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Conteúdo do arquivo
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o
PONTINHOS o
o
Ano Xll -- n.o 313 o
Julho-Dezembro o
de 2002 o
Instituto o
Benjamin Constant o
Diretor-Geral o
do IBC o
Prof. Carmelino o
Souza Vieira o
Fundador de Pontinhos o
Prof. Renato o
M. G. Malcher o
Responsvel por o
Pontinhos o
Kate Q. Costa o
Impresso na o
Imprensa Braille o
do IBC o
Av. Pasteur, 350-cfh, o
Urca, Rio de Janeiro, o
RJ -- Brasil o
CEP 22290-bdj o
tel.: (0xxba) 2543-aaai o
ramal 145 o
o
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SUMRIO
Seo Infantil
A Vov Conta Histrias:
A Boneca de
Mariana ,,,,,,,,,,,,,,, 1
Como Nasceram as
Cataratas ,,,,,,,,,,,,, 3
O Ladro e o Co ,,,, 5
Divertimentos:
O que , o que ? ,,,,, 5
S Rindo ,,,,,,,,,,,,, 9
Vamos Aprender:
Os Dentes ,,,,,,,,,,,, 11
Para voc Recitar:
Brinquedos ,,,,,,,,,,,, 12
Zoologando:
Lobo-Marsupial ,,,,,,, 13
Historiando:
O Terrvel ,,,,,,,,,,, 14
Seo Juvenil
O Vov narra a Histria:
Os Incas ,,,,,,,,,,,,, 17
O Telgrafo Entra
na Linha ,,,,,,,,,,,,,, 21
Conhecendo nossos
Escritores ,,,,,,,,,,,, 23
Tal Pai, tal Filho ,,,, 24
Bises ,,,,,,,,,,,,,,,,,, 27
Nosso Brasil:
A Cidade Fantasma ,, 29
Receita de Vida ,,,,,,,, 31
Uma Cidade ao Som
de Mozart ,,,,,,,,,,,,, 32
Curiosidades ,,,,,,,,,,,, 34
Deus no tem cestas
de Lixo ,,,,,,,,,,,,,,, 36
Ecoando:
O Planeta Azul ,,,,,, 38
Vermes com Idias ,,,,,, 40
A Histria da Pizza ,,, 42
Conhecendo o Mundo:
Marvo ,,,,,,,,,,,,,,,, 43
Sabratha, a Cidade
Esquecida ,,,,,,,,,,,,, 44
Quem Criou a
Coca-Cola? ,,,,,,,,,,, 45
Ameno e Instrutivo:
A Histria da
Bssola ,,,,,,,,,,,,,,, 46
A Prola Negra ,,,,,, 47
Por que um navio
to pesado no
afunda? ,,,,,,,,,,,,,,,, 48
Animais Sagrados ,,,,,,, 48
O Vaticano ,,,,,,,,,,,,, 50
til Saber:
Declarao dos
Direitos Humanos ,,,,, 51
Perfil de Mulheres
do Egito Antigo ,,,,, 52
Tem tudo a Ver ,,,,,,, 54
Conserve a sua
Sade ,,,,,,,,,,,,,,,,, 55
O Livro ,,,,,,,,,,,,,, 56
Tiradentes, Martir
da Independncia ,,,,,, 58
O Mundo Encantado
de um Palhao ,,,,,,,,, 61
Escravido no
Brasil ,,,,,,,,,,,,,,,, 61
Dilogo ,,,,,,,,,,,,,,, 63
O Meio Ambiente ,,,,, 66
Amigo ,,,,,,,,,,,,,,,,, 67
Dia do Selo ,,,,,,,,,, 68
Estudante ,,,,,,,,,,,,, 70
Presente para o
Papai ,,,,,,,,,,,,,,,,, 71
Seres Encantados que
Desembarcaram no
Brasil ,,,,,,,,,,,,,,,, 72
Independncia do
Brasil ,,,,,,,,,,,,,,,, 75
O Instituto Benjamin
Constant ,,,,,,,,,,,,,, 77
Infncia ,,,,,,,,,,,,,, 80
As Primeiras
Universidades ,,,,,,,,, 81
A Conversa das
Palavras ,,,,,,,,,,,,,, 83
A Lngua ,,,,,,,,,,,, 85
Meu Brasil ,,,,,,,,,,, 87
Como Surgiu o
Natal ,,,,,,,,,,,,,,,,, 87
Amor Primeira
Vista ,,,,,,,,,,,,,,,,, 89
Fontes de Pesquisa ,,,,, 93
O Dicionrio
Esclarece ,,,,,,,,,,,,, 94
::::::::::
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Seo Infantil
A Vov Conta Histrias:
A Boneca de Mariana
Ento vov comeou a abrir os seus bas e de dentro deles foi tirando
umas caixas grandes, de dentro das caixas umas caixas menorezinhas, e as
caixinhas eram todas cobertas de papel brilhante, uns cheios de estrelinhas,
outros cheios de bolinhas e outros coloridos.
E, de dentro de cada caixa, de cada caixinha e de cada ba, foram
saindo os guardados da vov: fazendas transparentes e rendadas, colares
de miangas, gales dourados, botes de cristal... Novelos de seda,
pedrarias coloridas, plumas de avestruz... E uma cabeleira de cabelos
loiros e sapatinhos de cetim, e tanta, tanta coisa linda e diferente,
que Mariana achou que o ba de vov Nenm mais parecia o ba de uma
fada!
Com a caixinha de pinturas, vov retocou o rosto da boneca que foi
ficando to bonito que parecia novo.
E ps na cabea a cabeleira de cachos sedosos e dourados que ela
tinha encontrado no ba.
E das mos mgicas da vov comeou a sair uma poro de maravilhas:
vestido brilhante, capa de lantejoulas, sapati-
nhos bordados, coroinha de princesa.
Enquanto ia trabalhando, vov Nenm ia conversando sobre aquelas
coisas que ela gostava tanto de conversar, de como importante guardar
as coisas e conserv-las e us-las de novo, mas, desta vez,
Mariana no estava achando nada chato, pelo contrrio!
Ela agora estava entendendo tudinho que a vov dizia.
Quando a boneca ficou pronta, Mariana bateu palmas.
-- Puxa, vov! Voc uma fada!
***
Como Nasceram as
Cataratas
Os ndios Caingangue, que habitavam as margens do rio Iguau, acreditavam
que o mundo era governado por Mboi, um deus que tinha forma de uma
serpente gigantesca e era fi-
lho de Tup, o rei dos deuses. O morubixaba dessa tribo chamado Igobi, tinha
uma fi-
lha, Naipi, to bonita e graciosa que as guas do rio paravam quando a jovem
nele se mirava.
Devido sua beleza, Naipi ia ser consagrada ao deus Mboi, passando ento
a viver somente para o seu culto.
Havia, porm, entre os Caingangue um jovem guerreiro, belo como
o sol, chamado Tarob que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou.
No dia em que foi anunciada a festa de consagrao da bela ndia
ao deus-serpente, enquanto o morubixaba e o paj da tribo embriagavam-se
com cauim e os guerreiros danavam alegremente, Tarob fugiu com Naipi,
numa canoa, que seguiu rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Quando Mboi soube da fuga dos dois jovens, ficou furioso. Penetrou,
ento nas en-
tranhas da terra e, retorcendo seu corpo gigantesco, produziu
na rocha uma enorme fenda, que deu origem a uma catarata. Envolvida
pelas guas dessa imensa cachoeira, a canoa dos ndios fugitivos caiu
de grande altura, desaparecendo para sempre.
Diz a lenda que Naipi foi transformada numa das rochas centrais da
cachoeira, perpetuamente fustigada pelas guas revoltas. E Tarob foi
convertido numa rvore situada beira do abismo e inclinada sobre
a garganta do rio.
Debaixo dessa rvore, acha-se a entrada da gruta, de onde o monstro
vingativo e cruel vigia eternamente as suas duas vtimas.
***
O ladro e o Co
Um ladro entrou de noite numa casa. Um co que l havia, comeou
a ladrar; para que se calasse, o homem deu-
-lhe um pedao de po.
Ento o co disse-lhe: "Por que voc me d este po? Para me obsequiar
ou para me enganar? Se voc matar e roubar o meu amo e a sua famlia,
mesmo que me d agora po, logo terei que morrer de fome, e ento me
convm mais ladrar e acord-los que comer o pedao de po que me oferece."
Muitos arriscam a vida por um insignificante benefcio. Devem causar
suspeitas os favores dos malvados.
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Divertimentos:
O que , o que ?
1) Quantas espcies de animais Moiss ps na arca?
R. Nenhuma, pois a arca era de No.
2) O que d cruzar um papagaio com uma girafa?
R. Um "alto falante".
3) Um pai deu 9 centavos para uma filha e 6 para a outra. Que horas
so?
R. 15 para as duas.
4) Que co pula mais alto que um adulto?
R. O "co guru".
5) O que tem mo, mas no tem brao?
R. A rua.
6) O pato estava numa rampa e botou um ovo. O ovo subiu ou desceu?
R. Pato no bota ovo.
7) Trs pessoas esto em um carro conversvel, quando, de repente,
ele cai num rio. Por que s 2 pessoas molham o cabelo?
R. Porque uma era careca.
8) O que uma parede disse para outra?
R. Te encontro ali no canto.
9) O que um dedo do p disse para o outro dedo?
R. Disfara, tem um cal-
canhar nos seguindo.
10) Por que que o elefante grande, cinzento e enrugado?
R. Porque, se fosse branco, pequeno e redondo, seria uma aspirina.
11) O que o ponteiro grande do relgio disse para o ponteiro pequeno?
R. Juzo, hein! Te vejo daqui a uma hora.
12) Qual o cereal predileto dos vampiros?
R. Aveia
13) Por que que os porcos no gostam dos mecnicos?
R. Porque eles vivem apertando as porcas.
14) Qual a diferena entre a namorada tmida e a chata?
R. A tmida pega na mo e a chata pega no p.
15) Qual a diferena entre a motocicleta e o vaso sanitrio?
R. Na motocicleta, voc senta para correr; no vaso sanitrio, voc
corre para sentar.
16) Qual a diferena entre a mentira e um jogador de basquete?
R. A mentira tem pernas curtas.
17) O que que a mo esquerda pode pegar e a mo direita no pode?
R. O cotovelo direito.
18) Qual a diferena entre uma confeitaria e um leque furado?
R. que na confeitaria tem bananada e o leque furado no abana nada.
19) Por que o gato mia para a lua e a lua no responde?
R. Porque Astro-no-mia!
20) O que que tem 3 letras, dessas 3 letras voc pode tirar 2 nomes
de mulher e ainda vo sobrar 5 letras?
R. O ovo, ele tem 3 le-
tras; dele tiro a clara e a gema e sobra a casca,
<p>
que tem 5 letras.
***
S Rindo
A Briga na Escola
O menino chega em casa cheio de arranhes, com um olho roxo e a roupa em
farrapos. A me fica assustadssima com a cena:
-- Foi um garoto grande da escola que cismou comigo e me cobriu
de pancada -- explica Joozinho.
-- Que brutamontes covarde! -- revolta-se a me. -- Se voc encontr-lo
amanh, poder reconhec-lo, filho?
-- Claro que sim, me, sem dvida! A orelha dele est aqui no meu
bolso...
Aluno esperto
A professora:
-- Juquinha, qual o ms mais curto do ano?
-- maio, professora!
-- Que besteira essa?
Voc no sabe que maio tem 31 dias, meu filho?
-- Sei, sim, senhora. Mas tambm s tem quatro letras...
O cachorrinho do louco
No hospcio, o louco anda pelo ptio com uma escova de dentes amarrada
por uma cordinha. Um enfermeiro passa e ironiza:
-- Como vai o cachorrinho, colega?
-- Que cachorrinho?
No est vendo que isso uma escova de dentes com uma cordinha amarrada?
-- Nossa! At que voc no to louco... -- se surpreende o enfermeiro,
que se afasta para comemorar o fato com o diretor.
-- Boa, Tot! Enganamos ele direitinho!
A aula do Juquinha
Aula de Qumica na escola e a professora se vira para o Juquinha,
que, por incrvel que parea, gosta da matria:
-- O que acontece com um pedao de ferro exposto ao ar livre, Juquinha?
-- Se oxida, fessora.
-- Muito bem. E o que a-
contece com um pedao de ouro nas mesmas condies?
-- Some na hora!
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Vamos Aprender:
Os Dentes
Devemos os nossos dentes
Zelar com o maior rigor
Ser com eles negligentes,
Causa sempre dissabor.
Deles tudo se remova
Que os possa prejudicar,
Limpando-os com gua e
escova
Pela manh e ao deitar.
E toda ateno pouca
No cuid-los muito bem
Se entra a vida pela boca
Entra a molstia tambm.
A crie apenas comea
No se d parte de fraco,
V ao dentista depressa
Que sempre a crie
"um buraco".
Dos dentes mantendo o
asseio
Podemos ficar contentes
Pois quase no receio
De chorar de dor de dentes.
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Para voc Recitar
Brinquedos
(Elza Beatriz)
Eu fiz de papel dobrado
Um barquinho e naveguei.
Fiz um chapu de soldado
E soldadinho, marchei.
Fiz avio, fiz estrela
Embarquei dentro, voei.
Agora fiz um brinquedo,
o melhor que j brinquei,
guardei num papel dobrado
o primeiro namorado.
<p>
O seu nome eu inventei...
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Zoologando
Lobo-Marsupial
Sou o lobo-marsupial, tambm chamado lobo-da-
-tasmnia. Tenho o corpo alongado, cabea de cachorro, orelhas retas,
pernas curtas e cauda longa e larga.
Sou o maior dos marsupiais carnvoros. Tenho 1 metro de comprimento
e minha cauda mede 50 centmetros. Meu plo cinza, com 16 faixas
transversais negras, e minha cauda coberta de plos macios.
Sou um animal de hbitos noturnos, evitando a luz do dia, por causa
dos meus olhos que so muito sensveis. noite que saio para caar
insetos, pequenos roedores e moluscos. Cao sozinho ou em bando.
No consigo viver em Jardins Zoolgicos. O ltimo lobo-marsupial
vivendo em cativeiro, morreu em 1933 no Zoolgico de Hobart, na Tasmnia.
Somos poucos hoje em dia e para que no acabassem conosco de uma
vez, uma vasta zona da Tasmnia, habitada por ns, foi colocada sob
proteo especial.
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Historiando
O Terrvel
Assim que ele nasceu resolveram que ele ia ser um galo de briga to,
to ganhador de todo mundo, to terrvel, que o melhor era ele se chamar
Terrvel de uma vez e pronto.
Porque no galinheiro onde morava era assim mesmo: mal os pintinhos
nasciam, os donos do galinheiro j resolviam o que que cada um ia
ser:
-- Voc vai botar ovo.
-- Voc vai ser tomador-de-
-conta-de-galinha.
-- Voc vai ser galo de briga.
-- Voc vai pra panela.
E no adiantava nada os pintinhos quererem ser outra coisa: os donos
que resol-
viam tudo, e quem no gostou que gostasse.
Terrvel tinha um primo chamado Afonso. Os dois eram enturmados que
s vendo, batiam cada papo bom mesmo! Quando os donos viram aquilo,
pronto: separaram os dois. E disseram:
-- Galo de briga no pode gostar de ningum. Galo de briga s pode
gostar de brigar.
Terrvel foi crescendo, foi crescendo, ficou grande. E os donos todo
o dia treinando ele pra brigar. Mas quanto mais treinavam o Terrvel,
mais o Terrvel ia ficando com uma vontade danada de se apaixonar.
Porque ele era assim: gostava demais de curtir a vida. O problema
que botavam ele pra brigar, e todo o mundo sabe que briga o tipo
da coisa que no combina com curtio.
At que um dia ele se apaixonou por uma franguinha que era uma graa.
E a aconteceu o seguinte: na hora de brigar ele comeava a pensar
nela; em vez de atacar o inimigo ele desenhava no cho um corao.
Os donos ficaram furiosos e trancavam o Terrvel num galinheiro de
parede bem alta. No dava mais pra ele ver a namorada, no dava pra
ver mais ningum. Depois trouxeram um outro galo que tambm estava
treinando pra ser galo, de briga, e deixaram os dois juntos: era pra
eles brigarem bastante.
Mas o Terrvel foi logo achando que o outro galo era legal, e ento
deu um vo, roubou uma meia de mulher que 'tava pendurada no varal,
rasgou um pedao, encheu de folha de pena de tudo que encontrou, amarrou
com o outro pedao e fez uma bola. Em vez de brigar, os dois foram jogar
<p>
futebol.
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Seo Juvenil
O Vov Narra a Histria
Os Incas
H quase 700 anos, quando se fixaram no vale de Cuzco, os incas eram
um povo modesto, quase nmades.
Pouco a pouco, acostumaram-se a viver no vale de Cuzco.
Isso tudo aconteceu l pelo ano de 1400 e tal. O chefe dos incas,
na poca, chamava-se Pachucutec.
Com o tempo, todos os povos andinos passaram a ver os incas como
protetores, quase deuses. E o chefe dos incas era considerado um deus.
Para que tudo funcionasse bem, era preciso uma organizao perfeita.
Em primeiro lugar, organizar a contabilidade: contar as pessoas de
cada comunidade, saber quantos trabalhadores podiam ser requisitados
sem prejudicar a al-
deia, contar os impostos, os sacos de batata, as
lhamas, os gros de milho... Os incas inventaram um modo curioso de
contar, usando uns cordes com nozinhos coloridos.
O nmero dependia do tipo de n e da cor. Poucos sabiam manej-
-los, sendo alguns incas especialmente treinados para esse fim.
Os incas trataram tambm de expandir a sua lngua, o qu-
chua. No acabaram com a lngua dos outros, mas procuraram ensinar a sua
para os chefes das comunidades e aldeias do imprio e suas famlias. O
quchua tornou-se, entre todas, a lngua principal.
Como controlavam um vasto territrio, os incas tinham de desenvolver
bons esquemas de comunicao. Da construrem pontes e estradas. E nas es-
tradas colocavam postos de vigia (tambos), que tambm
funcionavam como armazns. Em cada tambo, havia um _chasqui, funcionrio
muito importante do imprio. Era uma espcie de "correio" dos incas. Os
chasquis viviam correndo de um lado para o outro, levando as notcias mais
importantes ao conhecimento das autoridades imperiais. Eram verdadeiros
atletas, capazes de fazer uma notcia da costa chegar a Cuzco em apenas dois
dias.
Os povos do imprio amavam o inca, mas tambm tinham muito medo dele.
A pena mais temida era a deportao da al-
deia, aplicada em caso de rebeldia ou desobedincia. O inca mandava tirar a
aldeia de seu lugar de origem e fix-la bem longe. Era uma punio terrvel,
no s pelo abandono do solo e do clima aos quais a comunidade estava
habituada, mas porque a terra de cada aldeia era sagrada. Era ali que
habitavam os seus deuses, os espritos dos antepassados.
O filho do sol -- O poder do inca era total. Mais que um rei, o grande
inca era um deus. Nas escolas de Cuzco, os professores costumavam contar
uma lenda muito interessante. Diziam que, antes dos incas, tudo era
s
Pobreza e desordem. Todos passavam fome e viviam mal. Foi ento que
o Sol resolveu enviar um de seus filhos e uma de suas fi-
lhas para dar lei aos homens e ensin-los a cultivar os cam-
pos. Tido como filho do Sol, o grande inca era alvo de muita devoo e
homenagem.
Ningum podia toc-lo e nem sequer olh-lo de frente. Ele jamais
usava a mesma roupa duas vezes, e dizem que, se a sujasse um tiquinho,
trocava-a na mesma hora.
O grande inca tinha numerosos privilgios. Tambm suas diversas esposas
e seu bata-
lho de filhos viviam nababescamente. Os melhores artesos
das aldeias eram levados para residir em Cuzco, a fim de trabalhar
para o inca e seus familiares. Faziam roupas belssimas e jias encantadoras
de ouro e de prata.
Mas se viam o inca como um deus, filho do principal deus, o todo-poderoso
Sol, os incas no aboliram os outros deuses e cultos da regio
dos Andes. As crenas dos povos dominados foram preservadas, assim
como o culto que devotavam a seus antepassados em rochas, cavernas
e lagos.
Tudo isso acabou de repente. O imprio inca, que contava com milhes
de pessoas e vrios milhares de soldados, deixou-se vencer por pouco
mais de 200 espanhis que u-
savam armas mortais.
***
O Telgrafo Entra na Linha
Nenhuma inveno encolheu o mundo de forma to espetacular quanto
o telgrafo eltrico, capaz de levar mensagens atravs de continentes
e mares a 25 mil quilmetros por segundo. No admira que Samuel F.
B. Morse, ao inaugurar sua primeira linha telegrfica, entre Washington
e Baltimore, tenha lanado mo de uma expresso bblica: "O que Deus
tem feito!"
O telgrafo de Morse, revelado em 1838, no foi o primeiro desses
mecanismos. Os ingleses William Cooke e Charles Wheatstone tinham apresentado
no ano anterior um modelo que usava agulhas para soletrar palavras.
O invento de Morse era, de longe, o mais prtico. O remetente a-
penas pressionava uma tecla na linguagem de pontos e traos que eram
automaticamente marcados sobre o papel no outro lado da linha. O aparelho e o cdigo
de Morse tornaram-se padres internacionais.
Samuel F. B. Morse
(1791-ahgb)
Quando voltava de navio para os Estados Unidos, de uma temporada
de estudos de arte na Europa, Samuel F. B. Morse participou de uma
conversa sobre o eletromagneto. Assim surgiu a idia do telgrafo.
Cinco anos depois, em 1837, ele demonstrou o invento, enviando sinais atravs
de 500 metros de fio. Em 1844, quando transmitiu em cdigo Morse, de
Washington para Baltimore, a famosa frase bblica, no havia mais dvida
de que Morse, influente pintor e editor alm de inventor, tinha criado um
meio revolucionrio de comunicao.
***
Conhecendo nossos Escritores
Jorge Leal Amado de
Faria (1912-bjja), baiano, nasceu na Fazenda Auricdia, no Municpio de
Itabuna.
Formou-se em Direito, mas no exerceu a profisso. Foi deputado federal
por So Paulo (1945) e declaradamente assumiu o papel de comunista
convicto, sendo, inclusive, exilado em diversas fases da sua vida. Foi um dos
maiores escritores que o Brasil j teve, consagrado mundialmente. Alm de
prmios e trofus, fez da arte de escrever a sua profisso, vivendo
exclusivamente de direitos autorais. Publicou livros em 46 pases e os teve
traduzidos em 36 idiomas. Faleceu dia 6 de agosto de 2001 em Salvador.
Principais obras: O Pas do Carnaval (1931); Jubiab (1935); Terras
do sem Fim (1943); Gabriela, Cravo e Canela (1958); Dona Flor e seus
Dois Maridos (1966); Tieta do Agreste (1977) e Navegao de Cabotagem (1992), etc.
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Tal Pai, tal Filho
O surgimento das semelhanas com os pais e parentes e tambm das
combinaes de caractersticas que faz cada um de ns diferente dos
outros, comea no momento em que as clulas reprodutoras do pai e da
me se unem, no incio da formao do novo ser. Cada uma dessas clulas
reprodutoras -- a feminina e a masculina -- tem a mesma quantidade
de uma substncia chamada DNA (abreviao de cido desoxirribonucleico).
O DNA responsvel pela transmisso das chamadas caractersticas
hereditrias, ou seja, que podem passar dos pais para os filhos. Voc
enxerga facilmente algumas dessas caractersticas, como a cor dos olhos
e dos cabelos. Muitas outras, que no percebemos sem o uso de instrumentos
ou testes, como o tipo de sangue, tambm so resultado do funcionamento
do DNA nas nossas clulas. O DNA tam-
bm conhecido como material gentico. Quando as clulas reprodutoras se
unem, o DNA da clula que veio do pai, comea a funcionar juntamente com o
DNA da clula que veio da me. De uma clula inicial, rapidamente vamos ter
2, 4, 8, 100, 1000''' milhes de clulas que formaro o novo ser!
Todas as clulas do futuro beb contm tanto o DNA da me como o
do pai. E o DNA que vem de um e de outro pode ser igual em alguns aspectos
e diferente em outros. O pai determina algumas caractersticas do futuro
filhote, o da me, outras. Alm disso, muitas caractersticas do futuro
filhote, o da me, outras. Alm disso, muitas do novo ser so o resultado do
funcionamento de ambos os DNA-s, ao mesmo tempo em todas as clulas do beb.
As clulas do beb se multiplicam e vo mudando para formar todos os rgos
do seu corpo.
Quando o beb nasce, a com-
binao de caractersticas que vm do pai e da me j est pronta. Nem
sempre d para ver as semelhanas com os pais ou outros parentes logo nos
primeiros meses. Muitas clulas do nosso corpo esto sem-
pre se renovando. O ambiente em que o beb vive, influencia o desenvolvimento
dele o tempo todo, por exemplo, por meio da alimentao. Assim, a fisionomia
da criana vai mudando medida que ela cresce. Mais tarde que pode
acontecer de as pessoas olharem para voc e dizerem: "Tal pai, tal fi-
lho!" Mas agora voc j sabe que tambm pode ser "tal me, tal filho!" ou
"tal pai, tal filha!" ou "tal me, tal fi-
lho"'''
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Bises
Quinhentos anos atrs, quando Colombo descobriu a Amrica, eles eram
mais de 60 milhes. Formavam manadas to grandes que, quando se moviam,
parecia que as plancies inteiras estavam se mexendo. Tinham, ento,
apenas dois predadores: os lobos e os ndios. Mas ambos caavam apenas para
comer, e no matavam mais do que podiam consumir. At que chegou o
homem branco.
Quando os americanos comearam sua marcha para o oeste, os bises
(erradamente confundidos com os bfalos africanos e assim chamados
da em diante) serviram primeiro como providencial fonte de alimento
para os colonos. Depois, transformaram-se na principal arma dos caras-plidas
na guerra contra os peles-vermelhas: para acabar com os ndios, bastava
exterminar os bises.
A estratgia deu certo. As tribos das plancies viviam em total dependncia
das manadas. Migravam com elas. Carne, couro e ossos proporcionavam
alimento, roupa, abrigo, armas. Smbolos de resistncia e bravura,
os bises davam coragem aos guerreiros e eram reverenciados em rituais
religiosos. Em 1846, autorizada por Washington, a matana comeou.
Caadores contratados pelo governo dizimaram os rebanhos. Sem alimento,
os ndios morriam de fome. Em 1889, quando a ltima tribo _sioux se
rendeu, havia em toda a Amrica do Norte menos de 1.000 bises!
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Nosso Brasil
A Cidade Fantasma
Biribiri, que fica num vale a 15 quilmetros de Diamantina, uma
cidade de mentirinha. Tem igreja, quadra de basquete, consultrio mdico,
pensionato para moas, duas escolas, clube esportivo, 32 casas, tudo
limpinho. Mas no tem habitantes. No mora ningum em Biribiri, a no
ser duas famlias que cuidam da manuteno da cidade fantasma.
S uma coisa funciona como antigamente: a pequena hidreltrica, que
garante energia dia e noite. A igreja do sculo Xix, cuja fachada exibe
um relgio presenteado pela famlia imperial, tem missa todo ltimo
domingo de cada ms para o povo da roa, gente que mora nos arredores.
E s.
A cidadezinha foi inaugurada em 1876 para abrigar os empregados da
Fbrica de Tecidos de Biribiri, um projeto industrial que pretendia
promover uma virada econmica depois do declnio do diamante. A fbrica,
da qual hoje restam apenas o galpo e a usina hidreltrica abastecida
por uma represa, fechou em 1973 por causa da desativao do ramal ferrovirio
de Diamantina. Os herdeiros dos antigos empreendedores, que a-
tualmente tm outras fbricas de tecido, resolveram preservar Biribiri como
parte da memria familiar.
Com evidente vocao turstica, cercada de cachoeiras e emoldurada
por montanhas e paredes de rochas avermelhadas, Biribiri cujo nome,
em tupi-
-guarani, significa buraco fundo -- dever se transformar numa
vila-pousada. Por enquanto no h infra-estrutura para o turismo, e
as casas, que podem ser alugadas para fins de semana ou frias, tm
apenas um fogo a lenha.
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Receita de Vida
Ingredientes:
-- Famlia ( aqui que tudo
comea)
-- Amigos (nunca deixe
faltar)
-- Raiva (se existir que seja pouca)
-- Pacincia (a maior pos-
svel)
-- Lgrimas (enxugue todas)
-- Sorrisos (os mais varia-
dos)
-- Paz (em grande quantidade)
-- Perdo ( vontade)
-- Desafetos (se possvel,
nenhum)
-- Esperana (no perca
jamais)
-- Corao (quanto maior,
melhor)
-- Amor (pode abusar)
-- Carinho (essencial)
Modo de preparar:
-- Rena a sua famlia e seus amigos.
-- Esquea os momentos de raiva e desespero passados.
-- Se precisar, use toda a sua pacincia.
-- Enxugue as lgrimas e as substitua por sorrisos.
-- Junte a paz e o perdo e oferea a seus desafetos.
-- Deixe a esperana crescer no seu corao.
-- Nem sempre os ingredientes da vida so gostosos;
portanto saiba misturar todos os temperos que ela oferece
e faa dela um prato de raro sabor.
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Uma Cidade ao Som de
Mozart
Poucos lugares no mundo tm sua imagem to ligada a uma personalidade quanto
Salzburgo, na ustria, a cidade onde nasceu Wolfgang
Amadeus Mozart, um dos maiores gnios da msica clssica. Tudo na cidade
gira em torno dele. O aeroporto chama-se Mozart e o melhor lugar para compras
a Mozartland. Voc pode ficar no Hotel Mozart ou comer um _strudel
num caf com o mesmo nome. Tem bombom com o nome do compositor, assim
como uma praa, com uma esttua em sua homenagem. Sem falar, claro,
no conservatrio de msica.
Com tantas referncias ao filho ilustre, Salzburgo s poderia ser
uma meca de msica clssica. E, de fato, a cidade respira msica o
ano todo; h sempre um acorde de sinfonia ou pera de Mozart pairando
no ar. No vero, acontece o Festival de
Salzburgo, o mais importante evento de msica clssica do planeta, que rene
verdadeiros virtuosos em consertos, em palcios, igrejas e parques.
Mas mesmo quem no apaixonado por esse gnero musical, vai gostar
de Salzburgo. Encravada aos ps dos Alpes, ela cercada por colinas
verdejantes e cortada por um rio de guas calmas, o Salzach. E nesse
cenrio de cinema, voc pode caminhar num bairro medieval, a Cidade
Velha, que ganhou o ttulo de Patrimnio Cultural da Humanidade. Passear
por suas ruelas como voltar no tempo. Um tem-
po em que a msica de clssicos como Mozart ainda estava para ser inventada.
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Curiosidades
-- O verdadeiro ovo de
Colombo -- muito conhecida a histria que diz que
Colombo, quando propunha a viagem que resultou no descobrimento da Amrica,
foi desafiado pelos nobres espanhis, que diziam que aquilo era to difcil
como pr um ovo em p. Ele o fez, que-
brando a parte de baixo do ovo. Mas dizem que na cidade chinesa de Chunking,
uma vez por ano, no dia da entrada da primavera, seus habitantes divertem-se
colocando ovos em p. Quem viu, diz que eles o fazem sem quebrar a casca nem
usar truques, apenas com muita concentrao.
***
Acessrio imprescindvel -- A primeira escova usada para limpar os
dentes, apareceu na China, em 1498, mas suas cerdas eram feitas com
plos de porco. Mais tarde, estes foram substitudos por plos de cavalo.
Foi em 1938 que a Du Pont desenvolveu as cerdas de nilon usadas hoje
em dia.
***
A Floresta Amaznica tem em torno de 5,5 milhes de quilmetros quadrados.
a maior floresta tropical mida do planeta e a mais rica em biodiversidade.
***
Quem inventou o lpis? -- O primeiro lpis surgiu no sculo Xvii:
era uma massa preparada com argila e grafite, misturada com gua. Em
1839, o alemo Johann Faber criou uma mquina para fabricar os lpis
com capa de madeira, do jeito que conhecemos at hoje.
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Deus no Tem
Cestas de Lixo
Recentemente, num quarto de hotel em Tquio, li a histria que se
segue:
Havia um chins, cuja esposa disse ao marido: "Gostaria de ganhar
um casaco novo."
O marido perguntou-lhe: "E o que voc far do casaco ve-
lho?"
Ela respondeu: "Farei dele uma colcha."
Ele continuou: "E o que far da colcha velha?"
Disse ela: "Vou transform-la em fronhas."
Ele insistiu: "O que far voc das fronhas velhas?"
Ela replicou: "Farei novos panos de limpeza."
Perguntou ele: "E que far dos velhos panos de limpeza?"
Ela respondeu: "Amarr-
-los-ei a um cabo e terei um esfrego."
Ele ainda indagou: "O que voc far do velho esfrego?"
E ela: "eu o reduzirei a pedacinhos, misturarei esses pedacinhos
com cimento e, com essa massa, na primavera, taparei os buracos de
nossa cabana."
Ele, afinal, concordou: "Est bem. Eu lhe darei um casaco novo!"
Se um oriental pode achar uma boa aplicao e um bom uso para tudo
-- o que Deus pode fazer? Deus no tem cestas de lixo. Ele tem um propsito
para cada lugar e cada pessoa debaixo do sol. Floresa onde
<p>
voc est.
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Ecoando
O Planeta Azul
Menino que mora num planeta
azul feito a cauda de um
cometa
quer se corresponder com
algum de outra galxia.
Neste planeta onde o menino
mora
as coisas no vo to bem
assim:
o azul est ficando desbo-
tado
e os homens brincam de
guerra.
s apertar um boto
que o planeta Terra vai
pelos ares...
Ento o menino procura com
urgncia
algum de outra galxia
para trocarem selos, figu-
rinhas e esperanas.
Habitante de outra galxia
aceita corresponder-se com o
menino do planeta azul.
O mundo deste habitante
todo
feito de vento e cheira a
jasmim.
No h fome nem guerra,
e nas tardes perfumadas
as pessoas passeiam de mos
dadas
e costumam rir toa.
Nesta galxia ningum faz a
morte,
ela acontece naturalmente,
como o sono depois da festa.
Os habitantes no mentem
e por isso os seus olhos
brilham como riachos.
O habitante da outra gal-
xia
aceita trocar selos e figu-
rinhas
e pede ao menino
que encha os bolsos de espe-
ranas,
e no s os bolsos, mas
tambm as mos,
e os cabelos, a voz, o cora-
o,
que a doena do planeta azul
<p>
ainda tem soluo.
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Vermes com Idias
Para mim, a borboleta ensina a lio mais maravilhosa e importante
que ns, seres humanos, temos que aprender. Vocs todos conhecem a
sua histria. Agora uma bela borboleta, mas no foi sempre uma borboleta,
de forma alguma. Comeou a vida, e viveu o que lhe pareceu um tempo enorme,
como verme -- e nem um tipo muito importante de verme -- o que chamamos
de humilde lagarta.
Ora, a vida de uma lagarta tristemente limitada, na verdade pode
ser tomada como o tipo e o smbolo da restrio. Ela vive numa folha
verde na floresta e isso praticamente tudo o que conhece.
Ento, um belo dia, algo acontece. A pequena lagarta descobre coisas
estranhas ocorrendo dentro de si. Por algum motivo, a velha folha verde
no est mais parecendo suficiente. Ela comea a se sentir insatisfeita.
Fica melanclica e descontente, porm -- e esta a questo vital --
um descontentamento divino. Ela no fica resmungando e se queixando
para as outras lagartas, dizendo "a natureza est toda errada, odeio
esta vida, nunca vou passar de um verme, antes no tivesse nascido."
No, ela est descontente, mas um descontentamento divino. Sente
necessidade de uma vida maior, melhor e mais interessante. O instinto
lhe diz que onde existe o verdadeiro desejo tem que haver a realizao,
porque "onde existe vontade, d-se um jeito."
E, ento, a coisa maravi-
lhosa acontece. Aos poucos, o verme desaparece e surge a borboleta, linda,
graciosa, dotada de asas -- e em vez de ficar rastejando sobre os limites de
uma folha, ela se eleva acima das rvores, acima da prpria floresta -- livre,
sem restries, podendo ir aonde quiser, ver o mundo, a-
quecer-se ao sol, ser, na realidade, o seu verdadeiro Eu...
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A Histria da Pizza
A histria da pizza comeou h seis mil anos com o povo egpcio.
Acredita-se que foram os primeiros a misturar farinha com gua. Algumas
pessoas afirmam que seus criadores foram os gregos, que preparavam
uma massa base de farinha de trigo, arroz ou gro-de-bico, e assavam
em tijolos quentes. A novidade chegou pennsula da Etrria, na Itlia,
e servia de alimento aos pobres do sul do pas. Os napolitanos comearam
a acrescentar molho de tomate e organo massa, que era dobrada ao
meio e devorada como um sanduche. Os mais ricos colocavam queijo,
pedaos de lingia ou ovos por cima do alimento. No sculo Xvi a delcia
passou a ser apreciada na corte de Npoles e, em pouco tempo, se espalhou
pelo mundo todo com centenas de coberturas. A primeira pizza redonda
foi criada em 1889 pelo italiano Raffaele Sposito e foi servida rai-
nha Margherita, enfeitada com as cores da bandeira italiana: queijo
(branco), manjerico (verde) e tomate (vermelho).
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Conhecendo o Mundo
Marvo
A mais de 800 metros de altura, Marvo lembra um daqueles mosteiros
gregos do Monte Athos aonde s se podia chegar metido em cestos puxados
a corda, com o abismo aos ps'''. Marvo, localizada a 865 metros
de altura na Serra de So Mamede, entre Portugal e Espanha, foi cenrio
de uma guerra civil em 1833. Muralhas de pedra cercam o povoado onde
existe um grandioso castelo construdo no sculo Xiii.
***
Sabratha, a Cidade
Esquecida
Pressionada pela ONU por causa de aes terroristas praticadas na
Europa e nos EUA, a Lbia praticamente est fora dos roteiros tursticos.
Uma pena, porque esse pas conserva runas espetaculares, construdas
antes da era crist -- muitas declaradas patrimnio da humanidade.
o caso da pouco conhecida Sabratha, cidade beira do Mediterrneo
e a 60 quilmetros da capital, Trpoli. No passado, controlada pelo
Imprio Romano, foi um dos mais importantes postos comerciais de toda
a regio. Hoje, o que mais chama a ateno ali o antigo teatro, um
monumento construdo h 2.000 anos por grandes artistas romanos daquela
poca.
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Quem Criou a Coca-Cola?
O farmacutico americano John Styth Pemberton (1831-1888) inventou
um tnico base de lcool e folhas de coca, o _French _Wine _Coca.
Tempos depois, preparou um xarope de folhas de coca com extrato da
noz de cola, que escravos vindos da frica usavam como antdoto contra
ressaca e cansao. Como o gosto era amargo, Pemberton juntou ingredientes at
chegar a um xarope escuro e de gosto agradvel. Em 8 de maio de 1886,
comeou a vender o preparado na farmcia, contra nsia de vmito. Misturou
gua carbonatada ao xarope e expandiu a distribuio. Seu scio, Frank
Robinson, batizou o produto de Coca-Cola.
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<p>
Ameno e Instrutivo:
Histria da Bssola
Os antigos foram os primeiros a descobrir que determinadas rochas
especiais (magnetita), encontradas na crosta terrestre, eram capazes de
atrair o ferro. Essas pedras, quando suspensas, ficam sempre indicando uma
determinada direo. Elas so verdadeiros ms naturais.
Os pedaos de magnetita pendurados por um fio, foram chamados de "pedras
guias," tendo sido usados pelos chineses h mais de 2.000 anos como
bssola para viagens nos desertos.
Tambm os marinheiros, h quase 600 anos, usaram bssolas primitivas,
feitas de ms naturais, nos seus primeiros descobrimentos martimos.
Hoje, o homem pode produzir ms artificiais e, conseqentemente,
bssolas com maior preciso.
***
A Prola negra
A prola negra pode ser gerada pela mesma ostra que fa-
brica a branca?
No. Cada uma das jias obra de um molusco diferente -- e a chamada
prola negra no tem necessariamente a cor preta. "Na verdade, todas
as que so fabricadas pela ostra Pinctada margaritfera, ou do lbio
preto, recebem esse nome." Elas podem ser verde-esmeralda, cor de cobre, azuis
e, claro, pretas.
As prolas mais comuns, cuja cor varia entre o dourado e o bege,
so obras de duas espcies: Pinctada maxima e Pinctada martensis. De
cada 100 prolas produzidas na natureza, apenas uma negra. Independentemente
da cor, elas so formadas dentro da concha por camadas de ncar, uma
mistura de clcio e carbono. O que interfere na colorao a forma
como os cristais de ncar se organizam para formar a esfera. Cada uma
das duas espcies produz uma disposio atmica diferente.
***
Por que um navio to pesado no afunda?
Navios flutuam porque so construdos com partes ocas no interior,
que os deixam com densidade muito menor do que a da gua. O peso do
navio inferior ao volume de gua descolada, o que estabelece um estado
de presses que cria uma fora de empuxo que mantm o barco flutuando.
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Animais Sagrados
A adorao que as pessoas sentem por bichos, no de hoje. Em muitas
culturas antigas, os animais eram considerados deuses. Os egpcios,
por exemplo, tinham tanta fascinao pelos gatos, que quando um bichano
morria era mumificado antes de ser enterrado. E no era s isso. Com
os gatos ia uma refeio completa de ratos tambm mumificados. Quer
mais? Seus donos raspavam as sobrancelhas em sinal de luto. Exagero?
No. Na ndia, as vacas so consideradas animais sagrados. Se algum
maltratar alguma mimosa, pode ser linchado ou ir para a cadeia! Veja
agora algumas histrias desses animais-deuses'''
Os hindus respeitam tanto as vacas, que so capazes de dar a prpria
comida para as pobrezinhas no passarem fome. Como existem muitas delas
soltas pela ndia, freqentemente causam problemas no trnsito. Mas
nem pense em importunar uma vaca que est tirando um cochilo no meio
de uma estrada. crime! Nos McDonald's indianos, o _hamburguer de
carne bovina teve de ser substitudo pelo de carne de carneiro.
No deserto do Atacama, no Chile, sapos e lagartos foram adotados
como deuses pela civilizao Tiwanaku e depois pelos Incas. Eles eram
animais sagrados, associados como bichos de estimao.
Na ndia, os macacos ainda so muito respeitados.
Hanuman, o deus-macaco, teria descido Terra para ajudar o prncipe Rama
a salvar sua esposa do rei-demnio Ravana. Assim, passou a ser adorado pelos
hindus.
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O Vaticano
Alm de ser o centro do catolicismo, o Vaticano, uma cidade-estado
situada dentro do permetro urbano de Roma, guarda nos cofres e no
complexo de museus, diversas obras de arte inspiradas no cristianismo,
assim como peas elaboradas por antigas civilizaes. A segurana de
suas unidades feita pela Guarda Sua descendente dos antigos mercenrios
contratados para defender o papa. Seus inte-
grantes passam por uma criteriosa seleo e, para serem aprovados, precisam
provar que so suos e catlicos. Nas proximidades do Vaticano esto lojas
especializadas em artigos eclesisticos.
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til Saber:
Declarao dos
Direitos Humanos
Um dia uma poro de pessoas se reuniram. Elas vinham de lugares
diferentes e eram, elas mesmas, diferentes entre si.
Havia homens e mulheres; suas peles, seus cabelos e seus olhos tinham
cores diferentes, assim como diferentes eram o formato de seus corpos
e de seus rostos.
Vinham de pases ricos e pobres, de lugares quentes ou frios. Vinham
de reinados e de repblicas. Falavam muitas lnguas. Acreditavam em
diferentes deuses.
Alguns dos pases que elas representavam tinham acabado de sair
de uma guerra terrvel, que tinha deixado muitas cidades destrudas,
um nmero enorme de mortos, muita gente sem lar e sem famlia.
Muitas pessoas tinham sido maltratadas e mortas por causa de sua
religio, de sua raa e de suas opinies polticas. Ento elas escreveram
um papel; neste documento, elas fizeram um resumo dos direitos que todos
os seres humanos tm e que devem ser respeitados por todos os povos.
Este documento chamado Declarao Universal dos Direitos Humanos.
(Dia da Paz -- 1 de janeiro)
***
Perfil de Mulheres
do Egito Antigo
Pouco se sabe sobre os hbitos das mulheres do antigo Egito, apesar
de imagens femininas aparecerem mais fre-
qentemente na arte egpcia do que em qualquer outra forma de expresso
artstica antiga. Os textos e artefatos antigos tambm registram informaes
sobre mulheres que a maioria dos arquelogos desprezou.
O material est disponvel h muito tempo, mas os arquelogos, que
tradicionalmente estiveram mais preocupados com a histria poltica,
no o olharam a partir do ponto de vista feminino.
H trs mil anos, os principais papis desempenhados pelas mulheres
na sociedade egpcia eram os de dona de casa e me. Pequenas estatuetas
de mulheres grvidas eram usadas como oferendas de fertilidade.
As mulheres podiam herdar propriedades e controlar seus bens, participar
de negcios e de rituais religiosos, mas o homem dominava a estrutura
social. O artesanato da poca denuncia uma atitude que pode ser chamada
de machista.
(Dia Internacional da Mulher -- 8 de maro)
***
Tem tudo a Ver
(Jos Elias)
A poesia
tem tudo a ver
com tua dor e alegria,
com as cores, as formas, os
cheiros,
os sabores e a msica
do mundo.
A poesia
tem tudo a ver
com o sorriso da criana
o dilogo dos namorados
as lgrimas diante da morte
os olhos pedindo po.
A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o vo e o
canto,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-ris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das
estrelas,
a exploso em verde, em flores
e frutos.
A poesia
-- s abrir os olhos e ver
-- tem tudo a ver
com tudo.
(Dia da Poesia -- 14 de maro)
***
Conserve a sua sade
No Dia Mundial da Sade foi uma festa. Todos os alunos ficaram na
frente da escola distribuindo os folhetos.
Para faz-los os alunos reaproveitaram sacos de papel, recortando-os
e escrevendo frases sobre a conservao da sade:
Lave bem os alimentos antes de com-los; filtre ou ferva a gua antes
de beb-la; evite os txicos; tome vacinas; conhea e previna doenas.
Muitas pessoas que passavam na rua, ao lerem o que estava escrito,
diziam:
-- Boa idia a de vocs. Parabns! importante saber o que fazer
para prevenir doenas.
(Dia Mundial da Sade -- 7 de abril)
***
O Livro
O livro, do jeito que ns conhecemos, impresso em papel, apareceu
no sculo Xv, quando Johann Gutenberg inventou a prensa de tipos mveis.
Essa inveno foi uma verdadeira revoluo.
Pelo fato de ser muito mais barato, o livro impresso pde alcanar
muitssimo mais gente em todas as partes do mundo. O livro popularizado
modificou a educao, democratizou a informao e o conhecimento.
Mas antes de ter a forma que tem hoje, o livro j existia.
Na verdade, desde que o homem homem, quer dizer, h mais ou menos
um milho de anos, ele vem deixando marcas de sua passagem pelo mundo.
De fato, a partir da inveno da escrita que comearam a aparecer
os primeiros documentos escritos e os primeiros livros.
Naturalmente, a forma que os livros assumiram dependia dos materiais
e dos instrumentos que cada povo tinha sua disposio; e eram livros
muito diferentes dos atuais.
Quando se escrevia sobre barro, madeira, metal, ossos e bambu, materiais
rgidos que no podiam ser dobrados, os livros eram feitos de lminas
ou placas separadas.
Os materiais flexveis, como tecido, papiro, couro, en-
trecasca de rvores e final-
mente papel, permitiam outras solues, como as dobras e os rolos.
Mas foi a inveno de Gutenberg que realmente abriu o caminho para
a popularizao do livro, para o desenvolvimento da imprensa e para
a democratizao da educao.
O livro tem sido, durante os ltimos sculos, o instrumento mais importante
do desenvolvimento intelectual e espiritual do homem, e da sua possibilidade
de aprender e progredir.
Atravs do livro viaja-se para o passado e para o futuro. Conhecem-se
o pensamento e a fantasia de outras pessoas e de outros povos.
Aprende-se nos livros a co-
nhecer a cincia, a apreciar a arte e a avaliar o que certo e o que
errado.
(Dia do livro -- 18 de abril)
***
Tiradentes, Mrtir da
Independncia
Como um dentista tornou-se um dos lderes da Inconfidncia mineira.
Dia 21 de abril, comemora-se o Dia de Tiradentes, mrtir da independncia
e patrono cvico da nao brasileira. Nascido em 1746, em Minas Gerais,
Joaquim Jos da Silva Xavier ganhou o apelido de Tiradentes por trabalhar
como dentista. Foi tropeiro, mascate e alferes. Em 1781, tornou-se comandante da patrulha do Caminho Novo, que conduzia ao Rio de
Janeiro e por onde se escoavam o ouro e os diamantes ex-
trados na capitania.
As constantes viagens capital, aumentaram seu interesse pelas idias
dos filsofos franceses e dos revolucionrios americanos. A idia de
uma revoluo libertadora amadureceu na cabea de Tiradentes, medida
que tomou conscincia da necessidade de emancipao do pas, pois a
opresso e a explorao portuguesas eram cada vez maiores.
As notcias dos movimentos de independncia pelo mundo, tiveram uma
grande repercusso no Brasil, principalmente em Minas, que sofria com
uma queda em sua produo de ouro ao mesmo tempo em que era obrigada
a pagar um imposto altssimo. Foi nesse clima que surgiu um movimento
de libertao formado por um pequeno grupo de intelectuais e militares
de Minas (do qual Tiradentes fazia parte) que resolveu fazer um levante
contra Portugal -- a Inconfidncia Mineira. Mas os planos fracassaram
por causa da denncia de Joaquim Silvrio dos Reis, um dos participantes
do levante. O grupo foi todo preso e julgado, mas apenas Tiradentes,
o mais pobre de todos, foi condenado morte pela forca e, posteriormente,
esquartejado para servir de exemplo. A execuo ocorreu em 21 de abril
de 1792, no
Rio de Janeiro.
(Tiradentes -- 21 de abril)
***
O Mundo Encantado de um Palhao
(Sullivan e Massadas)
Eu conheo um palhao
Que entregou seu corao
Fez da vida uma festa
E do amor uma cano
Sua cara tem pintura
Uma bola no nariz
Sua vida uma aventura
De fazer o mundo feliz
Quem quiser encontrar o amor
Siga sempre os seus passos
Se quiser acabar com a dor
Ele tem um abrao
Eu conheo um palhao
Que alegrou meu corao
Transformou a minha vida
Numa doce emoo
(Dia do Artista Circense -- 27 de abril)
***
Escravido no Brasil
A escravido pode ser definida como o sistema de trabalho em que
o indivduo propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado,
alugado, hipotecado, leiloado ou confiscado. Legal-
mente, o escravo no tinha direitos: no podia possuir ou doar bens e nem
iniciar processos judiciais, mas podia ser castigado e punido. Durante mais
de trs sculos, a escravido foi a forma de trabalho predominante na
sociedade brasileira, que foi a ltima nao a extingui-la. Os negros eram
capturados na frica e trazidos fora para a Amrica, em grandes navios,
em condies miserveis e desumanas. Muitos morriam durante a viagem, vtimas
de doenas, maus-tratos e fome. Os escravos que sobreviviam travessia,
eram logo separados do seu grupo lingstico e cultural africano e
misturados com outros de diversas tribos para que no pudessem se comunicar.
Alm de no ter nenhum direito, os escravos conviviam com a violncia
e a humilhao em seu dia-a-dia. A minoria branca, a classe dominante
socialmente, justificava essa condio atravs de idias religiosas
e racistas, que afirmavam sua superioridade e seus privilgios. As
diferenas tnicas funcionavam como barreiras sociais. Na sociedade
colonial, eram vistos como smbolo do poder dos senhores, cuja importncia
social era avaliada pelo nmero de escravos que possuam.
(Abolio da Escravatura -- 13 de maio)
***
Dilogo
Uma criana pronta para nascer perguntou, a Deus:
-- Disseram-me que estarei sendo enviado Terra ama-
nh''' Como vou viver l, sendo que sou pequeno e indefeso?
E Deus respondeu:
-- Entre muitos anjos, escolhi um especial para voc. Estar lhe
esperando e tomar conta de voc.
-- Mas, me diga -- diz a criana. Aqui no cu no fao nada alm
de sorrir e cantar, o que suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz l?
Deus:
-- Seu anjo cantar e sorrir para voc. A cada dia, a cada instante,
voc sentir o amor de seu anjo e ser feliz.
Criana:
-- Como poderei entender quando falarem comigo, se eu no conheo
a lngua que as pessoas falam?
Deus:
-- Com pacincia e carinho, seu anjo lhe ensinar a falar.
Criana:
-- E o que farei quando sentir saudades e quiser falar com voc?
Deus:
-- Seu anjo juntar suas mos e lhe ensinar a rezar.
Criana:
-- Eu ouvi dizer que na Terra h homens maus. Quem vai me proteger?
Deus:
-- Seu anjo o defender mesmo que signifique arriscar sua prpria
vida.
Criana:
-- Mas eu serei sempre triste porque no te verei mais!
Deus:
-- Seu anjo sempre lhe falar sobre mim, lhe ensinar a maneira de
vir a mim e eu estarei sempre dentro de voc. (Neste momento havia
muita paz no cu, mas as vozes da Terra j podiam ser ouvidas)
Criana:
-- Oh, Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me por favor,
o nome do meu anjo. E Deus respondeu:
-- Voc chamar seu anjo de''' Me!
(Dia das mes -- 2 domingo de maio)
***
O Meio Ambiente
Que tal saber a origem do Dia do Meio Ambiente? A data ganhou mais
destaque aps um grande acidente ocorrido na Frana, em 1967, com o pe-
troleiro Torrey Canion. A partir da, o debate sobre a relao do
homem com a natureza ganhou proporo internacional e a ecologia
transformou-se em uma preocupao mundial. O problema srio e depende da
contribuio de cada um de ns. Precisamos cuidar dos pequenos detalhes.
Quem j no se irritou ao ver uma pessoa mal-educada jogando papel pela
janela do carro, ou deixando latinha de refrigerante largada na areia da
praia? Nosso planeta precisa ser cuidado com amor. A Natureza depende de ns.
Se nada for feito, nos prximos 100 anos, veremos uma transformao
nada desejvel em nosso planeta. preciso preservar a natureza, entender
que gua no foi feita para se desperdiar, preservar as matas e cuidar
de nossos animais com respeito e carinho. Um bom comeo entender
que defender o planeta dever de cada cidado.
Transforme isso em uma filosofia de vida. Afinal, voc sonha com um futuro
verde e feliz ou prefere contribuir para que a Terra se transforme em um
lugar escuro, poludo, desmatado'''?
(Dia do Meio Ambiente -- 5 de junho)
***
Amigo
Pelas vezes que me perdi e
voc me achou,
pelas vezes que entristeci
e voc me alegrou,
pelos erros que cometi
e voc perdoou,
pelas lgrimas que derramei
e voc enxugou,
eu lhe agradeo!
Pelas vezes que me enfureci
e voc me acalmou,
pelas vezes que lhe ofendi
e voc me relevou,
pelas vezes que me afastei
e voc me chamou,
pelas vezes que quase ca
e voc me salvou,
eu lhe agradeo!
Eu lhe agradeo por esta
chance
de ir em frente, de ser
feliz!
Humildemente eu lhe agradeo,
por estar vivo, por existir!
Eu lhe agradeo pela
esperana,
pelo infinito do seu amor!
Fique comigo no meu caminho.
Por este instante estar aqui
-- eu lhe agradeo!
Obs.: Amigo, nada quero lhe pedir, mas sim agradecer por voc existir.
(Dia Internacional do Amigo -- 20 de julho)
***
Histria do Selo
O servio de entrega de correspondncia muito antigo. H documentos
que mostram que o sistema de correio (a p ou a cavalo) foi utilizado
por muitos povos antigos.
Mas a criao do selo bem mais recente. Com o objetivo de criar
uma forma prtica de pagamento para o envio de cartas, o ingls Rowland
Hill props, em 1840, que as tarifas fossem pagas exclusivamente pelos
remetentes e que esse pagamento fosse confirmado por meio de um comprovante
colado ao envelope.
No dia 6 de maio de 1840, as agncias postais inglesas venderam os
primeiros selos adesivos, que custavam muito barato e permitiam que
se enviasse uma carta comum para qualquer ponto da Inglaterra.
A uniformizao da tarifa constituiu-se um sucesso e provocou um grande
aumento na correspondncia. Em 1839, haviam sido expedidos 78 milhes
de cartas na Inglaterra; em 1840, depois da criao do selo e da tarifa
nica, o total de correspondncia atingiu a casa dos 170 milhes de
cartas.
O sucesso da idia provocou o interesse de outros pases. E coube
ao Brasil, em 1843, ser o segundo pas do mundo a criar um selo nacional,
o famoso "olho-de-boi", nome popular dado ao nosso primeiro selo em virtude
do seu desenho. Hoje, um autntico "olho-de-boi"
vale uma fortuna por sua raridade.
(Dia do Selo -- 1 de agosto)
***
Estudante
Tal como a comida que se ingere sem se ter fome faz mal sade,
tambm o estudo sem interesse confunde a memria e a impede de assimilar
aquilo que absorve. (Leonardo da Vinci)
(Dia do Estudante -- 11 de agosto)
***
Presente para o Papai
(Vilma de Macedo Souza)
Se eu pudesse subir l no cu
e buscar
Aquela estrelinha sempre a
brilhar
Se eu pudesse fazer das
nuvens papel
E meu presente embrulhar'''
Se eu pudesse tecer com um
raio de sol
Um barbantinho e tudo amarrar
Seria to pouco a te oferecer
Comparado ao amor que ests
sempre a me dar
Oh! Papai, como eu sou
feliz!
s para mim o pai que sempre
eu quis.
Oh! Papai eu peo a Deus
Sejam de paz todos os dias
teus'''
(Dia do Papai -- 2 Domingo de Agosto)
***
<p>
Seres encantados que
Desembarcaram no Brasil
Por volta do sculo Xv, quando os portugueses comearam suas viagens
em busca de novas terras para explorar riquezas, eles levavam um bocado
de coisas em suas embarcaes. Afinal, as viagens eram longas e eles
precisavam estar preparados para passar muito tempo no mar.
Claro que nenhum lobisomem ou mula-sem-cabea foram vistos circulando
entre os tripulantes das caravelas, mas, com toda a certeza, eles estavam
l. Calma, no se trata de uma histria de terror. Quero dizer que
toda vez que vamos a algum lugar e encontramos pessoas diferentes,
a gente conversa, troca informaes, ensina e aprende coisas.
Quando fazemos isso, acabamos adquirindo hbitos e costumes de outras
pessoas. Logo, isso aconteceu com os portugueses, quando eles resolveram
viajar. Alm de objetos pessoais, ferramentas, instrumentos de navegao
e alimentos, eles levavam na bagagem tudo o que conheciam e acreditavam.
E foi assim que a mula-sem-
-cabea e o lobisomem chegaram ao Brasil-- na bagagem cultural que
formada, como j vimos, pelo conjunto de coisas que a gente sabe, que a
gente ensina e que aprende.
Em Portugal, h 500 anos, um monte de gente acreditava em lobisomem
e em mula-sem-cabea, e parte dessa gente veio para o Brasil.
Aqui, os portugueses comearam a contar histrias de sua terra e
de sua bagagem cultural, tiraram tambm ou-
tros seres fantsticos como: sereias, sacis, velhos-do-saco, bruxas, fadas,
bicho-papo, papa-figos e muitos mais, que aqui assustaram e, ao mesmo tempo,
embalaram o sono de muitas crianas.
Os negros, trazidos da frica pelos portugueses para serem escravos,
alm de muita tristeza e saudade de sua terra natal, trouxeram, tambm,
inmeras histrias. Alis, como eles foram capturados e obrigados a
deixar sua terra, no tiveram condies de arrumar seus pertences para
a viagem. Mas ningum pde proibi-los de trazer suas crenas, suas
histrias, seus hbitos e seus costumes, ou seja, a tal bagagem cultural.
Na imaginao dos viajantes, livres ou escravizados, veio toda sorte
de crenas, mitos e lendas que aqui, em solo frtil, brotou e proliferou
por todo o territrio.
Com os africanos vieram _quibungo, _chibamba e as histrias de animais.
A, voc pode perguntar: e as histrias dos ndios que j estavam
aqui? Eu diria que os lobisomens e os _quibungos encontraram-se com
mapinguaris, caiporas, curupiras e passaram a conviver em harmonia
nas florestas e na imaginao dos brasileiros que iam nascendo neste
novo territrio, da mistura de europeus, africanos e ndios.
Herdoto, historiador grego, conta que na Grcia Antiga havia um
rei de nome Licaon, que tentou matar Zeus, o deus dos deuses, e, como
punio, este o transformou em um lobo. Em outras histrias, Licaon
teria servido carne humana para Zeus e, por isso, foi transformado
em lobo. Essas e outras lendas foram contadas e recontadas por vrios
povos e a crena no lobisomem foi sendo difundida em vrios pases.
(Dia do Folclore -- 22 de agosto)
***
Independncia do Brasil
No dia 7 de setembro comemorado o Dia da Independncia. Voc sabe
como o Brasil se tornou uma nao independente de Portugal? Depois
de sair de Portugal, para fugir das invases do imperador francs Napoleo
Bonaparte, a famlia real se instalou no Brasil. A colnia passou por
vrias transformaes para se adequar presena do rei. Uma das mais
importantes foi a abertura dos portos brasileiros para as naes amigas,
com que o Brasil deixou de ser obrigado a comercializar s com a metrpole.
Alm disso, os ideais de liberdade, pregados pela Revoluo Francesa,
pela Independncia dos EUA e revoltas populares como a Inconfidncia
Mineira, a Conjurao Baiana e a Revolta Pernambucana, tambm foram
decisivos. A elite brasileira passou a pressionar o prncipe-regente
para proclamar a independncia. Dom Pedro I convoca uma Assemblia
Constituinte. Portugal anula a convocao, ameaa enviar tropas e exige
o retorno imediato do prncipe-regente. Quando soube das exigncias
da metrpole, enquanto viajava de Santos para So Paulo, Dom Pedro
I gritou s margens do rio Ipiranga: "Independncia ou morte!" O Brasil
foi o nico pas da Amrica que adotou a monarquia como regime aps
a independncia, para garantir a unidade do territrio.
(Dia da Independncia -- 7 de setembro)
***
O Instituto Benjamin Constant
O Instituto Benjamin Constant teve sua construo iniciada em 1872,
quando o Imperador Dom Pedro Ii ofereceu ao Imperial Instituto dos
Meninos Cegos, que funcionava no bairro da Sade desde 1854, um terreno
de sua propriedade, na Praia da Saudade, ao lado do Hospcio (hoje
Reitoria da UFRJ).
Este grande e imponente e-
difcio, construdo em estilo neoclssico, foi projetado pelo arquiteto
Bittencourt da Silva, ocupando uma rea de 63 mil metros quadrados.
A fachada principal do prdio apresenta uma belssima escadaria em
cantaria, encimada por majestosas colunas jnicas, acentuando assim
a ornamentao do prtico.
O Imperador considerava a construo do edifcio, uma obra de relevncia.
Por esta razo, o lanamento da pedra fundamental, contou com a presena
da famlia imperial.
Como curiosidade, vale tambm dizer que o Instituto recebeu o nome
de Benjamin Constant em homenagem a
Benjamin Constant Botelho de Magalhes, que era o diretor do Imperial
Instituto dos Meninos Cegos, quando do perodo das obras, tendo ocupado o
cargo por 20 anos; e que Xavier Sigaud, que d seu nome rua situada ao
lado, foi um mdico francs e o primeiro diretor do Instituto.
No dia 17 de setembro o Instituto Benjamin Constant (IBC)
completa mais um ano de existncia. O IBC foi a primeira instituio de
educao especial do Brasil e a primeira escola de cegos da Amrica
Latina.
Atualmente o Instituto Benjamin Constant um centro de referncia
no Brasil e no exterior nas questes vinculadas s pessoas portadoras
de deficincia da viso, estendendo suas atividades pelo atendimento
das necessidades acadmicas, mdicas, reabilitacionais, profissionais,
culturais, esportivas e de lazer da pessoa cega e portadora de baixa
viso.
(Aniversrio do IBC -- 17 de setembro)
***
<p>
Infncia
(Carlos Drummond
de Andrade)
Meu pai montava a cavalo,
ia para o campo.
Minha me ficava sentada
cosendo.
Meu irmo pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre
mangueiras
lia a histria de Robinson
Cruso,
comprida histria que no
acabava mais.
No meio-dia branco de luz uma
voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala
-- e nunca se esqueceu
chamava para o caf.
Caf preto que nem a preta
velha
Caf gostoso
Caf bom.
Minha me ficava sentada
cosendo
olhando para mim:
-- Psiu''' No acorde o
menino.
Para o bero onde pousou um
mosquito.
E dava um suspiro''' que
fundo!
L longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu no sabia que minha
histria
era mais bonita que a de
Robinson Cruso.
(Dia da Criana -- 12 de outubro)
***
As Primeiras Universidades
A universidade moderna um santurio para os cultos e instrudos,
local onde os sbios transmitem conhecimentos gerao seguinte. Sempre
foi assim: a primeira universidade foi fundada no s para estudantes,
mas tambm por eles.
Os centros de saber so antigos -- escolas de filosofia na Grcia,
medicina na ndia, literatura e arte na China. A universidade de hoje
-- uma instituio secular que confere graus, com pelo menos uma escola
profissional anexa -- surgiu em Bolonha, Itlia, em 1088. Primeiro,
a faculdade de direito: os estudiosos debruaram-se sobre o direito
romano, adaptando-o s necessidades da poca -- con-
tribuio vital para a organizao da sociedade europia. Depois, o
reconhecimento da prpria instituio.
Quando os senhorios bolo-
nheses ameaaram aumentar os aluguis, os protestos dos estudantes em 1158
levaram o imperador Frederico Barbarossa a proteg-los contra a explorao.
Os alunos tambm faziam os professores assinar contratos para dar aulas
sobre determinados assuntos -- e prometer que ficariam na escola at o final
do perodo. Logo os professores precisaram de licena para ensinar e nascia
a verdadeira universidade.
Aqueles exaltados do sculo Xii no poderiam imaginar o que fundavam.
No final daquele sculo, a Universidade de Paris deitava razes e,
no muito tempo depois, Oxford estava de p. Hoje, em todo mundo,
nas universidades que os jovens descobrem a si mesmos e suas vocaes.
(Dia do Mestre -- 15 de outubro)
***
A Conversa das Palavras
Um dia as palavras
resolveram conversar'''
Fizeram uma grande reunio
onde cada palavra foi
contar a sua significao
e o comeo foi uma confuso.
Muitas palavras queriam
ser as primeiras a falar.
Eram justamente aquelas
mais fceis de se explicar.
A palavra Bola era uma
delas
e foi logo dizendo:
-- s vezes sou grande, s
vezes sou pequena.
Me chutam com os ps, me
atiram com as mos.
Sou sempre redonda, sempre
sou diverso.
E a veio a palavra Peixe:
-- Vivo dentro da gua
e por isso tenho que nadar.
Nunca ningum me ensinou,
nunca tive de treinar.
A palavra Livro veio logo
depois
e foi tambm falando:
-- Conto muitas histrias
para quem quiser me ler.
Conto histrias que acontece-
ram
e outras que podem acontecer.
Tem cofres que guardam jias,
tem cofres que guardam dinhei-
ro.
Eu sou um cofre inventado
para o pensamento ficar guar-
dado.
A palavra Amizade
desse jeito se explicou:
-- No deixo ningum ficar
sozinho.
Esta minha funo.
Sou como cimento que junta os
tijolos,
sou como a manteiga juntando
o po.
Quando me perguntam:
-- Amizade, voc acaba?
Respondo sempre que no,
se eu for bem cuidada.
Houve tambm discusses.
Foi o caso da palavra
Amanhecer
que queria a todo custo
mudar para Desanoitecer.
(Dia da Cultura -- 5 de novembro)
***
A Lngua
Para passar de ano na escola, ler este texto ou escrever uma carta,
voc teve de aprender vinte e seis letras. Se fosse na China a situao
seria bem mais complicada. Voc teria de conhecer pelo menos cinco
mil desenhos que compem o _Kanji -- o alfabeto chins. Aprender a
ler e escrever esta lngua como brincar de carta enigmtica. As palavras
so formadas pela com-
binao de desenhos estilizados -- ideogramas.
Agora, uma charada: o que , o que que mais se fala no mundo?
o chins. Sim, porque a China o pas mais populoso do planeta. Mas
quase a metade da populao chinesa fala _pequins (no o cachorro,
mas o nome da lngua falada na capital, Pequim).
O portugus fica em oitavo lugar. ainda a segunda colocada em maior
vocabulrio: tem umas quatrocentas mil palavras. Muitas so de origem
estrangeira, adotadas pelos portugueses em suas viagens. lcool, elixir
e alambique, por exemplo, so palavras vindas do rabe; j guerra e
bloco vm do alemo.
(Dia da Alfabetizao -- 14 de novembro)
***
<p>
Meu Brasil
Meu Brasil, ptria ditosa,
de gloriosas tradies,
s gentil e graciosa.
Mais que todas as naes.
Teus encantos sedutores,
levars ao mundo inteiro,
transformados em favores,
porque Deus brasileiro.
Vou cruzar de Leste a Oeste,
este imenso cu de anil,
Desde as plagas do Nordeste
aos rinces do meu Brasil.
(Dia da Proclamao da Repblica -- 15 de novembro)
***
Como Surgiu o Natal
O Natal a data mais conhecida e festejada do mundo. o momento
em que a solidariedade e a generosidade dos espritos afloram. No Natal,
celebramos a vida e a presena das pessoas mais queridas ao nosso lado.
Por isso, o ato de presentear se reveste de um significado to especial.
a oportunidade de cada um de ns demonstrar, simbolicamente, o afeto
que sentimos pelos que nos cercam.
Mas a data, to arraigada nos nossos costumes, reserva uma histria
pouco conhecida. Ao contrrio do que pensamos, 25 de dezembro no
exatamente a data em que Jesus Cristo nasceu (na verdade, o dia preciso nunca
foi estabelecido). Somente a partir de 337 anos d.C. que o Natal passou a
ser comemorado no dia em que hoje o celebramos. At ento, tentou-se festejar
o nascimento em vrias datas: 6 de janeiro, 25 de maro e 20 de maio.
Por algum tempo, os romanos comemoraram tanto o nascimento quanto
o batismo de Cristo no dia 6 de janeiro. Depois, os clculos foram
refeitos e passou-se a encarar o dia 20 de maio como a data mais aproximada
do nascimento de Jesus. Maio, no Hemisfrio Norte, plena primavera.
E foi nessa estao, segundo alguns relatos, que os pastores, cuidando
do seu rebanho, comearam a anunciar a chegada do filho de Deus.
No sculo Iv, porm, a Igreja decidiu fazer uma reviso da data e
passou a adotar o 25 de dezembro como o dia a ser comemorado. Ela tentava
se contrapor aos ritos pagos que persistiam a despeito da oposio
dos cristos. Exatamente nesse dia era comemorado o nascimento do Deus-Sol,
Mithra, cultuado em grandes paradas e festejos que culminavam na troca de
presentes.
(Natal -- 25 de dezembro)
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Amor primeira Vista
Era uma vez'''
Um garoto que tinha nascido com uma doena que sem cura.
Aos 17 anos soube que podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu
na casa de seus pais, sob os cuidados constantes de sua me. Um dia decidiu
sair sozinho e, com a permisso da me, caminhou pela sua quadra, olhando
as vitrines e as pessoas que passavam. Ao passar por uma loja de discos,
notou a presena de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia
ser feita de ternura e beleza. Foi amor primeira vista. Abriu a porta
e entrou, sem olhar para mais nada que no a sua amada. Aproximando-se
timidamente, chegou ao balco onde ela estava.
Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajud-lo
em alguma coisa. Era o sorriso mais lindo que ele j havia visto, e
a emoo foi to forte que ele mal conseguiu dizer que queria com-
prar um CD.
Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era, e disse:
-- Esse aqui.
-- Quer que embrulhe para presente? Perguntou a garota sorrindo ainda
mais, e ele s mexeu com a cabea para dizer que sim. Ela saiu do balco
e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado. Ele pegou o pacote
e saiu, louco de vontade de ficar por ali, admirando aquela figura
divina.
Daquele dia em diante, todas as tardes, voltava loja de discos
e comprava um CD qualquer. Todas as vezes a garota deixava o balco
e voltava com um embrulho cada vez mais bem feito, que ele guardava
no quarto, sem nem abrir.
Ele estava apaixonado, mas tinha medo da reao dela, e, assim, por
mais que ela sempre o recebesse com um sorriso doce, no tinha coragem
para convid-la para sair e conversar. Comentou sobre isso com sua
me e ela o incentivou muito a cham-la para sair.
Um dia, ele se encheu de coragem e foi para a loja. Como todos os
dias, comprou outro CD e, como sempre, ela foi embrulh-lo. Quando
ela no estava vendo, escondeu um papel com seu nome e telefone no
balco e saiu da loja correndo.
No dia seguinte, o telefone tocou e a me do jovem atendeu. Era a
garota perguntando por ele. A me, desconsolada, nem perguntou quem
era, comeou a chorar e disse:
-- Ento, voc no sabe? Faleceu essa manh.
Mais tarde, a me entrou no quarto do filho, para olhar suas roupas
e ficou muito sur-
presa com a quantidade de CD-s, todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu
abrir um deles. Ao faz-lo, viu cair um pequeno pedao de papel, onde estava
escrito:
-- Voc muito simptico; no quer me convidar para sair? Eu adoraria.
Emocionada, a me abriu outro CD e dele tambm caiu um papel
que dizia o mesmo, e assim todos quantos ela abriu traziam uma mensagem
de carinho e a esperana de conhecer aquele rapaz.
Assim a vida: no espere demais para dizer a algum especial aquilo que
voc sente. Diga-o j; amanh pode ser muito tarde!
Essa mensagem foi escrita para fazer as pessoas refletirem e assim, pouco
a pouco, ir mudando o mundo.
Aproveite e fale, escreva, telefone e diga o que ainda no foi dito.
No deixe para amanh. Quem sabe no d mais tempo!
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Fontes de Pesquisa
Lendas e Mitos do Brasil
Fbulas de La Fontaine
Jornal O Dia
Jornal O Fluminense
Jornal O Globo
Revista de Yoga
Revista Viagem e Turismo
Livro "Classificados Potico"
Revista Kid
Livro "A Cinderela das Bonecas"
JBM
Jornal "A Folha de So Paulo"
Coleo Revista Recreio
Revista Selees
Jornal da Urca
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O Dicionrio Esclarece
abolir -- acabar; extinguir
absorvemos -- embebemos;
sorvemos; consumimos
absorvida -- sorvida
adequar -- moldar; acomodar;
igualar (uma coisa a outra)
afinidade -- coincidncia de
gostos ou sentimentos
anexa -- junta; liga; rene
nsia -- aflio; desejo
ardente perturbao causada
pela incerteza
antdoto -- contraveneno
argila -- espcie de barro
branco
arraigada -- enraizada; afer-
rada
assimilar -- incorporar; iden-
tificar-se com
biodiversidade -- variedades
de vida de vegetais e ani-
mais
biombo -- compartimento desar-
mvel de pano ou madeira
campeava -- andava no campo a
cavalo procura de ani-
mais
capturados -- presos; seguros
cauim -- espcie de bebida
preparada pelos ndios com
milho e mandioca mastigados
charada -- linguagem obscura;
adivinhao
charme -- encanto; magia
clamar -- bradar; reclamar;
gritar
comprovante -- prova; documen-
to
consagrao -- aprovao; tor-
nar sagrado
culminavam -- alteavam; eleva-
vam; atingiam o cume
dissabor -- desgosto; mgoa;
contrariedade; desprazer
elite -- escol; nata; fina
flor
empuxo -- impelir com violn-
cia; impulso; repelo
enclave -- territrio ou
terreno encravado dentro de
outro
gentico -- relativo gen-
tica
gentica -- cincia que estuda
a hereditariedade e sua evo-
luo nos seres vivos
ms -- coisas que atraem;
xidos magnticos de ferro
que os atraem
ingere -- engole
lhamas -- animais ruminantes
originrio do Peru, pas da
Amrica do Sul
magnetita -- mineral
marsupial -- animal mamfero
caracterizado por uma esp-
cie de bolsa que as fmeas
tm por baixo do ventre e
onde trazem os filhos en-
quanto os amamentam
mtico -- relativo a mito;
fabuloso
mito -- fato; passagem dos
tempos fabulosos; coisa
inacreditvel; sem realidade
morubixaba -- chefe temporal
das tribos indgenas brasi-
leiras
negligentes -- descuidados;
desleixados; frouxos
nmades -- que no tm habita-
o certa; sem habitao fi-
xa
notabilizaria -- sobressairia;
tornar-se-ia famoso
persistiram -- duraram; perse-
veraram
plagas -- regies.
privilgios -- vantagens con-
cedidas a algum com exclu-
so de outros e contra o di-
reito comum
rinces -- lugares natais; lu-
gares muito abrigados, cer-
cados de matos ou rios
ritual -- cerimonial; relativo
a ritos
santurio -- templo; capela;
lugar consagrado pela reli-
gio
similaridade -- semelhana
telogo -- aquele que versa-
do acerca das coisas divinas
_tours -- giros; circuitos
vital -- relativo vida;
essencial
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