Em 2021, ABCD realizou 4.819 testes com 43 Resultados Analíticos Adversos

Testagem é umas das principais ações da política antidopagem que a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem desenvolve em prol do Jogo Limpo no país. Em termos de controle dos atletas em 2021, a ABCD trabalhou em 43 Resultados Analíticos Adversos (RAAs), que é quando um desportista testa positivo para alguma substância proibida. O número representa 0,9% do total de 4.819 testes realizados no último ano.

“No momento, nosso foco principal é aprimorar ainda mais os processos que dão qualidade aos resultados e entregas da antidopagem para a sociedade, cooperando com o sistema internacional. Acreditamos que assim, o atleta, que é a razão da nossa existência na defesa do Jogo Limpo, pode ser atendido dentro de suas expectativas e com excelência”, comentou a secretária nacional da ABCD, Luisa Parente.

A Coordenação-Geral de Gestão de Resultados (CGGR) fez um levantamento sobre a atuação da área ao longo do ano passado. Dos 43 testes realizados que deram Resultados Analíticos Adversos, sete estão em revisão inicial, ou seja, em análise pela Coordenação, que consiste em uma fase pré-processual ao envio dos casos para o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD).

Há ainda 11 casos pendentes de julgamento perante o TJD-AD e outros 23 casos com decisão de mérito, sendo que todos resultaram em aplicação de suspensão dos envolvidos. Do total, dois casos não foram considerados como violação de regra antidopagem nos termos do Código Brasileiro Antidopagem (casos de Autorização de Uso Terapêutico e via de uso permitida, por exemplo) e, portanto, foram encerrados.

Os esportes com maior incidência de Resultados Analíticos Adversos foram: ciclismo, com 12 casos; futebol, com nove casos, e; levantamento de pesos, com oito casos. As classes de substâncias proibidas mais detectadas foram: Agentes Anabolizantes, com 23 casos; Hormônios e Moduladores Metabólicos e Estimulantes, empatados com sete casos; Diuréticos e Agentes Mascarantes, com cinco casos.

A coordenadora-geral de Gestão de Resultados da ABCD, Luciana Corrêa, destacou a importância de se mapear as modalidades e substâncias detectadas para aprimorar as ações de combate à dopagem. “É importante fazer o levantamento desses dados por uma questão de inteligência para o planejamento de testes e tomadas de decisão em relação às ações educativas”, pontuou.

A CGGR ainda encerrou 20 processos em fase inicial de gestão de resultados, por meio de acordos de resolução de casos, e participou de 64 audiências do TJD-AD no último ano. O novo Código Mundial Antidopagem, que entrou em vigência em 2021, estimula a realização destes acordos.

“Nós estamos comemorando esse número. Nos casos de acordo com os atletas que admitem de pronto a violação da regra antidopagem, eles cumprem três anos de suspensão ao invés de quatro. Isso traz celeridade ao processo, o que nos ajuda a cumprir a recomendação da Agência Mundial Antidopagem de dar solução aos casos num prazo de seis meses”, finalizou Luciana Corrêa. 

Diretoria de Comunicação – Ministério do Esporte