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Funarte realiza Encontro Nacional de Políticas para as Artes Visuais
Foto: Iza Guedes / Fundação Bienal de São Paulo
Artistas e agentes de diversas partes do país participaram do Encontro Nacional de Políticas para as Artes Visuais, uma realização inédita da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em parceria com a Fundação Bienal de São Paulo, nos dias 5 e 6 de dezembro, no Pavilhão da Bienal de São Paulo, na capital paulista. A partir de grupos de trabalhos temáticos, o encontro promoveu o diálogo articulado entre pautas setoriais das artes visuais a partir do texto-base da Política Nacional das Artes (PNA), que estabelece as premissas para assegurar o pleno exercício dos direitos culturais a todas as pessoas.
Na abertura do evento, a presidenta da Funarte, Maria Marighella, destacou o marco no diálogo entre artistas, instituições culturais e poder público: “É como um chamado para a troca e acolhimento das diversidades, a fim de provocar as mudanças que queremos no mundo. Mesmo que as missões sejam distintas, as políticas devem nos levar a uma experiência de emancipação, distribuição e equidade. E a Política Nacional das Artes se presta a esse papel, de mapa de conexões, de caminho comum para alcançarmos nossos objetivos”, afirmou.
A mesa de abertura também contou com a presença da diretora do Centro de Artes Visuais da Funarte, Sandra Benites; da assessora do Gabinete da Presidência da Funarte, Luiza Interlenghi; do superintendente executivo da Fundação Bienal, Antonio Lessa; de Marina Maciel, analista jurídica, agente de proposição do Projeto de Lei 1928/2024, que regulamenta a profissão de artistas visuais; e Panmela Castro, artista e ativista, membro da Rede NAMI.
Os 78 participantes, representantes de entidades relevantes do setor, trouxeram perspectivas de variados territórios do Brasil, abarcando diferentes formas de organização, atuação e pensamento sobre as artes visuais em sua diversidade. O agrupamento se dividiu em seis grupos de trabalho: Criação contemporânea e diversidade de linguagens e suportes; Arte ancestral, diáspora africana e contemporaneidade: território e circulação global; Os lugares da arte pública; Memória e estratégias de preservação e difusão; Profissionalização e mercado: a profissão artística; e Práticas sustentáveis: da criação à circulação.
Como resultado, foi produzido um documento com propostas e contribuições ao campo das artes visuais no Brasil, em consonância com a PNA e os avanços de consolidação dos Sistemas Setoriais de Cultura. Com apontamentos concretos para fortalecimento das políticas públicas para o setor, o documento foi entregue em mãos à presidenta da Funarte e será também encaminhado ao Ministério da Cultura (MinC).
“São muitos os temas e cada um tem as suas especificidades, mas, a partir daqui, temos um avanço importante no debate e no diálogo para que os diversos setores das artes visuais possam ser reconhecidos e se reconhecer mutuamente”, afirmou o diretor-executivo da Funarte, Leonardo Lessa, no encerramento do Encontro.