INCA publica posicionamento sobre classificação da gasolina automotiva pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer
No dia 21 de março, o INCA publicou seu posicionamento sobre a classificação feita pela IARC, que considerou a gasolina automotiva e seus compostos/aditivos oxigenados como cancerígenos para humanos. O estudo, intitulado Carcinogenicity of Automotive Gasoline and Some Oxygenated Gasoline Additives, foi publicado na revista The Lancet Oncology.
A gasolina automotiva está associada ao desenvolvimento de câncer de bexiga e leucemia mieloide aguda em adultos. A evidência científica foi limitada a uma associação causal entre gasolina automotiva e linfoma não-Hodgkin (incluindo leucemia linfocítica crônica), mieloma múltiplo, síndromes mielodisplásicas (um grupo de doenças que afeta a produção de células sanguíneas na medula óssea), além de cânceres de estômago e rim em adultos. Também foi identificada uma associação com leucemia linfoblástica aguda em crianças.
A exposição da população geral ocorre principalmente por meio da inalação de vapor de gasolina. Entre os trabalhadores, a exposição acontece durante a produção e o transporte da gasolina, assim como durante o reabastecimento dos veículos. Os frentistas estão expostos a níveis mais altos de gasolina. A avaliação não incluiu gasolina marítima ou de aviação, exaustão de motor a gasolina, óleo diesel ou exaustão de motor.
Posicionamento do INCA: nota-tecnica-gasolina.pdf (inca.gov.br)
Artigo publicado na The Lancet Oncology: Carcinogenicity of automotive gasoline and some oxygenated gasoline additives - The Lancet Oncology