PARANÁ – Agricultores familiares do estado recebem 20 toneladas de sementes de juçara

Agricultores e agricultoras familiares assentados e indígenas do Paraná irão receber cerca de 20 toneladas de sementes de juçara. A doação é realizada a partir de um projeto do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), aprovado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As sementes serão fornecidas por 12 agricultores familiares paranaenses da Associação de Produtores Orgânicos de Quedas do Iguaçu Produzindo Vidas (APOQI). A operação é realizada na modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS), que conta com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). 

As distribuições serão realizadas em áreas de mata atlântica e a sementes adquiridas serão também destinadas às famílias de produtores e produtoras paranaenses de assentamentos localizados em Quedas do Iguaçu e Antonina e da Terra Indígena Rio das Cobras em Nova Laranjeiras. Para auxiliar nessa ação, a Companhia conta com o apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Paraná, responsável pela entrega das cultivares nas áreas de assentamento, e da Associação Terra Indígena Rio das Cobras, que atua junto às famílias indígenas.

 As entregas das sementes são realizadas durante a terceira edição da Jornada da Natureza, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e que teve início em 2 de junho. O evento segue até este sábado (7) e integra ações de formação e práticas voltadas à emergência climática e à conservação ambiental, abrangendo diversos municípios paranaenses.

 A palmeira juçara é uma espécie da mata atlântica ameaçada de extinção por se desenvolver somente em áreas de matas preservadas e em função da extração do seu palmito, tendo em vista que não possui capacidade de rebrota. A polpa do fruto possui alto valor nutritivo e, em função da semelhança com o açaí, é utilizada para a produção do "açaí de juçara". Os objetivos do projeto são a preservação ambiental da juçara, a disseminação do consumo do fruto, a geração de renda para as famílias da região e o combate à insegurança alimentar e nutricional.

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