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<F->
ieieieieieieieieieieieieieieo
o
PONTINHOS o
o
Ano XLII -- n.o 315 o
Janeiro-Junho de 2003 o
o
Instituto o
Benjamin Constant o
Diretora-Geral o
do IBC o
rica Deslandes o
Magno Oliveira o
Fundador de Pontinhos o
Prof. Renato o
M. G. Malcher o
Responsvel por o
Pontinhos o
Kate Q. Costa o
o
Imprensa Braille o
do IBC o
Av. Pasteur, 350-368 o
Urca, Rio de Janeiro, o
RJ -- Brasil o
CEP 22290-240 o
tel: (0xx21) 2543-1119 o
Ramal 145 o
o
*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?*?o
<F+>
<P>
Sumrio
Seo Infantil
<F->
A Vov Conta Histrias:
O Jardineiro e a
rvore ::::::::::::::::: 1
Lenda da Sereia ::::::: 3
A Gansa que Punha
Ovos de Ouro :::::::::: 4
Divertimentos:
O que , o que ? :::: 5
S Rindo :::::::::::::: 8
Vamos Aprender:
Quem Impor-
tante? :::::::::::::::::: 9
Para voc Recitar:
O Vizinho do
Lado :::::::::::::::::: 12
Zoologando:
Como a Aranha Faz
uma Teia :::::::::::::: 14
Historiando:
O Lpis Choro :::::: 15
Seo Juvenil
O Vov Narra a Histria:
Os Vikings ::::::::::: 18
Joana d'Arc :::::::::: 22
Conhecendo Nossos
Escritores :::::::::::: 26
Leonardo Boff :::::::::: 27
Os Bichos da
Antrtica ::::::::::::: 27
Nosso Brasil:
Anchieta :::::::::::::: 28
Como Surgiu o Costume
de Apagar Velinhas ::: 30
O Que a Caixa de
Pandora ::::::::::::::: 31
Curiosidades :::::::::::: 33
Porque a Ferradura
Smbolo de Boa
Sorte ::::::::::::::::: 36
Eco ou Vida??? ::::::::: 38
Ecoando:
Verdes Vozes ::::::::: 39
Notas Breves ::::::::::: 40
Bichos Sabidos ::::::::: 41
Conhecendo o Mundo:
A Cidade Sagrada :::: 46
A Fuga ::::::::::::::::: 47
A Morada no Cu ::::::: 50
Ameno e Instrutivo:
Um Osis ::::::::::::: 52
Aprendendo um pouco
Mais :::::::::::::::::: 53
til Saber:
Desejo de Paz :::::::: 55
A Visita dos Reis
Magos ::::::::::::::::: 56
Carnaval em Veneza ::: 58
Orao :::::::::::::::: 59
Uma Pequena Histria
do Livro ::::::::::::: 60
Cultura Herdada de
Pai para Filho :::::: 64
Festa da Pscoa ::::: 65
Me Girafa :::::::::: 66
Meio Ambiente e
Ecologia ::::::::::::: 67
Viviane :::::::::::::: 70
Quadrilha, Quento,
Fogueira :::::::::::: 71
O Dicionrio
Esclarece :::::::::::: 72
Fontes de Pesquisa :::: 74
<F+>
::::::::::
<T+1>
Seo Infantil
A Vov Conta Histrias
O Jardineiro e a rvore
Flvia Muniz
Era uma vez um jardineiro bem velhinho, que cuidava dos jardins de
um lindo castelo. Todos os dias, ele molhava as flores, tirava os
bichinhos das folhas, colocava terra onde fosse preciso. O resultado
de todo esse carinho e cuidado foi que, em pouco tempo, aquele jardim
ficou o mais bonito de toda a redondeza. Havia flores coloridas,
perfumadas,
<F->
e rvores de todos os tama-
<F+>
nhos, onde passarinhos adoravam fazer seus ninhos.
At que um dia, o jardineiro percebeu que aquele jardim no era
igual aos outros. Ele era mgico! As plantas e as flores conversavam
com ele. Foi assim que, ao plantar novas sementinhas, ouviu uma
delas pedir:
-- Por favor, jardineiro, plante-me longe daqui! No quero ficar
junto das outras sementes. Quero ficar l longe, sozinha, pois sou
semente de uma rvore majestosa, bonita, e desejo que minha beleza
seja admirada por todos.
O jardineiro, ento, plantou essa sementinha bem longe das outras,
no meio do campo, para que ela pudesse crescer e se desenvolver da
maneira como desejava. O tempo passou. Das sementes plantadas pelo
jardineiro, nasceram rvores que cresceram juntas em direo ao cu,
formando um bosque belssimo ao redor do castelo. Muitos pssaros
fizeram seus ninhos naquelas rvores, os animais descansavam em suas
sombras e, ao chegar a hora de dar frutos, todas as pessoas iam para
junto delas colher, com alegria, o saboroso alimento.
J a rvore solitria, no tinha com quem dividir a gua da chuva;
ento, seus galhos ficavam mais midos que o necessrio. Ela no
recebia sombra de nenhuma companheira, por isso, suas folhas
queimavam nas tardes de muito sol. E, quando o vento e a chuva a
balanavam pra l e pra c, a rvore solitria no tinha o apoio de
outra rvore ao seu lado. E at seus frutos eram esquecidos, pois as
pessoas no queriam caminhar tanto para colh-los.
O jardineiro, ento, concluiu que tinha cometido um erro, ao
plant-la ali, to longe, como ela havia pedido. Mas tambm percebeu
que s dessa maneira a rvore solitria pde realmente entender como
era importante estar ao
<F->
lado de outras rvores.
<F+>
***
Lenda da Sereia
Sabem quem Selene? uma
sereia de voz suave.
Contam que, nas noites de luar, Selene sai do mar e sobe nas
pedras. A, seu canto corta o silncio da noite. Os pescadores,
cansados e sonolentos, se deixam enfeitiar pelo canto da sereia.
Eles sonham em saber todos os segredos do mar. Acabam seguindo a
sereia para o fundo das guas.
Mas no se assustem. Tudo
<F->
isso somente uma lenda.
<F+>
***
A Gansa que Punha
Ovos de Ouro
Esopo
Um homem possua uma gansa que, toda manh, punha um ovo de ouro.
Vendendo esses ovos preciosos, ele estava acumulando uma grande
fortuna. Quanto mais rico ficava, porm, mais avarento se tornava.
Comeou a achar que um ovo s, por dia, era pouco.
"Por que no pe dois ovos, quatro ou cinco?" pensava ele.
"Provavelmente, se eu abrir a barriga desta ave, encontrarei uma
centena de ovos e viverei como um nababo."
Assim pensando, matou a gansa, abriu-lhe a barriga e,
<F->
naturalmente, nada encontrou.
<F+>
::::::::::
Divertimentos
O que , o que ?
<F->
1. Quem que vive caindo,
mas nunca se machuca?
R: A noite.
2. Qual a capital brasileira
mais temida pelos coman-
dantes de navios?
R: Recife.
3. O que que, sentado, fi-
ca mais alto que em p?
R: O cachorro.
4. O que , o que ?
sendo feminino, est na
marinha e, sendo masculino,
est com o desenhista?
R: Esquadra e esquadro.
5. Qual a diferena entre um
grande investigador e uma
lagartixa?
R: Enquanto o investigador
descobre os casos mais dif-
ceis, a lagartixa fica co-
mendo mosca.
6. O que tem a macarronada
que a bananada tambm tem?
R: Nada.
7. Qual a palavra mais
usada pelos banqueiros?
R: Juros.
8. O que que faz a barba
todo dia, mas no homem?
R: A gilete.
9. Qual o animal do campo
que, tirando uma letra, fica
um metal precioso?
R: Touro.
10. Qual o homem que, quan-
do trabalha, deixa qualquer
pessoa de boca aberta?
R: Dentista.
11. Qual o termo gramatical
mais desagradvel para os
apaixonados?
R: A terceira pessoa.
12. Qual a semelhana entre
um astronauta e um louco?
R: Ambos vivem no mundo da
lua.
13. Comea aqui, comea ali
e acaba l. O que ?
R: A letra A.
14. O que que o dono do
canil faz quando briga
com a mulher?
R: Solta os cachorros.
15. Qual a parte da perna
que as doceiras usam pra
fazer quitutes?
R: Canela.
16. O que que, sendo femi-
nino, est no engenho e,
sendo masculino, est no
revlver?
R: A cana e o cano.
17. O que , o que ? com
L, a gente usa no bolso e,
com L duplo, a gente usa
na cama?
R: O leno e o lenol.
18. Onde que o dente di
mais?
R: Na boca.
19. Quando que uma galinha
sente dor de dente?
R: Quando mordida pelo
cachorro.
20. Apesar de no ter ps,
eu vivo de ir e vir. Quem
sou eu?
R: Serrote.
<F+>
***
<P>
S Rindo
Quase Certo -- Uma garotinha correu da escola para casa, a fim de
contar me que havia ganho o prmio de estudo da natureza.
-- A professora nos deu um teste. Disse. -- Tudo dependia da ltima
pergunta: "Quantas pernas tem o avestruz?" Eu respondi trs.
-- Mas o avestruz tem duas pernas. Disse a me.
-- . -- Concordou a menina. -- mas fui eu quem chegou mais perto.
Joozinho est no quintal cavando um buraco, quando o vizinho v a
cena e pergunta:
-- O que voc est fazendo, Joozinho?
-- Vou enterrar meu peixinho dourado que morreu...
-- Mas esse buraco est grande demais para um peixinho.
E o menino retruca:
-- que o danado est dentro da barriga do seu gato!
-- Ento, Ricardo, voc j perguntou vizinha que horas so?
-- So seis horas.
-- Como possvel que sejam seis horas?!
-- A vizinha disse que eram onze menos cinco!
A Maior Inveno Moderna -- A professora estava dando uma aula
sobre as invenes modernas.
-- Algum de vocs capaz de mencionar algo importante que no
existia h cinqenta anos? Perguntou.
Um garoto muito vivo, sentado frente, levantou a mo, pressuroso,
e disse:
<F->
-- Eu!
<F+>
::::::::::
Vamos Aprender
Quem Importante?
<F->
Certo dia, num caderno,
Numa pgina interna
Deu-se a grande reunio
Dos sinais de pontuao,
Para decidir, no ins-
tante,
Qual o que mais impor-
tante.
Chegou correndo, afobado,
O Ponto de Exclamao,
Bufando, muito excitado,
Entusiasmado ou assustado.
-- Socorro!
-- Viva!
-- Sarav!
-- D o fora! -- sempre a
berrar!
E logo, todo sinuoso,
A rebolar-se, entrou, pimpo,
O enxerido e mui curioso
Dom Ponto de Interrogao:
-- Quem ?
-- Por qu?
-- Aonde?
-- Quando? -- ele vive per-
guntando...
E vm as Vrgulas dengosas,
Muito falantes, muito prosas,
E anunciam: -- Ns meninas
Somos as pausas pequeninas,
Que, pelas frases espalhadas,
So sempre to solicitadas!
Mas j chegam os Dois-
-Pontos.
Ponto-e-Vrgula, e pronto!
Tem incio a discusso,
Que j d em confuso:
-- Sem por cima ter um ponto,
Vrgula sinal bem tonto! --
Ponto-e-Vrgula declara,
Arrogante, e fecha a cara.
-- Essa no! Tenha pacin-
cia! --
Intervm as Reticncias
-- Somos ns as importantes,
Tanto agora como dantes:
Quando falta competncia,
Botam logo... Reticncias!
Mas Dois-Pontos protestou:
-- Importante eu que sou!
Eu preparo toda a ao
E a e-nu-me-ra-o!...
-- aqui que ns entramos!
Ns, as Aspas, e avisamos:
Sem nossa contribuio
No Existe citao!
Dois-Pontos e Travesso
J se enfrentam, mas ento,
Bem na hora, firme e pronto
Se apresenta o Senhor Pon-
to:
-- Importante o meu sinal.
Basta. Fim. Ponto Final.
<F+>
<F->
::::::::::
<F+>
<F->
Para voc Recitar
O Vizinho do Lado
Pedro Bandeira
<F+>
<F->
No suporto o meu vizinho!
Imagine que o danado,
com a cara mais lavada
passa pela minha frente
como se eu no fosse nada.
No suporto o meu vizinho!
Roda pelo bairro todo,
sem prestar nem ateno
e se esquece que uma vez
lhe emprestei o meu pio.
No suporto o meu vizinho!
um moleque egosta,
pedalando assim a esmo,
no quer nem saber dos ou-
tros,
pois s pensa em si mesmo.
No suporto o meu vizinho!
Se eu pudesse, agora mesmo
me mudava da cidade,
ou melhor: mudava ele
pra bem longe, na verdade.
No suporto o meu vizinho!
Ele tem cara de bolo,
de embrulho sem barbante,
de boc e de pateta!
Ah, moleque feio e tolo!
Pensa que muito importante
s porque tem bicicleta.
No suporto o meu vizinho!
Eu s vou mudar de idia
de uma forma bem completa,
se o danado do vizinho
me emprestar a bicicleta...
<F+>
::::::::::
Zoologando
Como a Aranha
Faz uma Teia
Para fazer uma teia entre duas rvores, a aranha sobe at um ponto
da vegetao e, com o abdmen virado para o espao livre, produz um
fio que arrastado pelo vento. Quando o fio se prende a uma outra
rvore e a aranha sente que ele no est mais sendo puxado pelo
vento, ela o fixa no local em que est, de maneira que fique bem
estirado. Em seguida, a aranha caminha por essa ponte, de um lado
para o outro, ao mesmo tempo que produz novos fios para refor-la. A
aranha capaz de direcionar o seu fio para onde quiser. Para isso,
ela possui plos especiais, que percebem a direo do vento, alm dos
mais leves deslocamentos de ar.
As aranhas conseguem se deslocar no ar como pipas atadas a uma
linha. Filhotes de aranhas, os aranhios, e aranhas adultas de
tamanho pequeno usam o seguinte recurso: ficam num ponto alto da
vegetao e produzem um fio curto. Como os fios das aranhas so
constitudos de vrios fios muito mais finos, estes se separam por
ao do vento, formando uma espcie de pra-
<F->
-quedas que o vento pode car-
regar.
<F+>
::::::::::
Historiando
O Lpis Choro
Pedro Bandeira
Hora de fazer a lio. Quando Laurinha abriu o estojo para pegar o
lpis, ouviu uma vozinha desesperada. Era a voz do lpis, que estava
tremendo, apavorado.
-- No, no, no! No me tire daqui! Tenho de ficar escondido,
seno ela me encontra!
-- Ela? Mas quem ela? Perguntou Laurinha.
-- Ela me persegue, ela quer acabar comigo! No me deixa fazer nada,
destri tudo o que eu fiz com o maior esforo... O pobre lpis
queixava-se e derramava lgrimas de grafite.
-- Assim no possvel viver, assim no d pra trabalhar. Eu sou
um fracassado... E a culpa do meu fracasso dela!
Laurinha espantou-se com aquele "ela". Parecia at que o lpis
estava falando da terrvel bruxa da "Branca de Neve". Ser que tem
bruxa no mundo dos lpis?
-- Mas quem ela? O que ela faz de to terrvel?
-- Ela me persegue, destri tudo o que eu fao. Por mais que eu
capriche, l vem ela atrs, apagando tudo o que eu fiz com tanto
esforo! Voc no sabe como duro, como di na alma olhar para trs
e ver que tudo o que a gente escreveu foi apagado cruelmente pela
impiedosa!
-- Voc... Voc quer dizer... quer dizer que est com medo da
borracha?
-- Psiu, no fale esse nome. No chame a desalmada, seno ela
aparece!
Laurinha sorriu e resolveu acalmar o lpis.
-- Ora, lpis, no voc que erra. Sou eu!
-- Voc?
-- Eu e s eu. Mas melhor apagar em tempo um erro que a gente
cometeu do que deixar que ele seja descoberto pela professora. E,
depois, nem sempre o que a gente apaga so erros. So coisinhas que
at podem estar certas, mas a gente quer fazer melhor, quer deixar
mais bonito!
-- ?
-- Quando a gente erra, ela muito necessria. Sem ela, a gente
no teria o direito de se arrepender, de pensar duas vezes. E a gente
tem o direito de errar, no acha? A gente tem de experimentar sem
medo, a gente tem o direito de voltar atrs. errando que a gente
busca acertar, no final!
Aos poucos, o lpis foi ficando calmo e, logo, Laurinha pde
comear a fazer as lies. E a apagar os pequenos errinhos, at tudo
ficar bem
<F->
lindo, lindo mesmo!
<F+>
::::::::::
O Vov Narra a Histria
Os Vikings
No incio da Idade Mdia, havia muitas levas migratrias por toda a Europa.
Trs desses povos os fineses, os escandinavos e os teutes, que
eram divididos em raas como saxes, anglos e danos
estabeleceram-se em terras onde hoje ficam a Finlndia, a Sucia, a
Noruega e a Dinamarca. Com o tempo, a regio desses quatro pases
ficou conhecida como Escandinvia, que composta pela pennsula
escandinava e a Ju-
<F->
tlndia (Dinamarca). Mas,
ao contrrio do que se pensa,
<F+>
nem todos ali eram vikings. Apenas os escadinavos da Noruega e
os danos das ilhas Blticas e da Jutlndia eram vikings.
Mais que um povo, um ideal Apesar de falar uma mesma lngua, o
escandinavo arcaico, e ter o mesmo alfabeto, o rnico, os vikings
nunca formaram uma nao. As sociedades eram estratificadas da
seguinte forma:
No topo, o rei, que tinha poder absoluto, quando o assunto era a
guerra e as terras dominadas. A seguir, vinham os karls, grandes
proprietrios de terra. Jarls: o povo, pequenos proprietrios,
comerciantes e agricultores. Por fim, os thralls, que eram os
escravos, prisioneiros de batalhas ou condenados por dvidas e crimes.
Na maioria dos povoados viviam entre 50 e 500 pessoas. Elas tinham
pequenas fazendas, desenvolvidas s margens de lagos, rios ou dos
fiordes. Havia agricultores, pescadores, artesos e soldados. Grandes
cidades foram fundadas, como Oslo, capital da Noruega, e Hedeby, na
Dinamarca.
Em uma mesma casa, de um s cmodo, viviam vrias famlias: irmos
com suas respectivas esposas, filhos e descendentes. O telhado era
coberto por turfa, uma espcie de grama que protegia contra o frio. O
dono da casa tinha um trono no qual s ele podia sentar-se. Uma
lareira central, com sada no meio do telhado, aquecia o ambiente.
Os vikings desenvolveram embarcaes que lhes permitiam navegar
tanto em guas profundas e agitadas como ancorar em praias e rios
rasos, para atacarem os lugares. Possuam velas listradas ou em xadrez.
As embarcaes eram longas, estreitas e com quilhas. Assim, pouco
penetravam na gua. S se usava remo quando no havia vento.
Havia dois tipos: Drakkar: usada nas guerras, transportava cerca de
quarenta homens. Cada um deles ia sentado sobre suas armas,
armazenadas em um pacote que lhes servia de assento, e conduzia um
remo. O ltimo homem cuidava do leme. Knorr: utilizada para o
transporte e o comrcio, era maior e mais larga que a drakkar.
Carregava produtos, gado e a populao, quando mudava de colnia.
Tanto as drakkar quanto as knorr traziam na proa cabeas de drages
ou de serpentes do mar. Assim, os vikings acreditavam que estariam
protegidos de perigos imaginrios.
Como a regio da Escandinvia fria, o que torna difcil a vida
do homem, os vikings aprendiam desde cedo a caar com ces, atirar
flechas e lutar com espadas. As lutas moda romana e os desafios
como escaladas de rochas eram uma forma de diverso. Por isso,
tornaram-se guerreiros. medida que desciam para regies mais ao
sul, nas atuais Frana e Esccia, por exemplo, deparavam-se com os
habitantes locais e, nas lutas para domin-los, invadiam cidades e
mosteiros. Na costa e nas ilhas Britnicas, os mosteiros eram os
alvos preferidos, desde os primeiros ataques do final do sculo VIII.
<F+>
Alm de no serem to protegidos quanto as cidades medievais,
guardavam tesouros da Igreja Catlica e vinho, muito apreciado em
regies frias. E esse hbito de atacar mosteiros fez com que a Igreja
os tratasse como legtimos enviados do inferno ou brbaros. Em meados
do sculo XII, foram dominados e convertidos ao cristianismo.
***
Joana d'Arc
Nasceu em Domrmy, na Frana, em 1412. Filha de Jacques d'Arc e
Isabelle Rome, simples camponeses, nunca aprendeu a ler ou escrever,
como era comum entre os jovens daquela poca.
Extremamente piedosa, Joana afirmava ouvir vozes divinas que lhe
ordenavam libertar Orlans do jugo ingls. Apoiada na crena do povo,
conseguiu chegar presena do rei Carlos VII, em Chinon, no dia 23
de fevereiro de 1429. Anunciou-lhe que sua misso era fazer sagr-lo
e coro-lo rei da Frana, em Reims.
Aps submet-la a alguns testes, Carlos VII ordenou que lhe
fornecessem equipamento militar e uma espada. Inicialmente os
comandantes fran-
<F->
ceses relutaram em obedecer-
<F+>
-lhe. Entretanto, quando
perceberam que tudo dava certo quando seguiam suas ordens, decidiram
acompanh-la.
Em 1429, frente do exrcito real, Joana penetrou em Orlans e, no
dia 8 de maio os ingleses levantaram o cerco daquela cidade.
Joana, sempre frente de seu fiel exrcito e empunhando um
estandarte em que ostentava a flor-de-lis, obteve, ainda, quatro
outras vitrias: Jargeau, Meuny, Beaugency e Patay. Conquistou a
cidade de Reims, onde finalmente, Carlos foi coroado rei da Frana.
Com a coroao de Carlos VII, acabou a misso de Joana. Parou de
ouvir as vozes e queria voltar sua terra natal, Domrmy, mas o rei
no a deixou partir.
Joana tentou ainda um ataque contra Paris, em mos dos ingleses. A
investida no logrou xito e Joana foi gravemente ferida.
Retornando batalha, foi capturada pelos borguinhes, aliados
franceses da
<F->
Inglaterra, em Compigne, em maio de 1430.
<F+>
Vendida aos ingleses por mil francos, Joana foi julgada como
bruxa e hertica, continuou afirmando, at o fim, que suas vises e
vozes eram de origem divina.
Foi condenada morte na fogueira, e a sentena foi cumprida em 30
de maio de 1431, na praa da cidade de Rouen, sendo suas cinzas
jogadas no rio Sena.
Em 1456, ela foi inocentada pelo Papa Calisto III e, em 1909, foi
beatificada por Pio X, sendo canonizada, em 1920, pelo Papa Bento XV.
O dia de sua morte celebrado em toda a Frana.
Joana d'Arc, santa da Igreja Catlica, exemplo de mulher e
guerreira, herona nacional da Frana, smbolo
<F->
da luta pela liberdade!
<F+>
***
<P>
Conhecendo Nossos
Escritores
Antnio Gonalves
Dias (1823-1864)
Nasceu em Jatob, no Maranho, e desde cedo se dedicou aos estudos.
Aprendeu Latim, Francs e Filosofia, o que lhe permitiu sonhar com
estudos na Europa. O pai, comerciante portugus, mandou-o para
Coimbra, como era hbito poca. Gonalves Dias escreveu, em
Portugal, "Cano do Exlio", que o notabilizaria no futuro. Fez
diversas viagens ao exterior. J doente, voltou Europa para ser
operado e faleceu no dia 3 de novembro de 1864, vtima de naufrgio.
Obras: "Primeiros Cantos" (1847); "Sextilhas de Frei Anto" (1849);
"Os Cantos e o Dicionrio da Lngua Tupi" (1857). Tradutor de "A
Noiva de Messina", da
<F->
obra de Schiller.
<F+>
::::::::::
Leonardo Boff
"Deixamos de nos cuidar porque a cultura nos leva para fora de ns
mesmos. Precisamos fazer uma correo de rota e cuidar no apenas da
musculao, do bronzeado, da celulite, do cabelo, do que esttico,
mas de nosso imaginrio, de nossa alma, de nossos sonhos, de nossa
tica, de nossa espiritualidade. isso
<F->
que traz plenitude e paz."
<F+>
::::::::::
Os Bichos da Antrtica
O continente branco pode parecer inspito, mas na verdade abriga
numerosas formas de vida. Os vegetais se desenvolvem mais na
Pennsula Antrtica -- h muitas espcies rasteiras, liquens e mesmo
plantas floridas.
Tambm a vida animal mais abundante nas bordas do continente -- em
seu encontro com o oceano. As guas frias da regio so um prato cheio
para o desenvolvimento das algas, importante elo da cadeia alimentar.
Elas servem de comida, por exemplo, para o krill, um tipo de
microcamaro que existe em escala de bilhes no oceano.
<F->
Peixes, pingins e focas tam-
<F+>
bm o consomem. At as maiores baleias, como a
azul, que pode pesar 85 toneladas, precisam de toneladas de krill
para se manter vivas. Todos esses animais antrticos contam com
diferentes mecanismos orgnicos para resistir ao frio. Os peixes, por
exemplo, so dotados de um anticongelante em seus fluidos. Focas,
baleias e pingins contam com uma
camada grossa de gordura
<F->
para proteg-los.
<F+>
::::::::::
Nosso Brasil
Anchieta
Uma das primeiras cidades do Brasil, Anchieta preserva monumentos
construdos h mais de 400 anos, idealizados pelo Padre Jos de
Anchieta, que fundou o povoado em 1565. Nos ltimos dez anos de sua
vida, de 1587 a 1597, Padre Anchieta desenvolveu intensa atividade na
regio. O legado do padre espanhol representado pelo Santurio
Nacional do Beato Anchieta, onde fica a Igreja de Nossa Senhora de
Assuno, construda em 1604 por ndios catequizados, que utilizaram
pedras e blocos de recifes presos com argamassa de leo de baleia. No
Santurio fica tambm o Museu Nacional de Anchieta, com mveis, peas
sacras, roupas e livros, muitos dos quais pertenceram ao jesuta. No
museu encontra-se uma parte do osso da tbia do Padre Anchieta.
Uma boa oportunidade para conhecer lugares histricos a caminhada
religiosa dos Passos de Anchieta, considerada a quarta do mundo. As
outras so: Santiago de Compostella, na Espanha; Terra Santa,
Palestina; e o Vaticano, em Roma.
So 105 km a p, por trs dias, de Vitria a Anchieta, passando por
Vila Velha, Guarapari e Ponta da Fruta,
<F->
trajeto que era feito por Pa-
<F+>
dre Anchieta. A caminhada cruza com igrejas e monumentos
histricos, como a Igreja do Rosrio, a mais antiga do estado, e o
Convento da Penha, ambos em Vila Velha. Foi instituda h trs anos,
com a criao da Associao Brasi-
leira dos Amigos dos Passos
<F->
de Anchieta (ABAPA).
<F+>
::::::::::
Como Surgiu o Costume
de Apagar Velinhas?
Foi na Grcia Antiga, em homenagem a Artmis, deusa da caa,
reverenciada no sexto dia de cada ms. Segundo a mitologia, essa
divindade era representada pela Lua, a forma pela qual protegia a
Terra. O bolo redondo, coberto de velas acesas, simbolizava a lua
cheia. O mesmo costume reapareceu, no se sabe como, entre os
camponeses alemes do sculo XIII, que inventaram a *kinderfeste*
festa infantil. Essa comemorao comeava ao raiar do dia, quando as
velas eram acesas e a criana acordava com a chegada do bolo. Havia
sempre uma vela a mais do que a idade da criana, significando a luz
da vida. O aniversariante tinha de apagar todas as velinhas de uma s
vez, fazendo um pedido, que s se realizaria se fosse
<F->
mantido em segredo.
<F+>
::::::::::
O que a Caixa de Pandora
um mito grego que narra a chegada da primeira mulher Terra e,
com ela, a origem de todas as tragdias humanas. Essa histria chegou
at ns por meio da obra, "Os Trabalhos e os Dias", do poeta grego
Hesodo, que viveu no sculo VIII a.C. De acordo com a obra, o Tit
Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a
natureza. Zeus, o chefo dos deuses do Olimpo, que havia proibido a
entrega desse dom humanidade, arquitetou sua vingana criando
Pandora, a primeira mulher. Antes de envi-la Terra, entregou-lhe
uma caixa, recomendando que ela jamais fosse aberta. Dentro dela, os
deuses haviam colocado um arsenal de desgraas para o homem, como a
discrdia, a guerra e todas as doenas do corpo e da mente -- mas um
nico dom: a esperana. Vencida pela curiosidade, Pandora acabou
abrindo a caixa, liberando todos os males no mundo -- mas a fechou
antes que a esperana pudesse sair. Essa metfora foi a maneira
encontrada pelos gregos para representar, num enredo de fcil compreenso,
conceitos relacionados natureza feminina, como a beleza, a
sensualidade
e o poder de dissimulao
<F->
e de destruio.
<F+>
::::::::::
Curiosidades
Qual a origem do aplauso? -- O ato de bater as palmas das mos em
sinal de aprovao, tem origem desconhecida, mas existe h, pelo
menos, 3.000 anos. Nessa poca, o gesto era essencialmente religioso,
popularizado em rituais pagos de diversos povos como um barulho
destinado a chamar
<F->
a ateno dos deuses. No te-
atro clssico grego, tornou-
<F+>
-se, ento, a forma pela qual os artistas
pediam platia que invocasse os espritos protetores das artes. O
costume chegou ao Imprio Romano, onde passou a ser comum nos
discursos polticos.
Preocupado com a repercusso de suas aparies pblicas, o
imperador Nero carregava uma claque com mais de 5 mil soldados e
cavaleiros. Dali, o costume espalhou-se para o resto do mundo. Nos
sculos XVIII e XIX, quase todos os teatros de Paris contratavam
pessoas que tinham uma nica funo na platia: aplaudir. O truque
continua utilizado at hoje pelas emissoras de TV, especialmente em
programas de auditrio. Agora, bater palmas para marcar o ritmo de
uma msica , provavelmente, um costume muito
<F->
mais antigo.
<F+>
***
Elefante Branco
Por serem raros, a corte do rei Sio, determinava que os seus donos
s lhes dessem os
<F->
melhores alimentos. Conse-
<F+>
qentemente, sempre que um
corteso incorria no desagrado do monarca, este anunciava que, como
prova de afeto, iria oferecer-lhe um elefante branco. O corteso
tinha de optar entre insultar o rei, recusando a oferta, ou ficar
arruinado com o sustento do animal. Os cortesos desafortunados
punham-se rapidamente em fuga, tal como o rei pretendia. Por isso,
"elefante branco" signi-
<F->
fica algo intil e oneroso.
<F+>
***
Voc Sabia?
Que mais girafas machos so devoradas por lees do que girafas
fmeas? As fmeas comem as folhas das rvores que esto altura dos
seus olhos, e os machos preferem as que esto acima da cabea. Por
isso, as fmeas tm mais chances
<F->
de avistar o predador de longe.
<F+>
***
Gelatina
Ela feita de uma protena animal chamada colgeno, tirada, quase
sempre, do couro do boi. O processo inicia-se com a preparao das
raspas dessa pele. Depois vm as etapas de extrao, filtragem,
concentrao, esterilizao, secagem e moagem. O resultado um p
incolor, com aplicaes no s na indstria de alimentos,
<F->
como na farmacutica e outras.
<F+>
***
E Assim Surgiu a Expresso *O.K.*
Durante a Guerra de Secesso, nos Estados Unidos, quando as tropas
voltavam para o quartel, aps uma batalha, sem nenhuma baixa,
escreviam numa placa imensa: *0 Killed*, nenhum morto. Da
surgiu a expresso *O.K.* para indicar que tudo est
<F->
bem.
<F+>
<F->
::::::::::
<F+>
Porque a Ferradura Smbolo de Boa Sorte
H registros de que esse objeto era considerado um amuleto
poderoso desde a Grcia Antiga. Primeiro, porque era feito de ferro,
elemento que os gregos acreditavam proteger contra todo mal.
Alm disso, seu formato lembrava a Lua Crescente, smbolo de
fertilidade e prosperidade.
Os romanos, herdeiros de boa parte das tradies gregas, adotaram
tambm essa superstio e a passaram adiante.
Os cristos europeus, por sua vez, creditam sua origem a So
Dunstan de Canterbury (924-988), monge e arcebispo ingls, conhecido
como grande estudioso da metalurgia, tendo aperfeioado as tcnicas
de fabricao de sinos, alm de ser msico e pintor.
Segundo a lenda, Dunstan teria colocado ferraduras no prprio
demnio e somente as retirou depois de ouvir a promessa do capeta de
que nunca mais se aproximaria do objeto.
A tradio manda colocar a ferradura no alto da porta, com as
pontas viradas para cima, seno a sorte vai embora. Mas h pases,
como a
<F->
Espanha, em que se acredita
<F+>
que a ferradura deve apontar para
baixo, para que a sorte
<F->
se espalhe por toda a casa.
<F+>
::::::::::
Eco ou Vida???
Um menino e seu pai caminhavam pelas montanhas. De repente, o filho
cai, machuca-se e grita:
-- Aaai!
Para sua surpresa, escuta a voz se repetir, em algum lugar da
montanha:
-- Aaai!!!
Curioso, pergunta:
-- Quem voc?
Recebe como resposta:
-- Quem voc?
Contrariado, grita:
-- Seu covarde!!!
Escuta, como resposta:
-- Seu covarde!!!
Olha para o pai e pergunta, aflito:
-- O que isso?
O pai sorri e fala:
-- Meu filho, preste ateno. Ento o pai grita em direo
montanha:
-- Eu admiro voc!
A voz responde:
-- Eu admiro voc!!!
De novo o homem grita:
-- Voc um campeo!
A voz responde:
-- Voc um campeo!!!
O menino fica espantado, no entende. Ento o pai explica:
-- As pessoas chamam isso de Eco, mas, na verdade, isso a Vida.
Ela lhe d de volta tudo o que voc diz ou faz. Nossa vida
simplesmente o reflexo das nossas
<F->
atitudes.
<F+>
::::::::::
Ecoando
Verdes Vozes
Maria Dinorah
<F->
Escutem as vozes
no meio dos ramos:
sabis, tico-ticos,
pardais, gaturamos...
Escutem dos rios
os risos chegando,
das guas correndo,
das pedras cantando!
Escutem os grilos
crilando seresta
nos vos das janelas
das horas em festa!
Escutem! Escutem!
Com pressa e vagar!
H monstros humanos
fazendo-os calar!
E se eles calarem
num frio de repente,
quem vai pintar sonhos
nos sonhos da gente?!
<F+>
::::::::::
Notas Breves
<F->
No perca tempo.
No fuja ao dever.
Respeite os compromissos.
Sirva quanto possa.
Ame intensamente.
Trabalhe com ardor.
Ore com f.
Fale com bondade.
No critique.
Observe construindo.
Estude sempre.
No se queixe.
Plante alegria.
Semeie paz.
Ajude sem exigncias.
Compreenda e beneficie.
Perdoe quaisquer ofensas.
Atenda pontualidade.
Conserve a conscincia
tranqila.
Auxilie generosamente.
Esquea o mal.
<F+>
::::::::::
Bichos Sabidos
Csar Ades
Sabedoria? Algo que os animais tm de sobra. Eles sabem escolher a
comida certa, construir uma casa, fugir dos predadores, encontrar o
parceiro certo... J nascem sabendo fazer tudo isso? Ou aprenderam?!
O conhecimento de que os animais necessitam para tomar
<F->
atitudes importantes no dia-a-
<F+>
-dia pode aparecer muito cedo. Os filhotes
acabaram de nascer e j sabem um bocado.
Quando a gaivota traz peixe para alimentar os filhotes, as gaivotas
recm-nascidas j sabem como pedir: bicam uma mancha vermelha no bico
amarelo da me. Ela entende o sinal e oferece a comida.
As tartarugas marinhas, quando saem do ovo, no tm a
<F->
me por perto para ensinar-
<F+>
-lhes o que fazer. Mas elas sabem andar e logo descobrem
a direo do mar, para onde correm com toda a velocidade que suas
patinhas permitem.
E o motmot? Essa ave tropical sabe que deve fugir da cobra-coral e
capaz de reconhecer as cores dessa serpente sem nunca t-la visto.
Como os cientistas sabem disso? Eles pintaram uma pequena vara com
anis amarelos e vermelhos, as cores da cobra-coral, e botaram na
gaiola em que o motmot criado no laboratrio. A ave nunca se aproxima
da varinha. Mas, quando ela pintada de verde e azul, o motmot brinca
com ela.
Pois , os animais, s vezes, parecem que nasceram sabendo fazer
algo. Esse tipo de comportamento chamado de "comportamento
instintivo".
Voc no precisa estar perto de um filhote de tartaruga ou de
gaivota para ver isso. Basta pr, por exemplo, um *hamster*, criado em
gaiola e que nunca teve contato com areia, num aqurio cheio de areia.
Sabe qual ser a primeira atitude? Fazer um tnel. O *hamster* ir criar
um tnel, onde ir se esconder, como fazem os *hamsters* que vivem na
natureza.
A sabedoria instintiva muito importante para os animais. Sem ela,
os bichos no sobreviveriam por muito tempo. Mas a esperteza deles
no pra por a. Os animais tambm aprendem, como ns. Com uma
diferena: eles no precisam ir escola. Ou melhor, cursam a escola
da vida.
Os animais aprendem ao observar como os seus pais agem, ou tentando
fazer algo por conta prpria. Patos e gansos recm-nascidos, por
exemplo, seguem a me quando ela sai do ninho, andando em fila, um
atrs do outro. Mas... como sabem quem a me deles?
O cientista austraco
<F->
Konrad Lorenz mostrou que eles aprendem a reconhecer
a me pelo contato, isto , ao v-la assim que nascem. Certa
vez, o pesquisador fez um teste: quando uma ninhada de gan-
sos saiu do ovo, Lorenz aproximou-se de tal forma que ele
foi a primeira coisa que os gansinhos viram. Os filhotes
<F->
aprenderam a reconhecer o ci-
<F+>
entista e o seguiam, como se e
ele fosse a me deles.
<F+>
Os chimpanzs, que vivem na Costa do Marfim, no Sul da frica, so
mestres na arte de quebrar nozes. Eles usam paus e pedras como
instrumentos para abri-las. O chimpanz me martela a noz com um pau
ou uma pedra, sob o olhar atento dos jovens chimpanzs. Eles comem a
noz que recebem da me e logo tentam abrir a noz como ela. At que
pegam o jeito e abrem as nozes por conta prpria.
As tartarugas marinhas vivem nos quatro cantos do mundo. Mas fazem
uma fantstica viagem, de continente para continente, para voltar
praia onde nasceram e botar seus ovos. E no so as nicas a fazer
longas viagens. Quando o outono chega no
Canad, vem acompanhado pelo
frio. Ento, milhes de borboletas-monarca voam at as florestas do
Mxico, a quilmetros de distncia, onde encontram um clima mais
quente.
Como os animais que migram conseguem fazer viagens to longas sem
se perder e encontram o local exato onde desejam ficar? A est um
mistrio que os cientistas ainda
<F->
querem desvendar.
<F+>
::::::::::
Conhecendo o Mundo
A Cidade Sagrada
Machu Picchu era a principal cidade sagrada dos incas. Por este
motivo, foi mantida em segredo pelo povo nativo, sendo desconhecida
dos colonizadores espanhis que invadiram o que hoje o Peru, h 500
anos. Todo o povo inca pereceu diante dos europeus, mas estes jamais
se aproximaram da Vila de Pedra, formada por 232 casas. No final do
perodo inca, cerca de 800 pessoas, a maioria mulheres
<F->
que fugiam do massacre
espanhol, moravam em Machu
<F+>
Picchu.
Encravada nas montanhas dos Andes, a cidade foi esquecida e,
durante
400 anos, ningum soube de sua existncia. Em 1911, o explorador
americano Hiram Bingham encontrou a cidade quase toda coberta por uma
floresta. Depois da retirada das rvores, foram encontradas,
praticamente intactos, templos, fontes, casas, jardins, relgios de
pedra e calendrios astronmicos, provando o grau de avano
cientfico da civilizao inca.
A cidade sagrada dos incas recebe cerca de mil visitantes por dia,
o que a torna o prin-
<F->
cipal plo turstico do pas.
<F+>
::::::::::
A Fuga
Mal o pai colocou o papel na mquina, o menino comeou a empurrar
uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
-- Pra com esse barulho, meu filho. Falou, sem se voltar.
Com trs anos j sabia reagir como homem ao impacto das grandes
injustias paternas: no estava fazendo barulho, estava s empurrando
uma cadeira.
-- Pois ento pra de empurrar a cadeira.
-- Eu vou embora. -- foi a resposta.
Distrado, o pai no reparou que ele juntava... suas coisinhas,
enrolando-as num pedao de pano. Era a sua bagagem: um caminho de
plstico com apenas trs rodas, um resto de biscoito, uma chave,
metade de uma tesourinha enferrujada, sua nica arma para a grande
aventura, um boto amarrado num barbante.
De repente, o pai olhou ao redor e no viu o menino. Deu com a
porta da rua aberta, correu at o porto:
-- Viu um menino saindo desta casa? -- gritou para o operrio que
descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
-- Saiu agora mesmo com uma trouxinha -- informou ele.
Correu at a esquina e teve
<F->
tempo de v-lo ao longe, cami-
<F+>
nhando cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no cho, ia
deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o boto, o pedao de
biscoito e -- sara de casa prevenido -- uma moeda de 1 real.
Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direo avenida.
-- Meu filho, cuidado!
O nibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os
pneus cantaram no asfalto. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o
brao como a um animalzinho.
-- Que susto voc me passou, meu filho -- e apertava-o contra o
peito, comovido.
-- Deixa eu descer, papai. Voc est me machucando.
-- Machucando, ? Fazer uma coisa dessas com seu pai.
-- Me larga. Eu quero ir embora.
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala -- tendo antes o
cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera
com a da despensa.
-- Fique quietinho, est ouvindo? Papai est trabalhando.
-- Fico, mas vou empurrar esta cadeira.
<F->
E o barulho recomeou.
<F+>
::::::::::
A Morada no Cu
Um homem muito rico morreu e foi recebido no cu. O anjo guardio
levou-o por vrias alamedas e foi mostrando-lhe as casas e moradias.
Passaram por uma linda casa com belos jardins. O homem perguntou:
"Quem mora a?" O anjo respondeu: " o Raimundo, aquele seu
motorista, que morreu no ano passado". O homem ficou pensando: "Puxa!
O Raimundo tem uma casa dessas!"
Aqui deve ser muito bom! Logo a seguir surgiu outra casa ainda mais
bonita. "E aqui, quem mora?" Perguntou o homem. O anjo respondeu: "Aqui
a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira." O homem ficou
imaginando que, tendo seus empregados magnficas residncias, sua
moradia deveria ser, no mnimo, um palcio. Estava ansioso por v-la.
Nisso o anjo parou diante de um barraco construdo com tbuas e
disse: "Esta a sua casa!" O homem ficou indignado. "Como
possvel? vocs sabem construir coisa muito melhor." "Sabemos."
Respondeu o anjo. "Mas ns construmos apenas a casa. O material so
vocs mesmos que selecionam e nos enviam l de baixo. Voc s enviou
isso!"
Moral da histria:
Cada gesto de amor e partilha um tijolo com o qual construmos a
eternidade. Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes de cada
dia.
No devemos dizer a Deus que temos grandes problemas, mas dizer aos
problemas que
<P>
<F->
temos um grande Deus...
<F+>
::::::::::
Ameno e Instrutivo
Um Osis
Osis uma palavra de origem egpcia. Eram as ilhas de vegetao
habitadas pelo homem, perdidas no deserto
<F->
da Lbia. A palavra genera-
<F+>
lizou-se, sendo aplicada a qualquer ilhota de vegetao e vida
num deserto. Correspondem aos lugares onde o lenol de gua
subterrnea aflora superfcie ou onde se acumulam as guas
superficiais que caem das montanhas. Os osis do deserto de Saara, na
frica, possuem vegetao caracterstica, onde sobressai a tama-
<F->
reira.
<F+>
::::::::::
Um Atalho de
10 mil Quilmetros
Quando, em 1869, se abriu o canal de Suez, ao cabo de uma dcada de
escavaes, em que trabalharam 1,5 milho de homens, milhares dos quais
at a morte, surgiu a oitava maravilha do mundo. Seus meros 160
quilmetros encurtaram em 10 mil quilmetros a passagem martima entre
Europa e ndia. No era mais preciso circunavegar a frica. Em pouco
tempo, boa parte da riqueza das naes passava pelo canal.
Curiosamente, os ingleses deixaram o controle
<F->
para um consrcio franco-
<F+>
-egpcio. Perceberam a tempo o papel vital do canal e
recompraram as aes do Egito. Uma comisso anglo-francesa dirigiu o
canal at 1956, quando o ento presidente egpcio
Gamal Abel Nasser o
<F->
expropriou.
<F+>
***
Aprendendo um Pouco Mais
A Grcia era a terra dos deuses, a Alemanha era a terra dos
vampiros, mas, em matria de castelos mal-assombrados, a Esccia ainda
a tal.
Um dos mais conhecidos o de Holyrood, que foi residncia, por
algum tempo, da rainha Mary Stuart. Em 1560, bela e com apenas
dezoito anos, ela j havia enviuvado. Conta-se que
<F->
Chastelard, um poeta, se
<F+>
apaixonou perdidamente por ela, certa vez, ao v-la
adormecida. Sem pensar no que fazia, inventou de esconder-se nos
aposentos da rainha, para estar mais perto de sua amada. Acontece que
a rainha no gostou muito da idia e, ao dar com ele, chamou os
guardas e mandou prend-lo. Por sua ousadia, o pobre apaixonado foi
condenado morte.
Mas seu nome no morreria; ficou ligado a uma lenda que at hoje
perdura. Contam que seu fantasma perambula pelos corredores do
castelo, declamando versos em voz cavernosa e, quando algum tem o
"pra-
zer" de avist-lo, ele indica
<F->
o local onde foi decapitado.
<F+>
::::::::::
til Saber
Desejo de Paz
Elizabeth Cachon de Rabasa
-- Poeta mexicana cego-surda
<F->
No queremos que haja
guerra
Queremos viver em paz
E que entre todos os povos da
terra
Haja um lao de irmandade
Que se destruam as armas que
levam desolao
E retardam o progresso da ci-
vilizao
Que os homens se libertem da
inveja, do rancor
E se unam num abrao de doce
reconciliao
Que se ajudem com respeito e
com amor
E naturalmente resgatem suas
faltas com perdo
Que trabalhem em prol do pro-
gresso com empenho e com
ardor
Recordem que a unio faz a
fora
E se querem que a vida no
planeta seja bem melhor
Devem unir-se com carinho e
respeito bem maior
<F+>
Dia Mundial da Paz -- #,o
<F->
de janeiro
<F+>
***
A Visita dos Reis Magos
Tendo nascido Jesus na cidade de Belm, na Judia, no tempo do rei
Herodes, alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalm, e perguntaram:
"Onde est o recm-nascido rei dos judeus? Ns vimos a sua estrela no
Oriente, e viemos para prestar-lhe homenagem."
Ao saber disso, o rei Herodes ficou alarmado, assim como toda a
cidade de Jerusalm. Herodes reuniu todos os chefes dos sacerdotes e
os doutores da lei, e lhes perguntou onde o Messias deveria nascer.
Eles responderam: "Em Belm, na Judia, porque assim est escrito por
meio do profeta: E voc, Belm, terra de Jud, no de modo algum a
menor entre as principais cidades de Jud, porque de voc sair um
Chefe, que vai apascentar Israel, meu povo."
Ento Herodes chamou secretamente os magos, e investigou junto a
eles sobre o tempo exato em que a estrela havia aparecido. Depois,
mandou-os a Belm, dizendo: "Vo, e procurem obter informaes exatas
sobre o menino. E me avisem quando o encontrarem, para que tambm eu
v prestar-lhe homenagem."
Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham
visto no Oriente, ia adiante deles, at que parou sobre o lugar onde
estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos ficaram
radiantes de alegria.
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua me.
Ajoelharam-se diante dele, e lhe prestaram homenagem. Depois, abriram
seus cofres, e ofereceram presentes ao menino: ouro, incenso e mirra.
Avisados em sonho para no voltarem a Herodes, partiram para a regio
deles, seguindo por outro caminho.
<F->
Dia de Reis -- 6 de Janeiro
<F+>
***
Carnaval em Veneza
Lisa Maria Silva
A temperatura baixa. Mas a festa inesquecvel. Nos sales
nobres dos palcios venezianos, milhares de folies bailam ao som de
msicas do Renascimento.
Depois, desfilam ao ar livre pelas ruas, praas e
<F->
pontes da cidade -- especi-
<F+>
almente na Praa San Marco
<F->
e na Ponte dos Suspiros.
<F+>
Vestem roupas que imitam os trajes dos sculos XVII e XVIII -- bordadas com
plumagens e pedrarias e confeccionadas com rendas, tules, veludos e
sedas. Nos rostos, belas maquiagens ou mscaras cintilantes, que
lembram as figuras tpicas das festas profanas -- Colombina, Arlequim
e Polichinelo. Para completar, assistem ao cortejo de embarcaes
histricas e gndolas tpicas de Veneza no Grand Canale.
H o tradicional vo da Colombina, um grande pssaro mecnico que
atravessa a Praa San Marco, espalhando confetes e serpentinas sobre
os folies. Enquanto isso, mi-
<F->
lhares de bales coloridos so
<F+>
lanados ao cu. H festas em vrios pontos da cidade e em localidades
vizinhas.
H tambm um baile ao ar livre na Praa san Marco, com artistas
mascarados e con-
<F->
curso de fantasias.
<F+>
***
Orao
Este ms, queremos lembrar de algo muito importante: a orao.
Quantas vezes voc fala com Deus durante o dia? Sempre entre em
contato com Ele atravs da prece. Ele o nico amigo que est
disposto a nos ouvir a qualquer hora de qualquer dia. E, apesar de
no poder escut-lo de volta depois da orao, temos uma sensao
muito boa de que fomos ouvidos com carinho. Se voc ainda no tem o
hbito de conversar com Deus, aproveite para comear agora.
Dia Mundial da Orao --
<F->
7 de maro.
<F+>
***
Uma Pequena
Histria do Livro
Quando folheamos um livro, dificilmente pensamos como ele foi
feito. mais comum ficarmos curiosos sobre quem o escreveu, fez os
desenhos, as fotos... Voc j se perguntou como surgiu o livro? Se
tentarmos nos imaginar no passado, fica fcil intuir que a criao do
livro est ligada ao surgimento da escrita. Antes de desenvolver esta
forma de expresso, o homem se comunicava apenas falando. Depois,
ele inventou outros meios de comunicao, como os sinais de fumaa e os
sons dos tambores.
Tempos mais tarde, h cerca de 5.500 anos, em Sumer, na
Mesopotmia, sia, o homem inventou o alfabeto. E, quando o inventou,
j se sentia pronto para escrever e registrar seus pensamentos e
descobertas.
No sculo XV, os registros do homem ganharam a forma de livros como
conhecemos hoje. Mas, at isso acontecer, ele escreveu em pedras,
ossos e tbuas de argila. Os primeiros livros foram escritos nessas
tbuas de argila. Eram pginas pesadas contando, por exemplo, a
histria do rei e heri Gilgamesh, de Uruk, na Mesopotmia, que viveu
h 4.000 anos. Ele foi valente guerreiro que lutou com lees,
construiu uma cidade, percorreu o mundo e venceu muitas batalhas.
Esses detalhes s puderam ser conhecidos hoje porque parte do livro
de tbuas de argila que conta a sua histria, escrito h 4.000
anos, resistiu ao tempo. No fossem os registros, quem saberia de sua
existncia?
Depois, o homem passou a usar o papiro. A planta, comum no Egito,
era umedecida e ligeiramente amassada, para ficar um pouco grudenta.
Depois, suas fibras eram tranadas e colocadas para secar, produzindo
um papel rstico. Nele, anotava-se a contabili-
<F->
dade das lojas do reino eg-
<F+>
pcio e escreviam-se livros e cartas.
Usando o couro de animais -- raspado, lavado, esticado e seco -- o
homem inventou o pergaminho. E no demorou a costurar vrios pedaos
de pergaminho, formando livros parecidos com os de hoje. Nas folhas
de couro, assim como no papel da atualidade, escrevia-se dos dois
lados. Isso aconteceu entre os sculos II e IV.
Por falar em papel... Ele foi uma inveno dos chineses, no ano
105. O segredo do papel foi passado para os rabes, at chegar aos
europeus. A primeira fbrica de papel da Europa foi em Jativa, na
Espanha, em 1150. Surgiram, ento, os primeiros livros com o material
e o formato que conhecemos hoje, s que escritos mo!
Gastava-se um tempo enorme para faz-los. Por isso, os livros eram
caros e pouca gente sabia ler. Os alfabetiza-
<F->
dos -- papas, cardeais, pa-
<F+>
dres, reis, rainhas e homens da corte, professores, astrnomos,
filsofos, arquitetos e juzes -- formavam uma pequena parcela da
sociedade.
Dia do Livro -- 18 de
<F->
abril
<F+>
***
Cultura Herdada
de Pai para Filho
A vida do ndio a vida da floresta ou do lugar onde ele pode
plantar, colher, caar, pescar e comer.
Os ndios descobriram, h milhares de anos, jeitos de viver nos
diferentes lugares do pas, como florestas, montanhas e plancies.
Os homens tm o poder de se adaptar; eles inventam, em primeiro
lugar, maneiras de comer, de vestir ou no vestir, e de se abrigar
da chuva e do frio.
Depois, ensinam a seus descendentes que essa a melhor maneira
de viver. A criao de tudo o que facilita a vida em um determinado
lugar se chama cultura.
Existem muitas maneiras de se adaptar, de aprender a preparar os
alimentos que se encontram em cada lugar.
Ns aprendemos com os ndios a fazer comidas diferentes das
europias. Canjica, pamonha e cuscuz, por exemplo, so de origem tupi.
<F->
Dia do ndio -- 19 de abril
<F+>
***
Festa da Pscoa
A ressurreio do Senhor um exemplo vivo de que a cada dia pode
ressuscitar dentro de ns a esperana de um mundo melhor. Assim como
no Natal, a Pscoa representa todo este sentimento de amor ao Senhor,
este amor que estar presente no seio de cada famlia, no
s durante a Pscoa, mas em todos os momentos de nossa caminhada.
Durante toda a existncia, fomos norteados pela importncia da
famlia unida. Nossos pais e fundadores contavam-nos fatos da vida e
ensinamentos do Senhor, um ser to iluminado que veio ao mundo para
dar um rumo melhor humanidade.
com este esprito de amor ao prximo e de fraternidade que
desejamos feliz Pscoa
<F->
a todas as famlias.
<F+>
***
Me Girafa
O parto da girafa feito com ela em p, de modo que a primeira
coisa que acontece com o recm-nascido uma queda de aproximadamente
dois metros.
Ainda tonto, o animal tenta firmar-se nas quatro patas, mas a me
tem um comportamento estranho: ela d um leve chute, e a girafinha cai
de novo ao solo. Tenta levantar-se, e de novo derrubada.
O processo se repete vrias vezes, at que o recm-nascido,
exausto, j no consegue mais ficar de p. Neste momento, a me
novamente o instiga com a pata, forando a levantar-se. E j no o
derruba mais.
A explicao simples: Para sobreviver aos animais selvagens, a
primeira lio que a girafa deve aprender levantar-se rpido. A
aparente crueldade da me encontra total apoio em um provrbio rabe:
"s vezes, para ensinar algo bom, preciso ser um pouco rude."
Dia das Mes -- #;o do-
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mingo de maio.
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Meio Ambiente e Ecologia
Todos ns precisamos preservar a natureza e as coisas que nela
existem. No sculo XIX, o bilogo alemo Ernst Haeckel (1834-1919)
criou a disciplina que estuda a relao dos seres vivos com o meio
ambiente e props que ela se chamasse Ecologia. Juntando as palavras
gregas *oikos*, casa, e *logos*, estudo, a disciplina ficou restrita
aos meios acadmicos at bem pouco tempo, ganhando dimenso social
depois de um acidente de grande proporo, ocorrido em 1967, na
Frana, com o petroleiro Torrey Canion. A partir da, houve um
aumento de debates relacionando o homem com a natureza. H mi-
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lhes de anos, a camada de
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oznio que cobre a Terra, composta de um gs
rarefeito, impede a passagem dos raios ultravioleta do sol, que
podem causar srios danos como a reduo da capacidade de
fotossntese das plantas, a baixa no sistema imunolgico do homem e
doenas como o cncer de pele. Esta camada est sendo destruda por
causa da emisso de poluentes no ar, sendo o cloro, presente em
clorofluorcarbonetos (CFC), seu principal inimigo. Este produto
usado em *sprays*, *chips* de computador e, principalmente, aparelhos
domsticos, como geladeira e ar-condicionado. Em 1992, um novo vilo
aparece para perturbar esta camada: o brometo de metila, inseticida
usado em plantaes de tomate e morango, muito mais nocivo, apesar de
existir em menor quantidade. O buraco da camada de oznio continua
aumentando e s deve se recuperar na metade deste sculo, caso sejam
respeitadas todas as metas do
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"Protocolo de Montreal", as-
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sinado no Canad, em 1987, em que 24 pases se comprometeram, entre
outras coisas, restringir metade a produo de CFC.
Aspectos que no contribuem para a conservao do meio ambiente:
1. O desmatamento em grande escala, que j chega a 46 por cento das matas
primitivas da Terra. Dos 62 milhes de quilmetros quadrados de florestas
originais, somente 33 milhes de quilmetros quadrados ainda cobrem a
superfcie do planeta. As queimadas de grandes reas para o cultivo da
agricultura e a prtica da pecuria, so as principais causas do
desmatamento. Segundo o "Fundo Mundial para a Natureza", o Brasil o
recordista mundial em desmatamento, derrubando anualmente na
Amaznia, cerca de 15 mil quilmetros quadrados de floresta.
2. Poluio. Tanto do ar, da gua, do solo ou sonora apontam
para um nico problema: a interferncia negativa do homem
no equilbrio ambiental.
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Dia do Meio Ambiente e da
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Ecologia -- 5 de junho
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***
Viviane
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Viviane,
Voc no me engana!
Olho para voc
que finge que no me v,
quero um pouco de prosa
que voc recusa dengosa,
te chamo pra namorar
voc comea a cantar,
mando um recado
voc me tira de lado!
Viviane,
voc no me engana
mesmo assim
sei que gosta de mim!
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Dia dos Namorados -- 12
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de junho
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Quadrilha, Quento,
Fogueira
Quem no gosta? Pois as festas juninas, to tradicionais no Brasil
todo, so ainda mais animadas no Nordeste. A partir do primeiro dia
de junho, as cidades do Cear e da Bahia amanhecem enfeitadas de bales
e bandeirolas de papel colorido, e assim ficam at o fim do ms. Mas
em nenhum lugar a farra to grande quanto em Campina Grande, na
Paraba, e em Caruaru, em Pernambuco. Uma se intitula a terra do
"melhor So Joo do Brasil", Caruaru, a outra, garante ter o "maior
So Joo do mundo", Campina Grande. Difcil dizer quem ganha, mas uma
coisa certa: ambas so animadssimas, pouco importando a diferena
entre "o melhor" e "o maior".
Campina Grande ficou famosa por promover Casamentos Coletivos, em
que dezenas de noivos so casados de verdade -- e de graa -- por um
juiz igualmente autntico.
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Dia de So Joo -- 24 de junho
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O Dicionrio Esclarece
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abdmen: ventre
atenuar: abrandar; ame-
nizar
corteso: pertencente ou
relativo corte palaci-
ana
credenciam: habilitam
discrdia: divergncia; de-
savena; desordem
esttico: que diz respeito
ao sentimento ou apreciao
do belo
tica: a cincia da moral
etnias: agrupamentos huma-
nos classificados quanto
origem comum de raa, cul-
tura e lngua
feudos: propriedades terri-
toriais concedidas a um
nobre
hertica: contrria reli-
gio
incrustada: embutida; en-
caixada
inspito: desolado; no ha-
bitado
intuir: pressentir
jugo: submisso; opresso
liquens: vegetais formados de
algas verdes ou azuis
metfora: mudana de uma
palavra por outra de sentido
figurado
nababo: pessoa rica que vi-
ve cercada de luxo
plenitude: sem restrio
pressuroso: apressado
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Fontes de Pesquisa
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Jornal do Brasil
Jornal O Fluminense
Jornal o Globo
Livro Aventura de Ler
Livro Sinal Verde
Revista Caminhos da Terra
Revista Cincia Hoje das
Crianas
Revista do Clube Militar
Revista Galileu
Revista Selees
Revista Superinteressante
Folheto USP
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