do evento, encerrou as atividades, o dedicando à luta contra as desigualdades. ” Quando se trata de preconceitos, ainda há muito o que ser feito. Por isso, o nome de Mandela deve ser lembrado também como estratégia de luta pela igualdade”, concluiu.

Cultura, Artes, História e Esportes

Mandela Day: um dia por um mundo melhor!

Publicado em 15/07/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h34

Com o objetivo de inspirar pessoas a tomarem medidas que modifiquem o mundo para a paz, as Nações Unidas criaram oficialmente em 2009, o Dia Internacional Nelson Mandela ‒ ou Mandela Day. Desde então, o dia 18 de julho de cada ano é dedicado ao pacifista que, como maiores legados, deixou o fim do apartheid ‒ segregação racial que marcou a história da África do Sul por mais de quatro décadas ‒ e a consciência de justiça social aliada ao respeito e à dignidade.

Para integrar a campanha internacional, a Universidade de Brasília (UnB) realizará na data alusiva, uma programação composta por diversas atividades visando a divulgação desse legado, a reflexão sobre o racismo no Brasil e a valorização da cultura de matriz africana. O evento acontecerá no Auditório da Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC), a partir das 14h.

De acordo com Marcos Moreira, professor do Instituto de Letras da UnB e organizador do evento, o grupo de pesquisa “A Desconstrução como Justiça”, com o apoio da Casa de Cultura da América Latina e do Decanato de Extensão da universidade preparou uma série de atividades chamando a atenção para o espírito de mudança do grande pacifista.

“A meta do Mandela Day é fortalecer novas lideranças interessadas em combater o racismo que não é uma luta apenas das populações negras”, ressalta Moreira, lembrando que grupos como judeus, indígenas e muçulmanos também são alvos de discriminação e que, quando se trata de preconceitos, ainda há muito o que ser feito.

Reafirmação – A UnB foi a primeira instituição brasileira a outorgar a Mandela o título de Doutor Honoris Causa. Trata-se de um diploma universitário compatível com o doutorado acadêmico a pessoas que tenham se destacado em determinada área. O reconhecimento aconteceu um mês após a libertação do ativista após 27 anos de prisão, por ter sido considerado um líder rebelde aos interesses do governo daquela época.

Moreira destaca ainda, que a participação da UnB nas celebrações mundiais do aniversário de Nelson Mandela é a reafirmação da relevância do líder sul-africano para a universidade. “A UnB é uma instituição de vanguarda na luta pelos direitos humanos e na construção de políticas sociais. É um espaço onde nomes como o de Mandela devem ser sempre citados”, completou.

67 minutos – Na data em que se celebra o Mandela Day, a Organização das Nações Unidas (ONU) incentiva que em todo o mundo sejam realizadas ações com pelo menos 67 minutos de serviço comunitário. Cada minuto representa um ano de dedicação de Madiba, como era também conhecido o líder, ao serviço pela humanidade. É um reconhecimento às contribuições feitas por ele como advogado de direitos humanos, combatente da liberdade, prisioneiro de consciência, pacificador internacional e primeiro presidente democraticamente eleito de uma África do Sul livre.

Entre as possibilidades de atuação para os 67 minutos, estão os cuidados com o meio ambiente, a dedicação às crianças, o voluntariado em hospitais, prisões e orfanatos, entre outras. A proposta é que todos participem de algum movimento que vise transformar o mundo em um lugar melhor.

Mandela na Fundação Palmares  – Em visita oficial a Brasília, em 1998, Mandela, ainda como presidente da África do Sul, participou da cerimônia de entrega à Fundação Cultural Palmares do terreno onde será construído o Museu de Memória e Cultura Afrodescendente. Na ocasião, Madiba assinou a placa de fundação da área.

Serviço:

O quê: Mandela Day
Quando: 18 de julho às 14h
Onde: Auditório da Fundação Cultural Palmares
Endereço: SGAN 601, Lote L, prédio da ATP – Brasília

Programação:

14h – 17h: Seminários com mesas de debates

Abertura de trabalhos: Representante da Ministra-Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Sua Excelência Luiza Helena Bairros, o senhor Secretário Executivo, Dr. Giovanni Harvey
Embaixador da África do Sul, Sr. MphakamaMbete

Mesa 1: Política da diferença – reduzir desigualdades
Procuradora Federal da Fundação Palmares – Sra. Dora Lucia de Lima Bertulio
Conselheiro de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada
da França no Brasil – Sr. Jean-Paul REBAUD

Mesa 2: A Herança de Mandela e outras lideranças na África
Embaixador do Zimbabue Sr. Thomas SukutaiBvuma
Embaixador da Argélia Sr. Djamel-Eddine Omar Bennaoum

Conclusão de jornada
Presidente substituta da Fundação Cultural Palmares – Sra. Martha Rosa Figueira Queiroz
Embaixador da África do Sul Sr. Mphakama Mbete

17h – 20h: Apresentações culturais, lançamentos de livros e encerramento com o Grupo Cultural Batukenjé, Teresa Lopes, Leandro Borges, Grupo Patubatê e o Grupo de Capoeira da Mestre Ju.

Cultura, Artes, História e Esportes

3ª Edição do Ciclo de Palestras Conheça Mais tem início em agosto

Publicado em 11/07/2014 09h00 Atualizado em 28/11/2023 16h42

Desde 2012 o Ciclo de Palestras promove o debate sobre as culturas negras e de matriz africana pelo Brasil e tem como resultado uma publicação de apoio a Lei 10.639/2003

A terceira edição do ciclo de palestras Conheça Mais Cultura: Afro-brasileira, Nosso Patrimônio, tem início no próximo dia 22 de agosto e será realizado nas cidades de Rio Branco/AC, Florianópolis/SC, Cuiabá/MT, Maceió/AL e Macapá/AP. Trata-se de um espaço destinado para o debate sobre a diversidade e a necessidade de preservação da cultura negra brasileira.

As atividades do Ciclo estão programadas até o mês de outubro, com palestras que variam de acordo com as manifestações culturais mais representativas em cada um dos estados selecionados. Os temas apresentados serão Políticas Culturais e a Cultura Negra em Rio Branco; Sociedades Tradicionais; Memória, Juventude e Saberes Inter-geracionais no Vale do Jequitinhonha; Pagode Alagoano; e Culturas, Dançares e Cantares.

Coleção Conheça Mais: As exposições terão como resultado a publicação de livros da Coleção Conheça Mais, composto por artigos assinados pelos palestrantes, de acordo com seus respectivos temas. O material poderá ser distribuído em escolas, bibliotecas e para o público em geral, O objetivo é atender a demanda por material didático sobre a cultura afro-brasileira, para o cumprimento da lei 10.639/2003, que obriga o ensino da cultura negra e africana nas escolas públicas e privadas do país.

A iniciativa é da Fundação Cultural Palmares (FCP-MinC), por meio do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC).

Agenda

ITAOBIM (MG) – 05 de SETEMBRO (sexta)

Título Memória, juventude e saberes inter-geracionais no Vale do Jequitinhonha.

Palestrante: Prof. Rodrigo Ednilson de Jesus (FAE/UFMG)

MACEIÓ (AL): 27 de Setembro (sábado).

Representação Fundação Palmares/AL

Local: Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore

Horário: 14h às 18hs
Tema: O Pagode Alagoano:
Na roda:
Título: Mestra Hilda e o Pagode Comigo Ninguém Pode
Palestrante: Sra. Zeza Duarte do Coco, mestra da cultura popular

Título: Pisa Miudinho… O trupé do Mestre Verdelinho
Palestrante: Sr. Josenildo de Assis Verdelinho, cantador, ativista cultural

Título: O Pagode Alagoano
Palestrante: Sr. Rogério Dias, ator, cantador e ativista cultural

Título: Jacinto Silva: o rei da fragmentação rítmica
Palestrante: Ms. Cosme Rogério Ferreira (PPGS-UFAL) Título: Cultura popular e a emergência de uma rede de valorização da afro-alagoanidade
Palestrante: Sra. Ábia Marpin, produtora cultural e mestranda em Sociologia (PPGS-UFAL).

MACAPÁ – 02 de OUTUBRO (quinta)

Tema: Culturas, dançares e cantares

Tarde: 14hs às 17hs – Filme debate

18:30 às 20:30 – Mesa de debates

Título: ‘Mana, Vem Vê, Rezar e Cantar as Alvoradas e Folias Afro-Amapaenses’

Palestrante: Prof. Carlos Augusto Gomes (Representante da Banda Placa)

Título: “Candombeiro vem de longe/ Caminhando devagar/ Eu cheguei nesse candombe/ Capitão dá licença”:

Palestrante: Ms. Ridalvo Felix de Araújo (UFMG)

BREJO SANTO – CE – 08 de OUTUBRO (quarta)

Tema:   Culturas Negras

Noite: 19:00

Mesa de debates:

Título:” Cultura de Consciência Negra: uma proposta para a lei 10639/03

Palestrante: Prof. Dr. Amauri Mendes Pereira (UFRRJ)

Título: “Cultura Negra na escola: um olhar sobre o legado africano no Cariri cearense”.

Palestrante: Profa. Dra. Cícera Nunes (URCA)

Cultura, Artes, História e Esportes

Resultado final da 3°edição do Prêmio Palmares de Arte

Publicado em 29/11/2023 10h24

Saiu nesta terça-feira (28), o resultado final da terceira edição do Concurso Prêmio Palmares de Arte.

Com o objetivo de promover o fortalecimento, a valorização, a preservação e a divulgação da cultura afro-brasileira. Projetado inicialmente para destacar o talento de oitenta artistas afro-brasileiros, membros de Comunidades Remanescentes de Quilombo certificadas pela Fundação Cultural Palmares (FCP), além das comunidades tradicionais de terreiro e indivíduos autodeclarados como pretos ou pardos, o concurso surpreendeu ao premiar um número ainda maior de iniciativas culturais.

Desse modo, a missão de promover o fortalecimento, valorização, preservação e divulgação da rica e diversificada cultura afro-brasileira. Cada obra premiada é uma peça contributiva para a construção de um agrupamento cultural que reflete a identidade e os valores dessas comunidades.

Confira o resultado aqui. 

Cultura, Artes, História e Esportes

Quilombolas de Palmeirinha/MG concretizam projeto arquitetônico e social desenvolvido pela própria comunidade

Publicado em 25/06/2014 09h00 Atualizado em 29/11/2023 10h51

Ter a casa própria é o sonho de muitos brasileiros e, para muitos deles, ainda é uma realidade distante, uma vez que o perfil econômico da maioria dos povos e comunidades tradicionais não lhes permite esse tipo de aquisição. Porém, os moradores do Quilombo de Palmeirinha, situado no município de Pedras de Maria da Cruz, em Minas Gerais, sonharam e foram alto: com muito esforço, alcançaram a possibilidade da moradia e também a adequação do espaço às suas necessidades.

A conquista se deu a partir do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) da Caixa Econômica Federal integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida. Os quilombolas buscaram informações, se dedicaram e conseguiram que fosse aprovado o projeto arquitetônico e social desenvolvido por eles próprios. “O projeto é 100% da associação da comunidade. Somos o primeiro quilombo do país com autonomia na construção das próprias casas”, disse Agmar Pereira Lima, uma das lideranças da comunidade e vereador do município ao qual pertence.

“Foi também a primeira vez que uma comunidade quilombola ‘transformou’ uma portaria do Ministério das Cidades para adequar o projeto de moradia à sua realidade de vida”, explicou. De acordo com ele, uma moradora do quilombo foi capacitada para elaborar a proposta e, hoje, das 140 famílias que compõem a comunidade, 40 já foram beneficiadas.

A conquista se deu a partir de 2011, quando a Fundação Cultural Palmares certificou a comunidade tradicional como remanescente de quilombo. De acordo com Alexandro Reis, diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro, a certidão é um instrumento importante de valorização das comunidades. “A partir dela, outros direitos se tornam mais acessíveis”, afirma.

Visão de futuro – Com as casas sendo construídas, a preocupação dos quilombolas de Palmeirinha agora é com a geração de emprego e renda. A maioria das pessoas na localidade tem empregos externos e temporários. São colhedores de café, construtores civis e domésticos. Em sua grande parte, dependentes de programas do Governo como o Bolsa Família.

Na região não há como se viver do agronegócio ou da pecuária. Apesar de o quilombo se localizar às margens do Rio São Francisco, os períodos de seca abrangem grande parte do ano, comprometendo a qualidade dos alimentos ou mesmo, impedindo as plantações.

Para que esse cenário seja mudado, há um esforço em se investir nos jovens e, paralelamente, em projetos sociais próprios. Entre eles, estão uma indústria de laticínios e a implantação de caixas d’agua que garantirão a manutenção de viveiros. “Estamos investindo em estudos de viabilidade e mercado para a produção de leite e ervas medicinais”, explica Lima, ressaltando que a proposta é a potencialização e a independência financeira do quilombo.

Desenvolvimento – Com vistas a um novo futuro, a população constituída por 85% de analfabetos busca se adequar a realidade sonhada. Quatorze mulheres, alcançaram vagas na universidade com o compromisso de garantir retorno à Pelmeirinha. Outra senhora, uma mestra griô, garante o nivelamento dos conhecimentos tradicionais aos novos saberes adquiridos.

Entre outras conquistas estão a internet gratuita e um telecentro atendido pela universidade mais próxima. Já as ambições são de que se consigam avanços na Educação, na Saúde e em outras áreas. “A expectativa é que em 10 ou 15 anos, nosso quilombo seja o melhor lugar do Brasil para morar. Onde as pessoas tenham dignidade, sejam respeitadas e tenham, acima de tudo, orgulho de ser quilombola”, conclui Lima.

Cultura, Artes, História e Esportes

Grupo de construção do Plano Setorial para Cultura Afro-Brasileira visita municípios brasileiros

Publicado em 20/06/2014 09h00 Atualizado em 29/11/2023 10h59

Até o fim de 2014, estão agendadas reuniões abertas para a construção do Plano Setorial para Cultura Afro-Brasileira em vários municípios brasileiros. O Conselho Nacional de Cultura, a Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC) e as representações de cultura de cada localidade estão se organizam para fazer com que o Plano seja discutido em todas as regiões brasileiras.

As próximas agendas incluem a Bahia, Amazonas, Pará, Macapá, Minas Gerais e São Paulo. As escutas públicas já estão confirmadas e, de acordo com o diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira da FCP, Lindivaldo Júnior a visita a esses municípios é de extrema importância. “Precisamos visitar as representações culturais desses municípios para saber a demanda de cada um deles. A partir desse conhecimentos será possível contemplar as necessidades culturais da comunidade dentro do Plano Setorial para Cultura Afro-Brasileira”, disse.

Objetivos do Plano

Trata-se do projeto construído em conjunto com o Setorial de Cultura Afro Brasileira do CNPC – Conselho Nacional de Políticas Culturais. Tem o objetivo de cumprir a Meta 46 do Plano Nacional de Cultura em instalar colegiados e elaborar planos setoriais. Visa também, realizar um conjunto de atividades que possam subsidiar a construção da política nacional para cultura afro brasileira e organizar ações de formação e articulação institucional de forma a ampliar o debate nos estados brasileiros.

A Fundação Cultural Palmares tem o objetivo de, dentro das atividades propostas, consolidar uma política de cultura ampla, transversal e que atenda as demandas da diversidade cultural negra local.

Agenda de reuniões públicas para elaboração do Plano Setorial de Políticas para a Cultura Afro-Brasileira

Cultura, Artes, História e Esportes

Fundação Palmares lança Sistema de Informação sobre as manifestações culturais afro-brasileiras

Publicado em 20/06/2014 15h00 Atualizado em 29/11/2023 11h01

Construir uma plataforma georreferenciada com informações sobre as manifestações culturais negras brasileiras. Esse é o objetivo do Sistema Palmares de Informação, que será lançado no próximo dia 3 de julho, em Cachoeira/BA. Maculelê, bumba-meu-boi, samba de roda e outras expressões da cultura afro-brasileira terão seus aspectos apresentados e popularizados por meio de uma ferramenta oficial na internet.

O projeto é resultado de uma cooperação entre a Fundação Cultual Palmares (FCP – MinC) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A implantação da plataforma responde à Meta Nº 3 do Plano Nacional de Cultura, quanto ao mapeamento das expressões culturais no país. A proposta é que a ferramenta contribua com o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) na implementação e acompanhamento das metas do Plano.

O lançamento será realizado na cidade de Cachoeira, na Bahia, onde será apresentado ao público protótipos dos produtos da cooperação: possibilidade de interação com a plataforma digital e acesso às manifestações culturais dos estados de Pernambuco, Bahia e Maranhão.

De acordo com Martha Rosa Figueira Queiroz, chefe de Gabinete da Fundação Palmares, coordenadora do projeto pela instituição, o Sistema Palmares de Informação se constitui também em um importante mecanismo para a consolidação do Museu Nacional Afro-brasileiro de Cultura e Memória que será erguido em Brasília. “O museu será um centro de referência da cultura negra e o Sistema será uma de suas bases de conteúdo virtual. Ele disponibilizará, em formato digital um rico censo das manifestações culturais afro-brasileiras”, disse.

A plataforma – O Sistema utiliza a tecnologia do Google Earth. Ao acessá-lo, o internauta poderá realizar a busca por localidade ou por manifestação. Além de arquivos imagéticos, sonoros e audiovisuais de cada expressão cultural ele poderá obter dados como o calendário de festas, histórico, perfil dos participantes e indumentárias de cada uma delas. Outras possibilidades serão informações técnicas sobre a estruturação dos cortejos e das bandas musicais, por exemplo.

O  Sistema Palmares de Informação será implementado em diferentes etapas. Na primeira estão a construção da plataforma digital, a realização do censo cultural das manifestações afro-brasileiras nos estados da Bahia, Pernambuco e Maranhão e a produção do livro-arte com as manifestações dos 170 municípios recenseados.

Para a efetivação do projeto, a UFRB atuará em  parcerias com as Universidade Federal do Maranhão (UFMA) , Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE),Universidade Federal da Bahia (UFBA) , Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis da (PROPAE), Secretaria de Cultura de Cachoeira/BA e  Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI).

Museu Afro – O Museu Nacional Afro-brasileiro de Cultura e Memória será construído em uma área nobre de Brasília – Lago Sul, próximo a Ponte JK – e fará parte do complexo do Parque Nelson Mandela. A área destinada ao museu não é a mesma do projeto original e o novo espaço foi anunciado pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, no início de junho.

A Fundação Cultural Palmares, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) já organizam edital para garantir a escolha do melhor projeto arquitetônico e expográfico do museu. A previsão é de que o edital seja lançado ainda este semestre.

Serviço

O quê: Lançamento do Sistema Palmares de Informação

Quando: 3 de julho de 2014 às 19h

Onde: Cine Theatro Cachoeirano

Endereço: Praça Teixeira de Freitas, nº 1, Cachoeira – BA

Cultura, Artes, História e Esportes

Prorrogadas inscrições de prêmio sobre patrimônio cultural negro

Publicado em 20/06/2014 14h00 Atualizado em 29/11/2023 11h03

Estão abertas até o dia 19 de julho, as inscrições para o Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). De acordo com o edital, o prêmio vai distribuir R$ 1 milhão, sendo dez prêmios no valor de R$ 40 mil e 25, no valor de R$ 24 mil à iniciativas que valorizem o patrimônio desses povos.

A proposta é reconhecer ações de preservação, valorização e documentação relacionados as comunidades de matriz africana. As iniciativas serão avaliadas conforme sua originalidade, excepcionalidade ou caráter exemplar, que mereçam divulgação e reconhecimento público.

De acordo com Alexandro Reis, diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Cultural Palmares (DPA/FCP), a iniciativa está na linha de esforços do Governo Federal para a promoção de políticas públicas pelo desenvolvimento sustentável dessas comunidades. “Para que esse esforço apresente resultados e se efetive nos governos estaduais e municipais, é necessário que as associações, grupos e lideranças representativas desses povos participem dos editais e fiscalizem a execução das ações pactuadas”, enfatiza.

Phelipe Cunha Paz, do Grupo de Trabalho Interdepartamental para Preservação do Patrimônio Cultural dos Povos de Terreiro do IPHAN, explica que este é o primeiro edital da instituição direcionado aos povos de terreiro e destaca que a ideia é alcançar o maior número possível de comunidades em cada região do país. “Uma oportunidade que valoriza a diversidade da matriz africana: candomblé, jurema, umbanda, entre outros”, diz.

Ele reforça ainda, que é mais um entre outros esforços do Instituto que visa a preservação do patrimônio. “É uma forma de reconhecimento ao que já vem sendo feito, mantendo vivas as tradições que constroem a identidade dessas pessoas”, afirma.

Como concorrer – As inscrições devem ser feitas na ficha disponível no site do Instituto (www.iphan.gov.br). O processo seletivo será dividido em duas etapas. A primeira, de habilitação, será conduzida por uma Comissão Técnica composta por técnicos do IPHAN. A segunda fase, de avaliação, será conduzida por uma Comissão de Seleção, composta por técnicos do IPHAN, representante da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR) e representantes da sociedade civil.

No ato da inscrição, os participantes deverão escolher entre duas categorias e linhas de ação específicas em cada uma delas. Na Categoria 1 serão oferecidos dez prêmios de R$ 40 mil para ações realizadas de preservação do Patrimônio Cultural Tombado pelo IPHAN ou em Processo de Tombamento pelo IPHAN, que tenham sido desenvolvidas pelas associações representativas dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana.

Outros 25 prêmios de R$ 25 mil serão destinados à Categoria 2, premiando ações de preservação do Patrimônio Cultural que tenham sido desenvolvidas pelas associações representativas dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana sediados em qualquer parte do território nacional.

Homologação – A documentação comprobatória da ação e seus anexos deverão ser enviadas pelo serviço de Correios aos cuidados do Departamento do Patrimônio Imaterial do IPHAN. O endereço é SEPS 713/913, 4º andar, CEP 70.390- 135, Brasília – DF. Poderão concorrer pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que sejam representantes dos Povos e Comunidades tradicionais de matriz africana, conforme especificado no Edital.

Outras informações podem ser adquiridas pelo fone (61) 2024-5434.

Cultura, Artes, História e Esportes
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