Novo Concurso Unificado não influencia gasto com pessoal, explica ministra

A titular da pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta terça-feira, 8 de julho, durante participação no Bom Dia, Ministra, que a contratação das 3.652 vagas para 32 órgãos da Administração Pública Federal previstas na segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) não terá impacto nas despesas federais com pessoal. “A gente vai manter o gasto pessoal totalmente estável em relação à nossa economia”, declarou a ministra.

A gente vai manter o gasto pessoal totalmente estável em relação à nossa economia”

Esther Dweck, ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

Esther Dweck explicou que a contratação de novos servidores é necessária e fundamental para que a prestação do serviço público seja mantida de forma eficiente. “De 2010 até 2023, mais de 240 mil pessoas se aposentaram do Serviço Público Federal. E a nossa previsão é que, nos próximos 10 anos, mais 180 mil pessoas se aposentem”, explicou.

“Pela falta de concurso num período recente, a gente tem uma média de idade muito avançada. Então, a gente tem a preocupação em repor as saídas anteriores, porque houve concurso, mas não foi para as mesmas áreas onde houve saída. Então, você teve um saldo líquido negativo em algumas áreas, onde você tem uma perda gigantesca de pessoas”, prosseguiu a ministra.

“Foi feito totalmente de forma responsável fiscalmente. Mas a gente não pode perder a responsabilidade social, que é de prestar o serviço à população. A gente está conseguindo fazer isso de forma correta, responsável, mas garantindo o que é mais importante: uma boa prestação de serviço público à população”, conclui.

IBAMA – A ministra citou como exemplo o caso do Ibama, que sofreu com a perda de servidores nos últimos anos. “O presidente sempre fala que, quando ele saiu, tinha mais de 1.700 pessoas no Ibama, atuando na fiscalização, no licenciamento. Quando ele voltou, havia menos de mil. E, obviamente, a quantidade de necessidade de licenciamento e de proteção ambiental só aumentou”, frisou Esther Dweck.

REPOSIÇÃO X DIGITALIZAÇÃO – Para a ministra, a reposição de vagas realizada pelo CPNU1, no ano passado, e, agora, pelo CPNU2, ainda não é suficiente para repor a quantidade de servidores que deixaram o Serviço Público Federal. Entretanto, ela lembrou que o processo de digitalização permite que um número menor de servidores atue hoje em relação às décadas passadas. “A gente está repondo muito abaixo da quantidade de gente que saiu. Por quê? Primeiro, por restrições orçamentárias. Mas também porque a digitalização faz com que a gente precise de menos servidores, mas não significa que não precise contratar. Não é um para um”, esclareceu.

INSCRIÇÕES – As inscrições para o CPNU2 estão abertas e podem ser feitas até o dia 20 pelo site oficial. Ao todo, o concurso oferece 3.652 vagas para 32 órgãos da Administração Pública Federal, organizados em nove blocos. São 3.144 vagas de nível superior e 508 de nível intermediário. A prova objetiva será no dia 5 de outubro e a discursiva em 7 de dezembro. A aplicação será em 228 locais, em todos os estados e no Distrito Federal. O prazo para solicitar a isenção da taxa termina nesta terça-feira (8/7). Candidatas e candidatos têm até as 23h59 (de Brasília) para acessar o sistema oficial de inscrição e enviar a solicitação, de forma gratuita e online, por meio da página de inscrição no CPNU2.

QUEM PARTICIPOU – O “Bom Dia, Ministro” é uma coprodução da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Participaram do programa desta terça-feira jornalistas da Rádio Nacional de Brasília, Amazônia e Alto Solimões, do Portal Extra (RJ), da Rádio CBN de Recife (PE), da Rádio Acústica (RS), da Rádio Liberal de Belém (PA), do Portal O Tempo de Belo Horizonte (MG), e da Rádio Litoral de Santos (SP).