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CONECTIVIDADE
Investimento de R$ 1,3 bilhão leva internet para 16,3 mil escolas públicas de difícil acesso
Com conexão de alta velocidade, estudantes e professores terão acesso a ferramentas digitais, plataformas de aprendizagem, aulas online e recursos pedagógicos interativos, ampliando ensino e aprendizagem. Foto: Shizuo Alves/MCom
O acesso à internet de qualidade está mais perto da realidade de milhares de estudantes brasileiros. O Governo do Brasil, por meio do Ministério das Comunicações (MCom), e a EACE (Entidade Administradora da Conectividade de Escolas) vão investir R$ 1,3 bilhão para conectar 16,3 mil escolas públicas de difícil acesso em todas as regiões do país. A iniciativa prioriza comunidades rurais, indígenas, quilombolas e periféricas, garantindo que o direito à educação digital chegue a quem mais precisa. O edital foi divulgado na quinta-feira, 6 de novembro.
As unidades de ensino serão conectadas por fibra óptica e tecnologias complementares, como sistemas via satélite, assegurando velocidade, estabilidade e cobertura mesmo nos locais mais remotos. A ação faz parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), coordenada pelo Governo do Brasil, que tem como meta levar internet de alta velocidade a 138 mil escolas públicas até o fim de 2026.
Com a chegada da conexão de alta velocidade, estudantes e professores terão acesso a ferramentas digitais, plataformas de aprendizagem, aulas online e recursos pedagógicos interativos, ampliando as possibilidades de ensino e aprendizagem.
Levar internet para as escolas é abrir as portas do conhecimento para milhões de crianças e jovens. Essa é uma política pública que transforma vidas e garante oportunidades reais, especialmente em locais onde o acesso à tecnologia ainda é um desafio”
Frederico de Siqueira Filho, ministro das Comunicações
ENEC — A Enec integra os esforços do Governo Federal para universalizar a conectividade educacional, fortalecendo o compromisso do Brasil com uma educação pública mais inclusiva, moderna e conectada. Até 2026, a meta é garantir que todas as escolas públicas do país tenham acesso à internet de qualidade, um passo decisivo para o futuro digital do Brasil. O programa Escolas Conectadas prevê investimento total de R$ 8,8 bilhões, sendo R$ 6,5 bilhões do MCom e R$ 2,3 bilhões do Ministério da Educação (MEC).
PORTAS DO CONHECIMENTO — Para o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, o investimento é um passo fundamental para reduzir desigualdades e preparar o país para o futuro. “Levar internet para as escolas é abrir as portas do conhecimento para milhões de crianças e jovens. Essa é uma política pública que transforma vidas e garante oportunidades reais, especialmente em locais onde o acesso à tecnologia ainda é um desafio”, destacou.
NENHUMA PARA TRÁS – Na avaliação do diretor-geral da Eace, Flávio Santos, o atual momento representa uma nova fase do Aprender Conectado e um marco no esforço nacional de levar conectividade significativa às escolas públicas de todo o Brasil. “Estamos iniciando o processo de contratação de novos fornecedores para conectar mais de 16 mil escolas, com investimento total de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Essa expansão permitirá que mais escolas rurais, indígenas, quilombolas e periféricas tenham acesso à internet de alta velocidade para o aprendizado, reafirmando nosso compromisso de não deixar nenhuma delas para trás”, destacou.
EACE — A Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace) é a responsável por executar o projeto Aprender Conectado, que pretende levar internet de alta velocidade para 40 mil escolas da rede pública de ensino até o final de 2026. Os recursos financeiros destinados ao Aprender Conectado são provenientes do Edital do 5G. É formada pelos ministérios das Comunicações e da Educação, Anatel e pelas operadoras vencedoras do leilão na faixa de 26 GHz: Algar Telecom, Claro, Telefônica (dona da marca Vivo) e Tim – que destinaram R$ 3,1 bilhões para garantir a execução do programa.