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Museu/Funai promove atividades culturais no Abril Indígena
Em comemoração ao Abril Indígena, o Museu/Funai vai realizar uma mostra de filmes aberta ao público, sempre às 19 horas, com entrada franca. No dia 11, representantes do Povo Indígena Fulni-ô, de Pernambuco, farão apresentação de cantos e danças tradicionais. Já no dia 17, está programada uma sessão especial do filme “Kopenawa: sonhar a terra-floresta”, com a presença dos diretores Marco Altberg e Tainá de Luccas.
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PROGRAMAÇÃO |
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DIA |
FILME |
SINOPSE |
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11/4 |
Vídeos sobre a cultura Fulni-ô |
Serão exibidos filmes que falam um pouco da cultura dos Fulni-ô, povo que habita o município de Águas Belas, no sertão nordestino, a 273 quilômetros de Recife (PE). Um ritual bastante conhecido deste povo é o Ouricuri, realizado entre setembro, e novembro. O povo ainda preserva sua língua, o Yathê, falada principalmente pelos adultos e anciãos. Mediação: Txale Fulni-ô, Tiwa Fulni-ô, Kaf'txo Fulni-ô |
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15/4 |
De Longe Toda Serra é Azul Neto Borges (85’) |
2023, Brasil, Documentário. O indigenista Fernando Schiavini revisita lugares e aldeias por onde passou na década de 70, época em que pouco se conhecia sobre o “Brasil profundo”. É a história do indigenismo brasileiro narrada por quem a viveu e ajudou a escrevê-la a partir da linguagem da solidariedade. |
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16/4 |
Floresta - Um Jardim que a Gente Cultiva Mari Corrêa (43’) |
2023, Brasil, Documentário. O que tem a ver a vida das cidades com a vida dos indígenas? A luta pelo território é uma luta ultrapassada? É uma luta primitiva? É uma luta para voltar ao passado? Floresta – Um Jardim que a Gente Cultiva revela um novo olhar sobre as relações entre floresta e povos indígenas e seu papel fundamental no combate à crise climática para a garantia da nossa própria existência. Mediação: João Claudio Moreira, jornalista |
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Patxohã Elber Xavier (43’) |
2019, Brasil, Documentário. Os Pataxós, habitantes do sul da Bahia e norte de Minas, revitalizam sua cultura e língua, o Patxohã. Livres para expressar tradições, mantêm rituais ancestrais, simbolizando resistência e perseverança cultural. Mediação: João Claudio Moreira, jornalista |
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17/4 |
Kopenawa: sonhar a terra-floresta Marco Altberg e Tainá de Luccas (80’) |
2024, Brasil, Documentário. Davi Kopenawa Yanomami é o líder do povo Yanomami e uma das mais importantes vozes em defesa da floresta amazônica e dos povos indígenas. O documentário traz um olhar atual e poético sobre seu pensamento e, por meio de suas palavras, é possível adentrar rios e florestas amazônicos, com a força dos cantos e mergulhar na ancestralidade Yanomami e em sua cosmologia.
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Após cada exibição, será realizada uma roda de conversa de indígenas com o público e servidores do Museu. A ideia é permitir um troca de conhecimentos e esclarecer eventuais dúvidas ou curiosidades do público.
No dia 11, o Museu/Funai e o Comitê de Cultura no Rio de Janeiro, ligado ao Ministério da Cultura, celebrarão o Dia Nacional dos Povos Indígenas com uma festa ao lado do Povo Fulni-ô, de Pernambuco, a partir das 15:30. Estão programadas danças, cantos, rodas de conversa, exibição de vídeos sobre aspectos culturais desse povo, além da venda de artesanato. Para participar é preciso fazer inscrição prévia. Acesse aqui o formulário.
No dia 17, a grande atração será a sessão especial do filme filme “Kopenawa: sonhar a terra-floresta”. Os diretores Marco Altberg e Tainá de Luccas estarão presentes e participarão de uma roda de conversa com o público.
Além desta programação aberta ao público, o Museu organizou visitas dos representantes do Povo Fulni-ô a três escolas municipais e uma estadual e um evento no Planetário da Gávea. Os Fulni-ô também participarão de uma oficina de qualificação dos acervos etnográfico (como plumárias, adornos, cestarias) e iconográfico referente ao seu povo e que estão sob custódia do Museu/Funai.
Durante essas oficinas, os indígenas podem fornecer informações qualificadas sobre o contexto de coleta dos objetos e ajudar a identificar personagens históricos e lideranças importantes que aparecem em fotos e filmes. Essa colaboração aumenta o valor científico e histórico dos acervos ao complementar as fichas catalográficas com dados mais precisos e contextuais.
O mês de abril é emblemático para os povos indígenas, pois além do dia 19, quando se comemora do Dia Nacional dos Povos Indígenas e também a criação do Museu/Funai, é um período dedicado à mobilização indígena em torno de seus direitos básicos, especialmente ao território e a sua cultura diferenciada. No dia 19, o Museu estará completando 72 anos.