Notícias
AGROECOLOGIA
Com mais de R$ 70 milhões, ECOFORTE fomenta redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica
- Foto: Divulgação
Com quase 200 propostas cadastradas, o edital do Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica – ECOFORTE selecionou 31 propostas que vão receber R$ 72,3 milhões. A partir da divulgação do resultado do edital pela Fundação Banco do Brasil, os proponentes têm até 5 dias úteis para apresentar contestação fundamentada ou documentos que eventualmente não tenham sido apresentados.
A Secretaria-Geral da Presidência da República, os ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz ofertaram consultorias para orientar as organizações na elaboração e qualificação de suas propostas, o que facilitou o acesso aos recursos.
A Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – CNAPO da SGPR é um espaço para assegurar a participação e controle social nas ações do Programa Ecoforte. Portanto, o investimento social no Ecoforte foi possível com o diálogo e articulação entre órgãos do governo e movimentos sociais do campo, valorizando conhecimentos tradicionais e as diversas tecnologias sociais que viabilizam a agricultura de base agroecológica em comunidades rurais.
Confira aqui o resultado do edital
Programa Ecoforte
O Programa Ecoforte integra a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) e foi instituído como meta dos Planos Nacionais de Agroecologia e Produção Orgânica para os períodos de 2013-2015 e depois de 2016-2019. Foi retomado em novembro de 2023. A partir de agora passa a ser parte também do Plano Safra da Agricultura Familiar.
O desafio de lançar um edital de R$ 100 milhões nessa retomada foi feito reafirmando o compromisso do governo federal com a escuta e participação da sociedade civil em todas as políticas públicas, inclusive na de transição agroecológica.
A abordagem agroecológica integra a preocupação com os aspectos ambientais, econômicos, sociais e culturais dos sistemas alimentares. É reconhecida internacionalmente como estratégica para a promoção da segurança e soberania alimentar, mitigação e resiliência climática e conservação da biodiversidade. A produção orgânica de base agroecológica adota tecnologias e práticas em sistemas similares àqueles que ocorrem na natureza. Esse modelo reduz a dependência dos sistemas agrícolas de insumos externos, promove a diversidade de cultivos e a valorização e preservação dos conhecimentos e das identidades culturais de povos e comunidades tradicionais e demais grupos de agricultores familiares.
A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PNAPO foi instituída em 2012, assim como o PLANAPO, com o objetivo de integrar, articular e adequar políticas, programas e ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica e de base agroecológica. Em 2018, a PNAPO foi reconhecida com o Prêmio Internacional de Política para o Futuro, organizada pelo World Future Council.