Funarte reverencia Arlindo Cruz, referência no samba e na cultura brasileira

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) celebra o legado de Arlindo Cruz, mestre do samba e da cultura popular brasileira, cuja obra transformou o cotidiano em melodia e ajudou a fortalecer o samba como instrumento de resistência, afeto e pertencimento.

"Arlindo Cruz, um dos grandes dessa escola 'Cacique de Ramos', da Zona Norte do Rio de Janeiro para todo o Brasil. Através do samba, contou e cantou a vida em comum, seu terreiro e território. Seguiremos na esperança de um mundo melhor. Nosso lugar. Meu abraço profundo em toda família, amigos e fãs que hoje se despedem desse grande músico brasileiro", disse a presidenta da Funarte, Maria Marighella.

Exímio compositor, cantor e instrumentista, Arlindo dedicou sua vida a engrandecer as raízes do samba, ampliando seus horizontes com criatividade e afeto. Da tradição do partido-alto aos enredos das escolas de samba, dos quintais às grandes arenas, sua trajetória se entrelaça com a história viva da música brasileira. Arlindo levou adiante o batuque ancestral dos terreiros e dos blocos, renovando o gênero sem perder de vista suas origens.

Suas canções seguem pulsando nas rodas de samba, nos carnavais e nos corações de quem reconhece no samba uma maneira de existir, resistir e celebrar a vida.

Arlindo teve mais de 500 músicas gravadas por diversos artistas, e é considerado o principal difusor da utilização do banjo no samba. Sua obra permanece como referência viva da força coletiva e criativa das artes em nosso país.

A Funarte se solidariza com familiares, amigos, parceiros e com toda a comunidade do samba, certos de que o legado de Arlindo Cruz seguirá iluminando a cultura brasileira.