Bom dia, Ministro: Padilha destaca avanços na saúde pública com Mais Médicos, vacinação e expansão do SAMU

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou os dados sobre a imunização pelo país durante o programa Bom dia, ministro. Nesta quarta-feira, 25 de junho, ele foi entrevistado por profissionais de imprensa de várias regiões do país e abordou os principais temas da pasta. Entre os assuntos, o ministro elencou os números históricos de entregas e realizações efetuadas por esta gestão, como a ampliação das ambulâncias do SAMU e os profissionais do Mais Médicos.

Sobre a imunização, Padilha reforçou a importância da vacinação contra a gripe, principalmente durante o inverno. Desde abril, as vacinas estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e a campanha foi ampliada para toda a população. “Quero chamar a atenção das pessoas para tomar a vacina da gripe. Fizemos um grande dia D Nacional de Vacinação, que foi dia 10 de maio. Nesse dia, um milhão e meio de pessoas foram se vacinar. Três vezes mais do que o número de pessoas que iam todos os dias para se vacinar”, disse.

O Mais Médicos vai chegar a 28 mil médicos e médicas espalhadas nas UBS de todo o país. O presidente Lula retomou o programa e dobrou a meta, o número de médicos e médicas.
Alexandre Padilha, ministro da Saúde

DENGUE – O ministro também mencionou que a vacinação contra a dengue e as medidas de controle do mosquito transmissor serão intensificadas no segundo semestre do ano. Em 2024, a vacina da dengue foi incorporada ao SUS para o público de 10 a 14 anos que reside em localidades prioritárias, conforme critérios definidos a partir do cenário epidemiológico da doença no país e decisão pactuada com estados e municípios na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). 

“Junho e julho é o período final da maior transmissão da dengue. Passado esse período, nós vamos trabalhar muito fortemente no segundo semestre, para os municípios, os governos estaduais já começarem as ações de prevenção, de controle, de informação à população”, afirmou.

MAIS MÉDICOS – Durante a entrevista, Padilha também destacou que o programa Mais Médicos continua a ser ampliado para contar com 28 mil profissionais em todo o país. Atualmente, são mais de 24,9 mil profissionais em atuação, número que dobrou em comparação com 2022. O programa também tem papel estratégico no Agora Tem Especialistas.

“O Mais Médicos vai chegar a 28 mil médicos e médicas espalhadas nas UBS de todo o país. O presidente Lula retomou o programa e dobrou a meta, o número de médicos e médicas espalhados em todo o país. Eles têm um papel muito importante no Agora Tem Especialistas, porque ele é o médico que atende na unidade e percebe a necessidade de encaminhar para um cardiologista, para um oncologista especialista em algum tipo de câncer, para um pneumologista. Então, eles estão muito preparados, a qualificação desses médicos é cada vez maior”, enfatizou o ministro.

Além da expansão do atendimento, o Governo Federal também está investindo na formação de médicos especialistas. Serão abertas 3 mil novas vagas para ampliar o número de profissionais especialistas com foco nas regiões mais desassistidas do país Também estão previstas 500 vagas para provimento imediato de médicos especialistas no SUS.

SAÚDE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS – Durante a COP30, no mês de novembro, o Brasil irá promover o “Dia da Saúde”, de acordo com o ministro. Padilha ressaltou que o tema da saúde é algo fundamental no debate da mudança do clima e destacou que a Conferência deixará um legado para Belém (PA), com a reforma de unidades básicas de saúde, investimentos em vigilância e estruturação da rede pública.

“O Brasil lançou uma proposta de um plano de adaptação dos sistemas de saúde às mudanças climáticas, porque a gente já está vivendo isso. Por exemplo, todas as enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul destruíram unidades de saúde. Você tem que ter uma estrutura dos sistemas de saúde para eles se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas. O aumento da temperatura tem aumentado, por exemplo, as doenças transmissíveis por mosquitos. A saúde está muito presente na organização da COP30”, explicou.

AMBULÂNCIAS – Outra ação que o Governo Federal tem como prioridade é a expansão do SAMU 192. A meta é entregar mais de 2,3 mil ambulâncias até 2026. O ministro registrou a quantidade de ambulâncias entregues: 2.223 até o momento. Alguns municípios receberam o veículo pela primeira vez.

“Agora voltou-se a investir no SAMU, porque ficaram seis anos sem o Ministério da Saúde comprar uma ambulância do tipo UTI pro SAMU. Então a gente volta a investir, mais de 2,1 mil já foram distribuídas. Com a nova compra, a expectativa é de 2.300 até o final de 2026. Vamos fazer uma entrega no mês de julho de mais de 100 ambulâncias que estão ali na fábrica em Sete Lagoas/MG, que ficaram prontas”, disse.

Com essa expansão, 6,1 milhões de pessoas passaram a contar com o serviço de urgência do SAMU 192. O ministro reforçou que o objetivo é levar o SAMU a todos os municípios do Brasil, inclusive em áreas de difícil acesso, onde o atendimento é feito por via fluvial.

“Nossa meta é que, até 2026, todo município brasileiro seja atendido pelo SAMU. Tem alguns lugares que isso é através da via fluvial, no caso da Amazônia Brasileira, em algumas regiões do Centro-Oeste e do Nordeste, esse SAMU chega lá por via fluvial”, afirmou.

ACORDO DO RIO DOCE – O ministro Alexandre Padilha também abordou as ações para os municípios atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão, que incluem desde investimentos emergenciais até medidas de longo prazo. Uma delas é a construção do Hospital Universitário da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que será erguido em Mariana (MG). A nova unidade hospitalar também contribuirá para a formação de profissionais de saúde no território afetado pelo desastre ambiental de 2015.

“Isso é uma ação histórica, porque nós tivemos o maior crime ambiental da história do nosso país e certamente um dos os maiores crimes ambientais do mundo, que afetou não só a cidade de Mariana, afetou mais de 40 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, em torno do Vale do Rio Doce”, lembrou.

Ainda em 2025, serão investidos mais R$ 400 milhões para a construção de pelo menos 60 unidades de atendimento, incluindo UBS, Unidades Odontológicas Móveis, Policlínicas, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e reforço das equipes do SAMU nas regiões atingidas.

“A gente vai construir 14 novos centros de atenção psicossocial de saúde mental, porque esse é um problema grave, um impacto grave na saúde mental das pessoas. Vamos fazer laboratórios de monitoramento da qualidade da água, centros de referência, pelo menos três grandes centros do Agora Tem Especialistas, que vão ser referência para especialidades importantes, doenças relacionadas à exposição a produtos químicos e exposição crônica decorrente do crime ambiental”, explicou o ministro.

QUEM PARTICIPOU – Participaram do programa desta quarta-feira a Rádio Nacional Brasília, Amazônia e Alto Solimões/EBC; Rádio BandNews FM (Belo Horizonte/MG); Portal O Popular (Goiânia/GO); Rádio Sociedade (Salvador/BA); Rádio Bandeirantes (São Paulo/SP); Portal Diário do Pará (Belém/PA); Rádio Jornal (Recife/PE); e Rádio Antena Esportiva (Rio de Janeiro/RJ).