“Fome volta a assombrar famílias brasileiras”, diz reportagem do jornal O Globo

O jornal O Globo, na edição do último domingo, informa que um “relatório elaborado por mais de 40 entidades civis sobre o cumprimento das metas da Agenda 2030 alertará a ONU sobre um quadro de reversão da fome zero e de insucesso na erradicação da pobreza até 2030”.

O assunto foi matéria de capa do jornal, sob o título “Fome volta a assombrar famílias brasileiras”. De acordo com a reportagem, assinada pela repórter Daiane Costa, “três anos depois de o Brasil sair do mapa mundial da fome da ONU — o que significa ter menos de 5% da população sem se alimentar o suficiente —, o velho fantasma volta a assombrar famílias brasileiras”.

O texto afirma que “o alerta foi endossado por especialistas ouvidos pelo Globo”. As entidades que produziram o relatório “monitoram o cumprimento de um plano de ação com objetivos de desenvolvimento sustentável acordado entre os Estados-membros da ONU, a chamada Agenda 2030”.

O jornal informa que o documento será entregue às Nações Unidas na semana que vem, durante a reunião do Conselho Econômico e Social, em Nova York.

A professora Elisabetta Recine, da Universidade de Brasília (UnB), que recentemente foi indicada para presidir o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), foi ouvida pela reportagem, bem como outros pesquisadores e especialistas, como Chico Menezes, que também foi presidente do Consea.

Outras fontes ouvidas pela reportagem, sob diferentes pontos de vista, foram Alan Bojanic, representante das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação no Brasil (FAO); Henrique Villa Ferreira, secretário Nacional de Articulação Social; e a nutricionista Rosana Salles da Costa, do Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A reportagem informa que, “de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de lares que vivia nessa condição [insegurança alimentar e nutricional grave] caiu à metade entre 2004, ano da primeira pesquisa, e 2013, dado mais recente, de 6,5% para 3,2%”.

Ainda segundo o jornal O Globo, “os próximos dados, referentes a 2017 e 2018, vão ser divulgados daqui a dois anos pelo IBGE, após a conclusão da Pesquisa de Orçamentos Familiares para esses anos”.

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Fonte: jornal O Globo