Notícias
Novos tratamentos para dermatite atópica podem ser incorporados ao SUS
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou a incorporação no SUS de três novas opções terapêuticas para pacientes com dermatite atópica em tratamento no SUS. Os cuidados seguem uma abordagem variada e gradual, adaptados de acordo com a gravidade da doença. As tecnologias avaliadas recentemente pela Comissão foram: tacrolimo tópico 0,03% e tacrolimo 0,1%; furoato de mometasona 0,1%, ambos de uso tópico (aplicados diretamente na pele); e o metotrexato, de uso oral. O tratamento visa reduzir os sintomas, prevenir exacerbações, tratar infecções quando presentes, minimizar os riscos do tratamento e restaurar a integridade da pele. Os temas seguem agora para a decisão do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com posterior publicação de portaria no Diário Oficial da União.
A dermatite atópica é uma condição genética e crônica, caracterizada principalmente por coceira intensa e pele ressecada. Ela afeta especialmente as áreas de dobras do corpo, como a parte frontal dos cotovelos, atrás dos joelhos e o pescoço. É uma das formas mais comuns de eczema, prevalente na infância, embora também possa surgir na adolescência ou na fase adulta. Em crianças pequenas, a face é frequentemente uma área afetada.
As tecnologias recomendadas complementam as decisões sobre os biológicos avaliados pela Conitec e incorporados ao SUS pelo Ministério da Saúde no ano passado.
O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Dermatite Atópica já inclui outros dois medicamentos de uso tópico: dexametasona creme (1 mg/g) e acetato de hidrocortisona creme (10 mg/g - 1%). O documento deverá ser atualizado em breve.