Homenageados do Diploma de Mérito 2025 destacam cooperação do Coaf no combate à lavagem

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) realizou nesta semana a 15ª Edição do Diploma de Mérito, com a entrega de certificados a diversas personalidades e entidades que se destacaram, durante o ano de 2024, por sua atuação na prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa (PLD/FTP). O evento ocorreu na tarde de terça-feira (11), no Auditório Octávio Gouvêa de Bulhões, localizado no edifício sede do Banco Central do Brasil (BCB).

Na abertura da cerimônia, o presidente da autoridade monetária brasileira, Gabriel Galípolo, agradeceu ao Coaf pela cooperação no combate aos crimes financeiros e destacou que a convivência entre o Conselho e o BCB tem sido um importante aprendizado.

O mesmo destacou também o presidente do Coaf, Ricardo Liáo, acrescentando que considera os últimos cinco anos, desde agosto de 2019, quando o Conselho passou a ser vinculado administrativamente ao BCB, como um importante período que marcou o amadurecimento do órgão.

“Quando o Conselho foi vinculado administrativamente ao Banco Central, essa medida não foi muito bem compreendida por algumas instituições e uma parte da sociedade. Porque desde a sua criação, o Coaf passou 20 anos no ambiente do Ministério da Fazenda”, relembra.

Naquela ocasião, recorda o presidente Liáo, a equipe ficou apreensiva com os processos de trabalho que teria de desenvolver sem a estrutura do Ministério da Fazenda ou do Ministério da Justiça e Segurança Pública, onde o Coaf esteve vinculado por algum tempo. “Não em relação ao nosso trabalho final, de produção de Inteligência Financeira, de Supervisão. Mas na parte estrutural, de gestão. Foi um trabalho muito grande. Transformar a nossa governança para funcionar com todas as estruturas que qualquer órgão público hoje precisa observar. Mas foi um grande momento de maturidade que o Coaf conseguiu exercer com bastante competência”.

Autonomia e apoio

O presidente do Coaf fez questão de lembrar que, durante todo esse período, o Banco Central tem dado todo o suporte ao desenvolvimento do Conselho, com pleno respeito à autonomia técnica e operacional da unidade de inteligência financeira nacional.

“Somos um órgão com menos de 100 servidores e não temos um quadro próprio de funcionários. Todos os colegas que hoje atuam no Coaf são requisitados de órgãos federais ou de empresas públicas e alguns poucos de livre nomeação, além dos chamados ‘mobilizados’, oriundos das áreas policiais e que desenvolvem um grande trabalho de inteligência financeira”, enfatizou, ao destacar os resultados alcançados em 2024 e recentemente divulgados no Relatório Integrado de Gestão do Coaf.

Coaf e os homenageados

Falando como uma das personalidades homenageadas pelo Diploma de Mérito Coaf em 2025, a secretária-adjunta da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda, Carolina Yumi de Souza, disse estar emocionada: “É uma honra receber o diploma de mérito do Coaf”.

Carolina, que é advogada de carreira da Advocacia-Geral da União (AGU), enfatizou que quem acompanha o sistema de prevenção à lavagem de dinheiro em todo o mundo sabe que, nestes últimos 27 anos de existência do Coaf, “muita coisa mudou, houve muitos aperfeiçoamentos”.

Mas o Coaf se mantém, ressaltou ela, não apenas como órgão central do sistema de combate à lavagem de dinheiro do Brasil, mas como o cerne de uma comunidade de pessoas que se dedicaram não apenas a uma carreira, a uma função, mas dedicaram uma vida contra a lavagem de dinheiro. “Essas pessoas, às vezes, algumas mudam de um órgão para outro, mas não conseguem largar essa profissão, essa luta, essa vida. Então, é um privilégio fazer parte dessa comunidade”, salientou.

Por sua vez, Liz Resende de Andrade, Juíza de Direito do Tribunal de Justiça da Bahia, também homenageada na cerimônia, destacou os importantes avanços realizados na regulamentação do segmento de notários e registradores no período em que atuou na Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ao mencionar os diversos atores do sistema nacional de PLD/FTP, aproveitou para reforçar a importância de uma maior aproximação e sensibilização junto aos membros do Poder Judiciário.

Fonte: Coaf