Inscrições abertas para o Curso de Atualização sobre Febre Prolongada de Origem Obscura (Fpoo)

O Instituto Evandro Chagas (IEC), Instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação vinculada à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), abre inscrições para o Curso de Atualização sobre Febre, com foco na abordagem diagnóstica da síndrome febril, especialmente a Febre Prolongada de Origem Obscura (FPOO). Promovido pela Seção de Ensino e Informação Científica (SEEIC) em conjunto com a Seção de Epidemiologia (SEEPI), o curso será ministrado pelo pesquisador Francisco Lúzio de Paula Ramos e tem como objetivo atualizar médicos e profissionais da saúde sobre método inovador e de diagnóstico da síndrome febril.

As aulas ocorrerão em quatro encontros presenciais no auditório do Centro Nacional de Primatas (CENP), totalizando uma carga horária de 10 horas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio do [link do formulário].

A atividade é destinada prioritariamente a profissionais médicos e gestores que atuam no SUS.

Metodologia

O curso utilizará uma metodologia que combina dados clínico-epidemiológicos, tempo de adoecimento e análise de hemograma como determinantes para facilitar o diagnóstico precoce. Essa abordagem é de baixo custo e fácil implementação, beneficiando especialmente a assistência médica primária.

A iniciativa visa não apenas melhorar o diagnóstico das doenças infecciosas, mas também reduzir os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) ao evitar procedimentos complexos e encaminhamentos desnecessários. A vigilância em saúde será fortalecida, permitindo respostas mais rápidas e eficazes a surtos epidêmicos.

FPOO na Região Amazônica

Na região amazônica, a febre, principalmente a febre prolongada de origem obscura (FPOO) apresenta desafios específicos devido à alta prevalência de doenças tropicais e infecciosas que circulam nesse mesmo espaço, facilitado por uma diversidade de fatores inerentes ao ambiente tropical. Agravos como doença de Chagas aguda, malária, leishmanioses, tuberculose, leptospirose, febre tifoide, além das diversas arboviroses e outras doenças virais e bacterianas constituem desafios diagnósticos pela semelhança da apresentação clínica entre elas e também pela não rara possibilidade de o indivíduo adquirir duas ou mais dessas doenças associadas.