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APOIO E SOLIDARIEDADE
Conselho de Participação Social emite nota de solidariedade à ministra Marina Silva
- Foto: Graccho | ASCOM/SGPR
O Conselho de Participação Social da Presidência da República, em sua 8ª reunião do plenário, em Brasília, emitiu, nesta quarta-feira, 28, uma nota de solidariedade à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, pelo episódio ocorrido ontem na Comissão de Infraestrutura do Senado. A ministra e o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, participaram da reunião.
Na nota, as conselheiras e os conselheiros declararam “apoio e toda a solidariedade” à ministra, “diante dos ataques que sofreu durante sessão no Senado”. “A ministra foi interrompida muitas vezes, teve seu microfone cortado, sofrendo um silenciamento absurdo que se configura como violência política de gênero”. Os membros do conselho também ressaltaram que “a violência política de gênero e raça é uma expressão de machismo institucional e estrutural e precisa ser combatida com firmeza”. O Fórum Interconselhos subscreve a nota.
A ministra Marina Silva agradeceu o apoio dado pelo Conselho de Participação Social. “Foi algo terrível, inaceitável, cheio de preconceito, racismo e misoginia, mas ter recebido o apoio e solidariedade de vários colegas, companheiros, amigos, do presidente Lula, de toda a sociedade civil, da imprensa foi muito importante, para não permitir que esse tipo de coisa aconteça e não fique como se não tivesse ocorrido”, declarou.
Abaixo a nota na íntegra:
NOTA DE SOLIDARIEDADE À MINISTRA MARINA SILVA
O CONSELHO DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, vem a público manifestar todo apoio e solidariedade à Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, diante dos ataques que sofreu durante sessão no Senado Federal, nesta semana.
A Ministra foi interrompida muitas vezes, teve seu microfone cortado, sofrendo um silenciamento absurdo que se configura como violência política de gênero, posturas xenofóbicas e racistas com ataques verbais por senadores da República — Marcos Rogério (PL-RO), Plínio Valério (PSDB-AM) e Omar Aziz (PSD-AM) — em uma nítida tentativa de deslegitimação da sua presença institucional naquele espaço. Durante os ataques, o senador Marcos Rogério, que presidia a Comissão, chegou a dizer que Marina Silva deveria “se pôr no seu lugar”, enquanto o senador Plínio Valério declarou “respeitar a mulher, mas não a ministra”, reforçando uma retórica misógina e inaceitável.
Nesta última semana, aconteceram 2 episódios de racismo e violência política de gênero com a ministra do TSE, Vera Lúcia Santana e com a ministra do meio ambiente e mudança do clima, 2 mulheres ministras da república, fatos que visibilizam e dão destaque às violências sofridas diariamente pelas mulheres e em especial pelas mulheres negras.
A violência política de gênero e raça é uma expressão de machismo institucional e estrutural que precisa ser combatida com firmeza.
Desde 2021, o Brasil conta com a Lei nº 14.192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, durante o processo eleitoral e no exercício de funções públicas.
São crimes que violam os princípios da democracia, da equidade e do respeito à dignidade da pessoa humana.
Estamos com Marina Silva.
Estamos com todas as mulheres que enfrentam a violência política de gênero e raça.