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Taxonomia de vírus é tema de palestra no IEC
Foto divulgação: PPGV
No dia 14 de maio, o Instituto Evandro Chagas (IEC) promoveu palestra com o Prof. Dr. Francisco Murilo Zerbini, presidente do Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV) e professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O evento virtual foi organizado pelo Programa de Pós-graduação em Virologia (PPGV/SEEIC/IEC) e transmitido no auditório da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SEARB), além de contar com exibição online para os demais participantes que não estavam presentes no auditório.
Com o tema “Taxonomia de Vírus: avanços recentes e estado atual”, a palestra reuniu cerca de 65 pessoas, entre estudantes de iniciação científica, pós-graduandos, docentes e pesquisadores do IEC.
Durante a apresentação, o professor Zerbini abordou desde os primeiros esforços para classificar e nomear os vírus até os critérios atualmente adotados para essa categorização. Também demonstrou ferramentas disponíveis no site do ICTV (https://ictv.global/) e explicou a adoção do sistema da nomenclatura binomial latinizada na taxonomia viral, já em uso pela comunidade científica. O sistema atribui a cada espécie de vírus um nome composto por dois termos derivados do latim — o primeiro identifica o gênero e o segundo diferencia a espécie dentro desse grupo. Esse modelo segue a lógica utilizada há séculos na classificação de plantas e animais, permitindo maior padronização e clareza na comunicação científica internacional. A padronização é essencial para acompanhar a crescente complexidade da virologia moderna, especialmente diante do surgimento contínuo de novos vírus e variantes.
A proposta do evento surgiu da necessidade de esclarecer dúvidas sobre as mudanças recentes no campo da taxonomia viral, especialmente entre os estudantes. Para a coordenadora do PPGV, Dra. Valéria Lima Carvalho, a atividade contribuiu de forma significativa para a formação acadêmica dos alunos. “Por sermos um programa voltado à formação científica nessa área, é essencial que nossos alunos estejam alinhados com as atualizações mais recentes na classificação e nomenclatura viral. Esse conhecimento será útil não apenas para a elaboração de suas teses e artigos, mas também para suas trajetórias profissionais como pesquisadores e professores”, afirmou.
A coordenadora destacou ainda que o programa pretende manter uma agenda semestral de palestras científicas, com o objetivo de ampliar a formação dos alunos por meio do contato direto com especialistas da área.

