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Pesquisadores do IRD participam de Reunião Anual de Comitê Científico das Nações Unidas
Publicado em
02/09/2025 13h26
Atualizado em
03/09/2025 10h38
A 72ª Reunião Anual do Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (Unscear) foi realizada entre os dias 16 e 20 de junho, em Viena, Áustria, com a participação dos representantes brasileiros Denison de Souza Santos e Simone Kodlulovich Renha, ambos do IRD. Durante o encontro foram aprovados dois documentos técnicos para publicação: sobre estudos epidemiológicos de radiação e câncer e sobre efeitos da radiação ionizante no sistema circulatório.
Uma definição importante registrada por ocasião da Reunião Anual é que está programada para iniciar em 2026, em duas fases, uma coleta de dados global sobre exposições médicas. A primeira fase envolverá coleta de dados essenciais e a segunda fase englobará coleta de dados mais detalhados. A reunião também trouxe atualizações sobre o cronograma para publicação do documento sobre efeitos da radiação ionizante no sistema nervoso e foi registrado o progresso quanto às discussões técnicas. O Comité Científico discutiu também sobre a implementação de seu programa de trabalho, informação e divulgação do público para o período 2025 a 2029, além de estratégias para melhorar a coleta, análise e divulgação de dados sobre a exposição à radiação.
O Comitê Unscear faz parte dos órgãos internacionais que, em conjunto com a Agência Internacional de Energia Atômica e com a Comissão Internacional de Proteção Radiológica, forma o tripé que garante o uso seguro das radiações ionizantes em nível global. “Em uma perspectiva de uso crescente das radiações ionizantes em aplicações médicas e de geração de energia, o Unscear fornece os subsídios científicos que nos permitem compreender os efeitos destas radiações na saúde humana para que sejam usadas de forma ética e consciente”, enfatizou Simone Renha.
Denison Santos destacou a importância de um programa de pesquisa estruturado para levantar exposições do público à radiação no país. Ele também frisou que o Comitê registrou a importância do fortalecimento de sua contribuição para a interface ciência-política dentro e fora da rede das Nações Unidas, do engajamento com comunidades científicas, diplomáticas, acadêmicas e profissionais, além de ressaltar a importância do envolvimento de jovens profissionais no trabalho desenvolvido.
O Comitê Unscear, estabelecido em 1955, realiza amplas revisões das fontes de radiação ionizante e dos efeitos sobre a saúde humana e o meio ambiente. Suas avaliações fornecem uma base científica para as agências e governos das Nações Unidas formularem padrões e programas de proteção contra radiação ionizante. O Brasil participa do Comitê desde sua fundação.