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Internacionalização da música brasileira no Encontro Funarte de Políticas para a Música
Foto: Karen Sosa
A internacionalização da música brasileira foi tema central do Encontro Funarte de Políticas para a Música, promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte) dentro da programação da 9ª Conferência Nacional da FIMS - Feira Internacional da Música do Sul, um dos maiores eventos brasileiros dedicados à música independente, com destaque para o eixo sul global. Realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Cultura (MinC), entre os dias 11 e 13 de dezembro, em Foz do Iguaçu (PR), a Conferência do FIMS configura-se como importante espaço de articulação do ecossistema musical, combinando formação, networking, negócios, showcases e conexões entre artistas, produtores, empresários, programadores, selos, gravadores e demais agentes do campo da música, do Brasil e América Latina. O evento concluiu etapas itinerantes, chamadas de Drops FIMS, que passaram por diferentes capitais com foco nas realidades das regiões do país.
No Encontro Funarte de Políticas para a Música – A Internacionalização da Música Brasileira em Debate, a pauta foi articulada com a presença da diretora do Centro de Música da Funarte, Eulícia Esteves, e da coordenadora Setorial de Música Popular da Fundação, Gabriela Góes. Questões como mobilidade de artistas, presença estratégica em eventos e festivais e residências artísticas, no contexto da Política Nacional das Artes, estiveram em discussão.
“A FIMS se constitui como um espaço importante de articulação nacional. Então, é muito pertinente realizarmos esse Encontro dentro desse evento, mantendo o diálogo e, sobretudo, a escuta em relação a esse tema, a internacionalização, que é tão caro para todos nós, um dos eixos da nossa Política Nacional das Artes. A música brasileira já é bastante conhecida no mundo, mas queremos potencializar ainda mais essa difusão, apresentar ao mundo a diversidade das nossas sonoridades e também dos nossos sonhos”, afirmou Eulícia Esteves.
Articulando novas contribuições aos resultados obtidos de encontros anteriores, como o mais recente Encontro da Rede Música Brasil, em 2024, esta reunião objetivou articular, junto à sociedade civil, respostas para os desafios e potencialidades da presença de agentes e produtos musicais brasileiros nos espaços de difusão internacional. A sociedade civil esteve representada por produtores de festivais e feiras, empresários, pesquisadores, artistas e membros de instâncias representativas que atuam no campo da música e desenvolvem ações no exterior, de diversos territórios do Brasil. A Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN), a Associação Brasileira da Música Independente (ABMI), o Fórum Ibero-Americano de Mercados Musicais e o Sesc Nacional marcaram presença, assim como agências como a Brasil Música & Artes (BM&A) e instituições de internacionalização como a ApexBrasil e o Instituto Guimarães Rosa. As formulações e propostas foram sistematizadas em um documento, entregue à Funarte, que deverá subsidiar diretrizes nas políticas públicas setoriais da música.
“Nós estamos nesse processo de construção, do que virá a ser o Plano Setorial da Música, e essa é mais uma parte importante do processo, que enseja o que desejamos para o fortalecimento da presença brasileira no cenário internacional”, complementa a diretora do Centro de Música da Funarte, Eulícia Esteves.