Versão para população
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Estatísticas
Estimativas de novos casos: 21.230, sendo 13.340 homens e 8.140 mulheres (2022 - INCA); e
Número de mortes (C16): 14.823, sendo 9.310 homens e 5.513 mulheres (Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM, 2023).
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O que aumenta o risco?
- Excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade)
- Consumo de álcool
- Consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados no sal
- Tabagismo
- Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato
- Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori)
- Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou com cirurgia anterior do estômago
- Exposição a poeiras da construção civil, de carvão e de metal, vapores de combustíveis fósseis, óleo mineral, herbicidas, radiação (X e gama), ácido sulfúrico e negro de fumo. As indústrias onde há maior risco de exposição a tais agentes são as de construção civil, metalúrgica, de couro, de manufatura da borracha, mineração e agricultura. As ocupações de maior chance de exposição a estes agentes, além daquelas realizadas nas indústrias citadas anteriormente, são: engenheiro eletricista e mecânico, trabalhadores de extração de petróleo, motoristas de veículos a motor, trabalhadores de lavanderias/lavagem a seco, da indústria eletrônica e de limpeza, agricultores.
- Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago
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Como prevenir?
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Evitar o consumo de alimentos salgados ou preservados em sal;
- Praticar atividade física;
- Não fumar;
- Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) adequados às ocupações que podem aumentar a exposição de trabalhadores a agentes associados ao câncer de estômago pode diminuir a o número de casos deste tipo de câncer relacionado ao trabalho.
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Sinais e sintomas
Nos estágios iniciais, o câncer de estômago costuma não apresentar sintomas ou, quando aparecem, são muito parecidos com os de problemas comuns como gastrite ou úlcera. Alguns sinais que merecem atenção incluem:
- Perda de peso sem motivo aparente
- Falta de apetite
- Cansaço frequente
- Sensação de estômago sempre cheio
- Náuseas e vômitos
- Dor ou desconforto na parte superior do abdômen
Em alguns casos, pode haver vômito com sangue ou fezes escuras, pastosas e com odor forte — o que pode indicar sangramento no estômago. Esses sintomas não significam necessariamente câncer, mas precisam ser investigados.
Nos casos mais avançados, podem surgir sinais como aumento do fígado, nódulos na região do pescoço ou próximo ao umbigo, e massa palpável na parte superior do abdômen.
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Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e aumentar a chance de tratamento bem sucedido.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos em pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de estômago traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:
- Massa (tumor) na parte superior do abdômen
- Dor na parte superior do abdômen
- Perda de peso e de apetite
- Refluxo e indigestão
Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
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Diagnóstico
O principal exame para detectar o câncer de estômago é a endoscopia digestiva alta. Durante esse exame, o médico introduz um tubo fino com uma câmera pela boca (com o paciente sedado) para visualizar o esôfago e o estômago. Se encontrar alguma alteração, pode coletar uma amostra para biópsia, que vai confirmar se há ou não um tumor.
Se for confirmado o câncer, outros exames como tomografias e ultrassonografia endoscópica ajudam a entender se o tumor está restrito ao estômago ou se já se espalhou para outros órgãos.
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Tratamento
Quando o câncer está localizado:
Se o câncer está restrito ao estômago e aos gânglios linfáticos próximos, a principal forma de tratamento é a cirurgia. Dependendo do caso, o médico pode retirar parte ou todo o estômago. Em geral, a quimioterapia, antes e/ou depois da cirurgia, ajuda a aumentar as chances de cura. Em alguns casos, a radioterapia também pode ser indicada.
Quando o câncer já se espalhou (metástase):
Se o câncer não pode ser removido por cirurgia ou já se espalhou para outros órgãos, o tratamento é chamado de paliativo. Isso significa que o objetivo é aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e, quando possível, prolongar o tempo de vida do paciente.
Nesses casos, podem ser utilizados:
- Quimioterapia paliativa
- Medicamentos para controlar sintomas (como náuseas, vômitos e dor)
- Transfusões de sangue, em caso de sangramento
- Radioterapia ou procedimentos endoscópicos para controlar sintomas específicos
- Cirurgias específicas, quando necessário
Quando o paciente tem obstrução no estômago ou intestino, algumas medidas como mudanças na dieta, colocação de sondas ou cateteres, e até sedação paliativa podem ser indicadas, sempre com foco no conforto.
Tratamentos específicos para outros tipos de tumores no estômago:
- Linfoma gástrico: o tratamento pode incluir antibióticos (para tratar a bactéria H. pylori), quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, dependendo do tipo e da extensão do linfoma.
- GIST (tumor do estroma gastrointestinal): pode ser tratado com cirurgia e medicamentos orais específicos.
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Acompanhamento pós-tratamento
Mesmo depois do tratamento, é importante manter o acompanhamento médico. O risco de o câncer voltar é maior nos dois primeiros anos, por isso as consultas são mais frequentes nesse período:
- Até 2 anos após o tratamento: consultas a cada 3 meses
- Do 3º ao 5º ano: consultas a cada 6 meses
Após 5 anos: consultas anuais
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