Grafia-Braille-para-Lingua-Portuguesa-TXT-parte-2-2.txt
Atualizado em
22/11/2021 16h24
Grafia-Braille-para-Lingua-Portuguesa-TXT-parte-2-2.txt
— 29 KB
Conteúdo do arquivo
<t->
:::::::::::::::::::::::
Grafia Braille para a
Lngua Portuguesa
:::::::::::::::::::::::
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao
Continuada, Alfabetizao,
Diversidade e Incluso
Diretoria de Polticas
de Educao Especial
Formatao: 32 caracteres
por 28 linhas
Impresso braille
em duas partes,
da 3 edio, 2018
Segunda Parte
<p>
Ministrio da Educao
Secretaria de Educao
Continuada, Alfabetizao,
Diversidade e Incluso
Esplanada dos Ministrios,
Bloco L, 2 andar, sala 200
CEP 70047-900
Braslia -- DF
Fones: (61) 2022-9017
(61) 2022-9217
E-mail: ~,secadi@mec.gov.br~,
<p>
<f->
grafia braille I
<f+>
ndice
Segunda Parte
Apndices
<f->
Apndice A -- Escrita em
braille em contexto
informtico ::::::::::::: 111
1. Smbolos usados em
contexto informtico :::: 111
2. Observaes e normas
de aplicao :::::::::::: 113
Apndice B -- Smbolos
usados em outros idiomas,
inexistentes em portugus
ou representados por
sinais braille diferentes
1. Alemo ::::::::::::::: 117
2. Dinamarqus :::::::::: 118
3. Espanhol ::::::::::::: 118
4. Francs :::::::::::::: 119
5. Ingls ::::::::::::::: 120
6. Italiano ::::::::::::: 121
<p>
7. Latim :::::::::::::::: 121
8. Sueco :::::::::::::::: 122
Apndice C -- Alfabeto
grego, alfabeto hebraico
e alfabeto russo ou
cirlico moderno :::::::: 123
1. Alfabeto grego
clssico :::::::::::::::: 123
2. Alfabeto hebraico :::: 126
3. Alfabeto russo ou
cirlico moderno :::::::: 127
Apndice D -- Sinais
convencionais usados em
esperanto e em outras
lnguas ::::::::::::::::: 131
<f+>
Anexos
<f->
Anexo A -- Vocabulrio
de termos e expresses
empregados no domnio do
Sistema Braille ::::::: 133
Anexo B -- Parecer
sobre a grafia da
palavra *braille* ::::::: 151
<f+>
<73>
<tgrafia braille>
<t+111>
<r+>
::::::::::
Apndices
::::::::::
Apndice A --
Escrita em braille em
contexto informtico
(De acordo com a *Grafia Braille para a Informtica*
elaborada pela Comisso Brasileira do Braille e pela
Comisso de Braille de Portugal -- maio/2003.)
1. Smbolos usados em contexto informtico (ordem
alfabtica)
<f->
apstrofo
@ arroba
barra
~. barra invertida
_l barra vertical
#k cardinal (*hashtag*)
~ ~ abre e fecha colchetes
~& *e* comercial
~> maior que
~< menor que
~`( ~`) abre e fecha parnteses
{- *underline*; sublinhado
autnomo
~, delimitador de contexto
informtico
$ sinal restituidor
<74>
_- incio de sublinhado
_: fim de sublinhado
~ sinal de translineao
<f+>
<p>
2. Observaes e normas de aplicao
2.1 O sinal composto
~, `(#e2`) serve para *delimitar uma expresso
informtica*. No incio da expresso,
tem de ser precedido de espao, se no ocorrer no princpio
de uma linha; no fim da expresso, tem de ser seguido de
espao, caso no coincida com o fim da linha.
Exemplos:
~,www.oncb.org.br~,
~,http:`/`/www.perkins.org`/~,
~,ibc@ibc.gov.br~,
<p>
2.2 O sinal {- `(#df36`) representa o *underline*
(*sublinhado autnomo*), que no afeta outro caractere.
Exemplos:
~,*.ex{-~,
~,seu{-nome@exemplo.com~,
<75>
~,www.bresserpereira.org.br`/~
terceiros`/2009`/09.06.paul~
veyneeahistoria{-entrevista.~
pdf~,
2.3 Os sinais _- `(#def36`) e _: `(#def25`) indicam,
respec-
tivamente, o incio e o fim de *sublinhado*, seja de um
caractere, seja de uma expresso.
Exemplos:
~,_-copy a:~.*.txt c:_:~,
~,titulo=_-Apendice 1_:;~,
<p>
2.4 O *sinal restituidor*
$ (56) restabelece o significado
original dos sinais que o seguem.
Exemplos:
~,#ad$bis@rionet.com.br~,
~,if var#bd$h = 0~,
<p>
<76>
<p>
Apndice B --
Smbolos usados em
outros idiomas, inexistentes
em portugus ou representados
por sinais braille diferentes
1. Alemo
*a* com trema
*o* com trema
*u* com trema
*eszett*
apstrofo
= = abre e fecha parnteses
= = abre e fecha colchetes
- travesso
~, barra
<p>
2. Dinamarqus
*ae* acoplados
*a* com um pequeno crculo
<f->
acima da letra -- da famlia
dos circunflexos
<f+>
*o* cortado
<77>
3. Espanhol
*e* com acento agudo
*n* com til
*u* com trema
- trao curto; hfen
-- trao longo; travesso
`( abertura de parnteses
`) fechamento de parnteses
`[ abertura de colchetes ou
<f->
parnteses retos
<f+>
`] fechamento de colchetes
<f->
ou parnteses retos
<f+>
abertura de interrogao
? fechamento de interrogao
abertura de exclamao
! fechamento de exclamao
<p>
~ arroba
/ barra
`) indicador de incio de verso
<f->
em escrita contnua
<f+>
`( indicador de final de verso
<f->
em escrita contnua
<f+>
`(`( indicador de final de poesia
<f->
em escrita contnua
<f+>
#,r *primer*
#:r *tercer*
<78>
4. Francs
*a* com acento grave
*e* com acento grave
*u* com acento grave
*i* com acento circunflexo
*u* com acento circunflexo
*e* com trema
*i* com trema
*u* com trema
*oe* acoplados
<p>
5. Ingls
_ barra oblqua (1)
-- travesso (1)
ponto final; ponto abreviati-
<F->
vo
<F+>
abre e fecha aspas
" . abre e fecha aspas
<F->
simples
<F+>
" ponto de interrogao
= = abre e fecha parnteses
= =. abre e fecha colchetes
arroba
sinal de letra maiscula
todas as letras maisculas
(caixa alta)
{ itlico, sublinhado, negrito
<F->
e impresso em outros tipos
<F+>
$ sinal de letra
sinal delimitador de contex-
<F->
to informtico
<F+>
::::::::::::::::::::::::::::::::
(1) Estes sinais so empregados sem espaos em branco
antes e depois deles.
<79>
<p>
6. Italiano
*a* com acento grave
*e* com acento grave
*o* com acento grave
*i* com acento grave
*u* com acento grave
*i* com acento circunflexo
*u* com acento circunflexo
*e* com acento circunflexo
*i* com trema
*o* com trema
*u* com trema
7. Latim
ae *ae* acoplados
oe *oe* acoplados
^ acento tnico -- Ex.:
<f->
d^ominus
<f+>
: longa -- Ex.: d:ominus
breve -- Ex.: dominus
<p>
8. Sueco
*a* com um pequeno crculo
<F->
acima da letra da famlia
dos circunflexos
<F+>
*a* com trema
*o* com trema
*u* com trema
*a* com acento grave
*e* com acento grave
<80>
<p>
Apndice C --
Alfabeto grego,
alfabeto hebraico e
alfabeto russo ou
cirlico moderno
1. Alfabeto grego clssico
<f->
nome da minscula maiscula
letra
alfa ::::: ^a :::::: a
beta ::::: ^b :::::: b
gama ::::: ^g :::::: g
delta :::: ^d :::::: d
psilon :: ^e :::::: e
zeta ::::: ^z ::::::: z
eta :::::: ^@ ::::::: @
teta ::::: ^ :::::::
iota ::::: ^i :::::: i
kapa ::::: ^k ::::::: k
lambda ::: ^l ::::::: l
mi ou mu ^m ::::::: m
ni ou nu ^n ::::::: n
csi :::::: ^x ::::::: x
omicron :: ^o ::::::: o
<p>
nome da minscula maiscula
letra
pi ::::::: ^p ::::::: p
r ::::::: ^r ::::::: r
sigma :::: ^s ::::::: s
tau :::::: ^t ::::::: t
upsilon :: ^u ::::::: u
fi ::::::: ^f :::::: f
chi :::::: ^& ::::::: &
psi :::::: ^y ::::::: y
omega :::: ^w ::::::: w
Letras arcaicas:
nome da letra :: braille
digamma :::::::: _v
koppa :::::::::: _q
sampi :::::::::: _
<f+>
<81>
<p>
Sinais diacrticos:
<r->
O sinal (123456) tem aqui a funo de referencial de
posio.
iota subscrito ::::::::::::: *
iota adscrito :::::::::::::: i
koronis ou crase :::::::::::
esprito suave ou fraco ::::
esprito spero ou forte ::: h
direse ou trema ::::::::::: ~
longa :::::::::::::::::::::: :
breve ::::::::::::::::::::::
longa ou breve ::::::::::::: ?
Vogais acentuadas:
<f->
Vogais ::: ^a ^e ^@ ^i ^o ^u ^w
agudas :::: j
graves :::: c q
circunflexas -- -- v #
<f+>
<82>
<p>
2. Alfabeto hebraico
<f->
braille :: nome da letra
a ::::::: alef
b ::::::: bet
v :::::::: bet
g :::::: gumel
g ::::::: gumel
d :::::: dalet
d ::::::: dalet
h :::::: he
h ::::::: he
w :::::::: vav
z :::::::: zayin
x :::::::: het
t :::::::: tet
j ::::::: yod
k ::::::: rhaf
:::::::: kaf
l ::::::: lamed
m :::::::: mem
n :::::::: nun
s :::::::: samek
:::::::: ayin
p :::::::: pe
f ::::::: pe final
<p>
braille :: nome da letra
:::::::: tsadi
q :::::::: qof
r :::::::: resh
:::::::: shin
@ :::::::: sin
:::::::: tav
:::::::: tav
<f+>
<83>
<r+>
3. Alfabeto russo ou cirlico moderno
<r->
As maisculas e minsculas devem ser antecedidas,
respectivamente, pelos sinais (45) e
~ (5).
<r+>
<f->
braille :: nome da letra
a ::::::: a
b ::::::: be
w :::::::: ve
g ::::::: ge
d ::::::: de
e ::::::: ye (1)
::::::: yo (2)
j ::::::: je
z ::::::: ze
<p>
braille :: nome da letra
i ::::::: i
& :::::::: i kratkoye (3)
k ::::::: ka
l ::::::: el
m ::::::: em
n ::::::: en
o ::::::: o
p ::::::: pe
r ::::::: er (4)
s ::::::: es
t ::::::: te
u ::::::: u
f ::::::: fe
h ::::::: kha (5)
c ::::::: tse
q :::::::: tche
@ :::::::: sha
x :::::::: shcha (6)
:::::::: tvyordyy znak
:::::::: y (7)
:::::::: myagkiy znak (8)
:::::::: e oborotnoye (9)
:::::::: yu (10)
:::::::: ya (11)
<f+>
<84>
<p>
Notas:
(1) Soa como uma semiconsoante seguida de um *e*
semiaberto.
(2) Soa como uma semiconsoante seguida de um *o*
semiaberto.
(3) um *i* ps-voclico.
(4) um *r* simples.
(5) Soa como um *h* muito aspirado.
(6) O ponto ^ (4) representa uma vrgula acima da letra.
(7) o *sinal duro*. No tem representao em portugus.
(8) Soa entre *i* e *e* mudo.
(9) o *sinal brando*. O *h* encontra-se depois de *l* e
de *n*; o *i*, depois de outras consoantes. Podem tambm
ser grafados com uma vrgula acima da letra ou, ainda, no
ter representao.
(10) Soa como uma semiconsoante seguida de um *u*.
<p>
(11) Soa como uma semiconsoante seguida de um *a*.
<85>
<p>
Apndice D --
Sinais convencionais
usados em esperanto
e em outras lnguas
^ acento agudo (simples ou
duplo)
acento grave ou barra
horizontal
~ acento circunflexo ou
*caron* (espcie de pequeno
*v* acima da letra)
: trema ou um ponto acima da
letra
til ou linha ondulada
$ crculo ou semicrculo acima
da letra
* barra oblqua ou horizontal
atravessando a letra
::o::o::o::o::o::
<r->
<p>
<87>
<p>
:::::::
Anexos
:::::::
Anexo A -- Vocabulrio de
termos e expresses empregados
no domnio do Sistema Braille
Introduo
<r->
O Sistema Braille, criado por Louis Braille em 1825, na
Frana, constituiu-se, desde ento, o meio natural de
leitura e escrita para as pessoas cegas em todo o mundo.
A escrita em braille, com suas especificidades, favoreceu
naturalmente o desenvolvimento de uma terminologia prpria,
nem sempre de pleno domnio pelos que atuam no campo da
educao de pessoas cegas, no da produo de textos em
braille e mesmo entre os usurios do sistema.
<p>
No mbito da sociedade, em geral, predomina o emprego de
expresses equivocadas, como: "linguagem braille",
"traduzir para o braille", e outras.
O presente trabalho foi elaborado com base em experincias
de usurios e de profissionais atuantes nas reas de
educao de pessoas cegas e na de produo de textos em
braille.
Vocabulrio
-- Primeira Parte --
Conceituao bsica
<r+>
*Anagliptografia* -- Do grego *anglyptos*, "cinzelado em
relevo" + graf(o) + ia -- S.f. sistema de escrita em relevo,
inventado pelo francs Louis Braille (1809-1852), cego,
para os cegos lerem; braile. Cf. ectipografia. (Fonte:
Aurlio Buarque de Holanda Ferreira -- Novo
<p>
Dicionrio da
Lngua Portuguesa -- 2 edio, revista e aumentada.)
*Braille* -- Apresentao grfica dos 64 sinais do
Sistema Braille, distribudos em sete linhas ou sries,
organizadas de acordo com critrios definidos.
*Braille abreviado ou estenografado (grau 2)* -- Escrita
em braille em que um caractere pode representar duas ou
mais letras ou mesmo uma palavra inteira (abreviatura
braille).
*Braille integral (grau 1)* -- Escrita em braille em que se
representa cada caractere correspondente no sistema comum
de escrita.
<88>
*Braille em negro* -- Representao de sinais em braille com
pontos em tinta. Pode ser produzido mo ou em
computadores, utilizando-se fontes "em braille".
*Cela* ou *clula braille* -- Espao retangular onde se produz
um sinal braille.
*Cela vazia* ou *espao* -- Aquela onde no foi produzido
qualquer ponto em braille.
*Escrita em tinta*; *escrita comum*; *escrita em negro*; *sistema
comum* -- Forma de escrita utilizada normalmente pelos que
possuem suficiente acuidade visual para l-la.
*Grafia braille* -- Diz-se da representao especfica, de
acordo com uma rea de conhecimento: grafia bsica (de uma
determinada lngua); grafia matemtica; grafia qumica;
grafia musical ou musicografia braille.
*Modalidades de aplicao do braille* -- Formas especficas de
emprego do braille, segundo uma determinada rea do
conhecimento humano: literatura, cincias, msica e
informtica.
<P>
*Numerao dos pontos* -- A numerao dos pontos de uma cela
braille se faz de cima para baixo, da esquerda para a
direita: (123456).
Em certas situaes, como na produo de tabelas de
sinais, por exemplo, existe a necessidade de se descrever
um smbolo braille pela numerao de seus pontos.
Modernamente, indica-se a descrio de um sinal por um
nico numeral, independentemente do nmero de pontos que
ele possua. A leitura, entretanto, deve ser feita algarismo
por algarismo para tornar clara a descrio. Ex.:
(123456) e se l: pontos um, dois, trs, quatro, cinco,
seis. Uma cela vazia representada pelo numeral 0 (zero).
Srie superior da cela braille -- Parte da cela que
compreende os pontos 1, 2, 4 e 5.
Srie inferior da cela braille -- Parte da cela que
compreende os pontos 2, 3, 5 e 6.
Coluna da esquerda -- Parte da cela braille que compreende
os pontos 1, 2 e 3.
Coluna da direita -- Parte da cela braille que compreende os
pontos 4, 5 e 6.
<89>
*Ordem braille* -- Sequncia ordenada, conforme a
disposio
das sete sries do Sistema Braille.
*Prefixo de um sinal composto* -- Sinal da coluna da direita
(pontos 456), geralmente, que precede um outro sinal,
formando com ele um sinal composto.
*Sinais exclusivos do Sistema Braille* -- Aqueles que no tm
correspondentes no sistema comum de escrita e funcionam,
geralmente, como prefixos de smbolos principais. Exemplos:
prefixos de letras maisculas, sinal de nmero (prefixo
numrico), sinal de ndice superior (expoente) e de ndice
inferior, parnteses auxiliares e outros.
*Sinal composto* -- Aquele que produzido em duas ou mais
celas.
*Sinal fundamental ou universal* -- Sinal formado pelo
conjunto dos seis pontos numa cela (cela cheia). Tambm
chamado de sinal gerador.
*Sinal referencial de posio* -- Sinal formado pelos seis
pontos de uma cela, o qual antecede certos sinais em
braille, especialmente os das sries inferior e da coluna
da
direita, quando aparecem isolados, para indicar-lhes a
exata posio na cela braille.
*Sinal simples* -- Aquele que produzido em uma nica cela.
*Sistema Braille* -- Processo de leitura e escrita em relevo,
com base em 64 (sessenta e quatro) sinais resultantes da
combinao de 6 (seis) pontos, dispostos em duas colunas de
3 (trs) pontos. tambm denominado Cdigo Braille.
-- Segunda Parte --
Produo do braille
*Adaptao de textos para transcrio* -- Processo referente
s adequaes e ajustes prvios que devem ser feitos num
texto, antes de sua transcrio, considerando as
caractersticas do contedo e as especificidades da leitura
ttil.
*Apagador de pontos em braille* -- Instrumento para apagar pontos
em braille em papel ou em clichs.
*Braille de oito pontos* -- Escrita em relevo com base em oito
pontos, dispostos em duas colunas de quatro pontos.
<p>
Permite
a produo de duzentos e cinquenta e seis sinais diferentes.
*Braille de seis pontos* -- Escrita em relevo com base em seis
pontos, dispostos em duas colunas de trs pontos. Permite a
produo de sessenta e quatro sinais diferentes.
*Braille jumbo* -- Braille de seis pontos, produzido em celas
de tamanho superior ao normalmente utilizado, com maior
afastamento entre os pontos.
<90>
*Clich* -- Lmina de liga de alumnio ou plstico, utilizada
em mquinas de estereotipia.
*Diagramao de um texto em braille* -- Disposio da
escrita numa pgina, considerando, por exemplo, o nmero de
linhas e o nmero de caracteres por linha.
<p>
*Escrita interlinha* -- Antiga forma de escrita em braille
que ocupa as duas faces de uma folha de papel, sem
superposio de linhas.
*Escrita interpontada* (*interponto*) -- Representao em
braille que ocupa as duas faces de uma folha de papel, com
superposio de linhas.
*Gramatura* -- Medida que se expressa em gramas,
resultante do "peso" de uma folha de papel com um metro
quadrado de superfcie. Sua especificao foi padronizada
pela norma ISO 536. Quanto maior for a gramatura, mais
grosso ser o papel.
*Impresso em braille* -- Produo de pontos em relevo em
prensas, a partir de matrizes de liga de alumnio ou
plstico. Produo de pontos em relevo em folhas de papel,
atravs de impressoras braille computadorizadas.
<p>
*Impressora braille computadorizada* -- Equipamento que
produz, em papel, textos em braille. conectada a um
microcomputador atravs de porta serial ou paralela. Pode
ser de pequeno, mdio e grande porte. Imprime em folhas
avulsas, em formulrios contnuos ou em ambas as formas.
*Mquina braille* -- Equipamento mecnico ou eltrico, no qual
seis teclas produzem pontos em relevo. Apresenta, ainda,
teclas para avano de espao, retrocesso e mudana de linha.
*Mquina de estereotipia* --
Equipamento que produz escrita
em braille em matrizes de liga de alumnio ou plstico, para
posterior impresso em papel. geralmente ligada a um
microcomputador.
<p>
*Margens* -- Espaos compreendidos entre os limites mximos
(esquerdo, direito, superior, inferior) da escrita e as
bordas da folha de papel. Sua regulagem numa impressora
computadorizada de fundamental importncia para a
configurao correta da escrita numa pgina.
*Matriz* -- Lmina de liga de alumnio ou plstico, utilizada
em mquinas de estereotipia.
*Notas de transcrio* (*notas do transcritor*) --
Registro feito em um texto, para dar
esclarecimentos ou orientaes indispensveis aos leitores.
Emprega-se, comumente, quando se atribui significado a
determinado smbolo em braille no convencionado, ou para
justificar uma omisso necessria, para descrio de
imagens e ainda em outras situaes.
<p>
*Papel braille* -- Papel de gramatura superior quela
normalmente usada para a escrita em tinta. Utiliza-se,
geralmente, a gramatura 120 (cento e vinte) gramas.
<91>
*Pontos a mais ou a menos* -- Pontos excessivos ou
insuficientes em letras do Sistema Braille. Ocorrem,
comumente, nas escritas em regletes ou em mquinas braille.
*Pontos apagados* -- Aqueles cujo relevo no apresenta
suficiente nitidez para serem percebidos pelo tato com
facilidade.
*Puno* -- Estilete constitudo de uma ponta metlica e de
um cabo em plstico, madeira ou metal, usado
especificamente para a produo de pontos em relevo em
regletes. Apresenta-se em variados formatos.
<p>
*Reglete* -- Dispositivo metlico ou plstico, constitudo
de uma placa frisada ou com cavidades circulares rasas e de
uma rgua ou placa com retngulos vazados, para a produo
manual, da direita para a esquerda, de sinais em braille.
*Reviso em braille* -- Verificao, atravs de leitura ttil,
de possveis incorrees cometidas no processo de
transcrio.
*Tabela de sinais* -- Relao de caracteres em braille e de
seus respectivos significados, colocada, comumente, no
incio de uma obra transcrita, para esclarecimento ao
leitor.
*Transcrio para o braille* -- Reproduo, em caracteres do
Sistema Braille, do contedo de um texto originalmente
impresso no sistema comum de escrita.
<p>
*Translineao* -- Passagem de uma linha de texto para a
linha seguinte.
*Transpaginao* -- Diz-se da mudana de pgina. Na
transcrio em braille, pode ser assinalada por um
smbolo, indicando a mudana de pgina no original em tinta.
-- Terceira Parte --
Pessoal
*Adaptador braille* -- Profissional que faz as adequaes
e ajustes prvios necessrios em um texto, antes de sua
transcrio.
*Braillista* -- Usurio ou profissional que domina com
profundidade diferentes aspectos do Sistema Braille.
*Consultor braille* -- Profissional especialista que domina
com profundidade diferentes modalidades de aplicao do
Sistema Braille, funcionando como orientador em trabalhos
de adaptao, transcrio e reviso em braille.
*Controlador de paginao* -- Profissional que realiza a
reviso da paginao de textos impressos em braille.
<92>
*$*Designer$* braille* -- Profissional que realiza adequao de
imagens para a impresso em relevo.
*Revisor braille* -- Profissional que realiza a reviso de
textos transcritos para o braille.
*Transcritor braille* -- Profissional que realiza a reproduo
de textos do sistema comum no Sistema Braille.
*Usurio* -- Diz-se de todo aquele que se utiliza do
braille como sistema bsico de leitura e escrita.
<p>
-- Quarta Parte --
Diversos
*Braille Falado* -- Equipamento informatizado de pequeno
porte, com sete teclas, na disposio convencional de uma
mquina braille. Dispe de sintetizador de voz e funciona
como editor de textos, agenda, calculadora, cronmetro e
outras funes.
*Braille Light* -- Equipamento informatizado, semelhante ao
Braille Falado. Dispe de uma linha braille de 20 ou 40
celas.
*Cecograma* -- Servio postal destinado aos deficientes
visuais que utilizam o braille para sua comunicao
escrita. considerado cecograma o objeto de
correspondncia impresso em relevo pelo sistema cecogrfico
(braille). So considerados, tambm, como cecograma, placas
gravadas em relevo (clichs) e os registros sonoros
expedidos por instituies de cegos, oficialmente
reconhecidas, ou endereados a elas.
*Linha Braille* ou *Display Braille* -- Dispositivo cuja
finalidade transcrever para o braille o texto da tela do
computador ou do *smartphone*. Alguns modelos possuem
teclado Perkins para escrita e outros somente clulas
braille para leitura. Apresenta-se em tamanhos variados,
entre 10 e 80 clulas, e sua conexo pode ser feita via
*Bluetooth* ou cabo USB, dependendo do modelo. Para que
funcione adequadamente, preciso
ligar um leitor de tela do
*smartphone* ou do computador, como o NVDA, o VoiceOver,
o TalkBack, entre outros.
<93>
<p>
Anexo B Parecer
sobre a grafia da
palavra *braille*
<r->
A Comisso Brasileira do Braille (CBB), instituda pela
Portaria Ministerial
n. 319, de 26/02/1999, empenhada em
assuntos referentes padronizao do uso do Braille no
Brasil, inclusive na terminologia concernente matria,
considerando dvidas por vezes suscitadas sobre a grafia
correta da palavra braille (braile), em reunio ordinria
realizada nos dias 08, 09 e 10 de junho de 2005, na cidade
do Rio de Janeiro, elaborou o presente parecer que,
inicialmente esclarece e, afinal, recomenda o que se segue:
<p>
<r+>
1. O Sistema Braille foi inventado pelo francs Louis
Braille no ano de 1825. No Institut Royal des Jeunes
Aveugles, de Paris, onde foi criado, desenvolvido,
experimentado, e de onde foi difundido, recebeu
inicialmente a denominao de Procd de L. Braille.
2. Expandiu-se pela Europa, Amrica Latina, Estados
Unidos, sia e frica, a partir dos anos 50 do sculo XIX,
identificado sempre como Sistema Braille. Hoje o
processo de leitura e escrita ttil adotado em todo o mundo
e reconhecido oficialmente pela UNESCO com a criao do
Conselho Mundial do Braille em julho de 1952, com carter
de rgo assessor daquela organizao mundial.
<p>
3. O Sistema Braille foi trazido para o Brasil por Jos
lvares de Azevedo, um jovem cego, ex-aluno do Instituto de
Paris, no ano de 1850, empregado oficialmente em nossa
ptria a partir da instalao do Imperial Instituto dos
Meninos Cegos (hoje, Instituto Benjamin Constant), em 1854,
prevalecendo a grafia original francesa: braille.
4. Alm do Brasil, Portugal e os demais Pases de Ln-
gua Oficial Portuguesa
(PALOPs) mantiveram
historicamente a grafia: braille.
5. O Formulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa estabelece
em suas Instrues para a Organizao do Vocabulrio
Ortogrfico da Lngua Portuguesa, aprovadas unanimemente
pela Academia Brasileira de Letras, na sesso de
<p>
12 de agosto de 1943: (...) 5. Os derivados portuguses
de nomes prprios estrangeiros devem escrever-se de acrdo
com as formas primitivas.
6. Com base nestas instrues, a Academia Brasileira de
Letras registra em seu Vocabulrio Ortogrfico da Lngua
Portuguesa: *braille* *adj. 2g. s.m.* e "*braile* *adj.
2g. s.m.*" (fonte: ~,www.academia.org.br~,)
<94>
7. O Protocolo de Colaborao Brasil-Portugal nas
reas de Uso e Modalidades de Aplicao do Sistema Braille na Lngua
Portuguesa, celebrado em Lisboa, aos vinte e cinco dias do
ms de maio de 2000, assinado pelos presidentes da Comisso
Brasileira do Braille e da Comisso de Braille (Portugal),
representando os governos dos dois pases, emprega a
<p>
palavra braille com a grafia
original, em todo aquele documento oficial.
8. No mbito de organizaes e servios ligados ao ensino,
produo e ao uso do Sistema Braille no Brasil vem
se utilizando, h 150 (cento e cinquenta) anos, a palavra
braille em sua grafia original francesa, como no
Instituto Benjamin Constant, Fundao Dorina Nowill para
Cegos, Sociedade Pr-Livro Esprita em Braille, imprensas
de inmeras instituies brasileiras, nos CAPs (Centros de
Apoio Pedaggico para Atendimento s Pessoas com
Deficincia Visual), NAPPBs (Ncleos de Apoio Pedaggico e
Produo Braille), bibliotecas e setores especializados de
bibliotecas pblicas e particulares em todo o Brasil.
<p>
9. Finalmente, os dispositivos legais e documentos
normatizadores adiante relacionados empregam,
exclusivamente, a palavra braille em sua grafia original:
9.1 Lei n. 4.169, de 04 de dezembro de 1962, publicada no
DOU de 11 de dezembro de 1962, que :OFICIALIZA as
convenes braille para uso na escrita e leitura dos cegos
e o cdigo de contraes e abreviaturas BRAILLE.
9.2 Cdigo Matemtico Unificado (CMU), aprovado na Reunin
de Representantes de Imprentas Braille de Habla Hispana,
Montevidu, junho de 1987.
9.3 Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que "Altera,
atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e
d outras providncias", Art. 46, inciso I,
<p>
alnea *d*, publicada no DOU de 20 de fevereiro de 1998.
9.4 Portaria/MEC n. 319, de 26 de fevereiro de 1999 que
institui no Ministrio da Educao, vinculada Secretaria
de Educao Especial e presidida pelo titular desta, a
Comisso Brasileira do Braille, de carter permanente,
publicada no DOU de 02 de maro de 1999.
9.5 *Grafia Braille para a Lngua Portuguesa*, CDU
376'352, aprovada pela Portaria/MEC n. 2.678, de 24 de
setembro de 2002, com vigncia a partir de 01 de janeiro de
2003.
9.6 *Normas Tcnicas para a Produo de Textos em
Braille*, Ministrio da
Educao/Secretaria de
Educao Especial, 2002, publicao CDU 655'532-
-056'262.
<95>
<p>
9.7 *Grafia Qumica Braille para uso no Brasil*,
Ministrio da Educao/Secretaria de Educao Especial,
2002, publicao CDU 376'32.
<r->
Recomendao:
Pelas razes histricas, culturais, lingusticas e legais,
anteriormente explicitadas, a Comisso Brasileira do
Braille recomenda que a palavra braille seja sempre
grafada com dois l, segundo a forma original francesa,
internacionalmente empregada.
<R+>
Comisso Brasileira do Braille
<R->
::o::o::o::o::o::
::o::o::o::
::o::
<f->
l
h:::::::::: fim da segunda parte