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MinC e Funarte em diálogo e articulação pelo teatro em São Paulo
MinC e Funarte no iBT e Teatro de Contêiner / Crédito: Luciele Oliveira | MinC
O Ministério da Cultura (MinC) e a Fundação Nacional de Artes (Funarte) participaram na última sexta-feira, 5 de setembro, de uma agenda de diálogo e articulação junto a dois grupos que se configuram como importantes referências de prática e democratização da arte em São Paulo, em ação continuada. O Instituto Brasileiro de Teatro (iBT) apresentou o trabalho desempenhado em seu novo centro cultural e o Teatro de Contêiner recebeu as duas instituições para uma roda de escuta sobre os encaminhamentos em relação ao futuro da sede.
Ao lado da ministra da cultura Margareth Menezes, a Funarte estava representada pelo diretor-executivo Leonardo Lessa e a diretora do Centro de Teatro, Aline Vila Real.
No primeiro momento, a equipe gestora e curatorial do iBT apresentou as instalações do novo centro, instalado em um prédio de doze andares no centro de São Paulo, revitalizado com recursos da Lei Rouanet. Com salas de ensaio, palco aberto e estrutura adaptada para prática, pesquisa e atividades de diversas linguagens artísticas, o iBT configura-se como uma potente incubadora que, com o apoio fundamental das políticas públicas, torna-se motor de desenvolvimento econômico e cultural.
“É muito importante que no centro da maior cidade do país tenhamos uma instalação artística dessa grandiosidade, que reconhece o papel do teatro como mobilizador de experiências. Entendemos aqui que essa é uma forte experiência de ação continuada e que precisa do apoio de toda a sociedade e, sobretudo, das políticas públicas para que se fortaleça e se mantenha em plena atividade, inspirando outras iniciativas”, destacou a diretora do Centro de Teatro da Funarte, Aline Vila Real.
O iBT tem atuação nacional e tem como missão consolidar-se enquanto plataforma nacional de cultura, a partir do fomento e promoção das artes cênicas. É viabilizado pela mantenedora Viva do Brasil e por recursos da Lei de Incentivo à Cultura e, somente nos últimos três anos, já alcançou mais de 120 mil pessoas com espetáculos e formações, abrigou atividades de mais de 150 grupos e conta com um programa de bolsas que já formou mais de 200 profissionais.
Teatro de Contêiner - Na sequência, a Cia de Teatro Mungunzá e a ONG Tem Sentimento, ocupantes e mantenedoras do Teatro de Contêiner, receberam MinC e Funarte para uma roda de escuta e articulação sobre o futuro da sede. Amparados pela medida judicial que garante o prazo de permanência de 180 dias, o Teatro conta com o apoio das duas instituições para que haja êxito nas negociações, a fim de garantir institucionalmente que, em caso de efetiva remoção, uma nova sede, em plenas condições, dê continuidade ao trabalho do grupo, de inegável representatividade ao campo artístico, cultural e social na região do centro de São Paulo.
Na roda coletiva de escuta, também estava do MinC: Henilton Menezes, secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic); Roberta Martins, secretária de Articulação Federativa e Comitês de Cultura (SAFC); Tião Soares, diretor de Promoção das Culturas Populares; e Alessandro Azevedo, diretor coordenador do Escritório Estadual do MinC em São Paulo. Além deles, participaram a vereadora Luna Zarattini (PT/SP) e Celso Carvalho, superintendente do Patrimônio da União em São Paulo (SPU), junto com agentes da classe artística, coletivos, representantes do movimento estudantil e sociedade civil.
O diretor artístico do Contêiner, Marcos Felipe, reforçou o apoio da presidenta da Funarte, Maria Marighella, desde a primeira ordem de despejo expedida pela Prefeitura de São Paulo, como fundamental para a mobilização que culminou na vitória judicial – que considera o prazo solicitado previamente em Ofício assinado pelo MinC e Funarte. A presidenta participou in loco dos atos de mobilização que frearam a ação da prefeitura, que, por meio de força policial, pretendia remover o grupo da sede.
O diretor-executivo da Funarte, Leonardo Lessa, reforçou a importância da presença do Governo Federal na defesa da cultura e das artes. “A presença da ministra da Cultura aqui reforça esse papel que temos: de diálogo, escuta e de articulação. Também mobiliza a discussão sobre as políticas culturais de fomento, a importância de termos uma Política Nacional das Artes. Reconhecemos aqui a força das ações continuadas nas artes e o apoio fundamental das instituições para manutenção de experiências como esta, que garantem a promoção e o acesso às artes como direito, fundamental à democracia e soberania do país”.