Versão para população
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Estatísticas
Estimativa de novos casos no Brasil para 2025: 73.610 (INCA, 2022)
Número de mortes no Brasil (C50): 20.165 (Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM, 2023).
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O que aumenta o risco?
O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos).
Outros fatores que aumentam o risco da doença são:
Fatores ambientais e comportamentais Fatores da história reprodutiva e hormonal Fatores genéticos e hereditários** Excesso de gordura corporal (obesidade e sobrepeso) Primeira menstruação antes de 12 anos História familiar de câncer de ovário Inatividade física* Não ter tido filhos Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos Consumo de bebida alcoólica Primeira gravidez após os 30 anos História familiar de câncer de mama em homens Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raios-X, mamografia, etc) Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2 Tabagismo - há evidências sugestivas de aumento de risco Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) Profissionais como cabeleireiro, operadores de rádio e telefone, trabalhadores noturnos, da indústria da borracha, plástico, química, refinaria de petróleo e manufatura de pvc tem maior risco de ter câncer de mama Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos * Para maiores informações, consulte o Guia de Atividade Física para a população brasileira (abre em outra janela) e as Recomendações para Prevenção e Controle de Câncer por meio da Atividade Física.
**A mulher que possui um ou mais fatores genéticos/hereditários apresenta risco elevado de desenvolver câncer de mama. Cabe ressaltar que apenas 5 a 10 % dos casos da doença estão relacionados a esses fatores.
Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.
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Como prevenir?
Cerca de 17% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
- Praticar atividade física
- Manter o peso corporal adequado
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
- Amamentar seu bebê
Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção contra o câncer.
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Sinais e sintomas
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo na mama em mulheres com mais de 50 anos.
- Nódulo na mama em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual.
- Nódulo na mama de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade.
- Saída espontânea de líquidos de um dos mamilos
- Lesão da pele da mama que não responde a tratamentos tópicos.
- Aumento progressivo do tamanho da mama
- Pele da mama com aspecto de casca de laranja.
- Retração na pele da mama.
- Mudança no formato do mamilo.
- Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.
É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
Em caso de permanecerem as alterações, elas devem procurar logo os serviços de saúde para avaliação diagnóstica.
A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas é fundamental para a detecção precoce do câncer da mama.
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Detecção precoce
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.
Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Ao identificar uma alteração suspeita e procurar logo um serviço médico para avaliar o risco de ser câncer, a mulher tem a chance de diagnosticar a doença em fase inicial. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
Além de estar atentas às mamas e procurar avaliação médica em caso de alterações suspeitas, o Ministério da Saúde recomenda a realização de mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) para mulheres entre 50 e 74 anos, a cada dois anos*. Essa recomendação sestá alinhada ao Código Latino-Americano e Caribenho contra o Câncer, respaldado pela IARC/OMS e OPAS.
Mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpada qualquer alteração nas mamas.
Importante: *Incluem-se também, na recomendação de mamografia de rastreamento, os homens trans e pessoas não-binárias assignadas no feminino ao nascer, que mantêm as suas mamas.
Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco e definição da conduta a ser adotada.
O rastreamento mamográfico populacional e o acesso oportuno ao tratamento contribuem para reduzir a mortalidade por câncer de mama. A mamografia de rastreamento tem benefícios, mas também alguns limites e riscos que devem ser conhecidos pelas mulheres:
- Benefícios:
- Encontrar o câncer no início e permitir um tratamento menos agressivo.
- Menor chance de a paciente morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.
- Riscos:
- Resultados incorretos:
- Suspeita de câncer de mama, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse, além da necessidade de outros exames.
- Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.
- Ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
- Exposição aos Raios X. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. Esse dado não deve desestimular as mulheres a se submeterem à mamografia, já que a exposição ao Raio X durante esse exame é muito pequena, tornando o método seguro para a detecção precoce.
A mamografia diagnóstica, exame realizado com a finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. Ainda assim, a mamografia diagnóstica não apresenta uma boa sensibilidade em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas, e o exame apresenta muitos resultados incorretos.
O SUS não restringe o acesso das mulheres com idade entre 40 e 49 anos e acima de 74 anos, sem sinais ou sintomas suspeitos, que desejarem realizar a mamografia de rastreamento por demanda, contanto que sejam orientadas, por profissionais de saúde, sobre os possíveis riscos e benefícios dessa prática.
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- Benefícios:
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Diagnóstico
Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.
A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de fragmentos do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.
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Tratamento
Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis. São vários subtipos de câncer de mama e cada um requer tratamento específico e individualizado.
O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo).
Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as características biológicas do tumor e as condições da paciente (idade, se já passou ou não pela menopausa, doenças preexistentes e preferências).
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
- Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
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Acompanhamento pós-tratamento
Com o término do tratamento, a paciente deve, nos 2 primeiros anos, passar por exame físico a cada seis meses e a avaliação por imagem mamária a cada ano. A primeira imagem deve ser realizada apenas 6 meses após o término da radioterapia nas pacientes submetidas a este tratamento.
Após os 2 primeiros anos, deve ser realizada avaliação clínica e por imagem anualmente para o diagnóstico precoce de um novo tumor primário na mama ou uma recidiva.
Outros exames de imagem devem ser solicitados de acordo com a queixa e a avaliação clínica para o diagnóstico precoce e oportuno de doença à distância (outros órgãos).
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