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INPE Amazônia tem papel fundamental na participação do Instituto durante a COP30
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) teve participação institucional destacada na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), realizada em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. A presença do Instituto reforçou sua atuação estratégica no monitoramento ambiental, na previsão de tempo e clima, no sensoriamento remoto e no desenvolvimento de tecnologias essenciais para compreender e enfrentar os impactos das mudanças climáticas.
A participação do INPE só foi possível pelo trabalho coordenado pelo INPE Amazônia, unidade do Instituto em Belém, que assumiu a responsabilidade de estruturar as ações necessárias para o funcionamento das equipes durante a COP30. A unidade adaptou sua infraestrutura para oferecer alojamento e condições de trabalho a pesquisadores e servidores do INPE, representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e de outras unidades de pesquisa vinculadas, reitores de universidades amazônicas e parceiros institucionais, garantindo suporte contínuo ao longo do evento. Ao todo foram disponibilizados 19 quartos que acolheram 46 pessoas.
Além da logística e do acolhimento, o INPE Amazônia atuou como centro de articulação técnica e operacional do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), contribuindo diretamente para a realização da Casa da Ciência do MCTI, sediada no Museu. No espaço, o Instituto apresentou pesquisas, reuniu especialistas e participou de debates sobre Amazônia, clima, gases de efeito estufa, mitigação e adaptação climática.
Um dos marcos da participação institucional foi a pré-estreia do documentário “Ciência na Mira”, realizada no auditório do INPE Amazônia em 14 de novembro, reunindo cerca de 60 participantes. O filme aborda os desafios enfrentados pela ciência brasileira diante do negacionismo e da perseguição a pesquisadores. A sessão foi aberta pela Dra. Alessandra Gomes, pesquisadora do INPE e coordenadora do INPE Amazônia. Após a exibição, houve uma mesa de debate com o diretor do documentário, Rafael Figueiredo; a pesquisadora Larissa Bombardi, autora do Atlas “Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia” e que precisou deixar o país após sofrer ameaças; e Luciana Gatti, cientista do INPE reconhecida por seus estudos sobre emissões de gases de efeito estufa na Amazônia. A mediação foi conduzida por Antonio Miguel Monteiro, diretor do INPE e pesquisador em sensoriamento remoto.
Durante a COP30, o INPE também esteve representado em debates, reuniões e painéis na Zona Azul e Zona Verde, em eventos internacionais e na programação de diferentes pavilhões temáticos. As participações abrangeram temas como emissões de carbono, desmatamento e degradação da Amazônia, desastres climáticos, sensoriamento remoto, monitoramento por satélite, adaptação e mitigação, e cooperação internacional. Entre os destaques, o Instituto:
- participou do Pavilhão de Ciências Planetárias, primeiro pavilhão oficial de uma COP totalmente dedicado à ciência, reunindo cientistas e negociadores para transformar evidências em decisões climáticas;
- apresentou resultados de monitoramento e relatórios científicos em atividades promovidas por organizações como IIS, WMO, IETA, Global Carbon Budget e iniciativas de cooperação Brasil-França;
- contribuiu para eventos da OTCA, CAF, MMA e pavilhões temáticos como AgriZone, Casa BNDES, Espaço CAIXA e Casa do Seguro;
- discutiu soluções para desafios climáticos globais em espaços multilaterais.
No campo da cooperação internacional, o diretor do INPE reuniu-se com a direção do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF), definindo prioridades de trabalho para 2026 nas áreas de previsão sazonal e subsazonal, assimilação de dados e aplicação de inteligência artificial para aprimoramento das previsões de tempo, clima e qualidade do ar.
O Instituto também integrou a assinatura do Protocolo de Intenções para Atuação em Catástrofes Climáticas e Ambientais, coordenado pela Caixa Econômica Federal, reforçando a articulação entre órgãos federais para aprimorar a prevenção e resposta a desastres no país.
Com sua atuação na COP30, o INPE reafirma seu compromisso com a produção de ciência de excelência, a cooperação internacional e o fortalecimento de ações integradas entre suas unidades, consolidando sua contribuição para a sustentabilidade e para o desenvolvimento de políticas climáticas baseadas em dados e evidências científicas.
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