PONTO MEMÓRIA: O TURISMO CIENTÍFICO E A DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO - CENTRO DE MEMÓRIA DO LNCC

O verão está chegando e gostaríamos de lançar um desafio para as férias de todos, aí vai: que tal inserirmos em nosso roteiro de viagem, um turismo que nos deixe mais próximos da ciência?

Em outras palavras, que tal apoiarmos a revalorização do turismo como ferramenta de comunicação científica? Talvez possamos fazer parte do esforço coletivo para o reconhecimento, proteção, promoção e educação patrimonial do conhecimento científico produzido no Brasil.

É importante que tenhamos em mente que reconhecer o Patrimônio Científico de uma região e torná-lo acessível à sociedade como possibilidade turística, pode ser uma estratégia importante para o incremento social, educacional e econômico de certas regiões e para tanto, precisamos fortalecer essa possibilidade. Pode parecer um longo caminho, mas grande parte deste percurso já tem sido estudado por historiadores da Ciência, divulgadores, jornalistas científicos e curiosos – portanto, coloque em sua mala, o desafio de conhecer o potencial de seu futuro roteiro de viagem.

Insira em seus planos, não somente explorar os atrativos turísticos tradicionais, mas busque conhecer as possibilidades locais, voltadas à divulgação e fortalecimento da competência científica histórica de cada região.

Embora o Turismo Cultural no Brasil, fortalecido pelo trabalho de difusão do patrimônio cultural e artístico brasileiro, tenha crescido nos últimos anos, ainda é quase inexistente a oferta da Ciência enquanto atrativo turístico. Rotas focadas em ciência, ainda precisam ser estimuladas enquanto ferramentas para a popularização do conhecimento desenvolvido no Brasil, já que este desafio abre possibilidades sociais, culturais, econômicas e históricas ao promover imersões ao conhecimento nacional através do entretenimento.

O Brasil possui um enorme potencial turístico, quer por sua diversidade cultural ou pelo interesse mundial em sua biodiversidade, fatores que viabilizaram à indústria do turismo, lucros astronômicos. Podemos afirmar que há um consenso entre governantes e sociedade quanto ao seu altíssimo valor econômico (pela receita gerada), social (pelos postos de trabalho), cultural (pela divulgação do patrimônio), histórico (por sua preservação), desenvolvimento regional (pela organização do espaço), dentre outros ganhos.

O trabalho de preservação e difusão da memória cultural e artística brasileira, tem sido historicamente estimulado em grande parte do país, não somente pelos investimentos governamentais (que variam a cada gestão) mas especialmente, pela compreensão amadurecida nas comunidades locais quanto a sua relevância. Grande parte da sociedade, reconhece as referências turísticas de sua região e este sentimento de pertencimento talvez seja uma das chaves para o desenvolvimento regional.

Da mesma forma, uma sociedade que reconhece e valoriza a produção regional de conhecimento (seja empírico, filosófico, religioso ou científico) torna-se mais forte e apta à revisão contínua de sua localização no mundo. Em resposta ao desafio de formar uma sociedade mais esclarecida, a divulgação científica tornou-se uma importante área de pesquisa desenvolvida no Brasil (e no mundo), com foco na democratização do conhecimento científico. O grande desafio dos jornalistas, divulgadores da ciência e da comunidade científica mobilizada pela ideia, é facilitar a compreensão dos conteúdos (muitas vezes áridos), convertendo o conhecimento formal em assuntos atraentes e que mobilizem os públicos específicos e gerais.

É neste contexto que o turismo científico deve se enquadrar, ao convidar a sociedade (especializada ou não) a fazer uma imersão turística pela História das Ciências no Brasil, bem como nas investigações em desenvolvimento em universidades e centros de pesquisa.

Se você acredita que o conhecimento precisa ser amplamente difundido e defendido pela sociedade, enquanto ação importante de democratização do saber, não perca o próximo embarque e boa viagem!

Em diversos institutos pelo país é possível agendar uma visita às instalações de pesquisa.  Veja a lista de instituições de ciência, tecnologia inovação do MCTI.

Consulte a agenda do LNCC pelo e-mail secin@lncc.br

Créditos
Anmily Paula Martins (CM-LNCC), Genilda Machado Roli (CM-LNCC) e Simone Santana Elias (CM-LNCC)

Colaboração
Graziele Soares (SECIN-LNCC) e Tathiana Tapajós (SECIN-LNCC)

Imagens
Acervo CM-LNCC

O Ponto Memória é uma divulgação do Centro de Memória do LNCC
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