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Museu/Funai participa da programação oficial do FICA
- Foto: Divulgação Museu/Funai
Além de ser um dos apoiadores do 26º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), que será realizado de 10 a 15 de junho na Cidade de Goiás, o Museu / Funai vai participar da programação de debates e exibir filmes do seu acervo.
A diretora do Museu, Fernanda Kaingáng, participará do Fórum Indígena e de Povos Tradicionais que será realizado no dia 12 de junho, das 10h45min às 12h15min, na Tenda Multiétnica - com o tema “Painel Diálogos entre o Cinema Indígena e o Cinema de Comunidades Tradicionais”. O Fórum terá mediação do Diretor de Cinema Aluízio de Azevedo e contará com a participação de Zica Pires (Quilombo Santa Rosa dos Pretos) e Mikaele Xukuru (Fiocruz).
No dia 14, a partir das 14 horas, o Museu promoverá a sessão "Audiovisual e a Documentação de Línguas e Culturas Indígenas", que será realizada na sala 2 do Festival, localizada no Memorial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Serão exibidos quatro documentários do acervo do Museu/Funai: “Me’Ôk - Nossa Pintura”; “Dekai Inaro Yanhenke - A Arte das Mulheres Baniwa”; “Japepo”; “Inhu” (veja abaixo mais informações sobre os filmes).
A sessão será seguida de debate com a participação da diretora do Museu, Fernanda Kaingáng, do cineasta Takumã Kuikuro e da pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional e Coordenadora Científica do Programa de Documentação de Línguas (Prodoclin) do Museu/Funai, Bruna Franchetto.
A mostra busca suscitar reflexões em torno das afinidades entre o audiovisual e a documentação de línguas e culturas indígenas, reunindo produções realizadas no contexto de projetos de pesquisa e documentação executados pelo Museu/Funai, em cooperação com a Unesco, desde 2009.
“Se, de um lado, o registro audiovisual se projeta como uma ferramenta importante para o desenvolvimento de projetos de documentação cultural e linguística, dado o seu potencial como tecnologia de memória coletiva e de valorização dos conhecimentos tradicionais, de outro, tais iniciativas concorrem de modo decisivo para a formação de toda uma geração de realizadores e o florescimento do cinema indígena no Brasil”, explica Juliano Silva, curador da mostra programada pelo Museu/ Funai.
O Museu/Funai também vai apoiar, ainda, a realização do painel “Diálogos entre o Cinema Indígena e o Cinema de Comunidades Tradicionais”, que está na programação do dia 12 de junho, das 9h às 10h30min, na Tenda Multiétnica. A mediação será feita por Takumã Kuikuro, Kleber Xukuru (Fiocruz), Vincent Carelli (Vídeo nas Aldeias), Natália Tupi (Diretora).
PROGRAMAÇÃO
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Filme
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Duração |
Sinopse |
Direção |
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Inhu |
21 min |
Um velho Kalapalo leva seu povo para procurar o caramujo inhu, para fazer colares. Os Kalapalo são os donos desse caramujo, pois são os únicos que conhecem o jeito de se trabalhar com sua concha. Documentário vencedor do CRESPIAL – Concurso de fotos y vídeos del PCI em América Latina 2012 Primer Puesto. |
Tewe Kalapalo, Tawana Kalapalo e Kayauta Kalapalo |
2012 Mato Grosso |
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Japepo |
20 min |
Antigamente o povo Kawaiwete produzia panelas de cerâmica para uso doméstico. Este conhecimento foi perdido ao longo dos anos e, até 2011, apenas uma mulher, Jeru’a Kayabi, sabia como produzi-las. Em 2011, as mulheres Kawaiwete iniciaram o processo de recuperação deste conhecimento com os ensinamentos de Jeru’a. |
Pikuruk Kayabi e Aturi Kayabi |
2014 Mato Grosso |
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Dekai Inaro Yanhenke - A Arte das Mulheres Baniwa |
22 min |
No ano de 2014, um grupo de mulheres Baniwa buscou o Museu/Funai para recuperar sua tradição cerâmica. Este complexo saber, desenvolvido ao longo de milhares de anos, estava em vias de desaparecimento. No Museu, elas encontraram um acervo formado pelas suas antepassadas. De volta à aldeia, se reuniram para recuperar os laços entre as técnicas, o conhecimento territorial e ritual. |
Thiago da Costa Oliveira e Orlando Fontes |
2014 Amazonas |
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Me’Ôk - Nossa Pintura |
21 min |
A pintura que fabrica a cultura. Os Mebêngôkre-Kayapó, do sul do Pará, desvendam o universo cotidiano desta fabricação, aprendida em tempos mitológicos e transmitida de geração em geração. A continuidade desta tradição, em um mundo em constante transformação, faz com que as mulheres Mebêngôkre-Kayapó, que têm conhecimento, reflitam sobre as diferenças entre povos indígenas e brancos. |
Fábio Nascimento e Thiago da Costa Oliveira |
2014 Pará |