Brincar, experimentar, aprender - Miolo - ´Atividades Complementares Orientadas volume 3 (TXT)

Atualizado em 13/04/2022 17h24

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Conteúdo do arquivo

<t->
Atividades Complementares
Orientadas Vol.3
Coleo brincar, experimentar, aprender!

Fabiana Alvarenga Rangel

Impresso Braille em
volume nico, na diagramao
de 28 linhas por 34
caracteres, Instituto Benjamin Constant, Rio de Janeiro,
2021

Volume nico

Ministrio da Educao
Instituto Benjamin Constant
Departamento
Tcnico-Especializado
Diviso de Imprensa Braille
Av. Pasteur, 350-368 --
Urca -- 22290-250
Rio de Janeiro -- RJ, Brasil
Tel.: (21) 3478-4442
E-mail: ~,ibc@ibc.gov.br~,
~,http:www.ibc.gov.br~,
-- 2021 --

Dados do Livro em Tinta

ISBN: 9786500295405

Edio: Fabiana Alvarenga
Rangel
Copidesque e reviso geral:
Laize Santos de Oliveira
Capa: Wanderlei Pinto da Motta

Todos os direitos reservados para
Instituto Benjamin Constant
Av. Pasteur, 350/368 -- Urca
CEP: 22290-250 -- Rio de
Janeiro -- RJ -- Brasil
Tel.: 55 21 3478-4458
E-mail: ~,dpp@ibc.gov.br~,

permitida a reproduo
parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no
seja para venda ou qualquer fim
comercial.

<tat. comp. ori. vl 3>
<t*1>
R196
RANGEL, Fabiana Alvarenga

<s->
Atividades complementares orientadas -- volume 3: para serem
acompanhadas por familiares e amigos adultos de crianas cegas
com ou sem outras deficincias associadas / Fabiana Alvarenga
Rangel [recurso eletrnico]. Rio de Janeiro: Instituto Benjamin
Constant, 2021.
<s+>

PDF.; 587 KB
(Coleo Brincar, Experimentar, Aprender, n. 3)
ISBN: 9786500295405

1. Educao especial. 2. Criana. 3. Cego. 4. Brin-
cadeira. 5. Alfabetizao. I. Rangel, Fabiana Alvarenga. II. Instituto Benjamin
Constant. III. Ttulo.

CDD 371.#ijhg

Ficha elaborada por: Edilmar Alcantara CRB/7 -- 6872

Sumrio

<R+>
Apresentao ::::::::::::::: 1
Informaes iniciais ::::::: 5
Introduo ::::::::::::::::: 7

Unidade 1 Sequncia em
ao :::::::::::::::::::::: 11
1. Conversando sobre a
histria :::::::::::::::::: 12
2. Atrito: molhou,
escorregou! ::::::::::::::: 14
3. Bolhas de sabo :::::::: 15
4. Siga a histria! ::::::: 17
5. Quanto foi? :::::::::::: 18
6. Marcando os
acontecimentos :::::::::::: 19
7. Viola de papelo ::::::: 20
8. Outras verses ::::::::: 23
9. Recriando a histria ::: 24
10. Vamos representar o
menino? ::::::::::::::::::: 25

Unidade 2 Corpo e
conscincia ::::::::::::::: 27
1. Festa na histria :::::: 28
2. Vamos por partes ::::::: 29
3. Alongamento :::::::::::: 30
4. Estica e encolhe ::::::: 33
5. Dedinhos das mos :::::: 34
6. Dedinhos dos ps ::::::: 35
7. Tudo em ordem! ::::::::: 37
8. Danando ::::::::::::::: 38
9. Boneco de caixa :::::::: 39
10. Ouvindo os pssaros ::: 43
11. D asas
imaginao :::::::::::::::: 44
12. Leque ::::::::::::::::: 45

Unidade 3 Janela,
janelinha ::::::::::::::::: 47
1. Parlendando :::::::::::: 48
2. Abre e fecha ::::::::::: 50
3. Vamos fazer uma
casinha? :::::::::::::::::: 54
4. Criando histrias :::::: 57
5. Uma casa engraada ::::: 58
6. Outras casas
engraadas :::::::::::::::: 59
7. Ns na rua ::::::::::::: 60
8. Casa geomtrica :::::::: 62

Unidade 4 Alimentos do
dia a dia ::::::::::::::::: 67
1. Alimento textual ::::::: 68
1. Conversando sobre o
poema OvO ::::::::::::: 69
2. Conhecendo um ovo :::::: 69
3. Onde est o leite? ::::: 71
4. Na histria :::::::::::: 72
5. Abre-te, ssamo! ::::::: 73
6. Arroz e feijo
colagem ::::::::::::::::::: 74
7. Rtulos de todo dia :::: 77
8. sopa! :::::::::::::::: 79

Unidade 5 Potes e mais
potes! :::::::::::::::::::: 81
1. Ouvindo histria ::::::: 82
2. Experimentando potes ::: 82
3. Experimentando
garrafas :::::::::::::::::: 84
4. Plantando abbora no
pote :::::::::::::::::::::: 85
5. Batucada ::::::::::::::: 86
6. Lendrios :::::::::::::: 88

Organizao das atividades
por rea curricular ::::::: 91
<R->

<5>

<t+1>
Apresentao

com muito carinho que chegamos a mais este volume do nosso Material
Complementar. Esta edio foi especialmente dedicada a crianas cegas, com
ou sem ou-
tras deficincias associadas, e em uma faixa de idade entre 5 e 8
anos.
Como base do nosso trabalho, todas as atividades foram pensadas para serem
desenvolvidas com cri-
anas cegas ou com outras defici-
ncias associadas. Para
isso, os adultos devem lembrar de que a ajuda pode ser maior ou menor em
cada passo e que isso no diminui a qualidade da interao da criana: ela
desenvolver a atividade de acordo com suas possibilidades atuais.
Assim, pode ser que algumas crianas necessitem do adulto para conseguir
apanhar um pregador e mov-lo at o cesto, por exemplo.

Outras crianas
podem no aceitar encostar no pregador e o adulto poder trocar por um objeto
de seu agrado. Outras, aparentemente, no aceitaro participar da atividade,
mas, com a carinhosa insistncia do adulto, ainda que a cri-
ana no execute as
aes, ela escutar o adulto realizando as atividades e certamente aprender
algumas coisas nessa interao de escuta. Futuramente, sentindo-se segura,
provvel que ela deseje e aceite realizar a atividade. O importante no desistir
do aprendizado da criana e sempre considerar que, por diferentes caminhos,
ela tambm se desenvolve.
O fato de o material ter sido organizado para crianas cegas no significa que
no possa ser realizado com outras crianas, inclusive sem deficincia. Alm
disso, todas as atividades tero melhor efeito sobre o aprendizado da
cri-
ana se
forem realizadas coletivamente, seja com vizinhos, primos, irmos ou colegas da
escola, em sala de aula. Apenas ressaltamos a criana cega por ter sido ela, em
suas formas de experimentar o mundo, a definir as propostas aqui
presentes.
<6>
Mais uma vez destacamos a linguagem que utilizamos nas atividades. Elas
foram criadas para serem mediadas pelos adultos, que orientaro as aes. No
entanto, desejvel que, quando possvel, o adulto leia para a criana, para que
ela perceba outras formaes escritas, outras composies de textos.
Essa atitude no somente auxilia na ampliao de seu vocabulrio, como
tambm favorece a habilidade da escrita futura, em redaes, por exemplo.
Portanto, notem que em uma mesma atividade h frases direcionadas ao adulto
e criana e frases direcionadas especificamente ao adulto.
Por fim, ressaltamos que todas as atividades trabalham um ou mais contedos
curriculares, alm de procurarem apoiar o desenvolvimento de habilidades
diversas, seja no domnio da linguagem, do raciocnio lgico, da imaginao e
da criatividade.
Esperamos que gostem e, se tiverem dvidas ou sugestes, podem nos
procurar, ficaremos felizes!

oooooooooooo

<7>

Informaes iniciais

Pedimos que as leitoras e os leitores observem as seguintes particularidades
deste volume:
<R+>
1. Considerando que se trata de um material para crianas cegas e que o adulto
que ir orientar a atividade pode ser cego, optou-se por investir em poucas
imagens, de modo que as nicas contidas no material esto: a) na capa,
onde se encontram flores dispostas aleatoriamente, em diferentes tamanhos
e cores; b) no cabealho das pginas, onde as flores da capa esto em
tamanho reduzido, totalizando nove flores, cada uma com uma cor diferente,
dispostas em zigue-
-zague; c) na Unidade 3, onde h figuras geomtricas
ilustrando a organizao da atividade.
2. Os *links* disponveis nas atividades no esto intitulados descritivamente, ou
seja,

manteve-se o endereo do *link*. Assim, caso seja necessrio imprimir o
material, o usurio ter acesso ao endereo do *link*.
3. Cada unidade possui um texto de apresentao e, em seguida, uma lista de
materiais necessrios para o desenvolvimento das atividades sugeridas.
<R->

oooooooooooo

<8>

Introduo

Vamos falar um pouco mais detalhadamente sobre como as atividades ficaram
organizadas nesse volume. Aqui, dividimos tudo em cinco unidades, todas elas
orientadas por uma determinada temtica.
Na Unidade 1, o tema das atividades puxado pela histria Coca Recoca. A
partir dela, trabalha-se principalmente a ideia de sequncia, mas sempre
explorando outros conhecimentos inspirados nos prprios objetos da histria,
como o sabo que o personagem recebe da lavadeira.
J na Unidade 2, o foco est na explorao das partes do corpo da criana. O
nosso texto de referncia o Festa no Cu, uma fbula antiga e muito divertida
que brinca com uma hiptese (falsa) sobre as marcas na pele do sapo.
Aproveitamos para curtir o

som de alguns pssaros, em homenagem ao urubu
que aparece na histria.
A Unidade 3 vai parlendar com as crianas! Janela, janelinha uma parlenda
que traz o tema da unidade: a casa. Junto com a msica A casa, de Vinicius de
Moraes, vamos explorar o espao em que moramos, alm de confeccionar
casinhas divertidas, criando boas histrias!
Na Unidade 4, a partir do poema OvO, exploramos os alimentos do nosso dia
a dia. Nossas crianas, muitas vezes, no sabem como um caroo de feijo,
de onde vem o leite ou como um ovo cru. Ento, vamos nos empenhar para
que ela tenha maior domnio das coisas mais simples do cotidiano e encontre
relaes importantes entre a produo do alimento e a vida.
A Unidade 5 finaliza este volume com o conto O pote vazio, narrado no
programa *Bibi, vem

histria a!*, da EBC. Vamos observar a importncia de
conhecer potes e garrafas, objetos to comuns em nossas casas. Muitas
cri-
anas cegas no sabem que os alimentos so vendidos ou guardados
nesses
<9>
recipientes. hora de aprender e de forma divertida: encaixe, contagem,
colagem, batucada, histrias e muita criao!
importante destacar que as unidades so independentes entre si, ou seja,
possvel fazer a Unidade 5 sem ter feito a Unidade 1. Desse modo, a famlia
trabalha dentro das prprias possibilidades, pois os materiais utilizados nos
captulos so diversos. Alm disso, pode-se iniciar com a seo que tenha uma
temtica que a criana gosta mais.
Esperamos que vocs tenham bons momentos com essas atividades. Bora
comear!

oooooooooooo

<10>


Unidade 1 Sequncia em ao

Nesta unidade, vamos trabalhar a partir da histria Coca Recoca, que uma
histria cantada e muito bonita! A histria comea com a Coca, isto , uma
galinha, e ao longo da histria vo aparecendo vrios objetos. Vamos trabalhar
na criana, principalmente, a ideia de sequncia (antes e depois), vamos
tambm conversar so-
bre os objetos que aparecem na histria e pensar em
brincadeiras ou atividades prticas para fazer com eles.

Lista de materiais:
<R+>
1 pedao de sabo em barra
Cola branca
2 canudos ou dois tubos de caneta vazios
Papelo ou outro papel mais grosso
Barbante
5 palitos de picol

Folha de papel
Prancha de desenho ou papel texturizado
Giz de cera
7 pregadores de roupa
<R->

::::::::::::::::::::::::

<11>
1. Conversando sobre a histria

Vamos conversar sobre a histria? Primeiro, escutem pelo *link*
~,https:www.youtube.com~
watch?v=IyJh76Qfods~, e depois conversem sobre as
perguntas a seguir. Adulto, incentive a criana a fazer perguntas a partir da histria
que escutaram. Isso ajuda nos processos de ateno, memria e raciocnio
lgico. Claro, principalmente no desenvolvimento da imaginao, que muito
importante!
<R+>
a) O menino sempre queria de volta os objetos que ele dava. Voc considera
isso certo? Se voc fosse a moa que ganhou o

po, imaginaria que o menino
pediria o alimento de volta?
b) Na histria, a parede comeu o angu. Uma parede pode comer? Claro que no!
Isso uma inveno. Invente voc tambm alguma coisa impossvel, por
exemplo: a porta sorriu. Adulto, ateno: se a criana no conseguir inventar
algo, voc deve inventar. O importante ela perceber que so coisas
impossveis, mas que em uma histria podem ser criadas. S na histria.
c) Todo mundo tem avs. Infelizmente, s vezes, alguns j no esto mais
convivendo com a criana. Conversem sobre o que ser av, expliquem que
a me da me ou a me do pai da criana, e que o av o pai do pai ou o pai
da me da criana. Comentem que a av tambm tem uma av, digam os
nomes. Quem so os pais da sua av? Quem foram

os avs deles? Quantos
filhos tiveram? De que brincava sua av quando era criana? Onde morava?
distante de onde a criana mora hoje? Como era na escola? Estimulem a criana
a pensar que um dia ela tambm poder ser av ou av. Perguntem como ela
ser quando for av/
/av e como ela vai lidar com os netos. Deixe que a criana
imagine como ser a vida dela quando ela crescer.
<R->

<12>
2. Atrito: molhou, escorregou!

Na histria, o menino queria o sabo de volta porque viu que sua roupa estava
suja. O sabo serve para lavar coisas. Apresente para a criana um pedao de
sabo em barra, permita que ela sinta o peso e o cheiro. Depois, em uma
pequena vasilha, ajude a criana a fazer uma mistura de gua com sabo. Faa
com que ela perceba que as mos ficam mais lisas em contato com gua e
sabo, pois vo

perdendo atrito. Por exemplo, quando andamos no cho seco,
estamos seguros. Quando o cho est molhado, temos de tomar muito cuidado
para no cair.
Escolha um local de sua casa que possa ter uma pequena parte molhada, como
a mesa ou a pia da cozinha. Primeiro, deixe que a criana passe as mos na
superfcie seca. Depois, joguem vocs dois a gua com sabo e faa a criana
perceber que a superfcie molhada com gua e detergente muito mais lisinha,
deslizando facilmente.

3. Bolhas de sabo

Vamos fazer bolhinhas de sabo? Isso mesmo! Vamos estudar cincias
brincando. Para fazer bolhas de sabo, precisamos apenas de um recipiente
com gua e um pouquinho de detergente e um canudo (ou tubo de caneta vazio).

A mistura da gua com sabo deve ser feita junto com a criana, para que ela
conhea o processo de mistura. Depois, mergulhe a metade do canudo na gua
com detergente, retire o canudo da gua e assopre, mostrando para a criana
como faz. Chame a ateno dela para cada movimento seu. Ensine a criana a
soprar, se for preciso.
Quando o adulto soprar o canudo, deve estar voltado para a cri-
ana, para que
as primeiras bolhas de sabo encostem na criana, o que costuma ser muito
<13>
divertido. Depois, ajude a criana a fazer ela mesma as bolinhas, colocando o
canudo no recipiente e soprando a ponta, para baixo.
Deixe a criana brincar bastante, sentir as bolhas que ela faz. Explique que as
bolhas so o sabo envolvendo o ar que foi soprado no canudo. Se a criana
ainda no consegue assoprar, no tem problema, o adulto poder fazer
bolhinhas direcionadas criana, ela vai gostar muito tambm!
H vdeos no YouTube que fazem essa experincia, como este vdeo do canal
Starteen: ~,https:www.youtube.comwatch?~
v=8suaFo{-Vco~,
Para aprender mais sobre o processo de formao das bolhas, assistam ao
vdeo do canal VIX Brasil:
~,https:www.youtube.~
comwatch?v=ICS$vLhQ#b$brE~,

4. Siga a histria!

Nessa atividade, importante ouvir a histria de novo, pois vamos completar
oralmente o texto a seguir.
Para tornar mais divertido, cada vez que aparecer o espao (''''') para a criana
completar, o adulto bate uma palma ou estala os dedos, sinalizando que a
criana deve completar. Se ela tiver dificuldade em falar, o adulto pode inverter:
a criana bate palma (se precisar, com a ajuda de outro adulto) ou faz outro som
que vocs combinarem e o adulto quem vai completar o tex-
to. O importante
a criana perceber que existe uma sequncia em que os objetos aparecem na
histria.
O menino deu uma ''''' para a av. A av comeu a Coca e deu ''''' para o
menino. O menino jogou o angu na parede. A parede deu ''''' para o menino.
O menino deu o sabo para uma lavadeira. A lavadeira deu ''''' para o
menino. O menino deu a navalha para o cesteiro. O cesteiro deu ''''' para o
menino. O menino deu o cesto para o padeiro. O padeiro deu ''''' para o menino.
O menino deu o po para a moa. A moa deu uma ''''' para o menino.

<14>
5. Quanto foi?

Afinal, quantos objetos foram trocados na histria? Vocs conseguiram contar
quantas palmas vocs bateram? Adulto, faa o seguinte: pea para a criana

colocar em um pote vazio um pregador de roupas para cada objeto. Depois,
ajude a criana a contar quantos pregadores ficaram no pote.
Se a atividade for muito fcil para a criana, incremente: cada um de vocs ter
de encher o prprio pote. No final, somem a quantidade obtida nos dois potes.
Aproveite para apresentar para a criana a ideia de dobro, ou seja, se
juntarmos duas vezes os objetos da histria, teremos o dobro. E se somarmos
duas vezes a idade da criana? Crie desafios animadores!

6. Marcando os acontecimentos

Repita o texto da atividade 4, mas v acrescentando marcadores como
primeiro, depois, ento, em seguida. Por exemplo:
*Primeiro*, o menino deu uma ''''' para a av. *Depois*, a av comeu a Coca e
deu ''''' para o menino. *Ento*, menino jogou o angu na parede.
*Nesse
momento*, a parede deu ''''' para o menino. *Em seguida*, o menino deu o
sabo para uma lavadeira. *Aps* ganhar o sabo, a lavadeira deu
''''' para o menino, que deu a navalha para o cesteiro. O cesteiro,
*por sua vez*, deu ''''' para o menino, *mas* o menino deu o cesto para o padeiro. O padeiro *logo* deu
''''' para o menino *e ele* deu o po para a moa. *Por fim*, a moa
deu uma ''''' para o menino que comeou a cantar.

<15>
7. Viola de papelo

Que tal fazer uma viola de papelo junto com a criana? simples! Pegue um
papelo, de preferncia com uns 50 cm 50 cm, para ficar um pouco maior. Se
no tiver grande, pode fazer tamanho pequeno. O importante criar junto com a
criana.
Pea ajuda criana para fazer o contorno da viola usando a ponta de uma
caneta ou outro objeto que consiga marcar o papelo, pois o contorno ficar em
baixo-relevo para que ela possa perceb-lo antes de ser cortado. Faa mo
livre ou, se preferir, imprima um molde da internet, mas no precisa ficar perfeito.
Depois, recorte o contorno. O corte deve ser feito pelo adulto. Mostre para a
criana como ficou a viola, deixe que ela passe as mos pelas extremidades. Se
ela no tiver as mos ou no tiver autonomia no movimento dos braos, ajude-a
a passar as mos ou outra parte do corpo pela silhueta da viola.
Agora, faa um crculo entre as curvas da parte inferior da viola e recorte-o,
ficando um buraco no lugar. Depois, junto com a criana, cole quatro fios de
barbante (ou menos, se o buraco ficar muito estreito), desde a ponta superior at
uns dois centmetros

abaixo do crculo. Os fios devem ser colados um de cada
vez; pode ser com cola branca.
Aps secar a colagem dos fios, a criana j pode brincar. Lembre-se, o material
frgil, ento vai durar pouco. O importante fazer junto com a criana e ela
saber como acontece essa produo, que isso possvel e que ela pode criar
outras coisas a partir desse novo conhecimento.
Aproveite e chame a criana para cantar uma msica que ela goste. Ensine como
tocar viola, fazendo o movimento junto com ela. Se a criana ainda no fizer
todos os movimentos sozinha ou tiver resistncia a algum material, o adulto
dever ajudar um pouco mais, s vezes, at fazendo quase todo o processo para
que a criana aprenda a partir da experincia de participar da ao do adulto.
<16>
Nesses casos, o importante narrar o que est sendo feito, estimular
carinhosamente a criana a

pegar os objetos durante a elaborao da atividade
e brincar mais ainda quando estiver pronto.
H outras formas de fazer a viola, algumas mais elaboradas e outras
simplesmente diferentes, como uma com caixa de sapatos, do canal de
YouTube Cano Nova kids: ~,https:www.youtube.com~
watch?v=#c$hTA$vfn9wL4~,

8. Outras verses

A histria da Coca Recoca tem diferentes verses. A que trabalhamos na
atividade 1 cantada pelo grupo Palavra Cantada. A turma do Castelo
R-Tim-Bum tem uma verso um pouco diferente. Por exemplo, o menino no sente
raiva quando recebe o angu, o angu caiu sem querer. E tem mais diferenas.
Ouam com a criana essa nova verso e estimule a percepo das diferenas
entre as duas variantes da histria. Depois, conversem sobre qual verso
agradou mais a criana e qual agradou mais o adulto. Aqui est o link para a
cano do R-Tim-Bum: ~,https:~
www.youtube.comwatch?v=~
j6qSL4EI$jrY~,

9. Recriando a histria

E que tal mudar as pessoas e os objetos da histria? V perguntando para a
criana, para ela ir criando. Comea assim:
Para a av o menino daria '''''. E a av daria para o menino '''''. O menino,
no caminho, encontra ''''' e d ''''' que ganhou da av.
A partir disso, v incentivando a criana a pensar em quem o menino poderia ter
encontrado pelo caminho e que objetos teriam trocado.
<17>
Se tiver uma prancha de desenho adaptada (com tela para relevo) ou se tiver
um papel texturizado, incentive a criana a desenhar uma ou mais cenas
trocando objetos com

outras pessoas. Ajude-a, colocando sua mo sobre a dela,
guiando os movimentos em algumas ocasies, para que ela entenda quais os
movimentos para fazer o formato de uma cabea, por exemplo. Mas o importante
a criana representar livremente a histria que ela criar.

10. Vamos representar o menino?

Ajude a criana a fazer um simples boneco, com cinco palitos de picol e um
pequeno crculo de papel grosso ou isopor. O crculo ser a cabea, os palitos
sero o tronco, os braos e as pernas. A criana vai colando em uma folha de
papel, com cola branca, sempre com a ajuda do adulto. Comecem pela cabea,
depois colem o tronco, conversando com a criana so-
bre essa parte do corpo,
depois os braos, tocando nos braos da cri-
ana, depois as pernas etc. No final,
escolham algum lugar da
casa para prender o boneco (com fita adesiva ou fita
crepe), como se fosse um quadro ou um porta-
-retrato, para ser a arte da cri-
ana.
Ela ficar muito orgulhosa!
E que tal dar um nome para o menino? Caprichem!

oooooooooooo

<18>

Unidade 2 Corpo e
conscincia

Essa unidade procura focar na explorao das partes do corpo da criana. Para
isso, trazemos o texto de referncia Festa no Cu, sobre um sapo metido a
esperto. A histria divertida e brinca com uma hiptese (falsa) sobre as marcas
na pele do sapo. Alm do corpo, aproveitamos para curtir o som de alguns
pssaros, em homenagem ao urubu que aparece na histria. Boa diverso!

<R+>
Lista de materiais:
Algodo
Cola branca
Papel cenrio ou pardo
Papel A4
Papel texturizado ou prancha de desenho adaptada
Giz de cera grosso
1 beterraba ou 1 cenoura

2 caixas de leite vazias e limpas
4 embalagens de pasta de dente
<R->

::::::::::::::::::::::::

<19>
1. Festa na histria

Vocs j ouviram a histria Festa no cu? Ela uma fbula, uma histria em
que os animais falam, brincam, tm sentimentos. A verso que vou contar para
vocs vem do site Histria para Dormir, no link:
~,https:www.~
historiaparadormir.com.brfesta-~
no-ceu~,

<R+>
ARQUIVO DE UDIO DA HISTRIA:
~,https:drive.google.comfile~
d#ai$d4xYRBQL-F4YvNnufg~
YHMXY$yweDxsW9view?usp=~
sharing~,
<R->

H outras verses da histria, vocs podem procurar e tambm comentar as que
vocs preferirem.
Agora que j ouviram a histria, vamos conversar:
<R+>
a) O que ia acontecer no cu?
b) O que o sapo fez para conseguir participar da festa?
c) O urubu ficou chateado porque o sapo o enganou. Como consequncia, o fez
despencar do cu, podendo at machuc-lo. Isso no certo. O que o urubu
poderia ter feito para dar uma lio no sapo sem jog-lo de to alto, arriscando
a vida dele?
<R->

<20>
2. Vamos por partes

O corpo dividido em trs partes: cabea, tronco e membros. Vamos contar?
Quantos braos? Quantas pernas? Quantas cabeas? Quantos troncos? Adulto,
desenhe com pincel e tinta guache atxica uma flor em cada parte do corpo da
criana. Depois, conte, junto com ela, as flores desenhadas e associe essa
quantidade s partes do corpo. Ateno, no nosso caso, vamos contar os
membros separadamente, certo? Por exemplo, 2 pernas, 1 cabea etc. Ateno:
as crianas gostam muito de terem pintadas em seus corpos flores, coraes,
entre outros desenhos. Ento, deixem que fiquem um tem-
pinho pintadas, para
elas curtirem a sensao ttil e olfativa da tinta no corpo, representando as
flores.

3. Alongamento

Vamos alongar o corpo? Mas a criana s pode brincar se nenhum mdico
apresentou restrio quanto realizao de seus movimentos, certo? Caso ela
possa realiz-
-los, com ou sem a ajuda de um adulto, comecem a brincadeira. E
se a criana no tiver controle de algum membro, mas o mdico permitir esse
tipo de movimento, o adulto pode ajudar conduzindo lentamente com as mos.
Se tiverem uma msica de relaxamento, melhor. A criana vai conhecer mais
essa criao da
nossa cultura: msica para relaxar o corpo.
Primeiro, levem a cabea para trs e para frente. Ento, girem os ombros para
trs e para frente. Para gir-los, deixe que antes a criana sinta no adulto como
a ao, colocando as mos sobre o ombro do responsvel enquanto ele realiza
o movimento. Depois, ajude a criana a girar os ombros lentamente.
<21>
Em seguida, levantem os braos, bem alto. Imaginem que esto pegando um
objeto que est l em cima. Ainda com os braos levantados, inclinem o tronco
por alguns segundos para a direita e depois para a esquerda.
Agora, girem a cintura, como se estivessem brincando de bambol, mas bem
devagar. Girem uma vez para a direita e uma vez para a esquerda.
Por fim, levem as mos at
as pontas dos ps. Se no

conseguirem chegar at
as pontas dos ps, no tem problema. Os braos podem parar na altura dos
joelhos ou das panturrilhas. O importante inclinar o tronco para baixo, mas sem
sentir dor.
Se a criana no fica em p, a atividade pode ser feita sentada, com o tronco
reto e pernas esticadas. Nesse caso, para sentir o movimento da cintura, coloque
a mo da criana na cintura do adulto e ela sentir o giro para a esquerda e para
a direita. Em seguida, o adulto colocar a mo na cintura da criana e far um
movimento muito leve, como se girasse para direita e para a esquerda.
Nessa atividade, muito importante que a criana sempre sinta primeiro o adulto
fazer o movimento, percebendo o corpo dele ao alongar. Assim, ela ter melhor
condio de entender o que ela dever fazer, mesmo com a ajuda de um
responsvel.

4. Estica e encolhe

Vamos aprender a levantar os dedos? Parece fcil, mas para algumas crianas
pode no ser. Primeiro, abram e fechem os dedos das mos, sempre tornando
tudo uma brincadeira. Digam: Abriu! Fechou!. Depois, vai ficando mais difcil:
Ajude a criana a fechar uma das mos, prendendo os dedos com o polegar.
Depois, ajude a levantar s o dedo indicador, mantendo o polegar sobre os
outros dedos. Quando ela conseguir erguer s o indicador, digam: Um! Em
seguida, ajude a criana a soltar o dedo mdio e diga: Dois! Contem os dedos
<22>
que esto em p, para que ela perceba que so dois. Em seguida, ajude-a a
levantar o dedo anelar, mantendo o dedo mnimo preso pelo polegar. Digam:
Trs e enumerem os trs dedos levantados. Agora, a vez de soltar o dedo
mnimo. Digam:

Quatro e contem os dedos. Por fim, levantem tambm o
polegar e digam Cinco, contando-os. Contem de forma animada, para que seja
uma atividade prazerosa para a criana, como se estivessem em um jogo!
H uma parlenda, no canal Rbia Mesquita (TV Tindolel), que tambm ajuda
a ensinar como ter maior domnio dos dedos:
~,https:www.youtube.comwatch?~
v=umPF41k-n-c~,
Isso tudo bem importante quando a criana comea a contar e a fazer
operaes matemticas.

5. Dedinhos das mos

Conhecem a msica Os dedinhos? tima para fazer a criana ter conscincia
dos dedos da mo e ainda aprender os nomes de cada um deles. Escutem a
msica e mexam os dedos medida que eles forem aparecendo na msica. Por
exemplo, quando a msica

falar polegares, encostem um
polegar no outro,
ajudando a crian-
a a perceber qual o dedo polegar e que ela tem dois. Faam
o mesmo com os outros dedos. E aproveitem para se divertir com a msica,
quantas vezes quiserem!
Vocs podem procurar uma verso que gostem ou clicar nessa verso do canal
*Bom para meu filho*: ~,https:www.youtube.comwatch?~
v=ZBX1oXkUE$xY~,
Se a criana no tiver o(s) dedo(s) da(s) mo(s), faa a atividade de modo que
ela sinta os dedos do adulto. Se ela tiver os dedos dos ps, mostre qual posio
ele ocuparia se estivesse nas mos.

<23>
6. Dedinhos dos ps

Aproveitem para explorar tambm os dedos dos ps. Vocs sabiam que os
nomes de cada um deles no corresponde aos das mos? Por

exemplo, o
famoso dedo do p
no pode ser chamado de polegar. Seu nome cientfico
hlux e ele o principal responsvel pelo equilbrio dos nossos passos, quando
caminhamos.
Os outros dedos so chamados pela sequncia: segundo dedo, terceiro dedo,
quarto dedo e quinto dedo. Ah, o quinto dedo pode ser chamado de dedo
mnimo, igual ao quinto dedo da mo.
Que tal agora vocs brincarem de caminhar com a lateral externa dos ps, sem
encostar o dedo/
/hlux? Mas, com cuidado, deem no mximo dois ou trs
passos porque nosso corpo no foi formado para caminhar assim. apenas uma
pequena experincia.
Para finalizar: ccegas no ar! Melhor dizendo, nos ps! Pegue uma pena ou
algum objeto de toque macio e leve e passe suavemente no p da criana. Avise
antes que vai fazer cosquinha nela. Vocs podem brincar de adivinhar em que

parte do p o objeto est
passando. Permita que a criana tambm faa a
brincadeira no adulto.

7. Tudo em ordem!

Perceberam que na atividade anterior ns trabalhamos os nmeros ordinais,
aqueles que mostram a ordem de apresentao? o primeiro, o segundo, o
terceiro E por a vai.
Vamos ao *primeiro* desafio? Ajude a criana a contar quantos dedos ela tem
somando as duas mos. Depois, contem em ordem, do primeiro at o dcimo.
<24>
*Segundo* desafio: e se contarmos tambm as duas mos dos adultos? Quantos
dedos vo resultar da soma? E se colocarmos na ordem, chegaremos ao
vigsimo?
*Terceiro* desafio s faa se a criana demonstrar interesse: contem os dedos
das mos e dos ps da criana e do adulto. Depois,

enumerem os dedos
colocando-os na ordem: do primeiro at o dcimo, dcimo primeiro at o
vigsimo, vigsimo primeiro at o trigsimo
e trigsimo primeiro at o
quadragsimo. Ufa! Deu trabalho, n?!
Utilize essa brincadeira para falar com a criana sobre os edifcios, que so
construdos em andares: primeiro andar, stimo andar etc. Vocs conhecem
pessoas que moram em prdio? Qual andar? E quando vo ao mdico, o
consultrio fica em que andar?

8. Danando

Quem j danou a msica do Boneco de Lata? bem legal!
Aqui, sugerimos a
verso do grupo EMCANTAR: ~,https:www.~
youtube.comwatch?v=~
BrBc358rF24~,
Acompanhe a msica ajudando a criana a tocar em cada parte do corpo que
citada. Se a criana j independente para tocar nas

partes do prprio corpo,
deixe que ela faa. Se ela resistir, ajude a tocar com as mos dela
nas
partes do
corpo de uma pessoa que ela tenha por referncia, como a me ou um irmo,
ou mesmo de um boneco. Ah, e quando for contar as horas, ajude-a a levantar
a quantidade de dedos que dita na msica.

<25>
9. Boneco de caixa

Que tal fazer um boneco? No caso, vamos fazer um boneco de caixa. Para isso,
vocs vo precisar de duas caixas de leite e quatro embalagens de pasta de
dente. O adulto dever cortar uma caixa ao meio, de modo que ela fique com a
metade da altura que tinha (corte no sentido horizontal), mostrando para a
criana como a caixa inteira e como fica
cortada, explicando o ponto em que
ser seccionada. Assim:

Caixa inteira Corte

!::::::: !:::::::
l _ l _
l _ l _
l _ l _
l _ :::::r:::::::w:::::
l _ l _
l _ l _
l _ l _
h:::::::j h:::::::j

Metades

!:::::::
l _
l _
l _
r:::::::w
l _
l _
l _
h:::::::j

Essa metade vai representar a cabea e ser colada em uma das laterais da
caixa de leite que

ficar inteira, ou seja, no sentido do comprimento da caixa.
Assim:

<F->
!:::::::
Metade :o l _
l _
l _
h:::::::j
<F+>

<F->
Caixa !:::::::
inteira :o l _
l _
l _
l _
l _
l _
l _
h:::::::j
<F+>

<26>
As quatro embalagens vo representar os braos e as pernas, e devero ser
colados caixa de leite que ficar inteira, assim:

Embalagens

<F->
!:::::::
l _
l _
l _
h:::::::j
!::: !::::::: !:::
l _ l _ l _
l _ l _ l _
l _ l _ l _
h:::j l _ h:::j
l _
l _
l _
h:::::::j
!::: !:::
l _ l _
l _ l _
l _ l _
h:::j h:::j
<F+>

Use cola branca, permitindo que a criana interaja bastante com a cola e com as
caixas. Quando secar, estimule a criana a pintar o boneco com tinta guache.
Se quiserem, faam cabelos com papel
picado em tiras ou com barbante, ou com
outro material que preferirem. Tambm possvel colar olhos, orelhas, nariz e
bocas feitos de papel ou com outros materiais que vocs conseguirem. Alm
disso, vocs podem criar mos e ps e at fazer uma saia ou uma capa para o
boneco. Brinquem com a imaginao!

10. Ouvindo os pssaros

Vamos ouvir o som de alguns passarinhos. Gravei em udio para vocs! Aps
ouvir o udio, diga de qual passarinho voc mais gostou. Conseguiram imitar
algum?

ARQUIVO DE UDIO

<27>
<R+>
Link para os sons dos pssaros:
~,https:www.wikiaves.com.br~
78686~&t=s~&s=10191~, -- urubu
~,https:www.wikiaves.com.br~
wikicanario-da-terra~, -- canrio-da-terra
~,https:www.wikiaves.com.br~
wikibem-te-vi~, -- bem-te-vi
~,https:www.wikiaves.com.br~
wikiarara-vermelha~, -- arara vermelha
~,https:www.wikiaves.com.br~
2643953~&tm=s~&t=c~&c=~
4109401~, -- beija-flor
<R->

11. D asas imaginao

Agora, faa com a criana os movimentos da asa de um pssaro, para que ela
tenha alguma ideia do voar do pssaro. Se tiverem uma pequena manta,
amarre duas pontas no pescoo da criana, sem deixar apertado, formando uma
capa. Depois, das duas pontas que sobraram, coloque uma em cada mo da
criana. Incentive e ajude-a a levantar e abaixar os braos, imitando o voo do
pssaro. Ela vai perceber que pode se formar vento. Na brincadeira, as penas
sero as partes de tecido que ficam ao longo do brao da criana. Se vocs
tiverem uma pena em casa, pode ser de galinha, brinquem, faam ccegas no
nariz da criana e depois aproveitem para uma bonita colagem!

12. Leque

Por fim, quem j fez um leque? uma dobradura muito fcil. Faa tudo com a
criana observando e ajudando a fazer as dobras, certo? Assim: pegue uma
folha de papel, pode ser grande ou pequena, pode ser at um panfleto de loja.
Comece pelas laterais mais curtas, imagine mais ou menos dois centmetros do
incio da lateral e dobre aps esses dois centmetros. Dobre de uma ponta a
outra, de cima a baixo. Agora, vire o papel do avesso, mantendo a dobra como
<28>
vocs fizeram. Essa vai ser a base para uma nova dobra no papel, na mesma
largura. V fazendo do-
braduras at terminar o papel, lembrando que a cada
prega preciso virar o papel do avesso. No final, o papel parece uma sanfona.
Faa uma pequena dobra na ponta da sanfona, formando um gancho de
sombrinha. Agora, s abanar e fazer a criana perceber que o movimento do
leque produz vento.
Faam tambm vento com as mos, sem usar nenhum objeto. Se a rea do
leque for maior que a mo, o leque produzir mais vento. Se a rea da mo for
maior do que a rea do leque, ela produzir mais vento.
O uso do leque mais leve do que o das mos, portanto no preciso tensionar
tanto a musculatura das mos para mover o leque. Ah! E conversem com a
criana sobre o movimento do leque, comparando-o com o das asas dos
pssaros.
Se quiserem, sigam este *link* para ver a confeco do leque:
~,https:www.youtube.comwatch?~
v=jIIE#f$au1vPY~,

oooooooooooo

<29>

Unidade 3 Janela, janelinha

Na unidade III, vamos explorar partes da casa, em especial sua forma
comumente apresentada nos desenhos infantis e, ainda, as portas e janelas.
Trazemos uma parlenda antiga e divertida: Janela, janelinha e, para animar a
festa, a msica A casa, de Vinicius de Moraes. Valendo!

<R+>
Lista de materiais:
Caixa de papelo
Papel A4 ou um papel mais espesso
Gros de feijo, de arroz ou miangas
Cola branca
Tesoura ou estilete (para uso exclusivo do adulto)
Potes ou outros objetos comuns da casa
<R->

::::::::::::::::::::::::

<30>

1. Parlendando

Vocs conhecem a parlenda Janela, janelinha? uma parlenda que brinca com
as partes do rosto. Nela, a janela o olho, a cam-
painha o nariz e a porta a
boca. O texto assim:

Janela
janelinha,
porta,
campainha,
Peeeeemmmmm

<R+>
ARQUIVO DE UDIO DA PARLENDA:
~,https:drive.google.comfile~
d1Ctxv7kDp69PMIOE$nSf~
AbzozmrXUG$ru4Xview?usp=~
sharing~,
<R->

Adulto, para cada palavra da parlenda, voc colocar o dedo suavemente em
uma parte do rosto da criana. Assim:
<R+>
1. Janela: coloque suavemente o dedo em um dos olhos da criana.
2. Janelinha: coloque o mesmo dedo no outro olho da criana.
3. Porta: coloque o dedo na boca da criana.
4. Campainha: pressione levemente o nariz da criana, fechando as narinas,
e faa junto com ela o som anasalado Peeeeemmmmm.
<R->
Brinquem de fazer a campainha pelo nariz, a criana vai perceber que nossa voz
pode sair de modo muito diferente quando estamos com o nariz tapado!
Brinquem tambm fazendo o som de outros tipos de campainha, sem o nariz
tapado. Faam: Dim Dom!
Incentive a criana a falar a parlenda sozinha, tateando no rosto do adulto cada
uma das partes: janela, porta e campainha.

<31>
<R+>
Assistam ao vdeo da parlenda no YouTube nos canais:
*Histrias para Criana* ~,https:www.youtube.com~
watch?v=LMZF#d$a8NaEc~,

*Rbia Mesquita* (TV Tindolel) ~,https:www.~
youtube.comwatch?v=xRV2~
MC$eN{-aQ~,
<R->

2. Abre e fecha

Vamos ensinar a criana a compreender o que abrir, fechar, trancar. So
conceitos que parecem simples, mas a criana cega precisa aprend-los e
experiment-
-los. No ritmo da parlenda, vamos abrir e fechar as janelas e portas
da casa.
Primeiro, as portas. Deixe a criana tatear as laterais da porta. Se for possvel,
ajude-a a subir em um banquinho para perceber a altura da porta, fazendo com
que ela tente tocar a parte mais alta. Se com o banquinho ela no alcanar a
parte mais alta, pegue uma vassoura junto com ela e mostre onde termina a
porta com a ponta da vassoura, deixando que ela passe a extremidade do cabo
ao

longo da porta. Cuidado para que ela no se machuque.
Em seguida, explorem as maanetas e as dobradias. Faa com que a criana
sinta o trinco aparecer e recolher conforme ela gira a maaneta. Mostre que no
batente da porta h um buraco onde o trinco se encaixa para manter a porta
fechada ou se recolhe quando queremos abri-la. Apresente tambm as
dobradias, explique que preciso muito cuidado para no prender o dedo na
porta, pois a dobradia ajuda na ao de fechar e abrir. Auxilie a criana a
perceber o movimento da dobradia medida que vocs empurram a porta para
dentro e para fora.
Chegou a vez das chaves! Mostre que na maaneta h um miolo onde se
encaixa a chave da porta. Deixe a criana girar a chave com a porta aberta,
<32>
sentindo a lingueta aparecer e recolher de acordo com o sentido do giro que a
criana faz com a chave. Enquanto ela gira, explique que est girando ora para
a direita, ora para a esquerda. Depois, permita que ela faa esse movimento com
a porta fechada e perceba que a lingueta serve para trancar a porta.
Ex-
plique
que trancar e fechar so aes diferentes. Quando fechamos a porta, h a
possibilidade de abrirmos girando a maaneta. Quando trancamos, somente
possvel abrir com a chave. Tambm possvel trancar a porta com trincos e
ferrolhos, muito comuns em banheiros de shoppings. Se vocs tiverem alguma
porta com esse sistema, permita que ela explore e perceba que somente
possvel abrir ou fechar a partir de um lado da porta.
Agora, explorem as janelas, mas apenas se forem seguras e tiverem grades ou
rede de segurana. Se houver risco de queda, elimine essa atividade, pois a
criana pode tentar explorar a janela sozinha, depois. Se for seguro, explore com
ela os puxadores, o sentido que feito para abrir e o sentido que feito para
fechar. Explique que algumas janelas abrem com as folhas se movendo para
fora do quadro, outras, deslizando as folhas para a direita ou para a esquerda.
Todos os movimentos da criana devem ser acompanhados pelo adulto para
que no haja riscos de a criana se machucar, prendendo o dedo, por exemplo.
Se a criana no fica de p ou ainda no tem controle motor suficiente para
manusear os objetos explorados nessa atividade, o adulto poder lev-la a tocar
(com mos, braos ou pernas e ps) os objetos, fazendo com que ela interaja
com eles o mximo que puder, acompanhando com a cadeira de rodas o
movimento de abrir e fechar da porta, por exemplo.

*Lembrem-se: todos os movimentos da criana nessa atividade devero ser
acompanhados pelo adulto. E isso vale para todas as crianas, no
somente as que tiverem o desenvolvimento motor em fase inicial*.

<33>
3. Vamos fazer uma casinha?

Com um caixote de papelo de tamanho de uma caixa de sapato ou um pouco
maior, faa o seguinte:
Diga para a criana que vocs vo fazer uma casinha com janela, porta e
campainha! Deixe a criana sentir, colocar as mos dentro e fora da caixa.
Explique para a criana que vocs vo fazer duas janelas e uma porta em uma
das laterais da caixa, colocando uma campainha ao lado da entrada.
Escolha um dos lados mais compridos da caixa e, no centro dela, o adulto
dever, com uma tesoura ou um estilete, fazer um pequeno retngulo, sem cortar
uma das laterais do retngulo. Assim, ter sido criada uma porta. Quando o fizer,
mostre para a criana como ficou. Abra e feche a porta de papelo junto com a
mo da criana.
Colem um caroo de feijo para servir de maaneta! Ao lado da porta, colem um
gro de arroz para ser a campainha. Se preferirem, podem usar qualquer outro
objeto, como lantejoula ou mianga. Apenas tenham sempre cuidado para que
a criana no os coloque na boca.
Agora, a vez de fazer as janelas! Dependendo da largura da caixa, d um
espao de trs dedos do lado direito e trs dedos do lado esquerdo da porta.
Marque com um pontinho feito caneta essa distncia e comece a cortar a janela
a partir desse ponto, para no ficar muito perto da porta.
Para fazer a janela, o adulto dever cortar dois quadrados com a ajuda de uma
tesoura ou de um estilete, com todo cuidado para que a criana no tenha
acesso ao estilete para no correr o risco de se machucar. Quando terminar o
primeiro quadrado, pea ajuda criana para tirar o pedao que foi cortado,
formando o buraco da janela. Incentive-a a explorar o quadrado com os dedos.
Em seguida, faa o mesmo procedimento para abrir uma nova janela, do outro
lado da porta.
<34>
Se quiser, no corte todo o quadrado, mas apenas as partes superior e inferior,
deixando as laterais presas na caixa. Com as laterais presas e as partes superior
e inferior cortadas, faa um corte vertical no meio do quadrado, do topo at a
base dele. Com esse corte central, voc ter criado as folhas da janela, como
abas que podem ser abertas e fechadas. Se o tamanho permitir, cole junto com
a criana um gro de feijo em cada uma das folhas da janela para servir de
puxador. Incentive a criana a abrir e a fechar as janelas, ajudando no
movimento dela.
Pronto, est feita a casinha! Brinquem com a parlenda usando a casa que vocs
fizeram.
Vocs podem incrementar a casa criando um telhado com um papel diferente,
pintando as paredes ou colando materiais de vrias texturas. Usem a
imaginao. H uma casinha feita de papelo em um vdeo do canal de YouTube
Flor de Menina, muito legal e simples de fazer! Segue o *link*: ~,https:~
www.youtube.comwatch?v=~
MTGBN$jBmCM$c~,

4. Criando histrias

hora de criar uma histria sobre a casa que vocs construram. Quem mora
nela? O que poder ter acontecido? Ajude-a a criar a histria. Se ela ainda no
se comunica oralmente, crie uma histria para que a criana oua e
tente integr-la
dentro das condies de comunicao que ela j desenvolveu. A criana
pode
apontar ou indicar algum objeto para entrar na histria, por

exemplo. O
importante que ela interfira o mximo que puder e que curta a histria com
alegria! Se possvel, anotem o conto em um caderno e leiam outras vezes e para
outras pessoas.

<35>
5. Uma casa engraada

Conhecem a msica A Casa, de Vinicius de Moraes? Vamos apresent-la
para as crianas? muito divertida. Escutem a msica pelo canal Homero
Nagano: ~,https:www.youtube.com~
watch?v=GX6Hy90sZE8~,
Agora, vamos conversar sobre a letra da msica:
<R+>
a) O que acontece na casa quando fica sem o teto?
b) Por que ningum podia fazer xixi? Voc tem alguma soluo para esse
problema?
c) Por que a casa era engraada?
d) E qual a parte que voc achou mais engraada?

e) Voc teria mais alguma coisa engraada para inventar sobre a casa?
<R->

6. Outras casas engraadas

Vamos falar sobre sua casa: como o espao dela? Aproveitem para andar por
todo o espao, estimule a criana a falar em que espao ela est. Por exemplo:
Estamos na cozinha. E se a criana ainda no fala, o adulto poder indicar os
espaos que esto percorrendo, permitindo que ela toque objetos especficos
daquele ambiente. Por exemplo, o fogo na cozinha, o sof na sala etc.
E quem mora na sua casa? Como a rotina de vocs dentro dela? Quem entra
e sai todo o dia? Para onde vo? Recebem muitas visitas?

<36>

7. Ns na rua

Sua casa parece com a casa de seus familiares, como avs e tias? Se parece
com a casa de colegas da sua rua? Pensem sobre o que h de parecido e o que
h de diferente. Em cima da mesa, organize potes ou outros objetos que
representaro as casas da rua. Se forem muitas casas, vocs podem reduzir
para as mais prximas, por exemplo: duas casas esquerda, duas, direita;
quatro, frente. Assim, um pote de margarina pode representar a sua casa,
enquanto um copo plstico pode representar a casa do vizinho da frente.
Lembrem-se de deixar o espao da rua entre as casas.
Se vocs moram em apartamento, faam o mesmo: um pote para cada
apartamento vizinho, pensando no mesmo andar. Depois, se desejarem,
representem em outro espao o andar de cima e o de baixo.

Para finalizar, converse com a criana sobre o nome do bairro e da rua em que
vocs moram. Falem tambm o nome de outras referncias do seu bairro: a rua
do supermercado, a da escola, a de um amigo etc. Se no souberem, no tem
problema. Ser uma boa tarefa para vocs cumprirem quando estiverem
passando por esses pontos.
Quem desejar, pode fazer uma maquete simples com a criana. Ao invs de
potes, utilizem caixas de fsforo vazias, embalagens de sabonete ou outras
pequenas e de papelo. Organizem as caixas em cima de uma folha de papelo,
cartolina ou isopor. Quando estiverem organizadas e representando as casas da
rua ou do andar que vocs moram, ajude a criana a passar cola no lado que
fica sobre o papelo/cartolina, fixando as casas na rua. Se desejarem, pintem
as caixas e a rua, antes ou depois da colagem.

<37>
8. Casa geomtrica

Vamos montar uma casa com figuras geomtricas! Vocs vo precisar de 1
tringulo para o teto, 1 quadrado para a parte da frente da casa, 1 retngulo
grande para a lateral, 1 retngulo pequeno para a janela da lateral, 1 retngulo
pequeno para a porta da frente e 1 trapzio retngulo para o teto sobre a lateral da
casa. So essas figuras:

<F->
!::::::::::::
l _
ie l _
i e l _
i e l _
i e l _
i e l _
i e l _
i::::::::::::e h::::::::::::j
<F+>

!::::::::::::::::::
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<F->
!::: !:::
l _ l _
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h:::j h:::j
<F+>

<F->
ecccccccccccccccccccccccc
e _
e _
e _
e _
e:::::::::::::::::::j
<F+>

E a casa ser montada assim:

<F->

iecccccccccccccccccccccccc
i e _
i e _
i e _
i e _
i e _
i::::::::::::e::::::::::::::::::w
l _ _
l _ !::: _
l !::: _ l _ _
l l _ _ l _ _
l l _ _ l _ _
l l _ _ h:::j _
l h:::j _ _
h::::::::::::j::::::::::::::::::j
<F+>

Mostre as figuras separadamente para a criana. O adulto poder fazer as
figuras a partir de papelo ou papel-carto. interessante que seja um papel
mais espesso e rgido, para que a criana consiga manipular e montar
a casa.
<38>
Primeiro, brinque com as formas geomtricas, deixando a criana explorar e criar
um modo de montar a casa. Depois, monte junto com

ela, ensinando o que cada
forma est representando.
Quando a casa estiver montada, ajude a criana a colar as partes sobre um papel
A4 ou outra superfcie. O importante que, depois de as partes estarem coladas,
a criana vai poder explorar a imagem que se formou, da casa.
Se for possvel, antes da atividade faa uma casa com formas geomtricas para
servir de modelo, de modo que a criana possa sentir as formas geomtricas.
Pode ser um esboo na tela de desenho, desde que a criana consiga perceber
o relevo formado com o giz de cera.
Colaram a casa? Pintem, decorem com objetos fixados etc. Explorem o sentido
esttico da criana cega. A beleza est na criao!

oooooooooooo

<39>


Unidade 4 Alimentos do dia
a dia

Nessa unidade, vamos explorar alimentos do nosso dia a dia. Nossas crianas
muitas vezes no sabem como um caroo de feijo, de onde vem o leite, nem
como um ovo cru. Ento, vamos nos empenhar para que a criana tenha um
maior domnio das coisas mais simples do dia a dia.

Lista de materiais:
<R+>
2 ovos crus
Caixas, sacos ou latas de leite
Cola de isopor
Gros de arroz e de feijo
Cartolina
<R->

::::::::::::::::::::::::

<40>

1. Alimento textual

OvO

Fabiana A. Rangel

No sou redondo
Sou oval
No tenho nariz
Nem sou animal

Todo mundo gosta de mim
No bolo, no po
Cozido ou frito
At no quindim!

Mame galinha
O galo meu pai
A famlia grande
Grande demais

L vem um de novo
Mame pe e a
Nasce outro ovo
Igualzinho a mim

<41>
<R+>
ARQUIVO DE UDIO DO POEMA:

~,https:drive.google.comfile~
d1oeJgrOzZAD$lzWcDk~
CO3Q#a$bI-PNAUH$s-s~
view?usp=sharing~,
<R->

1. Conversando sobre o poema
OvO

<R+>
a) Nos versos do poema, h pistas que nos levam a entender que quem fala
um ovo. Que pistas so essas?
b) No poema so apresentados alimentos feitos com ovo. Quais so?
c) Quem so os pais do ovo?
d) Se o ovo filho da galinha e do galo, por que ele diz que no um animal?
<R->

2. Conhecendo um ovo

Vamos explorar o ovo. Primeiro, lave o ovo e ento deixe a criana peg-lo. Pea
que ela

aperte a casca e, depois, ensine a quebr-la. Deixe a criana tocar a
gema arredondada, sentir a clara em volta. Explique que a gema como uma
bolinha de cor amarela ou alaranjada e que em volta dela est a clara, que
transparente. Esclarea que transparente a qualidade de um objeto que
permite a passagem da luz, tornando visvel tudo que est atrs dele. Diga que
muitos vidros so transparentes, eles normalmente esto em formato de copos,
janelas e jarras.
Deixe que a criana amasse a gema e a clara com as mos. Depois, pegue outro
ovo e coloque para cozinhar (apenas o adulto mexe no fogo). Permita que a
criana coloque o ovo na panela com gua fria e avise quando estiver levando o
recipiente para o fogo. Fale sobre o tempo de cozimento. Quando o ovo
terminar de cozinhar, avise que est apagando o fogo. Deixe que a criana se
aproxime um pouco, para sentir o calor. *No permita que ela toque na panela
<42>
quente*. O adulto deve jogar a gua fervente fora e colocar gua fria, para o ovo
esfriar mais rapidamente. Aps um minuto, a criana pode encostar no ovo
cozido, sentindo a temperatura da casca.
Quando estiver frio, descasque o ovo junto com a criana, deixando que ela
pegue os caquinhos da casca e aperte levemente, para no se machucar.
Depois, pea a criana para comer o ovo cozido e explique qual a parte da
clara e qual a parte da gema. Permita que ela toque na clara e depois na gema.
Converse com ela sobre as diferenas entre o ovo cru e o cozido, lembrando-se
do sabor, da consistncia e da textura.

3. Onde est o leite?

A criana j sabe que o leite que normalmente bebemos retirado da vaca?
Explique o que uma
vaca, que um animal que come vegetais, principalmente
capim. Diga que um mamfero e que os bezerros, filhos das vacas, mamam,
desde o nascimento at ficarem maiores, momento em que comeam a comer
outros alimentos. Lembre criana que ns, humanos, tambm somos
mamferos e que normalmente, quando pequenos, bebemos leite no seio da
me. Sua criana foi amamentada? Conte para ela como foi sua alimentao
quando era um beb recm-nascido.

4. Na histria

Aps conversar sobre a origem, explique que o leite da vaca vendido para
indstrias que colocam o lquido em garrafas, caixas ou sacos.
H poucas dcadas, o leite era entregue pelo leiteiro, nas casas. Depois, passou
a ser vendido em sacos plsticos. Nos dias atuais, geralmente vendido em
caixas, em forma lquida, ou em latas, o que chamamos de leite em p. Estimule
<43>
a criana a perguntar para os avs e bisavs como o leite era vendido quando
eles eram crianas.

5. Abre-te, ssamo!

Abra uma caixa de leite com a criana, permitindo que ela gire a tampa ou
perceba o bico a ser cortado. Depois, ajude-a a servir o leite em um copo de
plstico.
importante a criana saber como a caixa de leite fechada, como abrir, como
colocar no copo. Tambm possvel fazer a atividade com duas caixas: uma
nova e fechada; uma aberta e vazia. Com a caixa nova, a criana vai aprender
como abrir a caixa de leite e tambm vai perceber a relao de peso entre a
caixa fechada e a vazia.
Depois que a criana entender a relao de peso, brinquem com a caixa vazia,
enchendo-a com gua filtrada e sugerindo que ela
brinque de se servir, sabendo
que gua.
No *site* da Embrapa h um jogo que, com a mediao do adulto, pode ser
divertido para a criana cega aprender sobre alguns animais. Aqui est o *link*:
~,https:www.embrapa.brccweb~
jogosquem-e-quem-animais~,

6. Arroz e feijo colagem

Vamos fazer uma colagem de um rosto usando gros de arroz e de feijo? Pegue
uma tampa redonda, quadrada ou retangular de algum pote que no v mais ser
usado. Pode ser a tampa da lata de leite, de margarina, de pote de requeijo etc.
Pea criana para passar as mos ao redor do rosto dela e tambm do adulto.
Explique que nossa face no tem uma forma muito definida, mas avise que
<44>
geralmente representada com um crculo nos nossos desenhos. No entanto,
podemos faz-la no formato quadrado, oval, retangular ou mesmo triangular.
arte!
Em seguida, usando cola de isopor, ajude a criana a colar feijes no contorno
da tampa, passando a mo dela sobre o contorno para que entenda a tarefa.
importante que a criana tenha a maior interao possvel na atividade e que o
adulto apenas a ajude naquilo que for muito difcil.
Se a criana ainda no tem coordenao suficiente para pegar e colar os caroos
e passar a cola, voc pode pass-la no dedo dela. Depois de passada a cola na
tampa, coloque o feijo na ponta do dedo da criana e leve a tampa at ela, para
que perceba como a colagem. Se ficar muito cansativo fazer essa atividade em
todo o contorno, permita que a criana faa ao menos cinco colagens, dizendo
que a vez dela. Valorize o trabalho!
Agora, a vez dos olhos. Pegue um caroo de feijo (pode ser outro gro maior,
como gro-de-
-bico) e ajude a criana a colar um gro para cada olho. Antes,
mostre para ela a posio em que sero colados os olhos, passando as mos
dela no prprio rosto, para que ela consiga projetar as medidas do prprio rosto
na colagem.
Aps os olhos, faa o mesmo com o nariz.
Chegou a vez da boca. Pea para ela passar as mos nos prprios lbios, ora
sorrindo, ora sria. Depois, permita que ela passe as mos nos lbios do adulto.
E agora, combinem se o rosto ter uma boca sria ou sorridente. Mostre para
ela o contorno de uma boca sorridente e de uma sria. Explorem seus prprios
rostos ou usem o dedo indicador. Quando o dedo est reto, a boca sria.
Quando o dedo dobrar a ponta e formar um gancho, a boca est sorrindo. Ento,
colem gros de arroz em uma linha reta, abaixo do nariz, caso tenham decidido
sria, ou uma

linha curva, como uma meia-lua, caso tenha decidido sorrindo.

<45>
7. Rtulos de todo dia

De modo geral, a criana cega no sabe que todos os produtos de mercado
possuem rtulos. Mesmo que a criana no os enxergue, importante que ela
saiba que eles existem e que informaes esto contidas neles. H alguns
produtos, principalmente remdios e cosmticos, que j vm com alguma escrita
em braille, mas os alimentos ainda no foram contemplados. Assim, vamos fazer
um cartaz de rtulos de produtos do dia a dia.
No cartaz, a criana no ter domnio sobre a escrita dos rtulos, mas h duas
questes muito positivas para seu processo de alfabetizao: 1) ela perceber a
importncia da leitura no cotidiano, compreendendo como nossa sociedade se
organiza em torno da

linguagem escrita; 2) espontaneamente ou estimulada pelo
adulto, a criana procurar estabelecer diferenas entre os rtulos (formas
arredondadas, material plstico flexvel ou rgido etc.) ou mesmo a posio em
que foram colados no cartaz.
Pegue uma folha de papel A4 ou uma cartolina. Ao longo da semana, retirem
rtulos de produtos que tenham em casa. Vocs vo notar que alguns so
removveis, como o papel que envolve a lata de leite, e outros so impressos na
prpria embalagem do produto, como o saco de feijo, a tampa da margarina, o
papel do sabonete, a caixa da pasta de dente etc. Recortem o rtulo de quantos
produtos conseguirem, sempre conversando sobre o que est escrito neles:
nome do produto, marca, validade, ingredientes, local de fabricao etc. Agora,
colem os rtulos na cartolina. Depois, convidem a criana a explicar o contedo
que est na cartolina, a dar uma
aula sobre rtulos. Vai ser divertido! Gravem
em udio ou em vdeo, permitam que ela escute a prpria aula e at envie para
colegas e familiares, se vocs concordarem. Se a criana ainda no fala, o adulto
pode emprestar a voz e gravar a aula junto com ela, informando que essa uma
atividade de (nome da criana), e enviar para seus colegas.

<46>
8. sopa!

Conhecem a msica Sopa, do grupo Palavra Cantada? divertida!
Aproveitem para conversar sobre os alimentos que aparecem na msica, que
est no canal *Palavra Cantada Oficial*, pelo *link*:
~,https:www.youtube.~
comwatch?v=x5Dm5FcvIO$w~,

oooooooooooo

<47>


Unidade 5 Potes e mais
potes!

Nessa unidade, vamos ouvir o conto O pote vazio, narrado no programa Bibi,
vem histria a!, da EBC. Com ele, vamos explorar alguns objetos comuns do
dia a dia: os potes e as garrafas! Muitas crianas cegas no sabem que os
alimentos so vendidos ou guardados nesses recipientes. hora de aprender!

Lista de materiais:
<R+>
Potes de plstico de diferentes formatos e tamanhos
Garrafas de plstico de diferentes tamanhos
Objetos e alimentos diversos
Sementes de abbora
Terra adubada
Recipiente para plantar as sementes
<R->

::::::::::::::::::::::::

<48>
1. Ouvindo histria

Vamos escutar a histria em udio O pote vazio, narrado por Leda Dal Magro,
a partir do programa *Bibi, vem histria a!*, da EBC, disponvel no *link*:
~,https:radios.ebc.~
com.brbibi-vem-historia-ai~
201910ouca-o-conto-o-pote-~
vazio-uma-fabula-sobre-falar-~
verdade~,
Conversando sobre a histria:
<R+>
a) Qual era o nome do menino?
b) O que o imperador deu para cada criana do reino?
c) O que as crianas deveriam fazer com a semente?
d) O que aconteceu com a semente que Ping recebeu?
e) Por que o imperador ficou feliz com Ping?
<R->

2. Experimentando potes

Potes tm diferentes utilidades. Na casa da gente, podem
servir para organizar
e guardar alimentos ou como bebedouro para gatos e cachorros etc. Vamos
ex-
periment-los!
Separe alguns potes de plstico de diferentes formatos e tamanhos. Eles devem
estar vazios e com tampa. Conte junto com a criana quantas vasilhas foram
separadas para a atividade. Brinque de tamp-los e destamp-los. Ajude a
criana a encaix-las, at encontrar a tampa correta. Se puder, coloque objetos
ou alimentos dentro dos potes, inclusive objetos maiores que os prprios
recipientes, para que a criana perceba a importncia dos tamanhos. No caso
de objetos grandes, conte com a criana quantos couberam e reflita se esses
<49>
objetos caberiam em ou-
tros potes. Se usar itens ou alimentos pequenos, esteja
atento para que a criana no os coloque na boca, evitando acidentes.

3. Experimentando garrafas

Assim como fizemos com os potes, vamos experimentar as garrafas. Separem
algumas de plstico, de diferentes formatos e tamanhos. Elas devem estar
vazias e com tampa. Ajude a criana a contar quantas garrafas foram separadas
para a atividade. Brinquem de abri-las e fech-las. Ajude tam-
bm a encaixar e
enroscar as tam-
pas nas garrafas, at encontrar a correta.
Depois, vocs podem brincar de colocar objetos ou alimentos dentro das
garrafas, inclusive itens maiores que a boca da garrafa, para que a criana
perceba a importncia dos tamanhos. No caso de objetos grandes, como
canudos, conte com a criana quantos couberam na garrafa e reflita com ela se
esses itens caberiam em outros potes, pensando na altura das garrafas. *Se usar
objetos ou alimentos pequenos, esteja atento

para que a criana no os
coloque na boca, evitando acidentes*.

4. Plantando abbora no pote

Vocs notaram que o ttulo da histria O pote vazio? Nela, Ping tinha uma
misso, plantar uma semente dentro do pote. Vocs j plantaram sementes?
Que tal abbora? simples. Abra uma abbora e pea a criana para recolher
trs sementes. Depois, ela deve lavar as sementes e coloc-
-las para secar
sombra por dois dias. Ajude a criana a plant-
-las em um pote de mais ou menos
um palmo de altura, com bastante terra adubada. Coloquem as trs sementes
no recipiente, a uma distncia de dois a trs dedos entre elas. Pea para a
criana empurrar com o dedo a semente para dentro do pote, mas no precisa
<50>
ficar muito fundo. Ensine a reg-lo duas vezes na semana, com cuidado

para
no deixar a terra muito mida nem muito seca. Acompanhem diariamente o
crescimento da semente. Mesmo que ainda no tenha aparecido o vegetal, diga
para a criana que ele est crescendo dentro da terra e logo sair. Em uma
vasilha pequena, provavelmente vocs podero apenas observar o crescimento
das primeiras folhas. Se quiserem que d abbora, passem a melhor mudinha
para um vaso maior, de uns 50 cm de altura e curtam o desenvolvimento. H
dicas no canal do YouTube *Pomar e Horta em vasos*, pelo *link*
~,https:www.youtube.comwatch?~
time{-continue=423~&v=~
QI$nMmZlq{--4~&feature=emb{-~
title~,

5. Batucada

J brincaram de fazer msica batucando em panelas e potes? Vamos l!
Estimule a criana a fazer diferentes tipos e ritmos de som batucando em potes,
garrafas e panelas. Batuquem com as mos e tambm com colheres de plstico,
de metal ou de madeira. Comparem os sons que so provocados pelos toques
da madeira e do plstico. Qual o som mais agradvel: o produzido com a
madeira, com as mos ou com o plstico? Comparem tam-
bm a diferena no
som produzido quando se bate dentro e fora do pote.
Vocs tambm podem batucar os prprios objetos de madeira e de plstico. Por
exemplo, podem bater duas colheres de pau, uma na outra, ou a colher de pau
em uma colher de plstico. Perceberam a diferena no som produzido?
Inventem msicas e tambm procurem batucar uma cano conhecida.
Aqui vo *links* bem legais de canais que apresentam msicas educativas e com
produo de instrumentos a partir de potes e outros objetos que geralmente
temos em casa.

<R+>
Canal *Francine Prof. Fran* ~,https:www.youtube.com~
watch?v=l4Sri05CiBg~,
<51>
Canal *Juliana Marins* ~,https:www.youtube.com~
watch?v=iyIzSJ1BC$c8~,
<R->

Curtiram? Agora experimentem batucar os potes com outras partes do corpo!
Quem consegue produzir som com os ps?

6. Lendrios

A histria O pote vazio uma lenda, ou seja, uma histria contada por muitas
pessoas, mas que no se sabe a origem ou autoria. Ela passada entre
geraes e mistura realidade com imaginao. Existem muitas lendas na nossa
cultura, principalmente as folclricas. H tambm as de outras culturas que hoje
j se misturam com a nossa, como A lenda do cavaleiro sem cabea".

Procurem lendas infantis e contem para a criana, conversando sobre a histria
depois. Se possvel, estabeleam um dia da semana para essa atividade. A cada
dia, antes da lenda nova, pea para ela contar, do jeito dela, a ltima histria que
vocs leram. Se a criana ainda no fala, o adulto pode faz-lo.
interessante procurar saber a regio de origem da lenda. No Brasil, elas se
espalharam por todo o pas, mas tm suas origens em regies especficas, como
a do boto rosa, na regio Norte, e a do Saci Perer, na regio Sul. Aproveite para
incrementar informaes sobre as regies, imitando sotaques e outras
caractersticas que voc souber.
Seguem duas sugestes de sites que trabalham lendas em texto ou em vdeo.
Se optarem pelos vdeos, lembrem-se de descrever as cenas para a criana.

<R+>
*Site* Mundinho da Criana: ~,https:www.mundinhoda~
crianca.net200908~
lendas-folcloricas{-6496.8tml~,
Canal *MultiRio*, no YouTube: ~,https:www.youtube.com~
watch?v=RB5PC2LSO$p4~,
<R->

oooooooooooo

<52>

Organizao das atividades por
rea curricular

Todas as atividades deste material so interdisciplinares, ou seja, trabalham
conjuntamente diferentes reas do conhecimento. No entanto, possvel que
algumas se destaquem dentro deste ou daquele exerccio. Por isso, foi criada
uma listagem das atividades por rea de relevncia. Confira:

<R+>
Unidade 1

Atividade 1 Lngua Portuguesa; Histria
Atividade 2 Cincias
Atividade 3 Cincias
Atividade 4 Lngua Portuguesa; Matemtica
Atividade 5 Matemtica
Atividade 6 Lngua Portuguesa; Matemtica
Atividade 7 Artes; Matemtica

Atividade 8 Lngua Portuguesa; Artes
Atividade 9 Lngua Portuguesa; Artes
Atividade 10 Artes

Unidade 2

Atividade 1 Lngua Portuguesa
Atividade 2 Cincias; Artes; Matemtica
<53>
Atividade 3 Cincias
Atividade 4 Cincias; Matemtica
Atividade 5 Cincias
Atividade 6 Cincias; Matemtica
Atividade 7 Matemtica
Atividade 8 Cincias
Atividade 9 Artes; Matemtica
Atividade 10 Cincias
Atividade 11 Cincias; Artes
Atividade 12 Artes; Cincias

Unidade 3

Atividade 1 Lngua Portuguesa; Cincias
Atividade 2 Cincias; Matemtica
Atividade 3 Artes; Matemtica; Geografia
Atividade 4 Lngua Portuguesa; Artes
Atividade 5 Lngua Portuguesa; Geografia
Atividade 6 Histria; Geografia
Atividade 7 Geografia
Atividade 8 Matemtica; Artes; Geografia

<54>
Unidade 4

Atividade 1 Lngua Portuguesa
Atividade 2 Cincias
Atividade 3 Histria
Atividade 4 Geografia; Histria
Atividade 5 Cincias
Atividade 6 Artes; Cincias
Atividade 7 Geografia
Atividade 8 Cincias

Unidade 5

Atividade 1 Lngua Portuguesa
Atividade 2 Matemtica
Atividade 3 Matemtica
Atividade 4 Cincias
Atividade 5 Cincias; Artes
Atividade 6 Histria; Geografia
<R->

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxo

Fim da Obra

<R+>
Transcrio: Lidiane Jansen
Coordenao de reviso: Geni
Pinto de Abreu
Reviso: Elvis Filgueiras
Produo: Instituto Benjamin Constant
Ano: 2021
<R->

::::::::::::::::::::::::
<0>
<R+>
<s->
Distribuio gratuita de acordo com a Lei n.o 9.610, de 19/02/1998,
art. 46, inciso I, alnea *d*.
<s+>
<r->