Notícias
ANSN apresenta avanços do Brasil em preparação e resposta a emergências nucleares no EPRESC da AIEA
Nelbia Lapa, chefe da Divisão de Avaliação de Segurança e coordenadora de Emergência da ANSN, conduziu a apresentação barsileira - Foto: Divulagção/ANSN
Os avanços do Brasil na área de preparação e resposta a emergências nucleares e radiológicas foram tema de apresentação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) na 21ª reunião do Comitê de Normas para Preparação e Resposta a Emergências (EPRESC), da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, Áustria.
O encontro, que começou na segunda-feira (24) e terminou nesta quarta (27), reuniu representantes seniores responsáveis por recomendar atualizações às normas internacionais de EPR e orientar sua aplicação pelos Estados-membros.
A exposição brasileira foi conduzida por Nelbia Lapa, chefe da Divisão de Avaliação de Segurança e coordenadora de Emergência da ANSN. Em sua intervenção, ela detalhou o trabalho em andamento para propor uma nova estrutura de EPR no âmbito da Autoridade, alinhada às melhores práticas internacionais, e apresentou o processo de atualização dos Planos Setoriais de Emergência, considerado essencial para o fortalecimento da capacidade nacional de resposta.
Nelbia ressaltou que o desenvolvimento dessa nova abordagem conta com apoio técnico da IAEA, por meio do projeto de cooperação BRA9062. “Essa iniciativa recebe acompanhamento de especialistas da Agência, o que reforça a qualidade técnica e a aderência às recomendações internacionais”, destacou.
O comitê também discutiu a necessidade crescente de incorporar à EPR as especificidades dos reatores nucleares transportáveis, como SMRs e microreatores — tecnologias já em análise no Brasil. Para o coordenador-geral de Reatores da ANSN, Daniel Palma, os debates reforçaram a importância de aproximar o EPRESC do TRANSSC, comitê responsável pelas normas de transporte. “Em maio de 2026, os dois comitês realizarão uma sessão conjunta para aprofundar essas discussões, que ainda requerem harmonização, sobretudo porque as normas internacionais devem permanecer tecnologicamente neutras”, afirmou.
A participação da ANSN no EPRESC reafirma o compromisso do Brasil com o aprimoramento contínuo das práticas de segurança nuclear, contribuindo para o desenvolvimento de normas usadas globalmente para proteger a população, os trabalhadores e o meio ambiente em situações de emergência.