Versão para população
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O que aumenta o risco?
A causa ainda é desconhecida, mas pode estar associado a síndromes familiares, como Síndrome de Li Fraumeni e Neurofibromatose, e anormalidades congênitas (envolvendo o sistema urinário e sistema nervoso central).
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Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem sucedido.
A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento dos cânceres infantojuvenis traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como (OPAS, 2025):
- Cabeça e Pescoço: Massa(s) ou tumor(es) de crescimento rápido ou progressivo(s), geralmente na região dos olhos, associado(s) a proptose (deslocamento do globo ocular para a frente) ou massa nasal. Secreção nasal espessa com cor amarela ou esverdeada persistente e disfagia (dificuldade para engolir alimentos, líquidos e até mesmo saliva).
- Sistema Geniturinário: Massa abdominal palpável com abdome agudo, ou dificuldade para urinar que pode ser acompanhada de dor, necessidade frequente de urinar, massa na vagina que parece um cacho de uvas. Dor no saco escrotal, dor abdominal inexplicável e sangue na urina.
- Extremidades: Massa(s) ou tumor(es) de crescimento rápido ou progressivo(s). Dor óssea localizada ou generalizada; dor, cãibra, ou cansaço muscular que surge durante o exercício e melhora com o repouso; limitação funcional (dificuldade ou incapacidade de realizar atividades cotidianas).
Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
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Sinais e sintomas
A apresentação clínica varia dependendo do local de origem, mas normalmente aparece uma massa indolor, com crescimento progressivo, sem história de trauma, aderidos na musculatura, medindo mais do que 2cm.
Outros sinais e sintomas são: proptose ocular (tumor orbitário), obstrução nasal, podendo ocorrer secreção com sangue (localização nasofaringe/rinofaringe), obstrução do conduto auditivo médio com eliminação de pólipos ou secreção com sangue (tumor do ouvido médio), dificuldade para urinar e/ou sangue na urina (tumor de bexiga ou próstata), aumento do volume da bolsa escrotal/testicular ou secreção vaginal com sangramento.
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Diagnóstico
O diagnóstico se inicia com história e exame físico completo. São realizados exames laboratoriais e exames de imagem para avaliar a extensão do tumor primário assim como se as células do câncer se espalharam para outras partes do corpo. Fazem parte dos exames tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia óssea, PET- CT, punção lombar, mielograma e biópsia de medula óssea, indicados de acordo com a situação de cada paciente.
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Tratamento
O tratamento envolve uma abordagem multimodal com quimioterapia, cirurgia e ou radioterapia, dependendo da localização de origem do tumor e características de risco. Atualmente cerca de 70% dos pacientes sobrevivem por cinco anos ou mais.
O tratamento deve ser realizado em centros especializados na atenção à criança com câncer, com equipe multiprofissional especializada.
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Acompanhamento pós-tratamento
Alguns testes que são feitos ao diagnóstico, são repetidos durante o tratamento para avaliar a resposta do câncer à terapia. Muitos destes testes são feitos periodicamente ao término do tratamento para detectar precocemente um eventual retorno da doença.
Por outro lado, efeitos colaterais do tratamento do câncer podem ocorrer por meses ou anos após o tratamento e são chamados efeitos tardios do tratamento do câncer. Por isto é necessário acompanhamento regular para prevenir, detectar ou mesmo tratar algumas complicações.
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O que aumenta o risco?