Primeira reunião ordinária da CNAPO discute os rumos da política de agroecologia e produção orgânica no Brasil

Ontem (19) teve início a primeira reunião ordinária da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e diversas autoridades governamentais, parlamentares e representantes da sociedade civil. O evento ocorreu após a reconstituição da CNAPO, destacando o compromisso renovado do governo do presidente Lula com a agroecologia e a produção orgânica no Brasil.

A reunião se estende até o dia 21 de março. Entre as pautas da reunião, destacaram-se o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica 2024-2027, o Programa Ecoforte, os Núcleos de Estudos em Agroecologia (Neas) e o debate sobre a atualização do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara).

Um dos momentos marcantes do evento foi o lançamento da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica, anunciado pelo deputado Leonardo Monteiro (PT/MG) durante a reunião. Isso representa um importante avanço na articulação política em prol da agroecologia no país.

Representando a Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcelo Fragozo enfatizou a importância do diálogo e participação social: “Temos que ter um ecossistema de participação social e diálogo. Temos que sair em defesa dos direitos, no combate à fome, e apoiar a produção de alimentos saudáveis, assim como na qualidade de vida do meio rural brasileiro.” Fragozo reforçou o compromisso do Ministério com o meio ambiente, promovendo inclusão social e geração de renda digna.

A ministra Marina Silva reiterou o compromisso do Ministério do Meio Ambiente com a agenda da agroecologia: “O Ministério do Meio Ambiente ajudou no processo de formação dessas políticas. É fundamental que tenhamos nos orçamentos dos nossos setores de governo, investimentos ampliados para esta agenda. Que possamos trabalhar mais para que haja acessibilidade da população nestes produtos.”

A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destacou a importância estratégica da agroecologia: “Essa é uma agenda estratégica. Produzir mais comida saudável impacta a economia positivamente. Temos que empenhar o governo na agenda da agroecologia. No Brasil, grande parte das emissões e problemas climáticos são gerados pelo nosso modo de produção agrícola, e a agroecologia é a solução.”

O evento reforça o compromisso do governo federal e da sociedade brasileira com práticas agrícolas sustentáveis e a construção de um futuro mais justo e ambientalmente responsável.

Vídeo da I Reunião Ordinária da CNAPO: