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JUVENTUDE
Brasil terá 6 representantes na Cúpula do Y20 na África do Sul
A Cúpula Y20 – Youth 2025 África do Sul, principal espaço de engajamento das juventudes do G20, ocorrerá em Johanesburgo entre 18 e 22 de agosto. A delegação brasileira, composta por seis representantes da sociedade civil, foi indicada pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve).
Pela primeira vez sediada no continente africano, o Y20 reunirá 120 delegados dos países-membros e nações convidadas para elaborar propostas concretas aos líderes do G20.
Sob a presidência sul-africana do grupo, o G20 2025 tem como tema "Construindo Pontes: Unindo pela Solidariedade, Defendendo a Igualdade, Impulsionando a Sustentabilidade", alinhado à Agenda 2063 da União Africana e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
De acordo com o diretor de Políticas Públicas Transversais de Juventudes, Nilson Florentino Júnior, a edição do Y20 deste ano configura um marco histórico ao trazer o debate global para a África, continente que lidera as discussões sobre justiça climática e transições energéticas inclusivas.
“Em um contexto de crises ambientais e assimetrias internacionais, a cúpula surge como mecanismo vital para reconectar o G20 às demandas das novas gerações, transformando propostas técnicas em políticas concretas”, explica o diretor da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR).
Para o Brasil, a participação reforça o compromisso com lideranças juvenis transformadoras, capazes de articular soluções locais a desafios globais. É o que destaca a doutora e mestra em Integração Latino-Americana pela Universidade de São Paulo (USP), Amanda Harumy, uma das seis delegadas brasileiras.
“Diante da atual crise do multilateralismo, torna-se imperativo que a juventude assuma um papel ativo na construção de respostas coletivas e transformadoras. Esse protagonismo juvenil é vital para a construção política multilateral e amplia as possibilidades de construção de consensos e de respostas colaborativas, ancoradas na diversidade de experiências, territórios e saberes de cada país”, diz a Amanda Harumy.
As recomendações da delegação brasileira – desde financiamento verde até governança ética de tecnologias – ecoarão não apenas no G20, mas em espaços como a COP30 e demais outros fóruns de incidência brasileira, consolidando o país como ator central na construção de um multilateralismo mais justo e eficaz.
Como resultado da cúpula, será elaborado comunicado oficial com recomendações para a Cúpula de Líderes do G20 em novembro, além da criação do Conselho de Sherpas do Y20 para monitorar a implementação das propostas.
Delegação Brasileira - O Brasil será representado por seis delegados:
Amanda Harumy, internacionalista, doutora e mestra em Integração Latino-Americana pela Universidade de São Paulo (USP), com foco em negociações de paz e movimentos sociais. Atua como assessora internacional da ANDIFES e ocupou cargos importantes na diplomacia multilateral da juventude.
Helena Prestes é graduanda em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB), onde desenvolve pesquisa e extensão voltada à comunicação e aos direitos humanos. Atualmente trabalha no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Guilherme Rosso é doutorando em ciência, tecnologia e sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), mestre pela USP e bacharel pela UFRN. Atuou como delegado do Y20 Brasil 2024 e coordenou a Comissão de Juventude da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Foi um dos 50 jovens do mundo selecionados em 2024 para o Fórum Econômico Mundial em Davos.
Lucas Chen é Vice-Presidente da Comissão de Relações Internacionais do Conselho Nacional de Juventude. Também é Coordenador Nacional da Juventude Pátria Livre (JPL), da qual foi Secretário de Relações Internacionais até 2024. Participa de fóruns de discussão internacional.
Carolina Gaia, 28 anos, nascida no Rio de Janeiro, é fotógrafa, comunicadora popular e integra a Direção Nacional da Juventude do Partido dos Trabalhadores. Acredita que o combate à fome, às injustiças e às desigualdades sociais deve ser pilar fundamental na luta por um mundo sustentável.
Ingrid Siss, psicóloga social (UERJ) com pós-graduação em Educação e Direitos Humanos (PUC-RJ), atua há mais de 10 anos na defesa de causas juvenis. Aos 25 anos, fundou a Casa Dona Amélia na Cidade de Deus, que assistiu mais de 300 famílias na pandemia. Entre 2021-2023, coordenou o Pacto pela Juventude (JuvRio/UNESCO).
O Y20 2025 vai debater quatro temas principais: Mudanças Climáticas e Sustentabilidade Ambiental; Crescimento Econômico Inclusivo e Emprego; Inteligência Artificial, Inovação Digital, Educação e o Futuro do Trabalho, e Engajamento Significativo dos Jovens e Reforma do Multilateralismo para um Futuro Justo.