Notícias
Mostra gratuita ficará em cartaz até o final de março, na Divisão de Manuscritos
Nova mostra da FBN celebra a inclusão do nome de André Rebouças no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) – inaugura uma mostra com documentos autógrafos do engenheiro e abolicionista André Rebouças. A pequena mostra celebra a inclusão de André Rebouças no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, localizado em Brasília, e poderá ser visitada a partir de 21/01, até o final de março, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, na Divisão de Manuscritos - localizada no terceiro andar da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio.
No dia 17 de outubro de 2024, André Rebouças se tornou oficialmente um dos inscritos no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, abrigado no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. O livro de páginas de aço traz inscritos os nomes de personalidades que dedicaram suas vidas à defesa ou à construção do país, entre os quais se encontram cientistas, militares, políticos, religiosos, revolucionários, artistas, ambientalistas e ativistas sociais.
Sobre André Rebouças
André Rebouças (1838 – 1898) pertence a mais de uma categoria. Natural da Bahia, filho do advogado autodidata e conselheiro de D. Pedro II Antônio Pereira Rebouças, foi o primeiro negro a se formar como engenheiro militar no Brasil. No exercício de sua profissão, resolveu o problema do abastecimento de água do Rio de Janeiro e projetou, juntamente com seu irmão Antônio, a ferrovia Curitiba-Paranaguá (que inicialmente ligaria a capital a Antonina); servindo na Guerra do Paraguai, desenvolveu um torpedo que foi usado com sucesso; foi professor na Escola Politécnica. O que o tornou mais conhecido, porém, foi sua dedicação à causa abolicionista.
Ao lado de José do Patrocínio e Joaquim Nabuco, Rebouças foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, criada em 1880. Participou da Confederação Abolicionista e redigiu os estatutos da Associação Central Emancipadora. Para ele, a abolição da escravidão não bastava; era preciso um plano de inclusão social. Assim, propunha que se dividissem os latifúndios, permitindo às pessoas negras possuir terras e os meios iniciais para cultivá-las.
Documentos da mostra:
- Cartas a Domingos Jaguaribe tratando do movimento abolicionista (https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1593313/mss1593313.pdf, https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1681401/mss1681401.pdf)
- Cartas a José Carlos Rodrigues, tratando de saneamento público;
- Requisição de material para obras na Alfândega do Rio de Janeiro;
- Carta à Biblioteca Nacional encaminhando obras abolicionistas para seu acervo.