Notícias
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
IEC, OPAS e países membros elaboram “Guia de Entomovirologia nas Américas”
Francisco Souza
Entre os dias 15 e 17 de julho, o Instituto Evandro Chagas (IEC), instituição de Ciência, Tecnologia e Inovação vinculada à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS), sediou a Reunião de Especialistas da Rede de Vigilância Entomovirológica (RELEVA). O encontro foi realizado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e reuniu pesquisadores de Cuba, Equador, México, Nicarágua, Panamá e Uruguai.
O principal objetivo da agenda foi avançar na elaboração do “Guia de Vigilância Entomovirológica”, documento estratégico que será entregue aos países membros da OPAS/OMS como referência para ações coordenadas de vigilância nas Américas.
A Dra. Lívia Casseb, chefe da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas (SEARB/IEC), destacou a importância da iniciativa no contexto da cooperação internacional. Segundo ela, o IEC, na qualidade de Centro Colaborador da OPAS/OMS para arboviroses emergentes, reemergentes e outros vírus zoonóticos, tem papel fundamental na articulação de estratégias regionais de vigilância. “Essa reunião tem como foco a definição de ações prioritárias para os próximos dois anos, incluindo propostas de projetos que ajudem a preencher lacunas no conhecimento sobre arboviroses — seja no diagnóstico, seja nas investigações de campo”, afirmou a pesquisadora.
Para o representante da OPAS/OMS, Haroldo Bezerra, o guia será uma ferramenta essencial para a saúde pública: “A vigilância entomovirológica é diferenciada por buscar a detecção de vírus diretamente em vetores, como os mosquitos. Isso permite antecipar alertas sobre a circulação de patógenos como Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela, contribuindo com informações estratégicas para os formuladores de políticas públicas”.
COORDENAÇÃO DA RELEVA
Desde 2024, o IEC assumiu a coordenação da Rede de Vigilância Entomovirológica nas Américas (RELEVA). A rede é responsável pela capacitação de profissionais das áreas de vigilância epidemiológica, diagnóstico laboratorial e entomologia para a detecção de arbovírus em vetores potenciais.
A pesquisadora Ana Cecília Ribeiro Cruz (SEARB/IEC), uma das coordenadoras da RELEVA, destaca o papel estratégico da detecção viral em vetores: “Essa atividade é fundamental para identificar os principais vetores durante um surto e, a partir disso, orientar ações prioritárias a serem adotadas pelos gestores de saúde pública”, explicou.
Texto: Francisco Souza
Edição: Kelvin Souza
Fotos: Francisco Souza


