REDOME lembra a importância de atualização do cadastro
Em constante campanha de conscientização da população, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, o REDOME, que é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) alerta para que os doadores de medula, atualizem seus dados. Atualmente são 783 pessoas que buscam por doadores não aparentados e precisam encontrá-los.
O procedimento de atualização é simples e feito através site do REDOME. Com a pandemia, em 2020, o número de atualizações destes cadastros caiu cerca de 38% em relação à média mensal de 10 mil atualizações.
Entre setembro e novembro do ano passado, houve um aumento significativo no número de atualizações devido às celebrações do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (WMDD). Em 2021, até o mês de abril, já são 34.110 mil novos doadores cadastrados em todo o Brasil. E, até março, foram realizados 63 transplantes de medula óssea de doadores não aparentados.
O REDOME é o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo, com mais de 5 milhões e trezentos mil doadores cadastrados, sendo o maior com financiamento exclusivamente público. Quem precisa de um transplante de medula óssea e não encontra doador compatível na família, recorre a estes registros de doadores para a realização do transplante.
Atualmente, existem mais de 37 milhões de doadores cadastrados em todo o mundo. É isso que torna incessante o trabalho do REDOME, que tem atuado para reforçar junto aos milhões de doadores a importância da atualização dos dados de cadastro. O cadastro do doador permanece ativo até os 60 anos de idade e o maior desafio quando uma pessoa compatível é identificada, é fazer o contato com ela.
“Os doadores com dados atualizados são encontrados mais rapidamente, o que é fundamental no transplante de células-tronco hematopoiéticas que, para a maioria dos pacientes, deve ser realizado com muita urgência. Deste modo, com um simples gesto, nossos doadores reforçam seu compromisso de ajudar pacientes no Brasil e em outros países”, destaca a Coordenadora Técnica do REDOME, Danielli Oliveira.
A especialista observa que, apesar do pioneirismo do REDOME em ações de conscientização dos doadores cadastrados atualizarem seus dados, ainda é um desafio para todos os grandes registros de doadores no mundo. “Mesmo que os números observados durante a pandemia estejam abaixo do ideal, ainda assim representam um resultado positivo. É o reconhecimento, da sociedade em geral, e dos doadores em particular, da importância de mantermos a atividade do Registro, apesar de todas as dificuldades e incertezas que estamos enfrentando”, explica Danielli.
O doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias brasileiras. Já para 75% dos pacientes é necessário identificar um doador alternativo a partir dos registros de doadores voluntários, bancos públicos de sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis (haploidênticos).
O REDOME foi o registro que mais cresceu na última década. A chance de se identificar um doador compatível, no Brasil, na fase preliminar da busca é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado.
A atualização do cadastro de doador é simples e gratuita. Basta acessar o link.