pontinhos_edicao_316.txt
Atualizado em
25/11/2022 15h19
pontinhos_edicao_316.txt
— 62 KB
Conteúdo do arquivo
<t->
<F->
?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*o
o
PONTINHOS o
o
Ano XLIX n.o 316 o
Julho-Dezembro de 2003 o
o
Instituto o
Benjamin Constant o
Diretora-Geral o
do IBC o
rica Deslandes o
Magno Oliveira o
Fundador de Pontinhos o
Prof. Renato o
M. G. Malcher o
Responsvel por o
Pontinhos o
Kate Q. Costa o
o
Imprensa Braille o
do IBC o
Av. Pasteur, 350-368 o
Urca, Rio de Janeiro, o
RJ -- Brasil o
CEP 22290-240 o
tel: (0xx21) 2543-1119 o
Ramal 145 o
Brasil um Pas de todos o
ieieieieieieieieieieieieieieo
<F+>
Sumrio
Seo Infantil
<F->
A Vov Conta Histrias:
O Patinho Feio :::::: 1
A Lenda do
Papagaio :::::::::::::: 4
A Cegonha e a
Raposa :::::::::::::::: 5
Divertimentos:
O que ,
o que ? :::::::::::::: 6
S Rindo ::::::::::::::: 9
Vamos Aprender:
Com G e com Jota um
Bocado de Lorota ::::: 11
Para voc Recitar:
O Mundo que
Imagino ::::::::::::::: 11
Zoologando:
O Chimpanz :::::::::: 12
Historiando:
O Pssaro do
Poente :::::::::::::::: 14
Seo Juvenil
O Vov Narra a Histria:
Helen Keller ::::::::: 18
El Libertador :::::::: 20
Conhecendo Nossos
Escritores :::::::::::: 21
Quando os Dentistas
Eram Barbeiros ::::::: 23
Justia ::::::::::::::::: 24
Nosso Brasil:
Bertioga :::::::::::::: 26
De Amor e de
Guerra :::::::::::::::: 28
Alhos e Bugalhos ::::::: 29
Curiosidades:
O Primeiro Salto de
Pra-Quedas :::::::::: 33
ltima Vontade ::::::::: 34
Ecoando:
O Deserto que Ali-
menta a Amaznia :::::: 35
Canhotos :::::::::::::::: 36
Operao Tartaruga ::::: 37
Conhecendo o Mundo:
Cores Sobre as Ci-
dades :::::::::::::::::: 38
Ponto Veloz :::::::::::: 42
Carroa Vazia :::::::::: 43
Ameno e Instrutivo:
Por que no Deserto a
temperatura oscila
tanto? ::::::::::::::::: 46
A Casa de Gelo :::::::: 47
Os Bedunos :::::::::::: 48
til Saber:
A Vida Assim ::::: 50
Festa de So
Roque ::::::::::::::::: 56
Smbolos Nacio-
nais ::::::::::::::::::: 57
Primavera ::::::::::::: 59
O Rdio :::::::::::::: 59
So Francisco de
Assis ::::::::::::::::: 61
O Avio :::::::::::::: 62
*Halloween* ::::::::::: 63
Eleies :::::::::::::: 64
O Soldado Desco-
nhecido :::::::::::::::: 65
Combate AIDS :::::: 66
Astronomia :::::::::::: 68
Almirante Taman-
dar ::::::::::::::::::: 70
O Prespio ::::::::::: 72
O Dicionrio Escla-
rece ::::::::::::::::::::76
Fontes de Pesquisa ::::: 79
Ao Leitor :::::::::::::: 79
::::::::::
<F+>
<T+1>
Seo Infantil
A Vov Conta Histrias
O Patinho Feio
Verso 2000
Era uma vez uma pata muito bonita e carinhosa. Passava o dia inteiro chocando seus ovos, esperando, ansiosa, o nascimento dos filhotes.
Mas a... tcham, tcham, tcham, tcham! Algum botou um ovo no seu ninho.
Dias depois nasceram os patinhos, lindos de morrer! E no meio da ninhada, um patinho diferente, to feinho que dava at pena.
Os patinhos bonitos que, diga-se de passagem, eram umas pestinhas, no paravam de implicar com o patinho feio. Passavam todo o tempo dando-lhe bicadas. No deixavam o coitadinho sossegado um instante.
Dona Pata, porm, o tratava com carinho. O senhor Pato, que era um bicho mais do que desconfiado, j estava
com a pulga atrs das penas, achando que era mais um marido enganado, que tinha sido passado para trs. Resolveu, ento, aconselhado pelo amigo Marreco, que adorava uma fofoquinha, contratar um dete-
tive.
O tempo foi passando e o patinho feio foi ficando lindo, alis muito mais bonito que os outros patinhos. E Dona Pata, como sempre, o cobria de carinhos.
O senhor Pato, cada vez mais desconfiado, no conseguia descobrir nada. J estava at achando que era coisa de algum pato espacial, uma espcie de E.T. do planeta Patox e outras bobagens assim.
Pensou em contratar o Galo Magnum, mas, como ele cobrava 500 mil gros de milho por um servicinho e o senhor Pato era po duro bea, resolveu procurar um detetive menos famoso.
O detetive contratado foi o Urubusservando que, apesar de menos famoso, rapidinho desvendou todo o mistrio.
Urubusservando convidou o patinho feio para dar uma voltinha e o levou a um lago onde uma poro de cisnes estava nadando. Um deles, olhando para o patinho feio, chamou-o:
-- Ol, *brother*! Venha aqui! Vamos entrar juntos na gua e nadar um pouquinho?
Ento o patinho feio compreendeu que ali estavam seus verdadeiros irmos, que ele no era um pato e sim um cisne e tratou de se enturmar.
Urubusservando foi voando levar a notcia para o senhor Pato que, muito arrependido, foi pedir perdo Dona Pata, com a cabea entre as penas.
Dona Pata no quis saber de papo. Pegou seus bagulhos e seus filhos, abriu a porta e se mandou.
Moral da histria: O Urubusservando se tornou o detetive mais badalado da Patolndia e, para acabar com esses mistrios que andam por a, j organizou at o esqua-
dro "Duro na queda". Se voc quiser contratar os servios do esquadro, s procurar Urubusservando na rua do Sobe e Desce, onde o nmero
<F->
desaparece.
<F+>
***
A Lenda do Papagaio
O papagaio era um indiozinho muito guloso, que comia sempre depressa, tudo que lhe caa nas mos: fruta verde ou madura, comida quente ou fria, boa ou ruim. Engolia sem mastigar, por isso vivia doente, amarelo e magrinho. Chorava com dores de barriga. Um dia, sua me assou na brasa as frutas de mangaba e o guloso, assim que ela se afastou, correu e comeu tudo.
-- Ai! Ai! Gritou o menino, tentando botar as frutas quentes para fora, sem conseguir.
Ento aconteceu que no pescoo, nas suas pernas, nos seus braos, enfim, em todo o seu corpo, comearam a nascer penas. De repente os braos viraram asas e os ps ficaram cobertos de escamas. Ele tinha se transformado numa ave que ningum conhecia na tribo. Os ndios correram todos para ver o menino que tinha virado ave, e ficaram encantados com o colorido verde e amarelo de suas penas, com o bico duro e recurvado, com os olhos pequenos e vivos.
Por ter sido gente antes de ser ave, que o papagaio sabe falar to bem, imitando com
<F->
perfeio a voz humana.
<F+>
***
A Cegonha e a Raposa
Fbula de Esopo
Um dia a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para jantar.
Mas preparou para a amiga uma poro de comidas moles, lquidas, que ela servia sobre uma pedra lisa.
Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforasse, s conseguia bicar a comida, machucando seu bico e no comendo nada. A raposa insistia para que a cegonha comesse, mas ela no conseguia, e acabou indo para casa com fome.
Ento a cegonha, em outra ocasio, convidou a raposa para jantar com ela.
Preparou comidas cheirosas e colocou em vasos compridos e altos, onde seu bico entrava com facilidade, mas o focinho da raposa no alcanava. Foi a vez da raposa voltar para casa desapontada e faminta.
Moral da histria:
Quem com ferro fere, com
<F->
ferro ser ferido.
<F+>
::::::::::
Divertimentos
O que , o que ?
<F->
1. Quando a lmina vira um
animal?
R: Quando voc l de trs
para frente.
2. Como que anda o bolso
do brasileiro?
R: E o bolso anda?
3. No tem dedos, tem anis
e corre sem ter ps?
R: A cobra.
4. Como os antigos navegavam
no escuro?
R: Com barcos a vela.
5. Qual a regra que serve ao
motorista, ao pedestre e ao
danarino?
R: No parar na pista.
6. O que acontece quando o
sapo e a sapa se beijam?
R: D sapinho.
7. O que que tem curso,
mas no sabe ler ou escre-
ver?
R: O rio.
8. Onde entramos pela frente
para deixarmos nossos fun-
dos?
R: No banco.
9. O que que anda melhor
amarrado?
R: O sapato.
10. O que que est sempre
vindo, mas nunca chega?
R: O amanh, porque, quando
chega, hoje.
11. Qual a diferena entre
a polcia e a igreja?
R: Na polcia, quem con-
fessa condenado; na igreja
absolvido.
12. O que foi que o traves-
seiro disse para o galo?
R: Eu tenho muita pena de
voc.
13. O que faz um jquei
quando comea a chover?
R: Tira o cavalinho da
chuva.
14. O que que quebra uma
parte do corpo sem fraturar?
R: O quebra-cabea.
15. O que que a gente per-
de e no pode falar pra nin-
gum?
R: A voz.
16. Por que, quando a gente
joga uma moeda pra cima, no
cai mais?
R: Por que que havia de
cair mais?
17. Qual o animal que, tro-
cando a #;a letra, alimen-
to?
R: Tatu -- Tutu.
18. O que que se v
uma vez em um minuto e duas
vezes em um momento?
R: A letra M.
19. Qual o pas que passa o
caf?
R: Equador.
20. Caminha com quatro ps,
mas no anda. O que ?
R: Cama pequena.
<F+>
***
S Rindo
Doca um garoto muito guloso. mesa, na hora do lanche, depois de ter comido como um esmeril, voltou-se para a sua me:
-- Me, me d mais bolo?
-- Oh, Doca, ser que no chega de comer? Com mais um pedao de bolo voc vai estourar!
-- No faz mal, me. Me d o bolo para eu comer e sai de perto...
Explica a professora:
-- A baleia, apesar de seu descomunal tamanho, um mamfero que s se alimenta de sardinhas.
O aluno pergunta:
-- E como ela abre as latas, professora?
A me:
-- Pra que voc quer o dinheiro?
Juquinha:
-- Pra dar a um velhinho.
A me:
-- Muito bem! E quem esse velhinho?
Juquinha:
-- aquele que grita: "Olha a pipoca quentinha!"
A garotinha experimenta, pela primeira vez, uma coalhada:
-- Me, eu acho que essa
<P>
<F->
vaca ainda no est madura!
<F+>
::::::::::
Vamos Aprender
Com o G e com o Jota
um Bocado de Lorota
Ruth Rocha
<F->
Viajar e viajante
com jota, j se v
Mas viagem, viageiro,
Se escrevem com a letra g.
Fugiu se escreve com g,
Mas fujo com jota .
Assim, rugir com g,
Mas rujo, tome cuidado,
tempo que no usado,
Nem com jota, nem com g.
Pois s quem ruge Leo.
Gente no ruge no.
<F+>
::::::::::
Para Voc Recitar
O Mundo que Imagino
Maria Dinorah
<F->
O mundo que imagino
tem fita no cabelo.
Olhar de vaga-lume,
sabor de caramelo.
Tem macaco e pantera
andando de balo.
Tem um sapo encantado
tocador de violo.
E por todos os cantos
tem aquela janela
que era minha e era tua
e era dele e era dela.
um sucesso esse mundo
que vivo imaginando.
E por ele, h uma fila
de meninos esperando.
<F+>
::::::::::
Zoologando
O Chimpanz
Os chimpanzs so muito amigos uns dos outros, esto sempre se ajudando no Jardim Zoolgico ou na frica, que a terra deles. So tambm amigos dos tratadores: abraam e beijam o tratador camarada.
Mas no gostam de implicncias nem de caoadas. Se antipatizam com as pessoas, atiram em cima delas tudo o que podem. Quando um chimpanz se assusta ou se zanga, d um grito. E a todos os chimpanzs da jaula atacam o inimigo.
Na floresta, os chimpanzs fogem dos homens. Andam em geral em grupo e fazem, s vezes, uma barulheira terrvel. De noite preparam camas de folhagem em cima das rvores, e se cobrem com folhas para no sentirem frio. Acordam e se levantam depois que o sol aparece. Logo que chega a noite, vo arrumar novas camas. Os filhotes aprendem a construir camas com os chimpanzs mais velhos. Os filhotes de chimpanz tm de aprender quase tudo, como filho de gente.
Com uns dois anos o chimpanz rapazinho ou mocinha. Com uns oito, pode casar. Nos ltimos anos de vida, vive em geral uns trinta a quarenta anos, vira ranheta e zangado.
Um chimpanz adulto pode medir um metro e meio, ou mais.
O chimpanz enxerga perfeitamente, inclusive cores. Sente muito bem os gostos, as formas, os cheiros. Ouve melhor que a gente, percebe sons que a gente no percebe. Ri s gargalhadas. Solua alto, mas no chora lgrimas. Gosta de ter sempre o que fazer, e no faz muito tempo a mesma
<F->
coisa.
<F+>
::::::::::
Historiando
O Pssaro do Poente
Uma Lenda Japonesa
Adaptao de Sylvia Manzano
Esta lenda, acontecida muito tempo atrs, comea numa manh de inverno, quando um jovem socorre uma cegonha que havia sido atingida por uma flecha. Sendo humilde, bom e trabalhador, fica comovido com o profundo olhar de gratido da cegonha, antes de ela alar vo para os ares.
Dias depois, j a avanadas horas da noite, algum bate sua porta. Uma linda e delicada moa, que havia se perdido no caminho devido ao mau tempo, vem lhe solicitar abrigo por apenas uma noite.
Imediatamente acolhida pelo bondoso rapaz, ela vai se aquecer ao p do fogo que crepitava alegremente na lareira. E, como o inverno era muito rigoroso, a moa foi ficando. Preparava deliciosas refeies.
Conversando muito, um se sentindo alegre na companhia do outro, acabaram-se apaixonando. E resolveram se casar.
Quando chega a primavera, a jovem esposa faz um pedido ao marido:
-- Gostaria de possuir um tear. Voc poderia vender na cidade os tecidos que eu fizesse.
Com prontido, seu pedido foi atendido. Construdo o quarto do tear, a mulher avisou que se trancaria durante trs dias para realizar sua tarefa e imps uma condio ao marido:
-- Jamais voc dever olhar, enquanto eu estiver tecendo.
Curiosssimo, o marido esperou os trs dias passarem e ficou maravilhado com o tecido que a mulher trazia nas mos.
A delicadeza das estampas e a leveza do pano imediatamente atraram um comprador, que por ele pagou vrias dezenas de moedas de ouro.
O homem voltou correndo para casa, trazendo as boas novas para a esposa, que prometeu tecer outro pano no dia seguinte.
Repetindo a recomendao, de que jamais poderia ser observada, a mulher trancou-se novamente no quarto.
Quando saiu, com um trabalho ainda mais deslumbrante que o primeiro, estava plida e abatida. O marido nada percebeu, ansioso que estava pelo tilintar das moedas de ouro em seu bolso.
Pela terceira vez, ela se trancou no quarto, repetindo a mesma recomendao. Mas, desta vez, o marido no resistiu. A curiosidade dominou seu corao e ele foi espiar pelo buraco da fechadura, tratando de aquietar sua conscincia:
-- Que mal poder fazer uma olhadinha apenas?
Assim pensou e assim fez. L dentro viu uma cegonha frente ao tear, arrancando suas prprias penas para entreme-las aos fios e compor os desenhos.
Ao final do terceiro dia, trazendo nas mos o tecido acabado, a mulher disse, com muita tristeza no olhar e na voz:
-- Sou aquela cegonha salva por voc na neve. Voltei transformada em mulher, para agradecer aquele seu ato de amor espontneo e desinteressado. Agora que voc j sabe de tudo, no posso continuar vivendo aqui.
As splicas e rogos do marido, de nada adiantaram. Ele viu, por entre as lgrimas, uma cegonha magra e j quase sem penas, voando com muita determinao, em direo ao
<F->
poente.
<F+>
::::::::::
Seo Juvenil
O Vov Narra a Histria
Helen Keller
Helen nasceu em Tuscumbia, Alabama, nos Estados Unidos, no dia 27 de junho de 1880. Ela ficou cega-surda aos 19 meses devido a uma febre cerebral.
Tinha seis anos quando Graham Bell -- o inventor do telefone -- a conheceu. Bell, que tinha a me surda, era casado com Mabel Hubbard, tam-
bm surda, e era professor de surdos, possibilitou que a famlia de Helen entrasse em contato com escola Perkins que enviou cidade em que eles moravam uma jovem de 20 anos, Anne Sullivan, para ensinar a Helen.
Sullivan sabia que seu trabalho necessitaria de muita coragem, pacincia e perseverana; e a primeira coisa que ensinou a Helen foi a linguagem das mos. Aos poucos, ela aprendeu os alfabetos Braille e manual, facilitando sua aprendizagem para escrever e ler.
Ao atingir 10 anos de idade, conseguiu aprender a falar e, em 1904, com 24 anos, doutorou-se em filosofia, no Radcliffe College. Proferiu muitas conferncias, revelando-se uma lio viva de coragem e de amor ao prximo.
Escreveu sua autobiografia "A Histria de Minha Vida" e diversas outras obras. Tam-
bm criou vrias instituies de proteo e reeducao dos cegos-surdos. Escrevia corretamente em ingls, francs e alemo. Foi doutora *honoris causa* por duas universidades norte-americanas.
Helen esteve no Brasil, em 1953, ocasio em que recebeu muitas homenagens e realizou muitas palestras e visitas, a vrios Institutos e Fundaes para cegos, inclusive o IBC.
<F->
Helen faleceu aos 88 anos
de idade, no ano de 1968.
<F+>
***
El Libertador
Como todo rapaz rico, antes e depois dele, o herdeiro de cafezais venezuelanos, Simon Bolvar foi passear pela Europa. L, em 1799, ins-
pirado em Voltaire, Locke e Rousseau, o jovem idealista decidiu que libertaria sua terra natal do jugo espanhol que j durava 300 anos. Seu sonho? Uma "sociedade de naes irms fortes o bastante para resistir s agresses estrangeiras". Estimulado pela invaso napolenica da Espanha em 1810, Bolvar -- que logo se tornaria famoso como libertador do norte da Amrica do Sul -- desencadeou uma srie de campanhas ferozes. Em 1821 libertou a Venezuela. Nos quatro anos seguintes expulsou os espanhis do
Equador, do Peru, da Colmbia e da Bolvia. Sua "Gran Colombia" no durou muito. Veio a guerra civil e a Venezuela separou-se em 1829.
El Libertador, porm, deixou marca indelvel na regio, estabelecendo um padro para as modernas democracias da
<F->
Amrica Latina.
<F+>
***
Conhecendo nossos
Escritores
Jos Martiniano de
Alencar (1829-1877) nasceu na cidade de Mecejana, no
Cear. Desde cedo, aprendeu a gostar de ler -- a ss ou em voz alta -- nos seres familiares, quando, atravs dos mais diferentes tipos de textos, desenvolveu mais a sua imaginao, j sendo ele, por natureza, uma pessoa imaginativa, sentimentalista e taciturna.
Desde os 13 anos, j se dedicava narrativa histrica, sempre se aplicando em aumentar a sua cultura literria. Leu sempre os grandes autores estrangeiros, os romances famosos, os historiadores, os cronistas brasileiros, etc. Concludo o curso jurdico em Olinda, fixou residncia no Rio de Janeiro, onde passou a exercer a advocacia e a escrever para a imprensa. A partir de 1851, comeou a fase mais intensa da produo intelectual de Jos de Alencar. Teve participao na poltica nacional como deputado-geral pelo Cear e ministro da justia. Em 1857 publicou "O Guarani", romance histrico que obteve grande sucesso e popularidade quela poca e sempre. Outras obras do escritor: Cinco Minutos (1860); Lucola (1862); A Pata da Gazela (1870); Se-
<F->
nhora (1875).
<F+>
::::::::::
Quando os Dentistas
Eram Barbeiros
Alguns de nossos antepassados apelavam para mtodos esquisitos. Manuscritos do sculo I sugeriam caar uma r em noite de lua cheia e cuspir dentro de sua boca, pedindo que levasse embora a dor. Mas havia outras opes para quem desconfiasse dessa tcnica. Certos mdicos prescreviam compressas quentes, lavagens bucais e aplicaes de vapor. Na China do sculo II usava-se o elemento qumico arsnio, at hoje empregado em compostos medicinais. Ele provavelmente matava o miolo do dente, acabando com a dor. Foram os chineses que, por volta do ano 600, desenvolveram as ligas metlicas usadas em obturaes. Os antigos americanos tambm tinham suas tcnicas. Uma arcada dentria de 1000 anos encontrada no sudoeste dos Estados Unidos, mostra um dente cuidadosamente perfurado na tentativa de retirar a parte danificada.
No sculo XII, surgiram, na Europa, os cirurgies-barbeiros. Na poca a medicina era praticada principalmente nos monastrios. Os barbeiros iam cortar os cabelos dos monges e acabavam aprendendo tcnicas cirrgicas. Foram esses profissionais, peritos em extraes, que se transformaram nos dentistas que conhe-
<F->
cemos hoje.
<F+>
::::::::::
Justia
Por que a justia representada de olhos vendados, com balana e espada nas mos?
A venda um smbolo de imparcialidade: significa que ela no faz distino entre aqueles que esto sendo julgados. A balana indica equilbrio e ponderao na hora de pesar, lado a lado, os argumentos contra e a favor dos acusados. A espada um sinal de fora. "A arma implica que a Justia no pede aos que esto brigando que aceitem sua deciso. Ela tem de ser imposta, mesmo porque inevitavelmente descontentar um dos dois lados em conflito."
A Justia associada a figuras femininas desde a antigidade. A deusa egpcia Maat, cujo nome deu origem palavra "magistrado", muitas vezes era retratada com uma espada na mo. Na Grcia, o papel cabia a Tmis, que j trazia uma balana na mo direita. Em sua verso romana, batizada *Justitia*, a mesma deusa passa a trazer tambm a espada e a venda nos olhos. Para completar, a balana e a espada tambm so instrumentos de So Miguel, o arcanjo justiceiro, que, apesar de j fazer parte da tradio judaica, passou a ser retratado assim nos primeiros sculos do
<F->
cristianismo.
<F+>
::::::::::
Nosso Brasil
Bertioga
A cidade de Bertioga, no litoral de So Paulo, testemunhou relevantes fatos da histria nacional. Vestgios de sua origem indgena, da chegada dos portugueses ao Brasil e da catequizao feita pelos jesutas Manoel da Nbrega e Padre Anchieta, espalham-se pelas praias da regio.
Bertioga guarda at hoje, no interior do Forte So Joo, lembranas dos tempos antigos. Os moradores orgulham-se em dizer que o forte -- que serviu para a proteo das vilas de Santos e So Vicente nos sculos XVI e XVII -- o "mais antigo do Brasil". A construo, que enfeita a Praia da Enseada, foi erguida em madeira, em 1532. Destruda por um incndio durante uma revolta indgena, foi reconstruda em alvenaria em 1547. Atualmente, o forte est aberto visitao. Em uma de suas salas h uma oca indgena, com rplicas de ndios em tamanho natural; e, do outro lado, armamentos utilizados pelos portugueses naquela poca, como canhes de murada e espadas, entre outros.
Mas quem preferir conhecer mais a fundo a origem indgena de Bertioga -- o nome, inclusive, uma variao de Buriquioca, palavra indgena que significa morada dos macacos buriquis -- pode visitar, com prvia autorizao da FUNAI, a Aldeia do rio Silveira, habitada por cerca de 300 ndios tupi-guaranis.
Outra viagem no tempo o passeio Vila de Itatinga, onde at hoje funciona a Usina Hidreltrica de Itatinga, de 1910.
No s de histria vivem os moradores de Bertioga. Os turistas que aportam na cidade podem aproveitar 33 quilmetros de praias, alm de uma infinidade de trilhas que levam a cachoeiras, rios e piscinas naturais. Um brinde natureza!
Uma das trilhas mais pitorescas, com mdia de quatro horas de durao, a que leva Prainha Branca, de guas calmas e lmpidas, que fica do outro lado do Canal de Bertioga onde h aluguel de barcos para pesca. Pela trilha, chega-se s runas da Ermida de Santo Antnio do Guaib e da Armao das Baleias, sem falar da deslumbrante vis-
<F->
ta do mar aberto.
<F+>
::::::::::
De Amor e de Guerra
A cidade de Tria vivia seu apogeu quando Pris, filho do rei, se apaixonou por Helena. Foi o suficiente para a cidade ser destruda. A moa era casada com o rei grego Menelau. Para ficar com ela, Pris teve que rapt-la. Isso deu incio a um conflito de dez anos, entre os sculos XIII e XII a.C. No final, os gregos conseguiram enganar os troianos. Deixaram porta de seus muros fortificados um imenso cavalo de madeira. Os troianos, felizes, com o presente, puseram-no para dentro. noite, os soldados gregos que estavam escondidos dentro do corpo oco do cavalo, saram e abriram as portas da fortaleza para a invaso.
Alm de recuperar a raptada, arrasaram a cidade e mataram
<F->
todos os seus habitantes.
<F+>
::::::::::
Alhos e Bugalhos
difcil acreditar, mas tanto o alho como a cebola so membros da famlia dos lrios, ambos so o bulbo da planta. Conhecidos desde a antigidade, eles tm sido usados como temperos e tambm como remdio. Um livro egpcio de cerca de 1550 a.C. menciona o alho em 22 frmulas mdicas. Ele era recomendado contra dores de cabea, mordidas, picadas de animais, vermes intestinais, tumores e doenas do corao.
J a cebola utilizada na China em forma de ch para curar dores de cabea, febre e doenas infecciosas e mortais como clera e disenteria. O "choro", que ocorre ao se cortar esse alimento, causado por uma enzima que reage com uma substncia da cebola, e quando voc pica a cebola,
<F->
seus olhos ardem e lacrimejam.
<F+>
::::::::::
Sem Palavras
Mos juntas a Rezar -- Esse gesto simboliza contemplao a Deus e pode ter-se originado da maneira como os hindus cumprimentam as pessoas -- mos juntas prximas ao peito, com a cabea baixa. Outra verso diz que elas so a forma estilizada do fiel cobrir o rosto com as mos, como se no fosse digno de olhar para Deus ao rezar.
Continncia -- Apareceu na Idade Mdia e tem origem no gesto que os cavaleiros faziam para se identificarem entre si. Eles seguravam as rdeas dos cavalos com a mo esquerda e usavam a direita para levantar a viseira de suas armaduras, podendo ver quem se aproximava.
Figa -- A figa feita com os dedos mdio e indicador cruzados vem dos tempos da perseguio aos cristos, sculo I ao IV. O gesto era uma tentativa de se fazer uma cruz sem atrair a ateno.
Positivo -- A explicao mais conhecida vem da Roma Antiga. O smbolo era usado pelos imperadores para decidir a sorte dos gladiadores: o polegar para cima significa perdo e, para baixo, a punio com a morte. Mas, na verdade, houve uma distoro dos termos em latim quando os gestos foram descritos. Para poupar o lutador, ele simplesmente mostrava a mo fechada e, para mat-lo, mostrava o polegar em qualquer direo. A verso errnea ficou popular porque associamos o bem com tudo que est para cima e o mal com o que est para baixo, como o cu e o inferno.
"V" da Vitria -- Foi inventado pelo publicitrio belga Victor de Lavalaye, em 1941. Ele estava procurando um smbolo para a resistncia ocupao nazista e resolveu adotar o V, que representava a palavra vitria no s em ingls, *victory*, mas tambm em francs, *victoire* e flamengo *vrijheid*. O gesto foi imortalizado pelo primeiro ministro ingls Winston Churchill, que passou a
<F->
us-lo em aparies pblicas.
<F+>
::::::::::
<P>
O Primeiro Salto
de Pra-Quedas
Os chineses, no sculo XIV, j faziam experincias com pra-quedas. Mas o primeiro ser humano a saltar, com sucesso, foi o francs Andr Jacques Garnerin, que nasceu em Paris, em 1769.
J em 1765, outro francs, Jean Pierre Blanchard, tinha tentado, mas colocando um cachorro num cesto preso a um pra-quedas. Com Andr foi diferente. No dia 22 de outubro de 1797, ele mesmo saltou de pra-quedas de uma altura de mil metros. Repetiu a faanha na Inglaterra, saltando de 2.700 metros de altura.
O pra-quedas usado era do tipo "guarda-chuva", feito de lona branca e medindo mais ou menos sete metros de dimetro. Os saltos eram feitos de bales.
O primeiro salto de um avio foi realizado por Albert Berry, que pulou de mil metros de altura, em 1912.
O pra-quedas composto de um velame; de linhas de suspenso que so fixadas nas bordas do velame; de quatro tirantes onde os cordames vo unir-se e sustentam a pessoa ou carga a ser lanada. O velame e os cordames so feitos de fibras fortes e leves como a seda e o nilon. Alm disso, tm as fivelas, as correias e os cintos que seguram o pra-quedista. O velame e os cordames so dobrados, dentro de um invlucro que, por sua vez, fechado por um cabo fino, geralmente de ao, que quando puxado, abre o invlucro e o vento se encarrega
<F->
de abrir o pra-quedas.
<F+>
::::::::::
ltima Vontade
Aconteceu h muito tempo, em Nuremberg, Alemanha. O conde Von Gallingen havia sido condenado a morrer na forca. Quando chegou o momento da execuo, perguntaram-
-lhe, como de costume, qual era seu ltimo desejo. O conde respondeu que desejava montar, pela ltima vez, seu cavalo favorito. Mandaram buscar o animal, e o conde o montou. No mesmo instante, o cavalo partiu como um raio, conseguindo abrir caminho entre um regimento, pulou o muro da cidade, caindo no fosso que o circundava, trinta metros abaixo. Nadou. Saiu do fosso e continuou num tremendo galope. Nunca mais conseguiram pegar o conde. Os dois, cavalo e dono, saram dessa proeza
<F->
sem nenhum arranho.
<F+>
::::::::::
Ecoando
O Deserto que
Alimenta a Amaznia
Voc sabia que o deserto do Saara nutre a floresta, amaznica? Foi exatamente o que apuraram pesquisadores das Universidades da Virginia e New Hampshire, nos EUA. Eles afirmam que todo ano, cerca de 13 milhes de toneladas de poeira com nutrientes vitais ao solo amaznico, nitratos, fosfatos, etc. so levados do Saara para a floresta devido a uma srie de ventos tempestuosos aparentemente muito bem orquestrados pela natureza. A poeira desce para o solo carregada pela chuva, principalmente na rea
<F->
do rio Negro.
<F+>
::::::::::
Canhotos
Um estudo mostra que os canhotos trabalham mais o lado direito do crebro; logo, seriam mais geis, exatos, emotivos e sensveis. Exemplos de canhotos famosos:
No esporte: Pel,
Romrio, Ayrton Senna, Martina Navratilova.
Na pintura: Rafael, Da Vinci, Michelangelo,
Picasso.
Na msica: Beethoven,
Jimi Hendrix, e os *beatles* Paul McCartney e Ringo
Star.
Na literatura: Goethe, Baudelaire, Mark Twain, Machado de Assis.
Na filosofia: Aristteles, Nietzsche.
Na cincia: Newton, Neil Armstrong, Einstein.
No cinema: Shirley
<F->
McLane, Charles Chaplin.
<F+>
::::::::::
Operao Tartaruga
Bilogos, oceangrafos e pesquisadores trabalham duro para preservar as cinco espcies de tartarugas marinhas que desovam nas praias brasileiras.
Durante toda a sua existncia, que pode chegar a 100 anos, a tartaruga marinha s sai terra firme para desovar. Numa visita noturna, ela procura um local mais seco na areia, para proteger seus ovos da mar salgada. Se algum estranho est por perto, a me zelosa volta para a gua. Mais tarde, talvez at em outro dia, sentindo-se segura, ela arrasta, de novo, seus duzentos quilos pela praia e comea a cavar o ninho com suas
<F->
nadadeiras traseiras.
<F+>
::::::::::
Conhecendo o Mundo
Cores Sobre as Cidades
O frescor do branco, a aridez do marrom, a paz do azul, a melancolia do cinza cobrem vilas, aldeias e metrpoles e despertam vivas sensaes.
No passado, as tonalidades da pedra, da areia, do barro e do mrmore marcaram fortemente a identidade de civilizaes como a egpcia e a grega. Ainda hoje, a cor que predomina numa cidade, nos toca imediatamente o corao, ela nos fala mais da vibrao de um lugar do que a lngua ou os hbitos.
A cor na arquitetura tambm faz parte da tradio de um povo.
Jodhpur, ndia -- Basta um olhar minucioso para descobrir a riqueza e a variedade de tons que tingem as casas da Cidade Azul. A cor, usada como smbolo pelos brmanes, a casta indiana mais alta, cobre a aldeia como um manto de tranqilidade e refresca suas ruelas do vento quente que sopra do deserto do Rajasto.
Jerusalm, Israel -- quase possvel sentir os milnios de histria impregnados nas paredes de pedra amarela da Cidade Dourada, que os antigos consideravam o centro do Universo. Os edifcios modernos so obrigados por lei a serem revestidos de calcrio, abundante no deserto da Judia, o mesmo material usado no tempo de Jesus Cristo.
Santorini, Grcia -- Nas cidades das ilhas gregas, as casas espalham a luminosidade do branco sobre as encostas dos penhascos. Contrastando com o azul profundo do oceano, as paredes caiadas refrescam as moradias, especialmente no alto vero do mar Mediterrneo, e proporcionam a sensao de paz e tranqilidade.
So Paulo, Brasil -- Dizem que o corao dos paulistanos fica oprimido entre tanto cinza dos prdios de concreto, escurecidos pela poluio. Esse material, verstil e fcil de moldar, deu a cara da cidade desde que ela comeou a crescer para o alto, nos anos 50, por meio de edifcios como o Copan, projetado por Oscar Niemeyer.
At Ben Haddou, Marrocos -- A vida nessa pequena aldeia transcorre to simples, quente e seca como o marrom das paredes feitas de barro e palha. Sua beleza monocromtica e o famoso *casb*, mistura de forte e castelo, do mesmo nome, fizeram da vila o cenrio de grandes produes do cinema.
Florena, Itlia -- Mil matizes de amarelo, ocre e terracota colorem edifcios e casas nessa cidade da regio da Toscana, que foi bero do Renascimento, movimento artstico dos sculos XV e XVI. As fachadas desbotadas pelo tempo parecem lembrar a todo instante que pelas ruas estreitas caminharam artistas como Michelangelo, Leonardo da Vinci e Botticelli.
Marechal Deodoro, Brasil -- Singelas e alegres, as multicoloridas casas coloniais tocam o corao. So lembranas de um Brasil do passado, cujos vestgios ainda permanecem em cidades como esta, a primeira capital de Alagoas. As fachadas eram pintadas com tinta base de gua e cal, que ganhavam cor com a adio de terras ou pigmentos vege-
<F->
tais, como o anil.
<F+>
::::::::::
<P>
Ponto Veloz
Em tempo recorde a mquina de costura vestiu os exrcitos na Guerra de Secesso americana e coseu as asas dos primeiros aeroplanos. Em 1830, quando o alfaiate francs Barthlemy Thimonnier patenteou a primeira dessas mquinas, poucos colegas vislumbraram benefcios para a classe. Sentiram-se ultrapassados: o aparelho dava 200 pontos por minuto, quando um homem s conseguia trinta. Em 1841, destruram a loja de
Thimonnier em Paris. O mrito de automatizar a indstria do vesturio, ficaria ento com o filho de um imigrante alemo nos Estados Unidos. Em 1851, Isaac Merritt Singer aperfeioou um projeto anterior de Elias Howe e, em 1856, tornou a mquina de costura acessvel, ao oferecer o primeiro plano de pagamento a prestao. Com a entrada de 5 dlares, levava-se uma mquina de 125 dlares, paga por ms, com juros.
A "costureira de ferro" permitiu a criao da indstria de roupas prontas: uma mulher podia vir pela Quinta Avenida em Nova Iorque e -- que horror! -- encontrar outra com um vestido igual. Se o *prt--porter*, em francs pronto para vestir, libertou quem tinha poder de compra, escravizou mulheres e crianas nas fbricas. Apesar da criao, em 1900, do Sindicato Internacional das Trabalhadoras em vesturio feminino, as roupas so acessveis hoje, graas no s Singer mas tambm s pessoas do mundo inteiro que trabalham em suas mquinas por salrios irris-
<F->
rios.
<F+>
::::::::::
Carroa Vazia
Uma das grandes preocupaes de nosso pai, quando ramos pequenos, consistia em fazer-nos compreender o quanto a cortesia importante na vida.
Por vrias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hbito, que tm certas pessoas, de interromper a conversa quando algum est falando. Eu, especialmente, incidia muitas vezes nesse erro. Embora visivelmente aborrecido, ele, entretanto, nunca ralhou comigo por causa disso, o que me surpreendia bastante.
Certa manh, bem cedo, ele me convidou para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pssaros. Concordei com grande alegria e l fomos ns, umedecendo nossos calados com o orvalho da relva. Ele se deteve em uma clareira e, depois de um pequeno silncio, me perguntou:
-- Voc est ouvindo alguma coisa alm do canto dos pssaros?
Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:
-- Estou ouvindo o barulho de uma carroa que deve estar descendo pela estrada.
-- Isso mesmo... Disse ele. uma carroa vazia...
De onde estvamos no era possvel ver a estrada e eu perguntei admirado:
-- Como pode o senhor saber que est vazia?
-- Ora, muito fcil saber que uma carroa vazia. Sabe por qu?
-- No! Respondi intri-
gado.
Meu pai ps a mo no meu ombro e olhou bem no fundo dos meus olhos, explicando:
-- Por causa do barulho que faz. Quanto mais vazia a carroa, maior o barulho que faz.
No disse mais nada, porm deu-me muito em que pensar.
Tornei-me adulto e, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa de todo mundo, ou quando eu mesmo, por distrao, vejo-me prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impresso de estar ouvindo a voz de meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando:
-- Quanto mais vazia a carroa, maior o barulho que
<F->
faz!
<F+>
::::::::::
Ameno e Instrutivo
Por que no Deserto a tem-
peratura Oscila tanto?
Isso ocorre porque o ar dos desertos, com sua baixssima umidade, no consegue reter o calor recebido durante o dia. Normalmente, o vapor da gua em suspenso na atmosfera funciona como uma espcie de garrafa trmica, acumulando calor para a noite. Como o ar do deserto muito seco, praticamente toda a energia trmica se perde aps o pr-do-sol. Alm disso, a areia s absorve calor numa camada muito fina, o que faz o solo se resfriar em bem pouco tempo. assim que, com o cair da noite, sem nenhuma reserva de calor, a temperatura pode desabar de trridos 40 graus para
<F->
siberianos 10 negativos.
<F+>
::::::::::
A Casa de Gelo
Nos meses menos frios do ano, os esquims vivem em tendas. No inverno, no poderiam adotar o mesmo tipo de habitao. Precisavam de um abrigo que os protegesse contra o intenso frio; e descobriram um material excelente para constru-lo: o gelo.
Construir uma casa de gelo, ou iglu, tarefa que exige apenas duas horas e dois homens. Um dos homens corta blocos de gelo, utilizando uma faca de osso, marfim ou metal. D aos blocos uma forma ligeiramente curva. O outro os vai empilhando adequadamente. Um iglu tem, geralmente, 4 metros de dimetro e 3 metros de altura.
Alguns esquims abrem no teto do iglu um pequeno buraco e cobrem-no com tripa de foca. Da foca retiram ainda a pele, seja para cobrir as paredes internas, seja para manter aquecido o interior do iglu.
Recentemente, foram projetados alguns iglus de matria plstica. A luz penetra neles atravs de uma tampa de vidro transparente. Esses iglus protegem completamente contra o rigoroso frio da regio, onde os ventos gelados sopram a uma velocidade de 180 quilmetros por hora. Ser que os esquims acabaro preferindo-os ao seu tradicional iglu
<F->
de gelo?
<F+>
::::::::::
Os Bedunos
Os bedunos so um povo nmade agrupado em tribos de at cinqenta pessoas. O lder em geral, tem quatro ou cinco esposas. Cada esposa possui vinte ovelhas e algumas cabras. H tendas separadas para homens e mulheres, assim como trabalhos, obrigaes, e at bebidas: caf para os homens e ch para as mulheres. Cada tribo esgota os recursos de um local antes de ir para outro e, por causa da escassez de lugares, as invases de territrio por outras tribos no so bem vistas nem facilmente esquecidas.
O lder s mata os animais em ocasio especial ou em sacrifcios.
A matria-prima das tendas a l de carneiro tecida pelas mulheres.
Quem cuida dos rebanhos so os filhos menores.
Os mortos so enterrados somente com duas pedras, marcando cada extremidade da sepultura.
Os bedunos geralmente se alimentam de verduras, trigo, gro-de-bico, favas, hortel e frutas como tmara e sabra.
As mulheres cozinham e cada filha ajuda de acordo com a idade. Todos os dias, o lder escolhe qual esposa vai fazer
<F->
a comida
<F+>
::::::::::
til Saber
A Vida Assim
Um dia, quando eu era um calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros. Pensei: "Por que algum iria levar para casa todos os seus livros numa sexta-feira? Ele deve mesmo ser um C.D.F." Eu j tinha meu final de semana planejado: festas e um jogo de futebol com meus amigos, sbado de tarde; ento dei de ombros e segui meu caminho. Conforme eu ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo na direo de Kyle. Eles o atropelaram, arrancando todos os seus livros de seus braos e empurrando-o, de forma que ele caiu no cho. Seus culos voaram, e eu os vi aterrissarem na grama alguns metros de onde ele estava. Ele ergueu o rosto e vi a terrvel tristeza em seus olhos. Meu corao se penalizou por ele. Ento corri at ele, enquanto ele engatinhava, procurando por seus culos, e pude ver uma lgrima em seu olho. Enquanto lhe entregava os culos eu disse: "Aqueles caras so uns babacas. Eles realmente deviam arrumar o que fazer." Ele olhou para mim e disse, "Ei, obrigado!". Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratido. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava. Por coincidncia, ele morava perto da minha casa; ento perguntei como nunca o havia visto antes. Respondeu que antes ele freqentava uma escola particular. Ns conversamos por todo o caminho de volta para casa, e carreguei seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal. Perguntei se ele queria jogar futebol no sbado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Ns ficamos juntos por todo o final de semana e, quanto mais eu conhecia Kyle, mais eu gostava dele. E meus amigos pensavam da mesma forma. Chegou a segunda-feira, e l estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez. Eu o parei e disse: "Diabos, rapaz, voc vai ficar realmente musculoso carregando uma pilha de livros assim todos os dias!" Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros.
Pelos prximos quatro anos Kyle e eu nos tornamos os melhores amigos. Quando estvamos nos formando comeamos a pensar na Faculdade. Kyle decidiu ir para Georgetown, e eu ia para a Duke. Eu sabia que seramos sempre amigos, que a distncia nunca seria um problema. Ele seria mdico, e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C.D.F. Ele teve que preparar o discurso de formatura. Eu estava supercontente em no ser eu quem deveria subir ao palco e discursar. No dia da formatura eu vi Kyle. Ele estava timo. Era um daqueles caras que realmente se encontraram durante a escola. Ele estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparncia, mesmo usando culos. Ele saa com mais garotas do que eu, e todas as meninas o adoravam! s vezes eu at ficava com inveja. Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso por causa do discurso. Ento dei um tapinha nas costas dele e disse: "Ei, garoto, voc vai se sair bem!" Ele olhou para mim com aquele olhar, aquele olhar de gratido, e sorriu. "Valeu", ele disse. Quando subiu ao palco, ele limpou a garganta e comeou o discurso: "A formatura uma poca para agradecermos queles que ajudaram voc durante estes anos duros. Seus pais, seus professores, seus irmos, talvez at um treinador... mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para algum o melhor presente que voc pode lhes dar. Eu vou contar uma histria." Olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar, enquanto ele contava a histria sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana. Contou a todos como ele havia esvaziado seu armrio na escola, para que sua Me no tivesse que fazer isso depois que ele morresse, e estava levando todas as suas coisas para casa. Ele olhou diretamente nos meus olhos e me deu um pequeno sorriso. "Felizmente eu fui salvo. Meu amigo me salvou de fazer algo inominvel." Eu observava um n na garganta de todos na platia, enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu "momento" de fraqueza. Vi sua me e seu pai olhando para mim e sorrindo com aquela mesma gratido. At aquele momento, eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia. Nunca subestime o poder de suas aes. Com um pequeno gesto voc pode mudar a vida de uma pessoa para melhor ou para pior. Deus nos coloca a todos nas vidas uns dos outros. Procure o bem nos outros. Amigos so anjos que nos deixam em p quando nossas asas tm problemas em se lembrar de como voar.
<F->
Dia do Amigo -- 20 de
Julho.
<F+>
***
<P>
Festa de So Roque
So Roque o protetor contra pestes, lceras e colapsos. Tambm tido como protetor dos animais, especialmente dos ces.
No nordeste do Brasil as pessoas costumam agradecer as graas recebidas de So Roque oferecendo o que chamam de "banquete dos cachorros". Renem grande quantidade de ces da regio e lhes do tima e farta comida.
Na ilha de Paquet comeou a ser construda, em 1698, pelo padre portugus Manoel Espinha, uma modesta igreja dedicada ao santo. Em 1700 foi a organizada a primeira festa em honra de So Roque, com desfile de pescadores e barcos enfeitados com bandeiras, semelhana das festas de So Pedro do Mar. Atrs desta igreja fica a romntica praia da Moreninha.
De construo muito simples, tem como principal ornamento um grande quadro de So Roque, pintado por Pedro Bruno, um laureado artista ilhu. Realiza-se nesse santurio a bno dos ces.
Dia de So Roque -- 16
<F->
de Agosto.
<F+>
***
Smbolos Nacionais
No dia 18 de setembro se comemora o Dia dos Smbolos Nacionais. A Repblica Federativa do Brasil tem trs smbolos. A bandeira nacional foi projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, e foi desenhada por Dcio Vilares. Assim como outros smbolos, a bandeira tem propores exatas e no pode ser desenhada em padro diferente. A esfera azul, com a escrio "Ordem e Progresso", representa o cu do Rio de Janeiro, s 8 horas e 30 minutos de 15 de novembro de 1889, dia da Proclamao da Repblica. Em 1992, uma lei alterou a bandeira para que todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal fossem representados pelas estrelas. As cores tambm tm significado: o verde representa as florestas; o amarelo, as riquezas minerais; o azul, o cu; e o branco, a paz. A bandeira nacional sempre fica hasteada na praa dos Trs Poderes, em Braslia. O selo nacional um outro smbolo, representado pela mesma esfera da bandeira, mas com as palavras "Repblica Federativa do Brasil", usado para autenticar atos do governo e diplomas expedidos por escolas oficiais. Outros smbolos so as armas nacionais, escudo redondo que fica sobre uma estrela de cinco pontas com o Cruzeiro do Sul sobre uma espada ao centro. As armas nacionais tm as inscries "Repblica Federativa do Brasil -- 15 de novembro de 1889".
Dia dos Smbolos Nacio-
<F->
nais -- 18 de Setembro.
<F+>
***
Primavera
<F->
A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vo e o
canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-ris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das
estrelas,
a exploso em verde, em flores
e frutos.
<F+>
Incio da Primavera -- 23
<F->
de Setembro
<F+>
***
O Rdio
Em 25 de setembro comemorado o Dia do Rdio. Voc sabe como foi inventado esse meio de comunicao? Em 1864, o escocs James Clerk Maxwell criou a teoria de que as ondas eletromagnticas se propagavam no espao vazio. Em 1887, seu colega alemo Heinrich Rudolf Hertz construiu um circuito eltrico que comprovava a existncia dessas ondas e que acabaram sendo batizadas de hertzianas. O francs douard Branly inventou o primeiro aparelho radiocondutor (1890) que permitia captar as ondas hertzianas, o que tornou possvel a criao do telgrafo sem fio. Em 1896, Guglielmo Marconi instalou no Reino Unido o primeiro telgrafo sem fio que permite transmisses de mensagens a longa distncia. O mesmo Marconi fez em 1901 a primeira transmisso transa-
tlntica em cdigo *Morse*. No dia 25 de dezembro de 1906, De Forest e Reginald Audrey Fesseden realizaram a primeira transmisso radiofnica. Em 1912, o *Titanic* enviou mensagens de socorro ao navio *Carpathia*, o que possibilitou o salvamento de 703 pessoas. A partir disso, todos os navios foram obrigados a instalar equipamento de rdio. Em 1919 criada a primeira grande empresa norte-americana de telecomunicaes, a *Radio Corporation of America* (RCA). Em 1925, fundada nos Estados Unidos a Unio Internacional de Radiodifuso, encarregada de dividir as ondas em faixa de freqncias: ondas mdias, curtas e longas. Em 1958, acontece a primeira transmisso via satlite. No Brasil, o padre Roberto Ladell de Moura inicia em Campinas as primeiras experincias com transmisso de rdio. A primeira emissora brasileira foi a Rdio Sociedade do Rio de Janeiro, inaugurada em 1923 por Roquete Pinto e Henrique Morize.
Dia do Rdio -- 25 de
<F->
Setembro
<F+>
***
So Francisco de Assis
Nasceu na Itlia, em 1182. Participou de uma guerra e ficou preso por um ano. Recebeu o chamado de Deus e passou a ajudar os pobres. Um dia, recusou-se a beijar a mo de um leproso e arrependeu-se. Renunciou a seus bens, vestiu um hbito e ficou numa capela, origem da Ordem Terceira dos Franciscanos. Morreu em 1226.
Dia de So Francisco de
<F->
Assis -- 4 de Outubro.
<F+>
***
O Avio
O avio foi a ltima grande conquista no desenvolvimento dos meios de transporte.
Com o tempo, as linhas areas alcanariam os lugares mais distantes de um pas e chegariam a todos os pases do mundo. Era um grande avano para os meios de transporte, mas tambm um meio de aumentar a comunicao entre todos os povos.
Dia da Aviao -- 23 de
<F->
Outubro
<F+>
***
*Halloween*
O *halloween* ou "Dia das Bruxas" uma festa tpica da Inglaterra, Estados Unidos e Canad, que aconteceu tradicionalmente no dia 31 de outubro. Crianas e adolescentes se vestem com fantasias de fantasmas, bruxas e outras bem assustadoras, e saem noite para uma verdadeira coleta de guloseimas. Elas batem de porta em porta para pedir doces aos moradores. No Brasil, a festa j entrou para o calendrio, promovida principalmente pelos cursos de ingls. O *halloween* foi criado pelo povo celta, que viveu nas ilhas britnicas cinco sculos a.C.
Eles inventaram a festa para marcar o fim oficial do vero, o incio do ano novo, trmino da ltima colheita, a renovao das leis, o retorno dos rebanhos e o armazenamento das provises para o inverno. A festa tinha vrios nomes como: *Samhain*, *Samhein*, *La Samon*, e Festa do Sol. Mas o que prevaleceu foi *Halloween*, adaptada de *All Hollows Eve*, que significa vspera do Dia de todos os Santos, comemorado em #,o de novembro. Quando as crianas chegam s casas, elas falam "travessuras ou gostosuras" e quem atende deve separar logo as gostosuras, para no ser surpreendido com uma travessura. Nos EUA, tambm se trocam presentes entre amigos.
<F->
*Halloween* -- 31 de Ou-
tubro.
<F+>
***
Eleies
Nos tempos de nossos bisavs, j existia a democracia em alguns pases da Europa e nos Estados Unidos da Amrica. Os cidados podiam eleger aqueles que iriam represent-los no governo. As eleies iam-se tornando uma prtica habitual, mas nem todos podiam votar. Em muitos pases as pessoas pobres no tinham o direito de voto, e as mulheres no podiam votar em lugar nenhum.
Dia das Eleies -- 15 de
<F->
Novembro.
<F+>
***
O Soldado Desconhecido
Duas guerras mundiais destruram campos e cidades, levando a morte e a desgraa a milhares e milhares de famlias. Aplicou-se a tecnologia guerra e se inventaram armas cada vez mais mortferas. Na Primeira Guerra Mundial, foram bombardeados povoados e cidades da Europa. Na Segunda Guerra Mundial, as batalhas se estenderam a outros continentes e as descobertas sobre a estrutura do tomo foram aplicadas na fabricao de bombas atmicas. A primeira delas foi lanada sobre
Hiroshima, cidade do Japo.
A guerra um pesadelo. Se houver outra guerra mundial poder ser o fim da humanidade.
<F->
Dia do Soldado Desco-
nhecido -- 28 de Novembro.
<F+>
***
Combate AIDS
Acho importante explicar o que representa essa doena. Viver em um tempo em que existe uma doena como esta muito chato, ainda mais para crianas e adolescentes, na idade de descobertas, curiosidades e dvidas.
O vrus HIV o agente causador da AIDS e foi descoberto em 1979 pela equipe do professor Jean Luc
Montagnier, do Instituto Pasteur, na Frana. Sua sigla significa vrus da imunodeficincia humana. Segundo dados do Ministrio da Sade, cerca de 38,5 milhes de pessoas, entre homens, mulheres e crianas, esto vivendo com o HIV no mundo, sendo que, diariamente, 16 mil contraem o vrus. A maioria dos contaminados j tinha ouvido falar sobre as formas de se prevenir, e se considerava bem informada sobre AIDS, mas continuava a pensar que s outras pessoas pegam a doena. A infeco pelo HIV pode ocorrer durante as relaes sexuais; pelo compartilhamento ou reutilizao de agulhas e seringas contaminadas; de me soropositiva para o feto, e atravs de transfuses de sangue. A contaminao tambm pode ocorrer durante uma cirurgia que envolva transplantes de rgos, ou inseminao artificial, se os doadores forem soropositivos; ou ainda por acidente de trabalho com profissionais da rea de sade. Qualquer pessoa est sujeita a contrair a doena, devendo tomar os devidos cuidados.
Dia Mundial do Combate
<P>
<F->
AIDS -- #,o de Dezembro
<F+>
***
Astronomia
Em homenagem a Pedro II, imperador do Brasil e astrnomo amador, o dia 2 de dezembro, dia do seu aniversrio, foi escolhido como Dia da Astronomia. A Sociedade Brasileira de Astronomia foi fundada em 1947 e deu a Pedro II o ttulo de Patrono da Astronomia Brasileira. A Astronomia -- que lida com a origem, evoluo, composio, distncia e movimentao dos corpos e matrias dispersos no Universo -- muito antiga. Desde 2000 a.C, os chineses j tinham escolas de Astrologia, contribuindo para a evoluo da astronomia. Tambm grego, egpcios, muulmanos, com poucos instrumentos e observao a olho nu, j usavam essa cincia. Muitos dos grandes cientistas e inventores foram astrnomos. Idias como as dos filsofos gregos e astrnomos, Hiparco e Ptolomeu, de que a Terra era o centro do Universo, com planetas e estrelas em torno, duraram 14 sculos, at que Nicolau Coprnico, pai da Astronomia Moderna, as revolucionou, juntamente com Galileu Galilei.
Galileu nasceu na Itlia em 1564 e um dos maiores cientistas da Histria. Criou a teoria de que todos os objetos, pesados ou leves, vo ao cho com a mesma velocidade, e aperfeioou o telescpio de refrao, com o qual descobriu quatro luas de Jpiter, em 1610. Outro astrnomo e matemtico, Johannes Kepler, contemporneo dele, apoiou a teoria heliocntrica de Coprnico, Sol no Centro e planetas volta.
Dia da Astronomia - 2 de
<F->
Dezembro
<F+>
***
<P>
Almirante Tamandar
No Brasil, a origem da Marinha de Guerra remonta poca colonial quando, ainda ligada metrpole portuguesa, a esquadra teve uma grande atuao na defesa do Brasil contra as tentativas de invaso. Sua organizao, entretanto, comeou apenas em 1808, quando D. Joo VI mudou-se para o Brasil com a Corte Portuguesa. Foi a partir dos elementos deixados por D. Joo que, 14 anos depois, formou-se a Marinha do Brasil, a chamada "Esquadra da Independncia". A esquadra, comandada por John Cochrane, desempenhou um importante papel nas lutas para a consolidao da independncia, como foi o caso dos combates travados nas costas do Nordeste, na Provncia Cisplatina e na Confederao do Equador (PE).
Foi nessa poca que comeou a surgir um heri, que mais tarde se tornaria o smbolo da Marinha Brasileira. Era Joaquim Marques Lisboa, o Almirante Tamandar. Ele nasceu no Rio Grande do Sul, em 13 de dezembro de 1807, e aos dezesseis anos ingressava na Marinha que se formava.
Como oficial ele participou de muitas batalhas, dentro e fora do Brasil, sempre se destacando por atos de bravura e pela sua seriedade e indiscutvel vocao para o mar. Sua atuao foi decisiva em combates contra os revoltosos em episdios como a Setembrada (PE); Sabinada (BA), Cabanada (PA), Balaiada (MA) ou na Revoluo Praieira (PE). Foi pela sua liderana na vitoriosa Batalha do Rio da Prata que recebeu, em 1867, a patente de Almirante, a mais alta da Marinha.
Considerando-se um defensor do Imprio e amigo de D. Pedro II, ele desligou-se da Marinha em 1889, aps a proclamao da Repblica, e veio a falecer em 1897, no Rio de Janeiro. Por todos os seus feitos, o Almirante Tamandar foi escolhido, em 1925, para ser o patrono da Marinha Brasileira. E por isso que, no dia do seu aniversrio, comemoramos o
Dia do Marinheiro -- 13
<F->
de Dezembro
<F+>
***
O Prespio
O primeiro prespio que se conhece est em um sarcfago, no Museu das Termas, em Roma. Com o passar dos anos, este tipo de representao do nascimento de Jesus, se popularizou. Aprenda o significado de cada figura.
Os Anjos So os que anunciam o nascimento do Senhor. Simbolizam a confirmao divina de que aquele menino era o Messias esperado.
A estrela conduziu os Reis Magos at o recm-nascido. Indica o local onde est o Menino-Deus, e o caminho para se chegar at Ele.
A manjedoura Segundo o Evangelho de Lucas, Jos no havia conseguido hospedagem na cidade para que sua esposa pudesse dar luz, por isso abrigou-a junto aos animais. A manjedoura representa o corao humilde.
Menino Jesus Representa a forma simples que Deus escolheu para se manifestar aos homens.
Maria Simboliza a igreja, que aceita o chamado de Deus e o revela aos homens.
Jos Representa a histria do Menino, sua famlia e suas origens.
Boi Simboliza os judeus que reconhecem Jesus como o Messias.
Pastores Primeiros habitantes de Belm chamados para ver o Menino. Como eram pobres e considerados pecadores, representam aqueles para os quais o Senhor se dedicou.
Reis Magos Gaspar, Baltazar e Belquior, os Reis Magos do Oriente, representam a convocao universal salvao, ou seja, que o Salvador vem para todos os povos.
rvore A primeira referncia do sculo XVI, na Alemanha. Segundo a tradio, Martinho Lutero, fundador do protestantismo, enfeitou um pinheirinho com velas acesas. O pinheiro, sempre verde, representa a esperana do cristo. O pinheiro enfeitado o cristo em festa.
Sinos Simbolizam a mensagem alegre do nascimento de Jesus. So colocados em rvores de Natal, portas, mesas ou em qualquer outro lugar de destaque.
Presentes A tradio remete aos trs Reis Magos que chegaram manjedoura onde estava o Menino Jesus com ouro, incenso e mirra. O costume de dar presentes no Natal, porm, comeou com So Nicolau, bispo da Igreja Catlica na sia Menor.
Velas Simbolizam a presena de Cristo. As velas, que eram usadas para enfeitar os lares no Natal, foram aos poucos sendo substitudas por lmpadas coloridas.
Guirlanda -- Conhecida tambm como "coroa do advento", geralmente colocada nas portas das casas quatro semanas antes do Natal. Simboliza a anunciao do nascimento de Cristo.
Papai Noel O velhinho de barbas brancas, bochechas rosadas e roupa vermelha, conduzindo um tren puxado por oito renas, foi descrito pela primeira vez em 1822, pelo escritor ingls Clement Clark Moore, no poema A Noite Antes do Natal. O mito de Papai Noel ganhou um pas de verdade: na Finlndia, na aldeia de
Korvantunturi, com 30 mil habitantes, perto do Crculo Polar rtico, o bom velhinho recebe quase um milho de cartas de mais de 150 pases, todos os anos. Mas h quem acredite que a figura de Papai Noel surgiu com o bispo So Nicolau, que viveu na sia Menor no sculo IV. O religioso costumava sair de madrugada pelas aldeias deixando brinquedos para crianas pobres, enquanto elas dormiam.
So Francisco de Assis Alguns atribuem ao santo a autoria do primeiro prespio. Porm, o que So Francisco fez foi uma espcie de encenao, reunindo em torno de uma manjedoura, um boi e um burro, os pobres e doentes de sua cidade, para celebrar o mistrio do Natal, no ano 1223.
Dia de Natal -- 25 de
<F->
dezembro.
<F+>
::::::::::
O Dicionrio Esclarece
<F->
acessvel: a que se pode
chegar ou que se pode alcan-
ar
alar: levantar
anonimamente: que no tem o
nome do autor
apogeu: o ponto mais alto; o
mais alto grau
bugalhos: sementes de uvas e
outros frutos contidos nas
bagas
bulbo ou bolbo: caule subter-
rneo que acumula reservas
nutritivas nas folhas ou no
eixo central; exemplo: alho,
cebola, etc.
consolidao: ato de firmar;
reafirmar; solidificar
cordames: conjunto de cordas
crepitava: estalava; pipocava
democracia: a influncia do
povo no governo de um pas
distoro: alterao de sons
produzido pelo desajuste dos
aparelhos; defeito de lentes
que tornam curvas as lentes
retas
encorpado: grosso; forte; ro-
busto; desenvolvido; consis-
tente
enzima: protenas com
propriedades especficas
fosso: cavidade em torno de
fortificaes
impacto: choque; embate
incidia: acontecia
incredulidade: falta de crena
inominvel: revoltante; vil
inoportuna: inconveniente
laureado: homenageado
mito: coisa ou pessoa fict-
cia; irreal
monastrio: mosteiro
musas: tudo que inspira um
poeta
obstrues: interdies
peritos: doutos; versados; h-
beis; experimentados
perseverana: persistncia;
constncia
pitoresca: engraada; agrad-
vel
poente: que se pe; sol poente
ponderao: reflexo
ranheta: indivduo impertinen-
te; rabugento
rplica: exemplares de uma
obra de arte ou de objetos
que no so originais
singela: simples
taciturna: tristonha; silen-
ciosa
velame: conjunto de velas de
um navio
verstil: que se move com fa-
cilidade
<F+>
::::::::::
Fonte de Pesquisa
<F->
Edio Melhoramentos
Jornal do Brasil
Jornal O Dia
Jornal O Fluminense
Livro Fragmento
Livro Girofl, Girofl
Livro Mamferos
Livro Viajando Atravs da
Histria
Revista Bons Fluidos
Revista Coquetel
Revista dos Curiosos
Revista Superinteressante
Revista Veja
<F+>
::::::::::
Ao Leitor
Solicitamos aos leitores abaixo mencionados, que nos enviem seus endereos completos, pois suas revistas voltaram.
<F->
Carlos Antonio Paulino
Vieira
Clia Maria de Mello
Maria da Graa Correa
Jorge
Escola Bsica Professor
Pedro Paulo Philippi
Cintia C. Barbosa
<F+>
::::::::::