Brasil acumula 865,3 mil postos com carteira assinada no ano

No mês de maio, o Brasil registrou um saldo de 155,2 mil empregos formais no novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), resultado positivo encontrado nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas.

O setor de Serviços se manteve como destaque, repetindo o desempenho de abril, mas com crescimento de 54% no mês. Os dados do Novo Caged foram divulgados nesta quinta-feira (29/6) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em coletiva à imprensa.

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O saldo positivo foi registrado em 23 estados brasileiros. No acumulado do ano, com os seguidos resultados positivos – identificados em 24 das 27 unidades da Federação e nos cinco grupos de atividade econômica – possibilitou a geração total de 865,3 mil postos de trabalho com carteira assinada desde janeiro. Com isso, o país chegou ao estoque de empregos formais de 43,3 milhões, um recorde para a série do Novo Caged.

“Considerando a evolução positiva nos números do emprego formal, arrisco que chegaremos a mais de 2 milhões de empregos até o fim do ano”, avaliou Marinho. Especificamente no mês de maio, o saldo de postos de trabalho resultou de 2.000.202 admissões e 1.844.932 desligamentos.

O maior saldo do emprego formal em maio ocorreu no setor de Serviços (83.915 postos formais), com destaques para as áreas da “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” (+37.731) e da “administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” (+26.116).

O segundo maior crescimento do emprego formal ocorreu na Construção Civil, com saldo de +27.958 postos formais de trabalho, com destaque para “Obras de Infraestrutura” (+10.988) e “Construção de Edifícios” (+8.872). A Agropecuária teve a terceira melhor geração de postos (+19.559), principalmente no “Cultivo de café” (+16.717) e “Cultivo de laranja” (+7.484). O Comércio e a Indústria registraram saldos positivos de 15.412 e 8.429, respectivamente.

Saldo de Empregos no Brasil

Distribuição de empregos formais no país, no mês de maio de 2023

REGIÕES E ESTADOS — O resultado foi positivo nas cinco regiões do país e em 23 unidades federativas. O maior saldo ocorreu em São Paulo: +50.112 postos (+0,4%), com destaque para o setor de Serviços (+25.102) e Agropecuário (+11.161). Minas Gerais, com +26.626 postos (+0,6%) e Espírito Santo: +13.593 postos (+1,6%) seguem a lista dos estados com maior geração no mês. No Sudeste, o saldo registrado foi de 102,7 mil novas vagas formais.

A Região Nordeste teve saldo positivo de 14,6 mil vagas com carteira assinada, com destaque para a Bahia (9,4 mil). O Centro-Oeste fechou o mês com 14,4 mil postos formais registrados, impulsionado pelo saldo de 6,2 mil contratações em Goiás.

Na sequência aparece a região Norte, com saldo de 12,6 mil vagas. O Pará puxou para cima os números, com 7,2 mil vagas no período. No Sul, o saldo foi de 8,8 mil vagas, com destaque para o Paraná (7,7 mil).

Em Roraima, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Sul foram registrados decrescimento. Alagoas, com perda de -8.188 postos, e Rio Grande do Sul, com menos 2.511 postos, foram os estados onde ocorreram as maiores perdas no mês.

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GRUPOS POPULACIONAIS — Em maio o emprego foi positivo para mulheres (+65.272) e homens (+89.998) e para o grupo da População com Deficiência, onde foi identificado saldo positivo de 639 postos de trabalho no mês.

A faixa etária com maior saldo foi de 18 a 24 anos, com +106.408 postos. O ensino médio completo apresentou saldo de +126.030 postos. No saldo por faixa salarial, a faixa entre um e um salário mínimo e meio registrou +116.498 postos.

O saldo foi positivo para pardos (41,9 mil), pretos (10,2 mil), brancos (2,9 mil), amarelos (61). Para indígenas o registro foi negativo em maio (-686). Nesse recorte, o Ministério do Trabalho e Emprego tem atuando para reduzir o grande número de declarações com raça/cor não informada (que representaram neste mês um saldo positivo de 101,4 mil).

O Novo Caged é responsável pelas estatísticas do emprego formal no país por meio de informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.