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EXPERIMENTAÇÃO
Almoço sensorial desperta sentidos e emoções no segundo dia do Congresso dos 200 anos do Braille
Foto de almoço sensorial desperta sentidos e emoções no segundo dia do Congresso dos 200 anos do Braille
O segundo dia do Congresso dos 200 anos do Braille no Instituto Benjamin Constant foi marcado por uma experiência inesquecível: a oficina sensorial “Aroma, Textura e Sabor: um despertar dos sentidos”. A proposta teve como objetivo convidar os participantes a vivenciar, de forma imersiva, os desafios e percepções de uma refeição realizada sem o auxílio da visão.
Desde a lavagem das mãos até a chegada à mesa, todos foram vendados e conduzidos por alunos do IBC, que participaram previamente de um curso preparatório para atuar como garçons e garçonetes durante o almoço. A ação envolveu conceitos fundamentais de orientação, mobilidade e vida diária, e teve como foco promover maior empatia e reflexão sobre a importância da autonomia para pessoas com deficiência visual.

- Foto de aluno e participante no almoço sensorial desperta sentidos e emoções no segundo dia do Congresso dos 200 anos do Braille
Carla Maria Alves, chefe de gabinete do Instituto, foi uma das participantes da oficina e destacou a intensidade da vivência:
"Foi uma experiência fantástica, daquelas que todo mundo tem que fazer pelo menos uma vez na vida. Você sente uma mistura de ansiedade, medo... É muito importante a gente ter essa vivência", afirmou.
O diretor-geral do IBC, Mauro Conceição, também participou do almoço e ressaltou a transformação sensorial durante a experiência:
"É um desafio! E o mais legal é que com os olhos fechados você percebe que o seu paladar fica mais apurado. É importante que todos façam essa experiência para sentir a realidade de uma pessoa com deficiência visual no dia a dia."
Quem ajudou a tornar esse momento possível foram os próprios alunos do Instituto, como Rebeca Noemy, do curso técnico de música, que atuou como garçonete.
"Amei esse trabalho. As pessoas foram muito receptivas comigo. Gostei da experiência de servir. Faria isso de novo com certeza."
Já Isamara Vitória, aluna do curso técnico de artesanato, ficou emocionada após a atividade:
"Foi uma experiência nova. As pessoas se emocionaram com a gente. Muito bom."
A oficina reforça o papel do Instituto Benjamin Constant não apenas na formação técnica, mas também na promoção da inclusão, da empatia e do respeito às diferenças. Uma experiência sensorial que vai além do paladar — e fica marcada na memória de todos os envolvidos.

