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AIEA promove Primeira Escola sobre Uso Seguro da Radiação em Práticas Médicas, elaborada com participação do IRD
Publicado em
02/09/2025 13h12
Atualizado em
03/09/2025 11h05
A primeira etapa da Escola ocorreu no formato online (imagem meramente ilustrativa). Em novembro de 2025 acontecerá a segunda parte do treinamento, no Brasil. Na segunda imagem, reunião em 2024, na Colômbia, quando as discussões sobre a Escola foram desenvolvidas, com a participação do IRD. Fotos: Reprodução IAEA.org e divulgação AIEA
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) realizou, entre os dias 21 e 25 de julho de 2025, a primeira edição da Escola sobre o Uso Seguro da Radiação em Práticas Médicas, com foco na área de radiodiagnóstico. O curso marcou o início de uma iniciativa inédita de capacitação em proteção radiológica e segurança para o usuário final com relação ao uso da radiação ionizante em práticas médicas.
A proposta inicial do programa foi elaborada pela pesquisadora do IRD Simone Kodlulovich Renha e discutida previamente com especialistas e representantes de 15 países em reunião realizada na Costa Rica, em agosto de 2024. A primeira etapa do curso ocorreu de forma virtual, em formato síncrono, com 20 horas de aulas sobre fundamentos de proteção radiológica. Os alunos também cursaram o módulo assíncrono sobre proteção radiológica ocupacional, disponível no site da AIEA.
A capacitação foi ministrada por Simone Renha e Fredys Jorge Santos Gutiérrez, da Costa Rica, tendo como oficiais técnicos do projeto Cinthia Papp, para a área médica, e o pesquisador do IRD Luiz Ernesto Matta, para exposições ocupacionais. O projeto é de Ester Monroy, da AIEA, e faz parte do programa de cooperação técnica que conta ainda com a participação de Raul Ramirez. Entre os temas da Escola, fundamentos da proteção radiológica, efeitos biológicos da radiação, exposições planejadas e acidentais, otimização da segurança, níveis de referência diagnósticos (NRDs), proteção de gestantes, monitoramento individual e no local de trabalho, cultura de segurança e requisitos para instalações médicas. O treinamento completo envolve aulas teóricas e práticas, além de estudos de caso, com duração máxima de três semanas.
“Esta Escola traz temas de grande relevância para profissionais, usuários finais e que fortalecem o sistema de proteção radiológica. Muito nos orgulha participar da iniciativa”, destacou o diretor do IRD André Quadros.
Ao todo, participaram 26 profissionais de saúde de 15 países da América Latina e Caribe: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Os participantes realizaram duas avaliações e todos foram aprovados.
Próxima etapa no Brasil
A segunda parte da Escola acontecerá no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025. Nesta fase, os alunos participarão de atividades teóricas e práticas presenciais. As próximas edições vão ter ênfase nas áreas de medicina nuclear e de radioterapia.
A coordenação científica e financeira caberá, respectivamente, aos físicos médicos Rafael Simões e Fernando Mecca, do Inca. Simone ficará responsável pela coordenação geral do curso e, em conjunto com Freddys, ministrará aulas teóricas e práticas. Para a pesquisadora, “é um privilégio ter o IRD neste projeto piloto, uma Escola super importante que a Agência acaba de implementar”.