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ANSN e Embaixada do Brasil em Buenos Aires discutem avanços estratégicos do Programa Nuclear Brasileiro
A Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) esteve reunida na sexta-feira (17) com o embaixador do Brasil na Argentina, Julio Glinternick Bitelli, para discutir temas prioritários da agenda nuclear brasileira e o fortalecimento da cooperação bilateral com a Argentina.
Participaram do encontro o diretor-presidente da ANSN, Alessandro Facure, o diretor de Instalações Nucleares e Salvaguardas, Ailton Fernando Dias, e a coordenadora-geral de Assuntos Internacionais, Viviane Simões, além de Maria Cecilia Barcelos Cavalcante Vieira, conselheira do MRE.
Durante a reunião, foi apresentado ao embaixador o processo de criação da ANSN e o papel fundamental do novo órgão na consolidação da governança do setor nuclear no país. Também foram discutidos os desafios enfrentados pelo Programa Nuclear Brasileiro (PNB), com destaque para a necessidade de estabelecimento de uma política nacional de rejeitos radioativos.
Outro ponto relevante abordado foram as convenções internacionais das quais o Brasil é signatário, como a Convenção sobre Segurança Nuclear e a Joint Convention (Convenção Conjunta sobre a Segurança na Gestão do Combustível Gasto e na Gestão de Rejeitos Radioativos), que impõem compromissos e padrões de segurança internacional a serem observados.
O histórico de cooperação entre Brasil e Argentina no campo nuclear foi reconhecido como um ativo importante. Nesse contexto, foram exploradas possibilidades para o aprofundamento dos laços bilaterais, incluindo a proposta de se discutir, no futuro, a assinatura de um acordo de cooperação específico entre os dois países.
Por fim, a ANSN informou ao embaixador sua intenção de solicitar, em breve, à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a realização de uma missão IRRS (Integrated Regulatory Review Service), instrumento importante para o fortalecimento da estrutura regulatória nacional. A Argentina já recebeu uma missão semelhante em 2018, e a experiência do país vizinho poderá ser valiosa para orientar o processo brasileiro.
Na foto, Viviane Simões, o embaixador Julio Glinternick Bitelli, e os diretores Alessandro Facure e Ailton Dias. (Divulgação)