Versão para população
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Estatísticas
Estimativa de novos casos: 11.370, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres (2022 - INCA)
Número de mortes (C67): 5.252, sendo 3.423 homens e 1.829 mulheres (Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM, 2023).
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O que aumenta o risco?
- Idade e raça - Homens brancos e de idade avançada são o grupo com maior probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer.
- Tabagismo - Fumar causa câncer de bexiga.
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Exposição ocupacional a substâncias químicas usadas em corantes, na indústria da borracha, na produção de alumínio, em atividades de pintura, bem como a produtos que contêm arsênio, benzeno, alcatrão, fumaça de motores a diesel e radiação X aumenta o risco de câncer de bexiga. Esses agentes são reconhecidos internacionalmente como capazes de causar câncer. Algumas categorias profissionais apresentam risco maior, como pintores, trabalhadores da borracha, bombeiros, profissionais da radiologia, cabeleireiros/barbeiros, funcionários de limpeza a seco e trabalhadores de impressão e indústrias têxteis. Identificar essas situações contribui para a prevenção e para a adoção de medidas de proteção no ambiente de trabalho (IARC, 2025).
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Como prevenir?
Não fumar. Mas caso seja fumante, parar o quanto antes. A cessação do tabagismo reduz o risco de câncer de bexiga pela metade depois de poucos anos sem fumar, comparado com os que continuam fumando. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar.(Lei nº 12.546 de 14 de dezembro de 2011).
Reduzir o contato direto com substâncias químicas perigosas por meio da adoção de medidas de segurança no ambiente de trabalho. Isso inclui a implementação de sistemas de ventilação eficazes e da substituição, sempre que possível, de produtos com potencial de causar câncer por alternativas menos nocivas, além do uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, luvas e aventais. É fundamental realizar treinamentos periódicos sobre riscos químicos, garantir o cumprimento das normas de saúde e segurança, promover monitoramento contínuo dos níveis de exposição e incentivar exames médicos ocupacionais regulares. Essas medidas, quando adotadas de forma conjunta, contribuem significativamente para a proteção dos trabalhadores e para a redução do risco de desenvolvimento da doença.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (NR-1). Atualização de 2025. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/comissao-tripartite-partitaria-permanente/normas-regulamentadora/normas-regulamentadoras-vigentes/nr-01-atualizada-2025-i-1.pdf. Acesso em: 08 dez. 2025.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR-9). Atualização de 2021. Disponível em: https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/comissao-tripartite-partitaria-permanente/normas-
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Sinais e sintomas
Sangue na urina, dor durante o ato de urinar e necessidade frequente de urinar, mas sem conseguir fazê-lo, podem ser sinais de alerta de diferentes doenças do aparelho urinário, inclusive do câncer de bexiga.
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Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
A investigação de hematúria detectada em exames de urina básicos, denominada microhematúria, também é importante.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de bexiga traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:
- Dor ao urinar
- Sangue na urina
- Aumento da frequência urinária
- Urgência para urinar
A investigação de sangue na urina (hematúria) detectado em exames de urina básicos, denominada microhematúria, também é importante.
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Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de bexiga pode ser feito por exames de urina e de imagem, como tomografia computadorizada e citoscopia (investigação interna da bexiga por um instrumento dotado de câmera). Durante a citoscopia podem ser retiradas células para biópsia.
A probabilidade de cura dependerá do estadiamento (extensão) do câncer (superficial ou invasivo) e da idade e saúde geral do paciente.
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Tratamento
As opções de tratamento vão depender do grau de evolução da doença. A cirurgia pode ser de três tipos: ressecção transuretral (quando o médico remove o tumor por via uretral), cistotectomia parcial (retirada de uma parte da bexiga) ou cistotectomia radical (remoção completa da bexiga, com a posterior construção de um novo órgão para armazenar a urina). Após a remoção total do tumor, o médico pode administrar a vacina BCG dentro da bexiga para tentar evitar a recorrência da doença.
Outra alternativa é a radioterapia, que pode ser adotada nos tumores mais agressivos como técnica para tentar preservar a bexiga. A quimioterapia também pode ser sistêmica (ingerida na forma de medicamentos ou injetada na veia) ou intravesical (aplicada diretamente na bexiga através de um tubo introduzido pela uretra).
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Acompanhamento pós-tratamento
Acompanhamento pos-tratamento deve ser realizado com métodos de imagem, como USG de abdome ou TC de abdome e tórax, e exames laboratoriais, com avaliação de enzimas hepáticas, hemograma completo, função renal e marcadores tumorais. Em caso de tumores de alto grau podemos utilizar também a citologia urinária como forma de monitoramento e visando detecção de carcinoma in situ. A periodicidade irá variar com tempo de seguimento com intervalos de 3 meses, 6 meses e 1 ano, dependendo o tempo de acompanhamento e sintomas.
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