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INPE sedia Revisão Crítica de Projeto (CDR) do satélite Amazonia-1B
Revisão Crítica de Projeto (CDR, na sigla em inglês) do satélite Amazonia-1B.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sediou, nos dias 10 e 11 de dezembro, a Revisão Crítica de Projeto (CDR, na sigla em inglês) do satélite Amazonia-1B, no Laboratório de Integração e Testes (LIT). O evento contou com a participação da Agência Espacial Brasileira (AEB) e de equipes técnicas envolvidas no desenvolvimento da missão.
A CDR é importante para avaliar a maturidade do projeto e sua prontidão para avançar à próxima fase do ciclo de desenvolvimento, o que inclui a fabricação e os ensaios de qualificação dos equipamentos, a montagem e os testes dos subsistemas, bem como a integração e os testes do sistema completo. No caso do Amazonia 1B, cujo projeto utiliza uma grande herança do Amazonia-1, o estágio de desenvolvimento atual está mais avançado do que seria para uma CDR típica.
A conclusão bem-sucedida da revisão demonstra que o satélite apresenta um design consolidado, com requisitos técnicos atendidos nos níveis de sistema e subsistemas, além de interfaces críticas devidamente definidas e riscos técnicos adequadamente avaliados.
O satélite Amazonia-1B dará continuidade à capacidade nacional no provimento de dados para o monitoramento ambiental, essencial para o acompanhamento da Amazônia, do desmatamento e de eventos críticos como queimadas, além de permitir um avanço no monitoramento de recursos hídricos. Adicionalmente, o satélite será a contrapartida brasileira para a Missão SABIA-Mar, fruto da cooperação Brasi-Argentina (SABIA-Mar B).
Já a Missão AQUAE, com foco nos recursos hídricos, utiliza dados da câmera MUX e de um receptor que utiliza a tecnologia GNSS-R. A tecnologia GNSS-R é inédita em satélites brasileiros e proverá importantes dados para atender demandas de monitoramento de desastres e previsão de tempo e clima.
Durante a abertura da CDR, o presidente em exercício da AEB, Rodrigo Leonardi, destacou o rigor técnico do trabalho conduzido pelo INPE e pelas equipes envolvidas, ressaltando a solidez dos requisitos, da arquitetura do sistema e da análise de riscos, elementos fundamentais para o sucesso da missão em órbita.
O Coordenador Geral de Engenharia, Tecnologia e Ciências Espaciais do INPE (CGCE), Adenilson Silva, enfatizou a importância estratégica do Amazonia-1B para o Programa Espacial Brasileiro: “O Amazonia-1B permitirá a continuidade no provimento de dados para monitoramento ambiental, os avanços no monitoramento de recursos hídricos, desastres, previsão de tempo e clima, e a validação em órbita de novos produtos na indústria nacional, além de consolidar o desenvolvimento tecnológico da Plataforma Multimissão (PMM)”.
O Amazonia-1B é uma missão prioritária do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE 2022–2031) e está alinhada às diretrizes do governo federal, que priorizam a autonomia tecnológica, o fortalecimento da indústria espacial brasileira e a disponibilização de dados estratégicos para subsidiar políticas públicas.
Com informações da ASCOM-AEB