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Música, Funarte, Bienal, UFRJ
Funarte realiza a XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea
Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro. Foto: site da OSJRJ
AVISO - 19/11/2021 - 14h07
No concerto do dia 20 de novembro, sábado, com a Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES), não haverá público presencial.
A transmissão ao vivo estará disponível, com acesso gratuito , no canal de vídeo Arte de Toda Gente : https://youtube.com/artedetodagente .
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A Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ) realizam a XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea , entre os dias 13 e 21 de novembro – com uma apresentação extra no dia 24 – na Sala Cecília Meireles, Centro do Rio de Janeiro. O público poderá conhecer obras de mais de 70 compositores, vindos de 12 unidades da Federação, em 11 concertos, com ingressos a R$ 10. A abertura, com a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), será no sábado (13), às 19h. A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec - RJ) apoia esta edição, por meio da FUNARJ)/Sala Cecília Meireles.
Haverá quatro apresentações de música de câmara: no dia 14, domingo, às 17h; nos dias 16 e 17, terça e quarta-feira, às 19h; e no dia 24, quarta, no mesmo horário. Uma série de audições de música eletroacústica e mista será apresentada no dia 16, às 16h. Serão realizados seis concertos com orquestras, nos dias 13,15,18,19, 20 e 21 (horários abaixo) – cada um com um conjunto. A quantidade é um ponto relevante da XXIV Bienal: esse número de formações orquestrais somente foi superado na 13 a edição do programa, em 1999, com sete orquestras. Ao todo, serão executadas 75 partituras , sendo 44 delas em estreia mundial , 46 em estreia presencial e uma a título de homenagem póstuma, para o compositor Henrique David Korenchendler (1948-2021).
A OSJRJ , responsável pelo concerto de abertura, integra o grupo Ação Social pela Música do Brasil. A regência será do compositor Guilherme Bernstein – com a execução de uma obra sua, no sábado, 20 de novembro. A participação dessa orquestra tem por objetivo aproximar os jovens do universo dos projetos sociais ligados à música e, ao mesmo tempo, divulgar na Bienal essa atividade musical importante – realizada fora dos meios acadêmicos. Há apenas dois registros de orquestras jovens na Bienal desde 1975: a extinta Orquestra Sinfônica Jovem do Estado do Rio de Janeiro – em três edições entre 1985 e 1989 –, e a Orquestra Juvenil da Bahia, do programa Neojiba (Governo do Estado da Bahia), em 2015.
Além da carioca OSJRJ, virá, de São Paulo (SP), a eclética orquestra Câmaranóva , liderada pelo compositor Felipe Senna. Ela se apresenta no dia 15 de novembro, às 17h. Os concertos finais serão realizados pela Orquestra Sinfônica de Barra Mansa – OSBM (Estado do RJ), em sua primeira participação em bienais, no dia 18/11 às 19h, sob a regência de Anderson Alves; Orquestra Sinfônica da UFRJ (dia 19/11 às 19h), com regência de Thiago Santos; pela Orquestra Petrobras Sinfônica (OPES) , dia 20/11 às 19h – concerto exclusivamente on-line – com regência de Felipe Prazeres; e pela Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense (OSN – UFF) , dia 21/11 às 17h – regência de Roberto Duarte. No dia 24, a Bienal termina com um concerto de câmara, para vários instrumentos.
Dois dos compositores participantes moram no exterior: Eduardo Frigatti na Polônia, e Bruno Cunha, na República Tcheca. Autores de diferentes gerações estão entre os escolhidos, desde os 26 convidados e veteranos Edino Kriger (93 anos), Ernst Mahle (92 anos) e Ricardo Tacuchian –aos 82 anos, o único a participar de todas as edições do evento, em sua 24 a colaboração – e Marlos Nobre (82 anos), até jovens, recém-saídos de cursos universitários. Além dos citados, participam, a convite, nomes reconhecidos: Tim Rescala , Eli-Eri Moura , Ernani Aguiar , Fernando Cerqueira , Guilherme Bauer, Harry Crowl , João Guilherme Ripper , Jorge Antunes , Luigi Antonio Irlandini , Luiz Carlos Csekö , Maria Helena Rosas Fernandes , Marisa Rezende , Nestor de Hollanda Cavalcanti , Paulo Costa Lima , Pauxy Gentil-Nunes , Raul do Valle, Roberto Victorio , Rodolfo Coelho de Souza , Rodrigo Cicchelli , Ronaldo Miranda, Silvio Ferraz e Wellington Gomes .
A parceria da UFRJ nesta edição do programa realiza-se pelo Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos), desenvolvido pela Funarte e pela Universidade. A coordenação artística do projeto e da XXIV Bienal é do maestro André Cardoso. A coordenação de produção é do vice-diretor e diretor adjunto do Setor Artístico da Escola de Música da UFRJ, o maestro Marcelo Jardim. A coordenação-geral é de Bernardo Guerra, diretor do Centro da Música da Funarte, com a assistência de Flávia Peralva.
Alguns números desta Bienal
Foram divulgados números da XXIV Bienal de Música Contemporânea, que mostram a representatividade dos compositores por unidades da federação: da Bahia, são quatro autores; do Ceará, um; do Distrito Federal, um; dois de Goiás; de Minas Gerais: cinco; de Mato Grosso, um, assim como da Paraíba; do Paraná, cinco; de Santa Catarina, dois; de São Paulo, 16; do Rio de Janeiro, 31; e do Rio Grande do Sul, quatro. Ainda que realizada com as restrições impostas pelos protocolos sanitários atuais, que condicionaram o efetivo de intérpretes e o repertório, os números da edição 2021 são relevantes: 75 compositores , dentre convidados (maiores de 50 anos e com, pelo menos, dez participações em bienais), contemplados por chamada pública, e um homenageado.
Das 253 partituras inscritas no edital, 213 foram habilitadas para a etapa de seleção. Ao final, foram escolhidas as 48 obras , que, assim como aquelas encaminhadas pelos compositores convidados, mais a homenagem, formam a programação. Elas foram selecionadas por uma comissão, composta por compositores e regentes, de diversos estados do País. Destaca-se ainda o fato de que 44 dessas obras nunca foram apresentadas.
Sobre as bienais de música da Funarte
O projeto que originou a Bienal de Música Brasileira Contemporânea foi criado pelo compositor Edino Krieger, em 1968. Teve por inspiração os famosos festivais da canção, direcionados para a música popular. Encampada pela Secretaria de Cultura do antigo Estado da Guanabara, a proposta abriu a temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1969, sob o nome de Festival de Música da Guanabara (FMG). Com o formato de concurso, ele ganhou uma segunda edição, em 1970 e, em seguida, foi interrompido.
Em 1973, Myrian Dauelsberg assumiu a direção da Sala Cecília Meireles, também na Capital Fluminense. A pianista e empresária achou, em arquivos, um novo projeto de Krieger, que substituía o FMG pela Bienal. Sem caráter competitivo, esta seria uma mostra da produção dos compositores brasileiros contemporâneos. Autorizada por seu criador, Dauelsberg produziu a I Bienal de Música Brasileira Contemporânea , em 1975 (ano em que se instituiu a Fundação Nacional de Artes). O fim da gestão de Dauelsberg coincidiu com a presença de Edino Krieger à frente do Instituto Nacional de Música da Funarte – antigo nome do atual Centro da Música da casa. Isso permitiu que a entidade federal abraçasse o projeto, mantido por ela desde então.
Foram realizadas 23 edições da Bienal, desde seu lançamento, em 75, sem pausas. Entre 1975 e 2017 (ou seja, em 22 edições), as bienais proporcionaram a participação de 472 compositores, com a execução de 1.740 obras, sendo 1.002 delas em primeira audição – o que significa uma produção e lançamento de material inédito, que valoriza e amplia a importância do programa. Muitos dos compositores são jovens, o que representa uma importante renovação de nomes e ampliação da música de concerto produzida no Brasil – inclusive territorialmente. De início, a produção se concentrava basicamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Hoje, mediante as sucessivas edições, houve avanços significativos na integração de centros de produção musical contemporânea, de quase todos os estados. Essas entidades atendem à formação de profissionais da música em alto nível – o que resulta na crescente participação de novos compositores, a cada Bienal. Autores hoje renomados tiveram o primeiro impulso em suas carreiras depois de contemplados num dos eventos. A história da Bienal é também marcada por alguns nomes emblemáticos e essenciais, referências na música brasileira atual.
Durante muitos anos, a Bienal de Música Brasileira Contemporânea da Funarte foi dirigida por um dedicado servidor da casa: o musicólogo e membro de Academia Brasileira de Música (ABM) Flávio Silva (1939 – 2019), então coordenador de música de concerto da Fundação.
Homenagens de 2021
Assim como nas edições passadas, a XXIV Bienal também presta tributo a compositores e intérpretes que marcaram o cenário musical brasileiro das últimas décadas. Este ano os homenageados são: Tim Rescala – 60 anos; Fernando Cerqueira – 80 anos; Roberto Duarte – 80 anos; Henrique Morelenbaum – 90 anos; Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – 90 anos; e Orquestra Sinfônica Nacional da UFF – 60 anos. In memoriam : Antônio Arzolla (1966-2021); Gustavo Menezes (1973-2021); Henrique (Herz) David Korenchendler (1948-2021); Nelson Abramento (1937-2021); Nelson Freire (1944-2021).
Está prevista a transmissão ao vivo de todos os concertos da Bienal, por meio do canal de vídeo Arte de Toda Gente ( https://youtube.com/artedetodagente ).
Quadro de horários e programação completa abaixo
A Comissão de Seleção
Os seguintes nomes compuseram a Comissão de Seleção desta Bienal:
- Abel Rocha – Regente da Orquestra Sinfônica de Santo André e professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP);
- Daniel Luís Barreiro – Compositor e professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) – MG;
- Danilo Guanais – Compositor e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN);
- Flo Menezes – Compositor e professor da UNESP;
- Ilza Nogueira – Compositora e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
- Oiliam Lanna – Compositor e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
- Roberto Macedo – Compositor e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
- Rodrigo Cicchelli – Compositor e professor da UFRJ; e
-
Roseane Yampolski – Compositora e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea
13 a 21 e 24 de novembro de 2021
Sala Cecília Meireles e Espaço Guiomar Novaes
Rua da Lapa, 47 - Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Concerto on-line ao vivo: Dia 20, sábado - 19h:
acesso gratuito, no canal de vídeo Arte de Toda Gente : https://youtube.com/artedetodagente .
Concertos presenciais: até dia 21 e dia 24/11
Ingressos:
R$ 10. Meia-entrada: R$ 5
Compra:
na bilheteria, ou por meio
deste link
Classificação indicativa: Livre
A transmissão ao vivo
de todas as apresentações
estará disponível, com
acesso gratuito
, no
Canal Arte de Toda Gente:
youtube.com/artedetodagente
Horários
Dia 13, sábado - 19h
Dia 14, domingo - 17h
Dia 15, segunda-feira - 17h
Dia 16, terça-feira, 16h e 19h
Dia 17, quarta-feira - 19h
Dia 18, quinta-feira - 19h
Dia 19, sexta-feira - 19h
[No dia 20, haverá concerto on-line[
Dia 21, domingo - 17h
Dia 24, quarta-feira – 19h
Acesse a programação completa no link abaixo
Realização
Fundação Nacional de Artes –
Funarte
| Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)|
Escola de Música da UFRJ
| Fundação Universitária José Bonifácio |
Programa Arte de Toda Gente
| Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos)
Apoio: Sala Cecília Meireles | Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ) | Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec - RJ) | Governo do Estado do Rio de Janeiro
Acesse o site da Bienal, com a programação completa em: https://bienalmbc2021.artedetodagente.com.br
Mais informações para o público
Centro da Música – Funarte: musicadeconcerto@funarte.gov.br