Ir para o Conteúdo 1 Ir para a Página Inicial 2 Ir para o menu de Navegação 3 Ir para a Busca 4 Ir para o Mapa do site 5
Abrir menu principal de navegação
Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD
Termos mais buscados
  • imposto de renda
  • inss
  • assinatura
  • cnh social
  • enem
Termos mais buscados
  • imposto de renda
  • inss
  • assinatura
  • Acesso à Informação
    • Ações e programas
    • Agenda de autoridades
    • Atos Normativos
    • Auditorias
    • Convênios e Transferências
    • Dados Abertos
    • Editais de Compras
    • Informações Classificadas
    • Institucional
      • Biografia - Diretor do IRD
      • Estrutura
      • Competências
      • Sobre o IRD
      • Quem é Quem
      • Plano Diretor
    • Participação Social
    • Plano Anual de Contratações
    • Receitas e Despesas
    • Serviço de Informação ao Cidadão
    • Servidores
    • Transparência e Prestação de Contas
      • Avisos de Licitação
      • Licitações Concluídas
      • Contratos Administrativos
      • Contatos Institucionais
      • Portal da Transparência
  • Assuntos
    • Áreas de atuação
      • RADIOPROTEÇÃO
      • METROLOGIA
      • DOSIMETRIA
      • EMERGÊNCIA
    • CASEC
    • Ensino
      • HISTÓRICO
      • INICIAÇÃO CIENTÍFICA
      • PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
      • PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
      • CURSOS REGULARES
      • VISITAS TÉCNICAS
      • PAINEL DE CERTIFICAÇÕES
      • EDITAIS
    • Eventos
      • Eventos 2024
      • Eventos 2025
    • Notícias
      • Notícias 2025
      • Notícias 2024
    • Sistemas
      • VPN
      • Webmail IRD
  • Canais de Atendimento
    • Fale Conosco
    • Principais Contatos
    • Assessoria de Imprensa
    • Serviço de Informação ao Cidadão (SIC)
    • Perguntas Frequentes
      • Perguntas Frequentes
    • Ouvidoria
  • Central de Conteúdo
    • Imagens
    • Vídeos
    • Publicações
    • Downloads
  • Composição
    • Superintendência-geral do IRD
    • Divisão de Emergências Radiológicas e Nucleares
    • Divisão de Metrologia
    • Divisão de Radioproteção
    • Divisão de Dosimetria Individual e Radioproteção na Saúde
  • Serviços
  • GOV.BR
    • Serviços
      • Buscar serviços por
        • Categorias
        • Órgãos
        • Estados
      • Serviços por público alvo
        • Cidadãos
        • Empresas
        • Órgãos e Entidades Públicas
        • Demais segmentos (ONGs, organizações sociais, etc)
        • Servidor Público
    • Temas em Destaque
      • Orçamento Nacional
      • Redes de Atendimento do Governo Federal
      • Proteção de Dados Pessoais
      • Serviços para Imigrantes
      • Política e Orçamento Educacionais
      • Educação Profissional e Tecnológica
      • Educação Profissional para Jovens e Adultos
      • Trabalho e Emprego
      • Serviços para Pessoas com Deficiência
      • Combate à Discriminação Racial
      • Política de Proteção Social
      • Política para Mulheres
      • Saúde Reprodutiva da Mulher
      • Cuidados na Primeira Infância
      • Habitação Popular
      • Controle de Poluição e Resíduos Sólidos
    • Notícias
      • Serviços para o cidadão
      • Saúde
      • Agricultura e Pecuária
      • Cidadania e Assistência Social
      • Ciência e Tecnologia
      • Comunicação
      • Cultura e Esporte
      • Economia e Gestão Pública
      • Educação e Pesquisa
      • Energia
      • Forças Armadas e Defesa Civil
      • Infraestrutura
      • Justiça e Segurança
      • Meio Ambiente
      • Trabalho e Previdência
      • Turismo
    • Galeria de Aplicativos
    • Acompanhe o Planalto
    • Navegação
      • Acessibilidade
      • Mapa do Site
      • Termo de Uso e Aviso de Privacidade
    • Consultar minhas solicitações
    • Órgãos do Governo
    • Por dentro do Gov.br
      • Dúvidas Frequentes em relação ao Portal gov.br
      • Dúvidas Frequentes da conta gov.br
      • Ajuda para Navegar o Portal
      • Conheça os elementos do Portal
      • Política de e-participação
      • Termos de Uso
      • Governo Digital
      • Guia de Edição de Serviços do Portal Gov.br
    • Canais do Executivo Federal
    • Dados do Governo Federal
      • Dados Abertos
      • Painel Estatístico de Pessoal
      • Painel de Compras do Governo Federal
      • Acesso à Informação
    • Empresas e Negócios
Links Úteis
  • Galeria de Aplicativos
  • Participe
  • Galeria de Aplicativos
  • Participe
Redes sociais
  • Twitter
  • YouTube
  • Facebook
  • Instagram
Você está aqui: Página Inicial Assuntos Notícias Notícias 2023 EXPOT&C: Vila Nuclear atraiu público com experiências "inusitadas" apresentadas pela CNEN
Info

Notícias

EXPOT&C: Vila Nuclear atraiu público com experiências "inusitadas" apresentadas pela CNEN

Diversidade de atrações da área nuclear levou centenas de visitantes ao espaço de 54m² ocupada pelos Institutos da CNEN desde o primeiro dia. Exposição se encerrou neste sábado, 30.
Compartilhe por Facebook Compartilhe por Twitter Compartilhe por LinkedIn Compartilhe por WhatsApp link para Copiar para área de transferência
Publicado em 31/07/2023 10h35 Atualizado em 31/07/2023 12h09
353071596975_9950bc22dd_k.jpg
Maquete do Reator Nuclear Argonauta, em operação no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN). Foto: Diego Galba ASCOM/MCTI
253070700047_26925eabd8_k.jpg
Detetores e equipamentos de proteção individual (EPIs) utilizados por técnicos em radioproteção chamam muito a atenção dos visitantes na ExpoT&C. Foto: Diego Galba ASCOM/MCTI
153071537319_7e6150bf6b_k.jpg
As várias aplicações da energia nuclear foram apresentadas no estande da CNEN durante a ExpoT&C. Foto: Diego Galba ASCOM/MCTI
053076196850_81a52f5078_k.jpg
Projeto desenvolvido pelo Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) utiliza recursos de realidade virtual para divulgar ciência. Foto: Diego Galba ASCOM/MCTI
453073560123_1fe9f6ec3f_k.jpg
Manequim com com EPIs para proteção individual no estande da CNEN na ExpoT&C. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
3mcti_sbpc_rodrigo_cabral_diego_galba_09.jpg
Presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, conhecendo sobre análise sensorial de mangas irradiadas e não-irradiadas. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
2mcti_sbpc_rodrigo_cabral_diego_galba_10.jpg
Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC (esq.) e Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI visitam estande da CNEN na ExpoT&C. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
153067914812_6103efc186_k.jpg
Graciela Bolzon de Muniz, vice-reitora da UFPR, Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC, Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da UFPR, e Juana Nunes, diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
053068998408_2d597667bf_k.jpg
Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC (esq.) e Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI inauguram a ExpoT&C. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
2mcti_sbpc_rodrigo_cabral_01.jpg
O teatro Guaíra, em Curitiba, lotado para a abertura da 75a. Reunião Anual da SBPC. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
1mcti_sbpc_rodrigo_cabral_07.jpg
Autoridades reunidas na abertura da 75a. Reunião Anual da SBPC, no Teatro Guaíra, Curitiba, PR. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
C19424_I05809_20230723.jpg
Da esq. para dir.: Wilson Calvo, diretor de P&D da CNEN, Francisco Rondinelli Jr, presidente da CNEN, Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Linardi, pesquisador Emérito do IPEN e Isolda Costa, diretora substituta do IPEN. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
2mcti_sbpc_rodrigo_cabral_02.jpg
Grupos teatrais em parceria com a UFPR apresentaram-se na abertura da 75a. Reunião Anual da SBPC, no Teatro Guaíra, Curitiba, PR. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
1mcti_sbpc_rodrigo_cabral_05.jpg
Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, na abertura da 75a. Reunião Anual da SBPC. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
0mcti_sbpc_rodrigo_cabral_06.jpg
Ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, na abertura da 75a. Reunião Anual da SBPC. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
0mcti_sbpc_rodrigo_cabral_03.jpg
Orquestra Filarmônica da UFPR sobre regência do maestro Márcio Steuernagel. Foto: Rodrigo Cabral - ASCOM/MCTI
0sbpc_mcti_ipen.jpg
Wilson Calvo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN visita estande da instituição na ExpoT&C. Foto: CNEN
14sbpc_mcti_17.jpg
Da esq. para direita: Francisco Rondinelli Junior, presidente da CNEN, Wilson Calvo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Isolda Costa, diretora substituta do IPEN e Fabio Staude, diretor do IEN. Foto: CNEN
13sbpc_mcti_16.jpg
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita o estande da CNEN na ExpoT&C ocasião em que participou de um teste de análise sensorial de mangas irradiadas no IPEN. Foto: CNEN
12sbpc_mcti_15.jpg
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita o estande da CNEN na ExpoT&C. Foto CNEN
11sbpc_mcti_14.jpg
Giovanni Conturbia, do IPEN, durante a visita da ministra Luciana Santos. Foto: Claudio Braz
10sbpc_mcti_10.jpg
Yasko Kodama, do IPEN, no estande da CNEN durante a ExpoT&C. Foto: Claudio Braz
9sbpc_mcti_09.jpg
A CNEN reuniu no estande da EXPOT&C. Foto: Claudio Braz
8sbpc_mcti_08.jpg
Yasko Kodama e Antonio Alvarez, do IPEN, atendendo ao público que visita a ExpoT&C. Foto: Claudio Braz
7sbpc_mcti_07.jpg
Fabio Menani do IPEN, monitorando no estande da CNEN. Foto: Claudio Braz
6sbpc_mcti_06.jpg
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita o estande da CNEN na ExpoT&C. Foto: CNEN
5sbpc_mcti_05.jpg
Equipe de monitores da CNEN, vindos dos diversos institutos que a formam, no estande da ExpoT&C. Foto: CNEN
4sbpc_mcti_04.jpg
Ministra Luciana Santos faz análise sensorial de mangas irradiadas e não-irradiadas no Irradiador Multipropósito de Cobalto-60 do IPEN. Foto: CNEN
3sbpc_mcti_03.jpg
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita o estande da CNEN na ExpoT&C. Foto: CNEN
2sbpc_mcti_02.jpg
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita o estande da CNEN na ExpoT&C. Foto: CNEN
1sbpc_mcti_01.jpg
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita o estande da CNEN na ExpoT&C. Foto: CNEN
0PHOTO-2023-07-26-19-45-04.jpg
Ministra Luciana Santos com dirigentes da CNEN e a equipe de servidores que estão trabalhando na ExpoT&C. Foto: CNEN
0sbpc_mcti_18.jpg
Yasko Kodama e Antonio Alvarez, ambos do IPEN, na montagem do estande da CNEN na ExpoT&C. Foto: CNEN
1sbpc_mcti_13.jpg
Da esq. para dir.: Wilson Calvo, diretor de P&D da CNEN, Francisco Rondinelli Jr, presidente da CNEN, Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Linardi, pesquisador Emérito do IPEN e Isolda Costa, diretora substituta do IPEN. Foto: Ana Paula Freire
0sbpc_mcti_11.jpg
Francisco Rondinelli Jr, presidente da CNEN, entrega um exemplar do livro O IPEN E A ECONOMIA DE HIDROGÊENIO para Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação. Foto: Ana Paula Freire
0sbpc_mcti_12.jpg
Abertura solene da 75a. Reunião Anual da SBPC no Teatro Guaira, em Curitiba, PR. Foto: CNEN

   Pedrinhas que “pulam” da tela, visita a um reator nuclear de pesquisa, análise sensorial de alimentos irradiados e não-irradiados, um cintilômetro que lembra aquelas armas de “O exterminador do Futuro” e a experiência de vestir aquele traje “antirradiação” esquisito dos filmes de ficção científica. Essas foram algumas das atrações que a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) trouxe para ExpoT&C, mostra de ciência, tecnologia e inovação que aconteceu no campus da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.

Com expectativa de receber um público de seis mil visitantes, a ExpoT&C chegou a sua 30ª edição e aconteceu no Centro Politécnico da UFPR, em concomitância com a 75ª Reunião Anual da SBPC. Este ano, os tradicionais estandes foram substituídos por uma “cidade”, para evidenciar que o conhecimento científico e tecnológico é desenvolvido de forma integrada e colaborativa. A CNEN e suas unidades técnico-científicas compuseram a Vila Nuclear, área de 54m2.

Os simuladores do Laboratório de Realidade Virtual do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), sediado no Rio de Janeiro, atraíram a atenção dos visitantes, principalmente de crianças e jovens. As experiências foram desde o treinamento para uso de detetor de radiação, até visita virtual ao reator Argonauta, cuja maquete foi exposta. Também foi possível conhecer programas que mostram a sala de bombeamento da Usina de Angra II, da Centr­­­­­al Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis.

De acordo com o pesquisador Eugenio Marins, é na sala de bombeamento que ocorrem os treinamentos para operações de comutação de bombas. Muito confuso para quem não é da área? Não importa, o que vale é a sensação de estar ali, em um local de acesso restrito. “Tudo que é proibido atrai de cara”, brinca Francisco José Silva, 15, estudante do ensino médio e, como diz, “candidato a cientista”.

“A ideia é mesmo colocar a criançada com os óculos, para verem a exposição do vídeo 3D, com a visão estereoscópica. Quando são um pouco maiores, passamos uma noção básica de como funciona a estereoscopia, explicamos como funciona a TV 3D, como as pedrinhas saem da tela”, contou Marins, referindo-se às imagens de vídeo sobre os tipos de geração de energia, representadas por uma espécie de “explosão” de pedras.

Foi exatamente o que fascinou a estudante Julia Graciano, 17, cursando o terceiro ano do ensino médio. “A sensação com os óculos 3D é incrível! Mas a experiência se torna muito mais gostosa porque recebemos a explicação de como funciona a realidade 3D. A gente vê de uma maneira, põe os óculos e muda completamente. A imagem sai da tela e vem até nós. Fiquei realmente impressionada”, disse Julia.

Laura Baraniuk, 17, também cursando o terceiro ano do ensino médio, se disse “impressionada” com os conceitos apresentados por Marins. “Adorei a experiência, achei super diferente. Mas é fato que ela se torna muito mais interessante com a explicação do pesquisador”.

O Projeto de Extensão Tecnológica denominado “Programa de capacitação técnico científica nas áreas nuclear, radiológica e correlatas (PCTC-IEN)” também integrou as ações do IEN na ExpoT&C. Baseado na Lei de Inovação, o programa tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento, aperfeiçoamento e difusão de soluções científicas e tecnológicas e na sua disponibilização à sociedade e ao mercado por meio de cursos.

De acordo com Valéria Pastura, coordenadora do Programa, os 14 cursos são voltados para alunos de cursos técnicos e de graduação, pós-graduandos e profissionais autônomos e de instituições públicas e privadas ligadas ao setor nuclear. “Mas está aberto também a interessados nas áreas nuclear, radiológica e correlatas, com atuação na América Latina e Caribe”.

“Mangas radioativas?”

Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN), em Belo Horizonte, trouxeram para a ExpoT&C diferentes exemplos de aplicações da tecnologia nuclear, entre elas, a irradiação de gemas (pedras semipreciosas) e de alimentos. A pesquisadora Carolina Braccini Freire explicou o processo e as vantagens da irradiação: além de aumentar o tempo de prateleira, possibilita a diminuição da microbiota (micro-organismos que estão presentes em gêneros alimentícios).

Apesar da questão fitossanitária, há quem tenha receio de experimentar alimentos irradiados, embora certamente já o tenha feito sem saber. Maria Cristina Oliveira, 16, conta que a palavra “radiação” já provoca “aquele medinho”. Quando a Carolina explicou a tecnologia, as vantagens e a segurança, e depois mostrou protótipos de alimentos que são comumente irradiados e estão presentes nas refeições do dia a dia, ela se surpreendeu. “Nossa, não imaginava. Viva a ciência, que nos liberta de ignorância e preconceito”, comentou.

Temperos, frutas, verduras, legumes, carnes, grãos e industrializados são alguns dos alimentos que podem passar pelo processo de radiação. Na Vila Nuclear, é possível fazer uma análise sensorial de mangas irradiadas e não-irradiadas, sem identificá-las, e depois preencher o formulário avaliando itens como sabor, cor, aroma e textura.

“Os visitantes ouvem as explicações sobre a tecnologia e na sequência vêm degustar as mangas, sem saber qual é irradiada e qual não é. O resultado depende da maturação da fruta, mas arrisco dizer que as não-irradiadas fazem mais sucesso. Ao final do evento, vamos tabular as respostas ao questionário”, disse a pesquisadora Yasko Kodama, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN).

Para Raissa da Silva, 21, estudante de fisioterapia na UFPR, a diferença foi mais visual, embora também seja possível distinguir uma manga da outra quanto ao sabor. “A primeira tinha uma cor bem mais viva, isso é facilmente percebido; agora, no gosto, a segunda tem mais sabor”, disse, sem saber que a fruta “2” era justamente a irradiada. Foi a primeira vez que ela experimentou um alimento sabendo que havia passado pelo processo de radiação. “Foi bem ok”, garantiu.

Já Ludmila Bianca Batista, estudante de biologia da UFPR, foi longo perguntando se eram “mangas radioativas”. Yasko Kodama explicou que nenhum alimento que passa pelo processo fica radioativo ou contaminado. “Não há contato do alimento com material radioativo. É como quando você faz um raio x, você também não sai radioativo. Embora sejam emissões por fontes diferentes, em ambos os casos não há energia suficiente para modificar o núcleo dos átomos e torná-los radioativos”, acrescentou a pesquisadora.

Mesmo com a explicação, ao concluir sua análise sensorial, Ludmila cometeu ato falho: “Olha, eu gostei mais da manga radioativa, foi uma experiência muito legal”. E depois se desculpou, dizendo que será “mais cuidadosa daqui para a frente”.

Além da irradiação de alimentos, o CDTN promoveu divulgação científica de rejeitos radioativos, em uma perspectiva ambiental. “Trouxemos para a ExpoT&C uma câmara para mostrar como funciona a radiação e, por essa câmara, é possível explicar como se dá a aplicação da tecnologia nuclear no meio ambiente e em áreas correlatas”, afirmou Carolina.

 

Pequenos notáveis

Quem é acostumado a visitar feiras e exposições, não apenas de ciência, sabe que é muito comum exposição de maquetes. E a Vila Nuclear apresentou um conjunto delas, físicas e virtuais. Um dos destaques foi a Unidade Móvel de Radiação, projeto do IPEN/CNEN. É uma carreta que funciona como um laboratório itinerante, com equipamentos analíticos e um acelerador de elétrons, e comentou sobre as possibilidades de aplicações. Uma delas é a viabilidade da tecnologia nuclear na indústria, particularmente no tratamento de efluentes industriais e domésticos.

Projeto de inovação desenvolvido com tecnologia nacional pelo IPEN/CNEN e a empresa Truckvan, a Unidade Móvel também possibilitará a realização de estudos para instalação de plantas de irradiação em escala industrial, o treinamento em operação e manutenção de aceleradores indústrias de elétrons, e prestações de serviços tecnológicos.

Entre as maquetes virtuais, estavam a do IEN Virtual, do Reator Argonauta, da Radiofarmácia, a a já mencionada Sala de Bombeamento de Angra II, o simulador de Depósito de Rejeitos e até o simulador da entrada estádio do Maracanã – dá para acreditar? –, usado para treinar a coordenação entre os agentes da CNEN e agentes da segurança pública.

Para quem não sabe, a CNEN está sempre trabalhando na segurança nuclear e radiológica em grandes eventos no Brasil, como a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016. “Inclusive, nós fizemos a segurança na visita do Papa João II, quando foi ao Rio, em 1997, para o Encontro Mundial com as Famílias, no Aterro do Flamengo. A CNEN montou uma equipe para a segurança do Papa, o que demonstra a nossa importância histórica na área de segurança nuclear”, lembra a servidora Maria Lucia da Silva, do IEN/CNEN.

“Medicamentos radioativos”

Todo mundo sabe o que é uma farmácia, mas poucos sabem o que é uma radiofarmácia. É onde se manipula radiofármacos, que são utilizados pela medicina nuclear, para diagnósticos e tratamentos de cânceres e outras doenças. Como é uma área controlada, ou seja, de acesso restrito, o uso de simulador de realidade virtual permite visitação e manipulação de objetos, e, com isso, atende dois propósitos diferentes: o treinamento de profissionais que vão trabalhar naquele ambiente e a divulgação científica, levando informação ao público que não têm acesso.

“O simulador, com o equipamento adequado, permite não apenas conhecer as instalações, mas também a manipular objetos virtuais das áreas controladas da radiofarmácia. Você pode fazer de tudo, desde abrir portas, abrir as torneiras, segurar tubos de ensaios, até colocar os vidros no Gerador de Tc-99, simulando procedimentos realizados em uma radiofarmácia de verdade”, explicou Eugenio Marins.

Produzido no IPEN/CNEN, em São Paulo, o Gerador de Tc-99 é utilizado na medicina nuclear com finalidades diagnósticas, respondendo por 80% a 90% de todos os exames com esse fim. O Instituto é, atualmente, o maior produtor de radiofármacos no Brasil, com um total de 23 produtos, sendo 11 de uso clínico, 11 reagentes liofilizados e o próprio gerador 99Mo/99mTc. A Na Vila Nuclear, a vitrine com protótipos de radiofármacos junto a um boneco de corpo humano, com órgãos expostos, permitiu aos visitantes conhecerem cada aplicação.

A CNEN também trouxe para a ExpoT&C maquetes de um reator de potência (para geração de energia), do Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, localizado no IPEN, e do núcleo do futuro Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), o maior empreendimento para a área nuclear no país, que dará autossuficiência ao Brasil com a produção de todos os radioisótopos necessários para aplicações médicas (radiofármacos) e industriais.

Uso seguro

Outra atração é o “passeio” pela maquete virtual do novo Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (Centena), que, além de armazenar definitivamente os rejeitos radioativos do país, vai contar com edificações de apoio operacional e instalações para pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A divulgação de atividades do setor nuclear e treinamentos especializados serão também contempladas no Centro. Esse projeto é de competência da CNEN, sendo o CDTN responsável pela sua coordenação, em colaboração com os outros Institutos.

Também foi possível fazer uma visita virtual aos laboratórios da área de metrologia das radiações ionizantes, do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN), sediado no Rio de Janeiro, e conhecer equipamentos de proteção individual (EPIs). O Instituto tem a missão de garantir o uso seguro das radiações no país. Uma de suas atrações foi a pesquisa sobre gel aplicado ao tratamento e proteção radiológica em radioterapia.

De acordo com o pesquisador João Hamann e doutor pelo programa de pós-graduação do IRD na área de metrologia das radiações ionizantes, o objetivo da pesquisa foi desenvolver uma nova ferramenta de controle e qualidade na área de radioterapia voltada ao tratamento de tumores na região da cabeça. Para isso, a equipe do Instituto trouxe à ExpoT&C um crânio de resina em acrílico, preenchido com gelatinas, para demonstrar a técnica de aplicação do gel.

“Claustrofóbico”

Da ficção científica para a realidade. Quem passa pela Vila Nuclear pode experimentar aquele traje “antirradiação” esquisito que aparece nas telas de cinema, em filmes relacionados à área nuclear. E quem aceitou o desafio pode sentir por alguns momentos como é o trabalho de radioproteção utilizando todo aquele paramento. O calouro de engenharia química da UFPR, Matheus Otsuka, 19 anos, que o diga.

“Foi a primeira vez que eu vi de perto e pude experimentar. É uma sensação diferente, meio claustrofóbica, principalmente por causa da máscara. Mas é só no começo, depois, vai ficando tudo bem. Imagino que, com os profissionais, seja assim também”, disse. Ele se referiu aos equipamentos de proteção individual (EPIs) utilizados nos trabalhos de proteção radiológica.

Aquele macacão geralmente branco, revestido 100% de polietileno, é o EPI que evita a contaminação externa por material radioativo líquido ou em pó. Já a máscara, que parece uma “nave” no rosto, serve para impedir contaminação interna, ou seja, por inalação.

Otsuka experimentou os dois e garante que “sobreviveu”. Depois, já desparamentado, utilizou um PRD (acrônico do inglês Personal Radiation Dosimeter) para simular monitoração radiológica em um outro visitante que se encorajou e também vestiu os EPIs. Alguns modelos de PRD identificam qual é o radionuclídeo presente (se houver), os tipos de energia, de radiação ionizante e não-ionizante e as diferenças entre elas.

“As pessoas têm curiosidade de saber o que é essa roupa e se realmente ela protege de material radioativo. A gente explica que o macacão não protege da radiaçã­­o, a proteção contra a radiação é através de blindagem, tempo e distância. O que ele protege é contra a contaminação radioativa”, explicou Walber Castro, supervisor de proteção radiológica da CNEN, na área de transportes de material radioativo.

Em parte, a curiosidade a que se refere Walber é porque, ao circularem pela rua que leva à Vila Nuclear, os visitantes se deparavam com um boneco totalmente paramentado. Além disso, o servidor Carlos Henrique Romeiro passeava pela Vila como se fosse ele próprio um personagem da ficção, atraindo ainda mais o interesse do público.

Ainda na área de radioproteção, o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE), situado em Recife, apresentou exemplos de materiais que contêm radiação natural a fim de mostrar ao público que a radiação ionizante está presente no cotidiano e que não apresenta riscos, nessas condições naturais. O pesquisador José Carlos Pereira explicou aos visitantes o trabalho da proteção e todo o ciclo nuclear, seus instrumentos de medições, como detetores e EPIs utilizados pelos profissionais da área.

Exemplares de minério de urânio, torianita, areia monazítica, incrustações (resíduos que aderem à tubulação, na indústria do petróleo) são alguns dos materiais que contêm radiação natural. Com um cintilômetro que mais parece aquelas armas de “O exterminador do Futuro”, os pesquisadores demostravam ao público as atividades radioativas presentes nesses materiais e que não oferecem nenhum risco à população. Também estiveram expostos dosímetros, instrumentos para quantificar o nível de radiação no indivíduo ocupacionalmente exposto, ou seja, os trabalhadores da área nuclear como um todo.

O estudantes Pedro Henrique Franchini, 10, testou o cintilômetro em uma fonte selada de Césio-137 e ficou atento ao sinal sonoro emitido pelo equipamento, que indica a presença de radiação ionizante. Perguntado se a área nuclear desperta a sua curiosidade, ele disse que sim, mas não quis falar muito, estava atento ao material e às explicações dos pesquisadores. “É um tema interessante sim”, resumiu.

“Área estratégica”

Satisfeito com o que viu na Vila Nuclear, o presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Júnior, disse que a instituição tem um “potencial enorme” para ocupar e promover a área nuclear, divulgando todas as suas atividades de pesquisa, tecnologia, inovação e serviços de excelência, em benefício da sociedade. “A ExpoT&C é um espaço muito fértil para fazermos essa promoção. Estou muito satisfeito com a dedicação dos nossos servidores para trazerem ao público as nossas atividades”, afirmou.

Rondinelli ressaltou que o setor nuclear é importante não só pelo aspecto da geração de energia, que dá mais estabilidade ao sistema por meio das plantas nucleares de Angra, mas também pelas aplicações, seja na área médica, meio ambiente, indústria, agricultura, na educação – “a parte de formação de pessoal é importantíssima – e tudo isso nós queremos colocar novamente na agenda nacional de C&T, com resultados concretos, que é o que temos para entregar, mostrando o quanto somos uma área estratégica para o país”, concluiu.

Compartilhe por Facebook Compartilhe por Twitter Compartilhe por LinkedIn Compartilhe por WhatsApp link para Copiar para área de transferência
  • Acesso à Informação
    • Ações e programas
    • Agenda de autoridades
    • Atos Normativos
    • Auditorias
    • Convênios e Transferências
    • Dados Abertos
    • Editais de Compras
    • Informações Classificadas
    • Institucional
      • Biografia - Diretor do IRD
      • Estrutura
      • Competências
      • Sobre o IRD
      • Quem é Quem
      • Plano Diretor
    • Participação Social
    • Plano Anual de Contratações
    • Receitas e Despesas
    • Serviço de Informação ao Cidadão
    • Servidores
    • Transparência e Prestação de Contas
      • Avisos de Licitação
      • Licitações Concluídas
      • Contratos Administrativos
      • Contatos Institucionais
      • Portal da Transparência
  • Assuntos
    • Áreas de atuação
      • RADIOPROTEÇÃO
      • METROLOGIA
      • DOSIMETRIA
      • EMERGÊNCIA
    • CASEC
    • Ensino
      • HISTÓRICO
      • INICIAÇÃO CIENTÍFICA
      • PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
      • PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
      • CURSOS REGULARES
      • VISITAS TÉCNICAS
      • PAINEL DE CERTIFICAÇÕES
      • EDITAIS
    • Eventos
      • Eventos 2024
      • Eventos 2025
    • Notícias
      • Notícias 2025
      • Notícias 2024
    • Sistemas
      • VPN
      • Webmail IRD
  • Canais de Atendimento
    • Fale Conosco
    • Principais Contatos
    • Assessoria de Imprensa
    • Serviço de Informação ao Cidadão (SIC)
    • Perguntas Frequentes
      • Perguntas Frequentes
    • Ouvidoria
  • Central de Conteúdo
    • Imagens
    • Vídeos
    • Publicações
    • Downloads
  • Composição
    • Superintendência-geral do IRD
    • Divisão de Emergências Radiológicas e Nucleares
    • Divisão de Metrologia
    • Divisão de Radioproteção
    • Divisão de Dosimetria Individual e Radioproteção na Saúde
  • Serviços
Redefinir Cookies
Redes sociais
  • Twitter
  • YouTube
  • Facebook
  • Instagram
Acesso àInformação
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 3.0 Não Adaptada.
Voltar ao topo da página
Fale Agora Refazer a busca