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JORNADA DA MULHER
Secretaria-Geral fortalece diálogo com mulheres atingidas na Jornada Nacional em Brasília
A capital federal sedia, nesta semana, a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Atingidas: Para Enfrentar o Fascismo, a Crise Climática e Avançar nos Direitos, que reunirá cerca de mil mulheres de diferentes regiões do Brasil.
O evento, organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), tem como objetivo central criar um espaço de escuta, articulação e mobilização, onde mulheres impactadas por barragens, grandes projetos de infraestrutura e pelas mudanças climáticas possam compartilhar experiências, fortalecer suas pautas e pressionar o poder público por respostas concretas às suas demandas.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, participou, nesta terça-feira (3), do evento, e reforçou o compromisso do Governo Federal com o diálogo e a escuta ativa dos movimentos sociais e das populações atingidas por grandes empreendimentos.
“A Secretaria-Geral da Presidência da República reafirma seu compromisso com o fortalecimento da democracia participativa, com o diálogo permanente com os movimentos sociais e com a construção de políticas públicas que atendam às necessidades das populações atingidas por barragens e outros projetos de grande impacto”, afirmou Macêdo.
A coordenadora nacional do MAB, Ivanei Farina, destacou que um dos principais focos da Jornada é a marcha, que vai denunciar o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental. Ivanei informou que a marcha será realizada no dia 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente.
“Nossa marcha será prioritariamente para denunciar a aprovação desse PL da Devastação, que acreditamos prejudicar diretamente os direitos das populações atingidas. Esse será o nosso grito, o nosso apelo. Seguiremos em luta para defender o meio ambiente, os direitos das populações atingidas, mas, prioritariamente, os direitos das mulheres, que precisam cada vez mais ser respeitados e ter seus direitos reparados”, afirmou Farina.
Entre as principais reivindicações das mulheres atingidas, destacam-se:
• A regulamentação e efetiva implementação da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas (PNAB);
• A criação de planos de segurança para comunidades impactadas por barragens, grandes obras e eventos climáticos extremos;
• O enfrentamento da devastação ambiental provocada pelo avanço desordenado do agronegócio no país.
A Jornada conta com atos políticos, marchas, debates e uma feira de integração cultural, além de espaços de articulação e formação envolvendo diversos setores da sociedade civil. A programação se estende por quatro dias, de 2 a 5 de junho, com atividades em diferentes pontos de Brasília e na Universidade de Brasília (UnB).