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ESCUTA ATIVA
Governo promove o seminário “Acesso à água na Amazônia no contexto das mudanças climáticas” em Alter do Chão (PA)
Foto: Yako Guerra/MDS
Na última semana, de 16 a 18 de julho, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), promoveu em Alter do Chão (PA), o Seminário “Acesso à Água na Amazônia no Contexto das Mudanças Climáticas”. Com o apoio de especialistas, beneficiários e sociedade civil, o evento buscou discutir o acesso à água de qualidade na região amazônica, sobretudo diante dos efeitos acelerados das mudanças climáticas, assim como enfatizou as ações já realizadas pelo Programa Cisternas.
“Água também é alimento”, afirmou Wellington Dias, ministro do MDS, que participou da abertura do evento por meio de vídeo e reforçou o compromisso da pasta com os esforços que buscam viabilizar que a água potável fique disponível de forma ampla para a população da região. O ministro reiterou a importância da realização desse trabalho com o apoio da comunidade. “O MDS integrado com municípios e Estados valoriza muito essa experiência de trabalhar em conjunto e seguramente teremos bons resultados”, finalizou.
Para Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, do MDS, garantir o acesso à água de qualidade na Amazônia significa um desafio gigantesco. “Estamos falando de regiões remotas, com grandes distâncias e vulnerabilidades. Precisamos pensar políticas que dialoguem com esse novo cotidiano climático”, declarou.
Antônio Adevaldo, representante do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e conselheiro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), destacou a luta e a importância das organizações para resolver os problemas dos seus territórios e a resiliência das comunidades. “A realidade que as pessoas enfrentam nos territórios onde são implementadas essas tecnologias sociais de acesso à água são quase indescritíveis”, declarou.
O conselheiro falou ainda sobre a relevância da escuta ativa das comunidades na construção e implementação das políticas públicas de acesso à água e como elas impactam positivamente na produção. “Foi observado um aumento tanto na produção quanto na qualidade dos produtos nos locais onde foram implementados o Programa Cisternas. As pessoas passam a ter uma água segura para fazer seu açaí, sua goma de tapioca, e esses produtos de melhor qualidade passam a alcançar melhores mercados, podendo, inclusive, fazer parte de programas de políticas públicas, como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos)”, finalizou.
Durante o evento, os participantes relataram as boas práticas e os desafios encontrados na implementação do Programa Cisternas na região, com destaque para os obstáculos encontrados na logística até os territórios mais afastados.
O evento tratou ainda, das especificidades territoriais no acesso à água, dos aprendizados e estratégias de adaptação climática na Amazônia e no Semiárido. Houve também um momento de escuta dos beneficiários das tecnologias sociais e dos desafios na implementação de projetos em Unidades de Conservação, Terras Indígenas e outras comunidades tradicionais. Por fim, os participantes visitaram a Aldeia Pajurá, na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns, onde puderam conhecer as tecnologias sociais implementadas no território.
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